quinta-feira, 15 de junho de 2017

11/06/2017 - Meia maratona de Floripa - FLN/SC

Foto: Alexandre Carvalho - Foco Radical
7ª Meia Maratona de Floripa


Pelo 7º ano consecutivo optei por participar de uma das meias maratonas mais charmosas e bonitas do Brasil, Meia Maratona de Floripa. A decisão é sempre dura com o choque de data com a Maratona de Porto Alegre, mas para não quebrar a minha sequência de participações em todas as edições, reforçado pelo financeiro preferi ficar por aqui. Deixei as apostas de maratona desse ano para a São Paulo City Marathon (31/07) e a Maratona de Florianópolis (27/08).

Era possível participar da corrida nas distâncias de 5 Km, 10 Km e 21 Km. Essas opções viabilizam a participação de atletas de todos os níveis e atrai muita gente de outras cidades e estados que aproveitam a oportunidade para dar uma passeadinha por Florianópolis. Oportunidade também de se atravessar correndo as pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Sales, que ligam o continente à ilha. Segundo a organização foram mais de 5.500 atletas inscritos no total. Se não a maior, uma das maiores provas de corrida do estado de Santa Catarina.

O Hotel Majestic foi novamente o local escolhido para a entrega do kit, que aconteceu na sexta-feira e sábado, vésperas da prova. Fica bem localizado, ao lado do Beiramar Shopping. Fui retirar o meu kit e da Aninha ainda na sexta à tarde, e o movimento estava bem tranquilo. Eles não fazem uma Expo, só tem uns stands vendendo produtos e assinaturas da O2. Em menos de 5 minutos você já consegue ver tudo. Como sou assinante da Revista O2, teria direito a ter o nome estampado na camiseta da prova, mas no horário que eu estava o serviço estava indisponível e acabei tendo que voltar no sábado para não perder.

Para o dia da prova, a previsão do tempo eram bem favoráveis: sem chuva, friozinho (10º C) e sem vento. E foi o que realmente aconteceu. Diria que eram condições excelentes para se fazer uma boa prova. E essa era a minha expectativa de melhorar o tempo do último ano 1h38min22s, ou quem sabe até mesmo bater o meu RP em meias de 1h37min44s.

A largada foi antecipada para às 7 horas. Talvez pela logística do trânsito, que também teve uma alteração na distância dos 21 Km na beira mar norte, onde foi utilizada somente uma das vias para os atletas. Por conta disso, tivemos que madrugar para chegar na prova e conseguir um lugar pra estacionar próximo. Chegando às 5:40 já na não havia mais vagas nos bolsões de estacionamentos mais perto. Muita gente acaba deixando o carro no gramado bem próximo da largada e normalmente não tem grandes problemas, mas preferimos não arriscar.

Eu não sei ainda baseado em que tempo foram feitas as divisões dos pelotões de largada. Havia o pelotão Quênia (Pelotão que larga mais a frente), azul, verde e branco. Tive o privilégio de largar outra vez no pelotão Quênia junto com alguns amigos que encontrei por lá: Jabson, James, Marcos Vinícius, Fernando, Carine, Nádia, Nilton Generini. Isso ajuda bastante para não perder muito tempo na dispersão inicial, principalmente em provas com grande quantidade de atletas. A Aninha também iria fazer a meia maratona e largou no pelotão azul, logo atrás. Legal que o amigo Nilton, mesmo no pelotão Quênia, segurou um pouco e conseguiu fazer pace pra ela na prova.

A largada foi simultânea para todas as distâncias. Não era uma boa ideia se basear nos atletas ao redor, pois quem sai em ritmo de 5 Km é bem diferente para quem vai fazer os 21 Km. Eu até que consegui me segurar, sem abusar no início. Queria fazer uma prova consciente. Por outro lado, não podia aliviar tanto pra não deixar o ritmo escapar muito.

Os primeiros 2,5 Km são bem planos e aproveitei para dar uma aquecidinha até chegarmos ao início da subida na Ponte Pedro Ivo Campos. Umas das pistas foi fechada para a passagem dos atletas. Os atletas dos 5 Km não chegaram a passar para o outro lado, na ilha, e retornaram antes, correndo somente do lado do continente.

Nesse início a subida da ponte é vencida sem grandes problemas e consegui manter o pace dentro da normalidade, não superando os 4:40 min/Km. Estava me sentindo bem e confiante. Em seguida, logo após a saída da ponte pegamos a 2ª subidinha, do viaduto Rita Maria, mas essa bem mais curta. A partir de então teríamos um trecho praticamente plano pela beira mar norte de mais de 12 Km, entre ida de volta.

A minha hidratação foi praticamente a metade que costumo fazer em meias maratonas. Nem conseguia beber um copo inteiro, mesmo intercalando entre um posto e outro. Eles estavam distribuídos mais ou menos de 3 em 3 quilômetros. Talvez tenha sido por causa do frio. Também não me utilizei de gel de carboidrato.

Já na beira mar norte tivemos novamente a divisão dos atletas. Dessa vez, o pessoal dos 10 Km fizeram o retorno logo abaixo da Ponte Hercílio Luz, enquanto os atletas dos 21 Km trocaram de pista e seguiram pela beira mar norte até a entrada da SC-401. Antes da largada eu estava na dúvida se corria ou não de óculos escuro. Por sorte estava com ele, pois o sol bateu intensamente de frente nesse trecho.

Na altura do Beiramar Shopping, fechando o 8º Km, o meu pace deu uma pequena subida (4:48 min/Km) e não lembro de um motivo aparente. Devo ter me distraído ou embarcado em um ritmo de alguém por perto. Menos mal que nos quilômetros seguintes voltei ao ritmo que deveria.

Em alguns momentos o sol era totalmente encoberto pelos prédios da beira mar e corríamos por longos trechos com uma enorme sombra, deixando o ambiente mais frio. Algumas termômetros da rua registravam a temperatura de 11ºC.


Corri meio sozinho esse trecho e às vezes tinha a companhia do amigo Zeca da Acorsul (não esqueci da promessa no meio da corrida !!!), sempre botando pilha. Talvez por isso tenha mantido o ritmo. Fizemos o retorno com pouco mais de 10,6 Km percorridos e logo em seguida teve um posto de hidratação com isotônico em saquinho e banana. Consegui tomar meio saquinho somente.

No 13º Km, escapou um pace mais alto outra vez. Tentei voltar ao ritmo, mas só consegui por uns 2 Km, que foi o trecho onde a gente cruzava com os amigos que vinham do outro lado e davam aquela força. E como tinha gente na prova. Após o 15º Km (estava quase 1 min acima em relação ao ano passado) o meu pace já se aproximava dos 5 min/Km e como já estava difícil se manter vi a possibilidade do RP da meia e da prova ficarem distantes, pois além de acelerar o ritmo, ainda teria que vencer a subida na ponte.

Chegando no Km 17 uma subidinha do viaduto como aperitivo para finalmente acessar a Ponte Colombo Sales no Km 18. A subida da ponte a essa altura mais extensa e interminável. Fazia muita força para não caminhar e a respiração me limitava. O pace foi o mais alto da prova com 5:11 min/Km e só me restava brigar por um sub 1h40.

Vencendo a ponte, tivemos uma boa descida e finalmente a beira mar continental, plana. Briguei muito para recuperar o tempo perdido, mas o esforço tinha sido muito grande e não conseguia voltar a respirar compassado e fui levando do jeito que deu. A poucos metros do portal vi o relógio quase virando para 1h40min, mas dessa vez não tive forças para vencê-lo e escaparam uns 13 segundos.

Cheguei bastante exausto e sentia o pulmão gelado ainda. Talvez de tanto inspirar e expirar o ar frio. Demorei um tempinho pra me recuperar com dores em alguma parte do lado esquerdo que devo ter forçado demais. Após me hidratar bastante, retirei o chip e troquei pela medalha. Nem tinha percebido, mas dessa vez as medalhas eram diferenciadas com a estampa da distância (5 Km, 10 Km ou 21 Km). Muito bom.

Fui retirar os meus pertences no guarda-volume e segui para a área VIP assistir a chegada da Aninha. Essa é uma das vantagens de ser assinante da Revista O2. Na área VIP, além de termos uma vista privilegiada, tem serviços com acessos mais fáceis como: massagem, banheiros, mesas, puffs, frutas, barras de cereais e água. Somado ao fato da inscrição sair um pouco mais barata (cerca de 15%) e poder ter a personalização na camiseta acho que vale a pena manter a assinatura da revista.

Enquanto eu ainda tirava algumas fotos e me trocava a Aninha chegou com o Nilton um pouco a frente, e o Eric logo atrás. Ela também cruzou o portal bem cansada e a fisionomia não negava, mas todo o esforço valeu a pena. Bateu de uma só vez na mesma prova os seus RP´s nas distâncias de 10K, 15K e 21K. Senti muito orgulho dessa evolução. Meus parabéns, Aninha, e valeu pelo pace, Nilton.

Depois ficamos por lá confraternizando com o pessoal, pois o dia estava muito agradável com o sol que abriu. Tive o prazer de encontrar com os amigos ex-virtuais Sidnei Camilo de Joinville e o Samir Milani aqui de Florianópolis. E lógico que aproveitamos já pra fazer o registro.
       
                        Foto:  Sidnei Camilo                       Samir, Clécio, Zé Aguiar, Ota, Analto, Enio e Guilherme. (Foto: Samir Milani).

A estrutura da prova como um todo foi excelente, com frutas, água e isotônicos na chegada, banheiros químicos, área de massagem, diversos painéis para fotos, guarda-volume, tudo à princípio bem balanceado. Não ouvi reclamações de ninguém.

Encerrada as atividades foi hora de recuperar as energias. E a Churrascaria Riosulense, que fica a poucos metros da arena da prova foi a escolhida com os seus espetos dos mais variados. Não ganho nada por essa citação, mas é uma facilidade e uma boa opção quando temos provas na beira mar continental.

Para quem quiser acompanhar a cobertura que o Enio e o Guilherme do Podcast Por Falar em Corrida fizeram sobre a Meia Maratona de Floripa confere no vídeo a seguir. Vale e pena:


Finalizando, deixo o comparativo de temperatura e umidade de 2016 e 2017 extraídas do Garmin. Será que essas diferenças influenciam em alguma coisa ?

Percurso 2017 (21,33 Km)
Percurso 2016 (21,34 Km)

Kit básico com personalização da camiseta para sócios do clube O2

 Na retirada do Kit no Hotel Majestic


Dia excelente para correr

 Saindo do Viaduto Rita Maria
(Foto: Foco Radical)
 Nilton Generini, Ana Paula e Eric Ito
(Foto: Foco Radical)
 Ponte Hercílio Luz ao fundo
(Foto: Mario Sérgio Jesus - Foco Radical)
Na reta final, faltando cerca de 1 Km
(Foto: Christian Schmidt Mendes - Foco Radical)
Com Fausto Egídio do Confraria das Corridas
 Pós-prova com os amigos
 Medalha com a distância e a vista da área VIP.
Certificado da Meia de Floripa

Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 11/06/2017 
Horário: 07:00 Hs 
Distância: 21,097 Km (21,33 Km) 

Inscrição: R$ 101,64 (com desconto clube O2)
Kit: Número do peito, sacola, camiseta manga comprida, boné, gel de carboidrato e chip retornável.  

Tempo: 1h40min13s
Pace: 4:42 min/Km


2017
Colocação: 030 de 0211 (categoria 45-49 anos aproximado)
Colocação: 251 de 1680 (masculino - aproximado)
Colocação: 272 de 2643 (geral - aproximado) 

2016
Colocação: 026 de 0242 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 329 de 2158 (masculino)
Colocação: 350 de 3422 (geral)


4 comentários:

  1. Foi uma prova excelente, tudo favorável como Vc relatou.. Eu participei das 3 últimas e apesar de 2016 ter o melhor tempo gostei mais desta. Parabéns pelo ótimo tempo!!!

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  2. Parabéns pelo desempenho e pelo relato!
    Ser corredor nos proporciona expandir o círculo de amizades.
    Ser escritor nos permite o compartilhamento de uma forma tão bacana.
    Continue assim, propiciando aos amigos e leitores a inspiração para suas próprias empreitadas.
    Abraço.

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  3. Edu... e como tinha gente nessa corrida. Você estava bem ligeiro. O tempo ajudou, né? Mas esse lance de pulmão congelar da até medo... como sempre seu blog continua brilhante!

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