quarta-feira, 23 de maio de 2018

20/05/2018 - Corrida Rústica FATENP 2018 - Palhoça / SC

Foto: Ana Paula Marcon

Corrida Rústica FATENP 2018 - Palhoça / SC

Resultado 5 km
Resultado 10 km

A convite da organização da prova, a qual agradeço em nome do Jorge Fernando Hammes, participei pela primeira vez da Corrida Rústica FATENP, promovida pela Faculdade de Tecnologia Nova Palhoça, e que teve a sua 2ª edição realizada no último domingo (20). A prova contou com as distâncias de 5 km e 10 km com preços convidativos: R$ 45,00 (mais taxa) com kit no lote inicial, e R$ 35 (mais taxa) sem kit. Como a procura superou as expectativas dos organizadores as inscrições se encerraram dias antes da data da entrega dos kits.

Um ponto que me chamou a atenção foi o percurso todo plano, em asfalto, e em longas retas, que é disparado a minha preferência. Consigo manter um ritmo mais constante. A ideia inicial era fazer a prova de 5 km, mas como ainda estava com uma dor desconfortável na perna esquerda optei em fazer os 10 km. Digo isso porque em corridas de 5 km o esforço e o impacto são muito maiores nas pernas. Nos 10 km eu iria um pouco mais contido.

A entrega do kit foi na véspera da prova na FATENP até o início da tarde. Mais à noite a entrega foi no Supermercado Cambirela. Foi possível também fazer a retirada no dia da prova, até meia hora antes da largada. Pra garantir peguei o meu e o kit da Aninha no início da tarde, na própria FATENP, aproveitando pra reconhecer a área. Teve até um telão onde foi possível assistir como seria o percurso da corrida. Dessa vez eu e a Aninha optamos por fazer a distância de 10 km.

No dia da prova fomos bem cedinho, chegando pouco antes das 7:30. Contamos com a boa estrutura das instalações da Faculdade, como o estacionamento e banheiros, o que facilitou bastante. O clima estava friozinho, e bem favorável para uma boa corrida. Ainda com medo de correr tratei logo de fazer um bom aquecimento de uns 15 minutos para acostumar as pernas. Foi tranquilo e sem dores, mas eu queria ver na hora que fosse pra valer mesmo.

A largada foi separada, com início previsto para às 8:30. Primeiro saíram os atletas PNE´s, com a presença em peso dos cadeirantes do Instituto Paulo Escobar, e logo em seguida os atletas dos 5 km. Visivelmente deu pra perceber a preferência por essa distância sendo a grande maioria. Eu e os demais atletas dos 10 km ficamos no aguardo da 2ª largada, que ocorreu cerca de 5 minutos depois. A saída foi diferente. Enquanto o pessoal dos 5 km seguiu pela direita na Av. Vidal Procópio Lohn, os atletas dos 10 km viraram à esquerda no sentido da BR-101.

Parti ainda meio receoso e com passadas mais curtas para evitar qualquer surpresa inicial. Queria me aquecer bem antes de arriscar um ritmo mais forte. Com isso o pessoal foi me passando e abrindo distância. Eu continuei na minha ideia, fechando o 1º km com pace de 4:39 min/km e o 2º km em 4:32 min/km, que foram feitos em uma reta só, de ida e volta.

No 3º km, já entrando na Rua Aleixo Alves da Silva, desenvolvi o meu melhor pace com 4:30 min/km, já me posicionando melhor na prova. Imaginei que poderia manter esse ritmo, mas a partir daí não rendeu tanto nos quilômetros seguintes. Nem posso me queixar da altimetria, pois era somente reta e plano. Essa rua teve aproximadamente 3 km de ida e volta, e meu pace já estava próximo de 4:40 min/km. 
A partir do 6º km já estávamos novamente na Av. Vidal Procópio Lohn, passando em frente a FATENP e seguindo reto no mesmo percurso do início. Na ponta extrema (próximo da BR-101) fecharam os 7 km e com o ventinho contra o pace subiu mais um pouco. Nesse ponto os amigos Heleno e Jabson, que vinham liderando a prova com certa folga, por falta de orientação adequada erraram o retorno, seguiram reto pela marginal da BR-101, e acabaram tendo as suas provas comprometidas. Em condições normais não tenho dúvidas que seriam os vencedores dos 10 km.

Os demais atletas que vinham atrás retornaram certo e com quase 8 km percorridos entraram à direita, na Rua B. Segui o fluxo dos que iam à frente. No outro ponto de retorno, que estava sinalizado com um cone e um staff, seguimos reto (não houve orientação para retornar,  pelo menos no meu caso). Acessamos a marginal da BR-101 por onde corremos cerca de 500 m. Acredito que a grande maioria dos atletas seguiu esse percurso também (cerca de 12 atletas que verifiquei no Flyby do Strava com certeza). Isso fez com que a distância percorrida tivesse aumentado para quase 11 km. Inclusive ficou visível quando passamos pela placa de 9 km e o Garmin já marcava quase 10 km. Para registro, meus 10 km fecharam em 46min32s.

Mesmo estando friozinho me recordo de ter pego água em pelo menos 3 postos de hidratação, com os staffs tendo o cuidado de entregar os copos nas mãos dos atletas. Muito bom, pois deu pra dar uma molhadinha na boca e não perder tempo.

Finalmente voltamos para a rua principal, da FATENP, para concluir a prova. Eu já não aguentava  mais, mas não podia parar, pois tinha um grupinho vindo junto. Não ia facilitar. Cruzei a linha de chegada com o tempo de 50min38s, registrado pelo Garmin. No resultado oficial divulgado ficou em 50min57s. Acho que deva ter sido o tempo bruto ou algum início adiantado do cronômetro, pois outros atletas também relataram essa diferença. Não foi dos meus melhores tempos na distância, mas fiquei feliz por não sentir dores durante a prova e ter ido bem no contexto geral.

Na chegada teve muitas frutas e água pra hidratação. Retirei a medalha, que foi entregue mediante a devolução do chip retornável. Respirei um pouco e fui acompanhar a chegada da Aninha. Não demorou muito e ela chegou para completar a sua prova, conquistando a 7ª colocação geral. Mais um grande resultado.

Além do pódio geral, as categorias por faixa etária seriam premiadas até a 3ª colocação, tanto nos 5 km como nos 10 km. Acho isso bem legal e mais justo. Aguardamos a premiação com os amigos na expectativa de um bom resultado. E veio da melhor forma possível com pódio na 1ª colocação da minha categoria 45-49 anos e o pódio da Aninha na 2ª colocação na categoria 35-39 anos. É muito legal quando acontece essa dobradinha. Os dois ficam contentes. Deu até uma animada para a minha preparação para a maratona de Porto Alegre, que já tinha praticamente desistido.

De uma forma geral gostei muito da prova, com destaque para o percurso plano e em asfalto. O kit foi legal, a medalha bonita, estrutura boa e adequada ao evento, aproveitando parte da estrutura da faculdade, e hidratação em abundância. Houve problemas, quanto a sinalização/orientação em pontos importantes, no finalzinho do percurso, que acabaram comprometendo a participação de alguns atletas. Uma pena. Conforme posição da organização, que já se manifestou logo após a prova, serão levantadas as responsabilidades do ocorrido e farão os devidos ajustes para a próxima edição, que deverá ocorrer em Outubro desse ano ainda. Até lá deverei estar melhor preparado.

Percurso percorrido da Corrida Rústica FATENP 2018 (10,91 km)
Retirada do kit na FATENP com o Gabi, Felipe e o Jorge
Kit da Corrida Rústica FATENP 2018
No aquecimento com a Aninha e testando as pernas
(Foto: Foco Radical)
Concentrado e fazendo força durante a prova
(Foto: Foco Radical)
Chegada
(Foto: Juciana Fernandes)
Aninha conquistando o vice-campeonato na categoria 35-39 anos. Parabéns !!!
Campeão da categoria 45-49 anos. Algo muito raro.
Dobradinha e os dois felizes.
Medalha e troféu da Corrida Rústica FATENP 2018

Local: FATENP - Palhoça / SC
Data: 20/05/2018
Horário: 08:30 Hs (08:35 Hs)
Distância: 10km (10,91 km)

Inscrição: R$ 50,00 no primeiro lote (cortesia)
Kit: Sacolinha, camiseta, boné, copinho, chip retornável e número de peito.

Tempo: 50min38s
Pace: 4:38 min/km
Tênis: Asics Hyper Speed 6

Colocação: 01 de 03 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 15 de 52 (masculino)
Colocação: 15 de 69 (geral)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

06/05/2018 - Wings for Life 2018 - Rio de Janeiro / RJ - 5ª Edição

Foto: Mark Maderovysk - Foco Radical 
Wings for Life 2018 - Rio de Janeiro / RJ - 5ª Edição

Esse ano comemorei a passagem do meu aniversário na cidade do Rio de Janeiro, local escolhido para a realização da 5º edição da Wings for Life Brasil. Nos três últimos anos ela aconteceu em Brasília-DF, e em 2014 em Florianópolis-SC. Para quem nunca participou, essa é uma corrida com o objetivo de arrecadar  fundos para as pesquisas para a cura da lesão medular. É realizada simultaneamente em várias cidades de vários países, e o vencedor global é o que percorrer a maior distância até o catcher car (carro perseguidor) alcançar.

Achei bem legal a ideia de dar uma variada de Estado para podermos passear por outros lugares também. Tinha corrido no Rio de Janeiro somente no ano passado. Essa foi a minha 2ª prova por lá e o percurso foi praticamente idêntico ao que fiz na Rio City Half Marathon de 2017. Muita reta, e sob muito calor. Fiz a inscrição ainda no 1º lote, pelo valor de R$ 120.

Eu e a Aninha partimos rumo ao Rio no sábado pela manhã. Já dentro da aeronave ela me fez uma grande surpresa tirando de uma sacola dois bolinhos e velhinha para comemorar o meu aniversário. Já tinha ficado emocionado e logo veio outra surpresa maior ainda, ganhei um Garmin 235 (que entre outras funções também faz o registro do batimento cardíaco pelo próprio pulso). Era um relógio que eu vinha namorando a tempos. Realmente posso dizer que tenho muita sorte por ter uma pessoa tão especial. Fiquei sem palavras para agradecer essa minha grande parceira de vida e de corridas. Muito obrigado, minha linda. Você é incrível e me surpreende a cada dia !!!

Chegamos pelo aeroporto do Galeão no sábado à tarde. Pelo atraso do vôo, que inicialmente era pra chegar pela manhã, recebemos um voucher no valor de R$ 30 cada um para almoçar. O amigo Marcos Vinícius também estava no mesmo vôo. Até que valeu a pena !!! Fomos então direto retirar o kit no Vogue Square Shopping, localizado na Barra da Tijuca. De UBER ficou em torno de R$ 66. Estava tudo bem tranquilo e sem grandes filas. Local simples, sem grandes estruturas, basicamente para a entrega do kit mesmo. O catcher car ficou próximo, estacionado do lado de fora, para as fotos.

Vários amigos de Santa Catarina também foram participar: Juciana, Jabson, Marcos Vinícius, Sabine, Fabíola, Enio, Andressa, Jairo, Fátima, Susany, Thiago e o Juan. A maioria deles ficaram em hotéis próximos da largada, na Praia do Pontal no Recreio dos Bandeirantes: Pontal Apart Hotel , KS Beach Hotel, Blue Tree  Premium Design. Todos eles permitiram um check-out late até às 14 horas, o que foi muito útil. Tinha um outro hotel, Atlântico Sul, que fica em frente a arena e a largada. Nós ficamos no Blue Tree Premium Design, e posso dizer que valeu muito a pena pela estrutura e a vista. Foi onde ficaram parte da organização e seus convidados. Numa próxima é a minha 1ª opção.

Como a maioria dos amigos estavam por perto fomos comemorar o meu aniversário no Americas Shopping, comendo massas no jantar, pra variar. Abastecendo de carboidratos para a corrida no dia seguinte. Usamos UBER para ir e voltar, mas confesso que ficamos com um certo receio à noite.

No dia da prova, como estávamos pertinho da largada, ficou melhor para tomar um bom café, que iniciou às 6 horas. Nem preciso dizer que nesse horário estavam somente os atletas que iriam correr. Estávamos a apenas 5 minutos da largada. O clima estava bom, não muito quente, mas o sol já ameaçava sair.

Chegamos na arena com mais de uma hora de antecedência. Era uma área bem estruturada com várias tendas, telões, banheiros químicos, guarda-volume, catcher car. Ainda não estava cheio e aos poucos fomos encontrando os amigos e conhecidos. Hora boa de confraternização e de ansiedade pelo início da perseguição.

Fui fazer um leve aquecimento e senti um pouco a lateral da coxa esquerda ainda. Não estava mais tão confiante para superar a marca do ano passado, de pouco mais de 23 km. Teria que ver como essa dor se comportaria ao longo da prova.

Várias personalidades estavam presentes no evento como o ex-BBB Fernando Fernandes (embaixador da prova), Laís Souza (ex-ginasta olímpica), o ator Bruno Gagliasso, Bruno Rezende (do voley), vários blogueiros e youtubers ligados a saúde e corrida, além do surfista Pedro Scooby, que teve a missão de conduzir o catcher car esse ano e ir encerrando a participação dos atletas. 

A largada no Brasil ocorreu às 8 horas da manhã e foi simultânea em todos os outros países,  inclusive em horários noturnos em alguns deles. Correram mais de 75 mil atletas espalhados no mundo todo, que além de participarem de uma corrida diferente e divertida, contribuíram com a causa. No Brasil foram pouco mais de 3.000 atletas.

Sob grande euforia foi dada a largada, com os atletas cadeirantes seguindo a frente. Registrei com um vídeo ao vivo no Facebook o clima pré-largada e um pouquinho da corrida nos metros iniciais. É muito legal ver e sentir essa energia inicial de todos os atletas. É contagiante e todos saem no maior pique, inclusive os cadeirantes.

Partimos do Recreio dos Bandeirantes e fomos no sentido de Copacabana, em uma reta só. Percurso bem plano, mas com o sol a nossa frente. Minha ideia era de manter um pace próximo de 5 min/km até onde fosse possível. Conhecia o percurso da meia maratona que tinha feito no ano passado, na Rio City Half Marathon. Por isso sabia que não deveria exagerar no início.

Os primeiros quilômetros serviram pra acostumar o desconforto da dor na perna. Sabia que logo passaria. E realmente, depois de uns 3 km não sentia mais nada. Acho que já tinha esquentado. Consegui me manter no ritmo esperado. Público assistindo esse início eram poucos ainda, só uns bêbados que às vezes apareciam ao lado dos quiosques perto da praia que resmungavam alguma coisa.

Corríamos sempre com o mar a nossa direita e o sol a nossa frente, cenário esse que me acompanhou praticamente por todo o percurso. Os postos de hidratação iniciais, pelo menos até onde consegui chegar, foram de 3 em 3 km, e teve 2 postos com energético Red Bull. Esses eu passei, pois em corridas anteriores não me fez nada bem. Em relação a água peguei um copo em todos os postos de hidratação, ora pra beber ora pra refrescar um pouco a cabeça. Depois dos 25 km os postos de hidratação passaram a ser de 5 em 5 km.

Estava em um ritmo relativamente confortável e sem grandes esforços até o 11º km, na Barra da Tijuca. Minha intenção era manter a regularidade. Em outros tempos e outras condições climáticas seria mais fácil manter um pace abaixo de 5 min/km. Já não havia tantos atletas como no início, pois o catcher car, que tinha largado 30 minutos depois, tinha começado a alcançar os corredores, fazendo a leitura dos seus chips e finalizando a participação deles.

Comecei a sentir o cansaço cedo dessa vez. Normalmente consigo levar bem até o 15º km, mas logo no 12º km a respiração foi ficando complicada, mesmo nesse ritmo mais contido. Com o Garmin novo pude acompanhar a zona de frequência cardíaca, e já estava em Z5 (zona 5), situação essa que perdurou por 76% da minha corrida, ou seja, 1h27min correndo nessa condição. Não sei se isso é bom.



Na altura do 16º km eu já estava me entregando. Pensei em caminhar e deixar o carro me alcançar logo. Já não tinha mais chances de passar dos 23 km. Mas como a gente é teimoso quis pelo menos concluir uma meia maratona (21 km), que eu sabia que terminaria na Praia de São Conrado. E segui em frente, já preocupado com a aproximação do carro.

Após completar o 18º km veio a parte mais dura da prova, na Ponte Joatinga. Se já estava me arrastando no asfalto, na subida tive que aliviar e dar uma caminhada. Os outros atletas passavam e incentivavam a continuar no trote, mas eu precisava dar um refresco para o coração. Vencida essa parte entramos pelo Túnel do Joá. Deu aquele alívio por sairmos do sol, além de nos proporcionar umas das vistas mais lindas de todo o percurso e ser em descida. Pensei em parar pra fazer uns registros, mas não podia perder tempo.

Já no finalzinho do túnel ouço a movimentação do catcher car com a caravana chegando. À minha frente, a poucos metros, a placa de 21 km e saída do túnel. Saquei o celular ao mesmo tempo que me apressava para tentar passar pela placa. O resultado não foi muito bom. Não consegui registrar o momento da passagem do catcher car. A mão ainda suada impossibilitou de manusear o touch da tela. Menos mal que consegui atingir os 21 km. Isso aconteceu bem na saída do túnel.

Missão cumprida, agradecimentos do pessoal da organização que seguiam na caravana, e seguimos caminhando, em busca do ônibus que nos levaria de volta para o local da largada. Lá também receberíamos a nossa medalha, que esse ano foi a mais bonita de todas as edições.

Tivemos que caminhar até o km 23 na ponta da Praia de São Conrado. Estava bem dolorido e cansado, mas o visual compensava. O ônibus não demorou muito a sair e ainda bem que consegui um lugar pra sentar. Enquanto voltava pelo sentido inverso deu pra perceber o quão longe a gente chegou. Foram quase 30 minutos nesse trajeto de volta.

Chegando na arena encontrei a Aninha, que atingiu a marca dos 16 km, e os demais amigos que já tinham terminado a prova. Retirei a medalha, peguei o meu kit lanche com frutas e um Red Bull, e aguardamos um pouco a chegada dos demais amigos. Como já passava das 11 horas nossa preocupação foi quanto ao check-out do hotel, que acabou nos permitindo ficar até às 14 horas.

Fomos para o hotel, tomamos banho, fui na hidromassagem da piscina, fizemos o check-out, e nada do amigo Jabson chegar, e o pior, sem notícias. A Juciana e outras pessoas que aguardavam já  estavam preocupadas com a demora. Faltava o grupo de atletas que tinha ido mais longe. Para alívio geral, já passando das 14:00 eles chegaram na última VAN. O Jabson conseguiu um excelente resultado correndo 42,9 km, ficando na 13ª colocação geral no Brasil. Correu muito esse garoto.

O campeão brasileiro foi o paranaense José Eraldo que percorreu 63,15 km e a campeã foi a eslovena, Eva Zorman, com 48,11 km percorridos. Ela tinha vencido em sua terra natal no ano passado e como prêmio escolheu vir correr no Rio de Janeiro e venceu também.

Por ser a 1ª Edição no Rio de Janeiro, alguns pontos precisam ser ajustados: como maior suporte aos atletas principalmente no final da prova (um deles foi assaltado no percurso), melhorar a  logística e as informações sobre o transporte de volta (muito demorado para aqueles que avançaram mais), melhorar o controle na entrega do chip (não localizaram o número de peito da Aninha e entregaram o número de outra atleta). Mas de um modo geral foi outra experiência bastante positiva e esses pequenos detalhes, porém importantes, podem ser corrigidos em uma próxima edição.

Percurso Percorrido 2018 (21,06 km)

Kit com a camiseta branca
Bolinho surpresa a bordo e um Garmin 235. Muito obrigado, Aninha !!!
Eu e a Aninha na retirada do kit
Concentração na véspera da prova
Jantar pré-prova no Américas Shopping com os amigos pra comemorar o aniversário
Amigos de SC: Ju, Jabson, Aninha, Marcos, Fabíola, Viviane e Sabine
Marcos, Jabson, Juciana, Susany, Tiago e Aninha. A postos para largar.
Até aqui é só alegria...
 Vai um solzinho aí ???
A caminho do ônibus na Praia de São Conrado
Asas só para foto mesmo 
Medalha
Certificado

Local: Praça do Pontal - Recreio dos Bandeirantes - Rio de Janeiro / RJ
Data: 06/05/2018
Horário: 08:00 Hs
Distância: 21,06 Km

Inscrição: R$ 120
Kit: Sacolinha, camiseta, uma lata de Redbull, e número do peito com chip.

Tempo: 1h53min25s
Pace: 5:23 min/Km
Tênis: Asics Noosa FF

Colocação Brasil: 035 de 166 (categoria 45-49 anos)
Colocação Brasil: 289 de 1.758 (masculino)
Colocação Brasil: 360 de 3.077 (geral)

Colocação mundial: 899 de 3.956 (categoria 45-49 anos)
Colocação mundial: 8.131 de 40.784 (masculino)
Colocação mundial: 9.420 de 76.455 (geral)

sexta-feira, 4 de maio de 2018

29/04/2018 - 8ª Meia Maratona de Balneário Camboriú / SC

Foto: Felipe da Cruz - Foco Radical
8ª Meia Maratona de Balneário Camboriú / SC

Nessa edição da Meia Maratona de Balneário Camboriú comemorei a 50ª meia maratona concluída ao longo desses quase 10 anos da minha vida de corredor. Número esse que nem em sonho eu imaginaria quando estava com os meus 40 anos de idade. Também foi a minha 8ª participação seguida em todas as edições da Meia Maratona de Balneário Camboriú, na distância de 21 km solo. E deu pra acompanhar bem a evolução ao longo desses anos.

A inscrição foi feita ainda no lote promocional, no final do ano passado, ao preço de R$ 54,00. Vale a pena se programar com antecedência, ainda mais para essas provas já conhecidas. A organização ficou por conta da Corre Brasil e novamente o evento teve recorde, com mais de 4.000 atletas inscritos nas distâncias de 5 km e 21 km (individual e em duplas). Só na meia maratona solo o número de concluintes cresceu cerca de 50%, com 1.526 atletas que completaram o percurso esse ano.

Eu vinha de umas semanas não muito boas, devido a fraquezas por conta de reação da vacina da febre amarela e dores na lateral da coxa esquerda. Dor essa, que quando se manifestava, mal me permitia caminhar direito. Não fiz muitos treinos e os que fiz foram bem de leve. Me poupei para poder chegar em condições de correr.

Sabia que não estava na mesma forma do ano passado e não tinha esperanças de melhorar o meu tempo (1h41min45s), mas queria brigar por algo em torno de 1h45min. Essa meia também serviria de início dos treinos para as maratonas que estão se aproximando.

Para a retirada do kit contamos com a ajuda dos amigos Andréa e Lucas, ao quais sou muito grato. Nos poupou uma viagem ida e volta de São José à Balneário Camboriú (75 km). Eles retiraram o meu kit, o da Aninha e da Akemi (amiga da Aninha) que veio de Ponta Grossa-PR para participar. Gostei da camiseta e também do número de peito que aumentou de tamanho e ficou mais visível.

A entrega foi na sexta-feira e no sábado, no horário de funcionamento do Balneário Camboriú Shopping. Um detalhe importante foi o controle quanto a necessidade obrigatória da entrega de 1 kg de alimento não perecível, conforme o regulamento. Para aqueles que não puderam retirar nas vésperas, só foi entregue o número de peito e o chip no dia, como divulgado.

No dia da prova acordamos bem cedinho e saímos de São José às 4:30 para chegar por volta das 5:30 no local da largada, em frente ao Parque Unipraias. Apesar da largada estar prevista para às 7 horas queríamos conseguir uma vaga para o carro próximo, o que ficou impossível depois das 6 horas. Não tem jeito, com o crescimento dessa prova tem que ir cedo se não quiser ficar preso no trânsito e se atrasar para a largada.

O clima, apesar de não estar ensolarado estava bem mais quente em relação ao ano passado, com cerca de 9 graus de diferença a mais. Aos poucos fomos encontrando os vários amigos das corridas. Sabia que a grande maioria estaria por lá. Mas como a quantidade de atletas era muito grande, muitos deles só vi de longe ou pelas redes sociais.

A largada foi diferenciada: uma para a distância de 21 km às 7 horas, e outra para os atletas dos 5 km, com um intervalo de 20 min. Legal que foi bem cedinho, pois o sol e o calor vão aumentando com o passar do horário. Eu e a Aninha largamos primeiros juntos com os atletas dos 21 km (individual e duplas), minutos depois que saíram os PNE´s. A Akemi largou pouco depois, nos 5 km.

Com receio das dores na perna esquerda procurei fazer esse trecho inicial pela beira mar de Balneário Camboriú sem grandes esforços e com pace próximo de 5 min/km. Até que foi direitinho nesses primeiros 6 km, até chegar no conhecido e temido morro da Rainha. Conheço bem e por isso me poupei um pouco antes, mas mesmo assim tive que fazer uma breve caminhada quase chegando ao topo. Não tem jeito, mesmo subindo devagar o meu batimento cardíaco dispara.

Não perdi muito tempo nessa primeira subida concluindo o 7º Km com pace de 5:30 min/km. Nesse trecho perdi cerca de 1 minuto. Nada tão crítico. Estava confiante depois de vencer o morro e segui firme, mas ainda sem exagerar. A dor na minha perna eu nem lembrava.

Fui pegando um copo de água em cada posto de hidratação, que estavam bem distribuídos ao longo do percurso. Bebia metade e a outra jogava na cabeça pra refrescar. O calor foi aumentando e mesmo no trecho plano da Praia Brava (8º e 9º km), meu ritmo foi caindo, começando a escapar do meu pace alvo. Essa reta parecia que não ter fim.

Enfim fizemos o retorno no final da rua que acompanhava a Praia Brava, com cerca de 9,5 km percorridos desde o início, e voltamos por uma rua paralela. Nesse trecho comecei a sentir um pouco mais e não foi possível mais manter o ritmo. Entramos pela avenida em que é feita a troca do revezamento. É uma avenida longa de ida e volta e com umas subidinhas e descidinhas.

Na altura do antigo posto de troca do revezamento ficou um posto de hidratação. Achei que ficou  meio escondido encoberto pela quantidade de gente que estava ao redor, e poderia ter uma extensão maior. Passei batido pelo ponto e tive que retornar um pouco para pegar um copo de isotônico. Estava precisando mesmo. Não tomei gel de carboidrato.

O posto de troca do revezamento mudou para o outro lado da avenida em relação aos anos anteriores, já na volta. Isso fez com que os primeiros atletas das duplas corressem um pouco mais que os seus parceiros. Falando em dupla, a única incomodação para essa modalidade é a logística de transporte para esse ponto de troca, que ficou por conta de cada dupla.

Logo após o posto de troca notei que fui sendo ultrapassado com certa facilidade por vários atletas. Eu sabia que estavam abrindo a 2ª parte do revezamento, mas a sensação é meio estranha. O Enio do Podcast Por Falar em Corrida foi um deles. Passou sorrindo por mim com todo o gás, fez um videozinho e sumiu à frente. Eu mal consegui dar um "oi".

Pior de tudo é que eu sabia que próximo do 14º km teria a volta do Morro da Rainha e eu já estava bastante ofegante antes mesmo de chegar próximo. Na volta o morro não é tão íngreme como na ida, mas é mais extenso, e além disso já estamos bem mais cansados. Meu pace já passava dos 5:15 min/km e o meu primeiro objetivo já tinha ido por terra. Passei a pensar ainda em um possível sub-1h50min.

Cheguei ao Morro da Rainha com o pensamento de não caminhar, mesmo que fosse bem devagar, mas começaram as fisgadinhas na parte interna das coxas, além de estar com o coração saindo pela boca. Acabei aliviando e caminhando mais um pouco. Sensação boa é quando estamos lá em cima e só temos a grande descida até ganharmos novamente a beira mar plana de Balneário Camboriú. Pensei comigo, agora vai.

Desci o morro com bastante cuidado para não escorregar, pois ficam muitos copos de água pelo percurso. Os joelhos também sofrem com as marteladas da descida, mas deu tudo certo. Finalmente cheguei no plano tentando retomar o ritmo. Mas quem disse que o organismo respondia ?! Um cansaço extremo tomou conta de mim e as fisgadas, loucas para dar cãibra, foram ficando mais frequentes. Se tem uma coisa que não consigo lutar contra são essas malditas cãibras e dessa vez elas apareceram mais cedo.

O jeito foi me controlar e intercalar caminhadas e trotes na medida do possível. Como esses quilômetros finais custam a passar. Fui assim até cruzar a linha de chegada, praticamente mancando. O funil da chegada é um momento muito emocionante, pois se forma um grande corredor pelo público que te dão aquele empurrão final. Concluí a prova com tempo líquido de 1h55min35s, uns 10 minutos a mais do que pretendia, mas diante das condições ficou de bom tamanho.

Na minha exaustão da chegada tive que cuidar e alongar para não travar tudo de vez. Só depois de um tempinho consegui pegar a medalha e me hidratar. A estrutura de chegada estava muito boa. Tínhamos disponível um shake proteico, muita água, frutas, isotônico e até um cafezinho quente. Não consegui comer nada. Só beber.

Tentei esperar a Aninha por lá, mas não foi possível e por fora ficou complicado de ir. Ela também chegou bem cansada, e logo em seguida nos entregamos  ao serviço de massagem disponível aos atletas, feito pela Fran e equipe da Elementos Assessoria. Excelente. Em uma prova dura como essa foi muito importante dar uma aliviada nas dores.

A Akemi, que fez os 5 km e fez um tempo bom, deve ter cansado de nos esperar. Aliás, conforme alguns relatos baseados nos GPS de alguns atletas parece que faltaram uns 200 metros pra fechar os 5 km. Isso deve ter gerado muitos "RP's" na distância !
 
Fiquei impressionado com o crescimento da Meia maratona de Balneário Camboriú, tornando-se uma das maiores aqui em Santa Catarina, e sob a organização da Corre Brasil, que mais uma vez está de parabéns pelo evento. Pena que as condições de mobilidade de Balneário Camboriú estejam no limite para eventos desse porte, deixando as redondezas muito truncadas. Mas no final tudo vai se ajeitando. 

Missão cumprida e foi hora de retornar e recuperar as energias com um bom rodízio de carne no Restaurante Tradição Gaúcha, em Biguaçu, já no retorno pra casa. Não preciso dizer que ano que vem terei que retornar para me vingar desse meu resultado. Em 2019 estaremos lá novamente.

Percurso dos 21 km

Altimetria

 Kit da Meia maratona de Balneário Camboriú 2018
Chegando dedo com disposição
Em excelente companhia, com a Aninha, na praia de Balneário Camboriú
 Tudo junto e misturado: Aninha, Elenir, Susi, Akemi Andréa...
Aline, Zé, Lucas, Aninha, Andressa, Enio e Akemi
Com o amigo Cesar August e a esposa Lisete, ainda escuro
Eu e a Aninha com os amigos Lucas, Akemi e a Sabine
 Subindo o Morro da Rainha. Pensa que é fácil ?!
(Foto: Foco Radical) 
 Vamos voltando.
(Foto: Foco Radical) 
  Belo cenário na volta pela Av. Atlântica.
(Foto: Foco Radical) 
 Chegada. Agora são 50 meias maratonas !!!
Tempo líquido: 1h55min35s
(Foto: Equipe Confraria das Corridas) 
Retirando a medalha
(Foto: Juliane Bogo - Corre Brasil)
 Medalha da Meia maratona de Balneário Camboriú 2018


Belíssimo certificado da Meia maratona de Balneário Camboriú

Local: Em frente ao Parque Unipraias - Balneário Camboriú/SC
Data: 29/04/2018
Horário: 07:00 Hs (7:03 Hs)
Distância: 21,097 km (21,15 km) 

Inscrição: R$ 54,00 (Lote promocional)
Kit: Sacolinha, revista Corre Brasil, camiseta, barra de frutas, sachê de café, número de peito e chip descartável.  

Tempo: 1h55min35s
Pace: 5:28 min/Km

Colocação: 052 de 0111 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 494 de 1033 (masculino)
Colocação: 579 de 1526 (geral)