sexta-feira, 30 de novembro de 2018

25/11/2018 - 14ª Meia Maratona Internacional de Florianópolis / SC

Foto: Foco Radical
14ª Meia Maratona Internacional de Florianópolis / SC


Depois de completar a dura Maratona de Curitiba no último domingo o meu desafio passou a ser a Meia Maratona Internacional de Florianópolis. Engana-se quem acha que por ser metade da distância (21 km) é muito mais fácil. Na meia maratona o ritmo é bem mais intenso e difícil pra recuperar qualquer tempo perdido.

Essa é uma das minhas meias maratonas favoritas por proporcionar as melhores condições para se buscar um RP (Recorde Pessoal), com um percurso bem plano. Foi a minha 1ª primeira meia maratona e obtive o meu melhor tempo na distância de 21 km (1h37min44s), na edição de 2016, Naquela época eu estava bem mais treinado e em forma. Agora chegar perto disso está difícil.

Como opções de distâncias a prova tinha 5 km, 10 km e a meia maratona (21 km). Eu fiz a inscrição bem antes, com valor promocional de R$ 54,00 para os 21 km. A Aninha fez para os 10 km. Vale muito a pena se antecipar para conseguir boas condições de preço. Ainda mais quando já conhecemos a empresa organizadora, que novamente ficou por conta da Corre Brasil, já tradicional nas corridas de rua de Santa Catarina. 

Segundo a organização, foram cerca de 6 mil atletas inscritos para o evento. A cada ano essa prova cresce em número de participantes e concluintes. Essa movimentação é muito boa para a economia da grande Florianópolis. Grande parte dos atletas vem de outros estados e até de outros países, e além de correrem aproveitam para fazer turismo na região.

O local para a retirada dos kits foi no subsolo do estacionamento do Angeloni Supermercados Beira-mar, um dos patrocinadores da prova. A entrega aconteceu na sexta-feira à tarde e no sábado. Só consegui ir no sábado perto da hora do almoço e enfrentei uma fila bem grande, com a chegada de muitos atletas vindo de fora.

Por lá encontramos a Andressa e o Enio do Podcast Por Falar em Corrida. Foram cerca de 45 minutos só na fila. Pra quem foi de carro e não comprou nada no supermercado teve que desembolsar R$ 10, pois erai impossível retirar o kit no prazo de tolerância. Fiz um lanche por lá e consegui isenção do valor do estacionamento. Supermercados de sábado já são bem movimentados e com retirada de kit para uma prova desse porte ficou complicado. Teve também stands com vários produtos esportivos, mas com o stress da fila nem deu tempo de ver direito.

No domingo, a largada da meia maratona estava prevista para às 7:00, no Trapiche da beira mar norte. Para conseguir um bom lugar para estacionar chegamos por volta das 5:40. Nessas horas tem vantagem os atletas de fora que estão hospedados nos hotéis pela região. Quanto mais gente participando, mais cedo tem que chegar !!!

As minhas expectativas, apesar de ter feito a maratona no final da semana anterior, era de conseguir fazer pelo menos um sub-1h45min. Me parecia razoável, mesmo não tendo treinado para esse ritmo ultimamente. Mas tinha decidido não forçar muito, principalmente as pernas.

Após encontrar e bater um papinho com vários amigos e amigas corredores fui fazer um breve aquecimento. O tempo passou muito rápido e logo tive que me alinhar para a largada. Havia bandeirolas indicando o pace, mas não teve controle de acesso. Às 7:05 foi dada a largada somente para o pessoal dos 21 km. A Aninha e a Juciana iriam fazer os 10 km e enquanto largávamos faziam alguns registros. A largada dos 5 km e 10 km aconteceu uns 15 minutos depois, às 7:20.

Com a grande quantidade de atletas fiz uma largada meio encaixotado no 1º km, mesmo a avenida beira mar sendo larga e estando totalmente fechada para nós nesse trecho inicial. A minha ideia era correr com pace abaixo de 5 min/km durante toda a prova. E esse início estava razoavelmente tranquilo. Comecei a sentir um pouco o abafamento desde o início.

Inicialmente fomos no sentido do túnel Antonieta de Barros até completarmos 3,5 km. Nesse ponto foi feito o 1º retorno, antes de chegar ao túnel. Próximo havia um ponto de leitura do chip. Esse era um dos extremos da prova. Meu ritmo estava dentro do esperado e corria bem, mesmo sentindo um vento contra nesse trecho.

Voltamos no sentido do ponto de partida, e encaramos os dois viadutos que tem uma elevação um pouco maior, mas são bem curtas. O ritmo nesses viadutos quebra um pouquinho, mas nada significativo. Legal mesmo é a vista que temos quando estamos por cima, assistindo a passagem dos atletas dos 10 km, que largaram cerca de 20 minutos depois. Um verdadeiro mar de atletas. Deu até pra dar um olá para o pessoal.

Sem sol, mas com a sensação de estar bem abafado e suando muito, peguei copos de água em cada posto de hidratação. Metade pra beber e a outra metade pra dar uma refrescada na cabeça. Lembro que no 1º posto de hidratação não consegui pegar devido ao congestionamento e segui em frente. Mas em seguida um amigo que vinha logo atrás me alcançou e me deu o copo dele. Que legal. Estava com a boca seca e me ajudou bastante. Fico muito grato e contente com esses gestos. Só não estou  recordando o nome dele. Identificado: Lucas Farias. Valeu, amigo !!!


Ganhamos as ruas da beira mar norte novamente e seguimos reto no sentido da UFSC. Seriam 8 km em frente até o próximo retorno, nas imediações da Universidade. Ainda me sentia bem e dentro do programado. Passei em frente ao Trapiche (local da largada), completando 7 km percorridos. Essa passagem é muito revitalizante, pois por lá fica a concentração do público, que dá aquele incentivo na passagem de cada atleta. Enquanto passava ouvi locutor anunciando a chegada da vencedora dos 5 km, a amiga Jocélia Melek. Grande atleta e de uma simplicidade única.

Normalmente depois dos 7 km me sinto mais leve e mais confortável para correr. Acho que o corpo está mais aquecido. Completei o 10º km com 48min22s, ainda dentro do esperado. Porém, logo em seguida as pernas começaram a pesar e o meu rendimento começou a cair. Não estava conseguindo manter o pace abaixo dos 5 min/km, mesmo me esforçando.

Próximo do 12º km tomei um copo de isotônico pra ver se dava uma revigorada. Mas já estava rodando próximo de 5:10 min/km. Fui nesse ritmo até o retorno, onde logo em seguida teve o segundo ponto de leitura de chip. Era o outro extremo da meia maratona. Importante isso, para evitar que os atletas não cortem caminho simplesmente atravessando a pista antes de chegar ao retorno.

A minha passagem pelo 15º km foi com 1h13min55s. Apesar de apertado estava no ritmo médio pretendido. Porém, quando estava quase cedendo para uma caminhada, encontrei o amigo Jabson próximo do km 16. Ele tinha dado uma aliviada nessa segunda parte da meia para se poupar da maratona da semana passada. Acabei não caminhando, mas diminuí um pouco mais o ritmo, já com o pace próximo de 5:20 min/km.

Seguimos juntos até o final, eu sofrendo e o Jabson correndo tranquilo, carregando a bandeira em homenagem ao seu estado de origem, Piauí. Nesse finalzinho já havia bastante gente nas ruas. Apesar do calor ainda bem que o sol não saiu. Na passagem pelo km 18 eu estava dando adeus ao sub 1h45min. Não tinha mais forças pra recuperar o ritmo e segui somente para completar.

A chegada foi bem diferente. O público formando aquele corredor nos últimos metros e dando aquele empurrãozinho final. Até melhorei a postura e o pace nessa hora. Eu e Jabson cruzamos juntos a linha de chegada, devidamente registrado pela Aninha, que tinha concluído bem a sua prova de 10 km, e aguardava a nossa chegada.

O meu tempo líquido foi 1h46min23s, um dos mais altos das minhas participações nessa meia maratona. Por um lado um pouco frustrado, mas por outro contente por ter chegado sem dores ou cãibra. Não sei se a maratona anterior e a falta de treinos de tiros pesou, mas depois da metade da prova senti maior dificuldade. Rapidamente fui me hidratar e tomar uma garrafa de isotônico bem gelado. Tinha suado bastante.

Fui então me juntar aos amigos, trocar de roupa, tomar um café e assistir a cerimônia de premiação. Muitos amigos ganharam troféus, que foram entregues até a 3ª colocação de cada categoria por faixa etária, somente nos 21 km. Também teve vários sorteios, como óculos e relógios da Mormaii e até uma cafeteira expressa para os presentes durante a premiação. Eu como sempre, não ganhei nada.

A distância da meia maratona estava bem aferida como de costume, mas segundo alguns registros de atletas que correram os 5 km e 10 km, as distâncias estavam a menor, prejudicando quem buscava melhorar tempo em uma prova aferida. Ano passado também ocorreu isso.

Tivemos mais um grande evento e um novo recorde de inscritos nessa prova que vem crescendo a cada ano com a organização da Corre Brasil. Destaque para a grande presença de atletas de fora de Santa Catarina e que movimentam o turismo nessa data.

Percurso 2018 (21,17 km)
Kit da Meia Maratona Internacional de Florianópolis
 Retirada do kit no Angeloni Beira Mar, com Ana, Gabi, Andressa e o Enio 
Com os amigos. Os Avaianos em festa !!!
Foto com a Ponte Hercílio Luz não pode faltar.
(Foto: Foco Radical)
Ufa... quase chegando !!!
(Foto: Foco Radical)
Com o amigo Jabson que me acompanhou nos últimos 5 km.
(Foto: Foco Radical)
Chegada !!!
Eu e a Aninha com as medalhas diferenciadas
Nós corremos na Ilha da Magia
Número de peito e medalha 
Certificado da Meia Maratona Internacional de Florianópolis

Local: Trapiche - Beira mar norte - FLN/SC
Data: 25/11/2018
Horário: 7:00 Hs (7:06 hs)
Distância: 21,097 km (21,17 km)

Inscrição: R$ 54,00 (1º lote)
Kit: Sacolinha, camiseta, pacote de snacks de granola, uma barrinha de supino, Revista Corre Brasil, número de peito e chip descartável.

Tempo: 1h46min23s
Pace: 5:02 min/Km
Tênis: Asics Gel Noosa FF

Colocação: 039 de 0125 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 448 de 1281 (masculino)
Colocação: 512 de 2084 (geral)

domingo, 25 de novembro de 2018

18/11/2018 - Maratona de Curitiba / PR

Foto: Felipe da Cruz - Foco Radical
Maratona de Curitiba 2018


Após concluir a Maratona Internacional de Floripa em agosto tinha decidido deixar de correr maratonas, "como sempre". Porém, algumas semanas depois de um bom descanso, algumas reflexões e boas lembranças mudei de ideia e me inscrevi novamente para correr a Maratona de Curitiba. A minha última participação tinha sido em 2015. Uma vez feita a inscrição pra mim não tem mais volta. Seria a minha 16ª maratona.

Dizem que é uma das maratonas mais difíceis do Brasil e realmente é mesmo. A impressão que dá é que ou estamos subindo ou estamos descendo. Raros são os trechos retos em plano. Isso eu já sabia, mas já tinha me esquecido.

Sem muito tempo para fazer treinos longos e com alterações no horário de trabalho, minha preparação não foi do jeito que queria. O problema é que a maratona não perdoa. Meu resumo de treinos longos dentro do último mês de preparação foram: uma meia maratona, um longão de 32 km e outro de 24 km na última semana. O restante dos treinos foram no máximo de 15 km.

Ainda com memória das minhas últimas participações, tinha como objetivo primeiro entrar no ranking dos maratonistas (sub 3h55min na minha faixa etária) ou pelo menos um sub-4h. Estava na expectativa  e, apesar da preparação precária, estava confiante. A gente é sempre otimista.

Reservamos o Hotel Ibis Styles do Centro Cívico, bem ao lado do Shopping Muller, que fica a aproximadamente 1 km da Praça Nossa Senhora de Salete, local das largadas. Era o que tinha disponível na região para a data. Foi uma boa escolha, pois além de permitirem um check-out late sem custos extras, adiantaram também o café da manhã para os atletas. Uma excelente opção para esse evento. O valor da diária dupla com café da manhã já incluso foi R$ 186,58. Bom preço.

Eu, a Aninha, Jabson e Ju saímos de Florianópolis rumo a Curitiba no sábado pela manhã e chegamos no início da tarde. Fomos direto para o Shopping Estação para a retirada dos nossos kits. Uma boa estrutura foi montada na parte superior do shopping, com vários stands de diversos produtos e serviços, como o do pessoal do "Mania de Corrida", da "Revista Contra-Relógio", da personalização da camiseta (R$ 20), suplementos, roupas, entre outros. Aproveitei pra comprar um porta-medalhas e gel para a maratona. A entrega dos kits no período da tarde estava bem tranquila. Não pegamos fila alguma. Eu e a Aninha optamos pelo kit premium, que vinha com um boné e uma caneca, além da camiseta. A diferença era pouca e valeu a pena.

No final do dia ao invés de descansar fomos visitar o Passeio Público, pertinho do hotel, e comer aquela tradicional pizza pré-maratona no Shopping. Dessa vez foi sem exageros. Precisava dormir cedo por conta do desgaste da viagem e pra encarar a maratona do dia seguinte.

Na manhã de domingo tomamos um bom café da manhã servido a partir das 5:30 da manhã por solicitação dos atletas do hotel e fomos para o local da largada. O tempo estava gostoso, fresquinho, até com alguns vestígios de chuvinha leve. Menos mal que estava com nuvens e o sol encoberto. Por lá ainda encontrei o menino Bobby do Mania de Corrida, que faria a sua estreia na maratona, e alguns outros amigos: Elaine Borges, Marcelo Almeida, Angélica Godoi, Fábio Leite, o "primo" Marcel Agarie e até a Dione, vice-campeã da maratona.

A concentração foi ao redor da grande praça, que apresentava um grande espaço para os atletas. Áreas bem definidas para as assessorias esportivas, banheiros químicos, arquibancadas, guarda-volumes e serviços. Aos poucos foi sendo inteiramente tomada com a chegada dos atletas. Às 7 horas era a largada dos corredores da maratona, individual e de revezamento. Cerca de 40 minutos depois a largada dos atletas dos 5 km e 10 km. Eu e o Jabson faríamos a maratona (42 km) e a Aninha e a Juciana os 10 km.

Pontualmente às 7 horas foi dada a largada. Havia bandeirinhas sinalizando os paces em cada faixa, mas não vi nenhum controle e nem diferenciação por números. Só no caso do pelotão de elite, com número de peito na cor prata, como o do amigo Jabson, que largou lá na frente. Eu só consegui me posicionar no bloco do meio.

Passando pelo portal e após acionar o Garmin é a hora que a brincadeira começa. À nossa direita o público que lotava a arquibancada dava as saudações de "boa prova" aos futuros maratonistas. Consegui até avistar a Aninha e a Ju, que estavam por lá e aguardariam mais uns 40 minutos até a largada delas. Animação total nessa saída.

Meu início de prova procurei fazer bem tranquilo mantendo um pace próximo de 5:30 min/km, que eu tentaria levar até o final. Sabia que não estava preparado como nas outras maratonas e não quis arriscar. O engraçado é que antes de completar o 1º km, próximo ao Shopping Muller, eu já estava suando bastante. Acho que a umidade do ar estava alta.

Viramos à direita no Shopping, e voltamos por trás do Centro Cívico. No 3º km encaramos a primeira subidinha, mas no início nem sentimos tanto. Pra dar uma animada no pessoal havia uma bandinha tocando uns rocks na passagem dos atletas. Um pouco mais a frente passamos em frente ao Museu Oscar Niemeyer, quase completando os 5 km. Ponto repleto de fotógrafos enfileirados disputando uma bela imagem. Até aí rodando com pace próximo de 5:30 min/km ainda.

Completando os 6 km, passamos próximo ao local da largada. Legal foi ouvir um grito "Edu, Edu !!!". Era a Adriane da ACORSJ que estava por lá também assistindo e dando uma força. Tinham se passado quase 35 minutos e os atletas dos 5 km e 10 km estavam prestes a largar. As meninas estavam lá. Só os PNE´s já haviam largado ainda.

Segui reto pela Rua Barão do Cerro Azul até o 7º km. Facilitou um pouco que esse trecho era em decida, mas na retomada escapou um pace acima de 5:40 min/km. Nesse momento comecei a sentir que realmente estava começando a minha maratona.

A hidratação foi de 3 em 3 km. Inicialmente peguei somente um copo de água por posto, e não deixei passar nenhum posto sem me hidratar. Sentia a boca seca durante a prova. Chegando ao km 10 a subida mais acentuada da prova o meu pace foi para quase 6 min/km, fechando esses primeiros 10 km com 55min40s. Dentro do planejado ainda.


Do 11º km até 17º km, tirando o km 14, que teve outra subidinha mais acentuada, consegui  manter o pace abaixo de 5:40 min/km. De vez em quando dava uma chuviscadinha que ajudava a refrescar. Muito bem-vinda por sinal. Ainda bem que o sol não prevaleceu.

Eu não tinha a menor vontade de tomar o gel de carboidrato e não o fiz durante toda a maratona. Só no 18º km fui tomar a cápsula de sal. Como estava difícil de pegar, dei uma caminhada pra não derrubar. Continuei rodando com o pace um pouco acima de 5:40 min/km até completar a meia maratona (21 km). Nesse ponto havia uma grande concentração de atletas das duplas de revezamento, esperando os seus parceiros para a troca. Passei a meia maratona com pouco mais de 1h58min. Já sentia que a segunda parte não seria nada fácil.

Logo após a placa de 21 km aproveitei pra dar uma caminhada no posto de hidratação. Não devia ter feito. Depois disso foram uma sucessão de trotes e caminhadas curtas. A respiração não estava dando conta. Entre os km 21 e 30 km os paces já estavam ficando em torno de 6:30 min/km. Também ajudou o fato de começarem trechos com mais subidas e descidas.

Dei adeus ao ranking de maratonistas 2018 e ao sub-4h. Estava muito cedo pra perder o rendimento, e ainda faltava toda a parte mais crítica. Não consegui mais correr continuamente por mais de 1 km até o fim, fazendo breves caminhadas pra me recuperar. Lembro que peguei  umas balinhas de goma e fiquei um bom tempo com elas na boca tentando engolir. Tinha até batata chips no percurso, mas essa nem arrisquei. Em um posto de Red Bull a sede era tão grande que bebi um copo, mesmo sabendo que não ia me cair bem.

Do 28º km ao 31º km corremos por uma longa reta na Av. Marechal Floriano Peixoto Foram os últimos quilômetros que consegui manter o pace abaixo de 7 min/km. Pernas pesadas e respiração muito ofegante foram fazendo aumentar a frequência de caminhadas. A parte boa é que não tive problemas quanto a fisgadas e cãibras, que normalmente tenho em maratonas.

Voltamos uns 2 km por essa mesma avenida, e o meu pace já passava dos 7 min/km. Eu sempre buscava chegar nos postos de hidratação pra dar uma caminhada e me hidratar mais tranquilamente. A essa altura já estava usando dois copos por posto. Pena que a água já não estava mais gelada. Era pra ter também aquela esponja gelada no percurso pra dar uma refrescada, mas não vi ou já tinha acabado.

Do 33º km em diante os trotes se mantinham, mas as caminhadas foram ficando mais longas. Não me lembro em que altura vi um cartaz "as subidas terminaram", mas infelizmente não foi verdade. Elas continuaram aparecendo. Tomei um advil pra ver se aliviava um pouco o peso das pernas, mas não senti diferença.

Seguia na batalha com outros companheiros de maratona também naquele esforço final. ninguém queria desistir a essa altura. Muitos porém, ficavam pelo percurso com fortes cãibras ou cansaço extremo. São os momentos que já estamos próximo dos nossos limites. Já não ligava mais pra tempo, pois não tinha mais meta a buscar. A vontade era somente de concluir a maratona o mais breve possível.

O último quarto da maratona é o mais demorado psicologicamente. Os quilômetros demoram a passar cada vez mais. Um dos pontos legais de Curitiba é que várias assessorias e o público na rua nesses últimos quilômetros oferecem guloseimas e seguram cartazes de incentivos, além de darem aquele apoio moral. Um grupo com um megafone cantava: "Não para, não para, não para não !!!" na maior animação. Achei muito legal.

Em dois pontos "não oficiais" tomei uma boa coca-cola gelada oferecida por algumas assessorias. Como precisava disso. A batata chips, bala de goma e outras guloseimas não descia mesmo. Apesar da organização ter distribuído gel de carboidrato em dois pontos não tomei nenhum durante toda a prova.

Finalzinho da maratona e faltando 1 km, encontrei o amigo Jabson, que já tinha terminado a sua maratona com um excelente tempo de 3h08min. Ele me esperava e me acompanhou até a reta de chegada. Esse é o ponto mais emocionante de uma maratona, e em Curitiba ainda mais especial com o longo corredor formado pelo público presente apoiando e assistindo a chegada dos atletas. São cerca de 500 metros desse calor humano te empurrando. Demais !!!

A chegada empolgante é de frente a uma arquibancada lotada. A Aninha, que já tinha completado a sua prova de 10 km a tempos, me aguardava e fez um belo vídeo da minha chegada. Com exatos 4h26min26s cruzei finalmente o portal. Muito contente por não ter tido problemas de cãibras e nem fisgadas, mas igualmente exausto.

Achei legal o kit pós prova com um delicioso picolé na chegada, além de isotônico, água e frutas. Esse é o motivo dos meus dentes estarem com cor de uva no final. A medalha foi diferenciada pelas distâncias e achei muito bonita com desenhos alusivos aos principais pontos turísticos de Curitiba.

Depois de descansar um pouco e reencontrar os amigos Ju, Jabson e a Aninha, ainda tivemos que caminhar pouco mais de 1 km até o hotel. Depois de 42 km, qualquer 100 metros pesa. Mas nada que um delicioso chopp no hotel para comemorar com os amigos não compensasse.

Esse ano a organização do evento ficou por conta da Elite Eventos. Não tive problemas com os itens importantes de uma maratona, inclusive gostei muito do kit, medalha e picolé pós-prova. Mas posteriormente ouvi reclamações de falta de água no final do percurso. Esse item é muito crítico, principalmente para o pessoal que vem mais atrás. Não dá pra falhar. Pena que a cada ano essa maratona pode ter uma organizadora diferente e fica difícil de se ter uma melhoria continua.

Percurso 2018 (42,5 km)
Kit premium da maratona e dos 10 km
Kit retirado e prontos para mais esse desafio

Foto rara, com o boné do kit da maratona
Alguns amigos que encontrei: menino Bob e Marcel (Mania de Corrida), Marcelo e Angélica
No começo é só alegria
No finalzinho essas pequenas subidas pesam

Menos de 100 metros para a chegada
Mal consigo ficar de pé para a foto
Eu e a Aninha com as medalhas logo depois de chupar um picolé de uva
O painel com o nome dos maratonistas eu só vi no finalzinho
Certificado da Maratona de Curitiba

Local: Praça do Centro Cívico - Curitiba/PR
Data: 18/11/2018 
Horário: 7:00 hs 
Distância: 42,195 Km (42,5 Km) 

Inscrição: R$ 109,00 (42k kit premium) 
Kit: Sacola plástica, camiseta, boné, caneca, chip descartável e número de peito.

Tempo: 4h26min26s
Pace: 6:23 min/Km
Tênis: Puma Speed Ignite 600 verde

Colocação: 0198 de 0311 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 1383 de 2218 (masculino)
Colocação: 1556 de 2741 (geral)

terça-feira, 20 de novembro de 2018

15/11/2018 - 15k Run Antônio Carlos / SC

Foto: Foco Radical
 Corrida 15k Run Antônio Carlos / SC

Resultado Corrida 7 km
Resultado Corrida 15 km
Resultado Bike 40k

No último feriado de 15 de novembro eu e a Aninha participamos de uma prova em um local onde fazia tempos que não corria, o município de Antônio Carlos, aqui na região. Me lembrou um pouco a antiga corrida da INPLAC que havia há alguns anos atrás. Fui convidado pelo amigo e um dos organizadores do evento, Bruno Gauchinho, a quem agradeço a lembrança e a oportunidade. É lógico que aceitei prontamente encarar esse desafio.

O evento teve as modalidades de corrida com as distâncias de 7 km e 15 km, além de mountain bike com a distância de 40 km. As provas eram independentes, mas para os mais ousados, dava tempo de correr primeiro e depois pedalar. Não foi o meu caso. Eu optei pela distância de 7 km para não forçar muito, pois três dias depois teria que encarar a maratona de Curitiba.

A entrega dos kits foi feita no próprio dia do evento, antes da largada, prevista para às 8:30 a da corrida e às 10:30 a de mountain bike. Toda a concentração foi na Praça Central de Antônio Carlos e no salão da igreja matriz, onde seria feita a premiação e servido o almoço também.

Eu e a Aninha chegamos por volta das 7:15 da manhã e estava bem tranquilo para estacionar. O tempo também ajudou e estava fechado e seco, caso contrário o sol iria castigar os atletas. Provas assim em locais um pouco afastadas da capital são legais pois podemos encontrar e conversar com os amigos com maior facilidade, e a confraternização fica melhor. Em provas grandes já fica mais difícil essa interação com todos.

Eu não tinha planos e nem metas definidas até largar. Não queria ir no limite do esforço pra evitar alguma possível lesão às vésperas da maratona, mas por outro lado queria correr bem e forte nessa distância mais curta.

A largada para as duas distâncias (7 km e 15 km) foram simultâneas e aconteceu às 8:39. Partiram cerca de 300 atletas pelas ruas de Antônio Carlos. Eu acabei me empolgando e acompanhei o fluxo. Como é difícil se segurar assistindo os atletas dispararem na frente. Fiz os dois primeiros quilômetros mais forte que imaginava, com paces de 4:22 min/km (1º km) e 4:30 min/km (2º km). O trecho relativamente plano ajudou a manter esse ritmo inicial.

Já no meio do 3º km pegamos a primeira subidinha e trechos de chão batido. O pace subiu para 5:05 min/km. Não tive como manter. Não estava forçando tanto a perna, mas o fôlego estava no limite. Um pouco a frente (km 3,5), passamos pela pontezinha de madeira sobre o Rio Biguaçu, local bem legal para as fotos.

Em seguida, no km 3,6, houve a separação das duas distâncias. Próximo teve o posto de hidratação e peguei um copo de água entregue pelo amigo Jacks. Os atletas dos 15 km viraram à direita e seguiram para o interior pela Estrada Antônio José Zimmermann. Os atletas dos 7 km, como eu, viraram à esquerda e voltaram por essa mesma estrada no sentido oposto, já em asfalto novamente. Até então estava tentando acompanhar a amiga Susany, que também fazia os 7 km. 
No finalzinho do 5º km apareceu a outra subida mais pesada e tive que dar uma breve caminhada pra recuperar o fôlego. Mesmo assim o pace não ficou tão alto (5:10 min/km). Alguns outros atletas vinham próximos e isso me ajudou a não desanimar e tentar me manter na mesma balada. E foi assim até o finalzinho da corrida.

Ao longe avistei a igreja, que era o grande ponto de referência da chegada. Olhei a distância no relógio e logo vi que estava muito cedo para fechar os 7 km. Então acelerei, prevendo o final da prova um pouco antes. E foi legal que teve até um peguinha na subida final antes de chegar no pórtico de chegada. A distância registrada pelo GPS foi de 6,42 km e meu tempo líquido ficou em 30min38s.

Fiquei satisfeito com o meu desempenho. Fui retirar a medalha, tomar um copo de água, comer uma melancia e aguardar a chegada da Aninha que também vinha nos 7 km. Mesmo gripada fez uma boa prova encarando e vencendo com muito esforço as subidas do percurso, com o tempo de 37min55s..

Depois ficamos assistindo a chegada dos demais atletas, principalmente dos 15 km, e a escadaria da igreja tornou-se uma bela arquibancada. A hidratação, frutas, entrega das medalhas e algumas tendas de produtos estavam espalhadas pela praça.

Por volta das 10:30 foi dada a largada das mountain bikes. Alguns amigos mais corajosos que correram (7 km ou 15 km) logo em seguida encararam o pedal de 40 km !!! Fausto, Tiago, Susany, Neumann, foram alguns deles. Fiquei sabendo que não foi nada fácil. Legal também ter essa opção para os amantes das bikes.

Após a chegada dos últimos atletas da distância de 15 km foi divulgada e feita a premiação no salão da igreja matriz. Fiquei na 4ª colocação da categoria (45-49 anos) dos 7 km. Bateu na trave. Ficamos assistindo a premiação dos demais amigos, enquanto era preparado o almoço, aberto ao público presente por R$ 15.

Foi um feriado muito agradável em um evento bem legal que contou com o operacional da Mais Sport. Duas modalidades de esportes e distâncias, em um local diferente, percurso tranquilo com pequenas subidas, infra-estrutura boa com a praça central e o salão da igreja. É uma excelente opção para correr em família e para quem busca tranquilidade. Da próxima vez quero fazer os 15 km.

Percurso dos 7 km (6,42 km)
Kit da Corrida 15k Run Antônio Carlos 2018 
 Com os amigos Jeffrey e Gisele
 Neumman e o feijão. Fazia um tempinho que não o encontrava.
Cruzando o Rio Biguaçu pela pontezinha de madeira
(Foto: Foco Radical)
 Aninha chegando para a subida final !!!
Vista na chegada em frente a igreja !!!
 Pós-prova com os amigos Analto, Ademar, Fausto e Luciano
(Foto: Equipe Confraria das Corridas)
Eu e a Aninha com as medalhas no salão da igreja matriz
Atletas das bikes prontos para a largada

Local: Em frente a igreja de Antônio Carlos/SC
Data: 15/11/2018
Horário: 08:30 hs (08:39 hs)
Distância: 7km (6,42 km)

Inscrição: R$ 45,00 no primeiro lote (cortesia)
Kit: Camiseta, número de peito e chip retornável.

Tempo: 30min38s
Pace: 4:46 min/km
Tênis: Asics Noosa FF

Colocação: 04 de 008 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 27 de 087 (masculino)
Colocação: 29 de 164 (geral)

sábado, 3 de novembro de 2018

28/10/2018 - Corrida Outubro Rosa - São José/SC

Foto: Foco Radical
Corrida Outubro Rosa- São José / SC


No último dia 28, finalizando o mês de Outubro, foi realizada sob organização da ACORSJ (Associação de Corredores de Rua de São José) a Corrida Outubro Rosa, com o objetivo de promover a conscientização e a prevenção do câncer de mama. O local escolhido foi a beira mar de São José, que se transformou em um imenso e bonito tapete rosa formado pelas atletas.

A adesão à prova foi bem grande motivada pela causa, e com grande participação do público feminino. Segundo a organização passaram de 1.200 inscritos na modalidades de caminhada e corridas de 5 km e 10 km.

A entrega dos kits foi feita na Loja Decathlon da SC-401, em Florianópolis. Para uma corrida no município de São José fica um pouco distante e podia ter sido mais próximo do local da prova. Eu a Aninha fomos na véspera retirar o kit e estava razoavelmente tranquilo. Só uma pequena fila para a distância dos 5 km que tinha um número muito maior de inscritos. Ainda bem que lembrei de levar o quilo de alimento não perecível, pois o controle para entrega do kit foi bem exigente nesse ponto.

Eu me inscrevi para a distância de 10 km e a Aninha nos 5 km. Como era de se esperar  o predomínio foi de atletas mulheres (558 concluintes). Os homens também marcaram boa presença e foram 386 concluintes. No total foram 944 concluintes na modalidade corrida, mais o pessoal da caminhada.

Durante a semana havia uma preocupação em relação a previsão do tempo que anunciava um ciclone no fim de semana. Isso deixou todos em alerta. Para a nossa alegria a previsão não se concretizou e a manhã de domingo amanheceu bonita, somente com um ventinho normal na beira mar.

As largadas estavam previstas para iniciarem às 8:20 hs, e foram feitas em 3 etapas. Primeiro largaram os atletas portadores de necessidades especiais, com grande participação do Instituto Paulo Escobar, que compareceu em peso. Em seguida foi a vez das mulheres, nas distâncias de 5 km e 10 km. E finalmente, próximo das 8:45 hs, foram os homens que partiram.


Como eu fiquei acompanhando e filmando a largada feminina acabei saindo mais atrás na masculina, pois já estava bem cheio quando fui me alinhar. Apesar de saber que o percurso é bem plano e conhecido, não estava treinado pra tentar bater qualquer RP, mas seria bom se fizesse um tempo próximo dos 46 min nos 10 km. Não estou fazendo mais treinos de tiros e velocidade até me recuperar totalmente e passar a maratona.

Meus inícios de prova estão mais contidos, sem exageros de paces muito baixos. Fazendo isso sacrifico qualquer chance de fazer um tempo final bom. Por enquanto vou preferir assim para não correr  riscos de ter uma lesão ou problema maior.

Nesse ano saímos pela avenida beira mar de São José por uma faixa da pista que estava fechada para os atletas. Seguímos até o final da beira mar onde foi feito o retorno, exatamente no km 2. Nesse ponto havia um posto de hidratação e aproveitei para pegar um copinho de água. O ritmo inicial nesse início ficou próximo de 4:40 min/km que é mais ou menos o pace que sigo em provas de meias maratonas.

Na volta já estava correndo ao lado das mulheres que tinham saído cerca de 5 minutos antes. A ciclovia ficou bem congestionada e acabei indo pela calçada da beira mar. Fui mantendo um ritmo regular por toda a prova. Corremos até o final da outra ponta da beira mar de São José e o retorno foi bem na divisa com Florianópolis, com exatos 4,5 km percorridos.

Completei a 1ª volta com o GPS registrando 5,1 km. Os atletas dos 5 km, tanto homens como mulheres, já ficaram por ali, no mesmo local da largada. A Aninha já tinha completado os 5 km quando passei. Segui reto, abrindo a 2ª volta. A essa altura a pista estava bem mais tranquila para correr, pois os atletas dos 10 km eram bem menos.

Eu não me lembro o motivo, mas o 7º km saiu mais alto que os outros. Foi bem no trecho chegando no 1º retorno da volta. Peguei outro copo de água, como na 1ª volta. Já estava com a boca bem seca. Desse ponto até o final fui tentando segurar o ritmo, mas com muita dificuldade. A ideia dos 46 min já era e eu corria só pensando em fazer o melhor possível para o dia.

Quase no final da beira mar a Aninha me aguardava e me ofereceu água. Eu nem consegui responder direito, só acenei que não queria. Estava tentando alcançar um outro atleta que estava mais a frente. Era o meu último quilômetro e foi o meu melhor, no meu limite.

Cruzei a linha de chegada bem esgotado com um tempo muito acima do que considero normal para essa distância, 48min04s. O meu Garmin registrou a distância de 10,21 km, e a passagem pelos 10 km ficou em 47min11s.

Recebi a linda medalha, em formato de laço, e fui logo procurar água. Como a fila estava grande descobri mais a frente refrigerante (Coca-Cola), melancia e bolo. Muito boa essa hidratação e guloseimas nessas provas da ACORSJ. Eu particularmente gosto muito.

Depois encontrei a Aninha, que ficou muito bem colocada na 29ª posição das 449 atletas dos 5 km. Ficamos conversando com os amigos, que descansavam e acompanhavam a chegada dos demais atletas. A premiação não demorou muito e estava bem animada com muito rosa. O Jabson novamente mandou muito bem e conquistou o 4º lugar geral nos 10 km.

Foi mais um excelente e grande evento, com boa hidratação e sinalização no percurso, banheiros químicos suficientes, guarda-volumes, serviços de massagem da Elementos Assessoria, água, refrigerante, frutas e bolos na chegada, resultado rápido, lindo certificado, além do dia ter colaborado também. Só as distâncias que ficaram com alguns metros a mais, provavelmente por conta da facilidade nos retornos. 

No final, como ainda era cedo ainda (10 horas), fomos tomar um bom café da manhã na Padaria Big Pan, que aliás, foi praticamente um almoço.

Percurso - 5 Km 1 volta e 10 Km 2 voltas
Kit da Corrida Outubro Rosa
Retirada do kit na Loja Decathon
Acompanhando a largada feminina
Correndo pela faixa fechada na 1ª volta,
(Foto: Foco Radical)
 Chegada. Tempo líquido 48min04s.
(Foto: Foco Radical)
Só no descanso e assistindo a chegada dos demais atletas.
  Muitos amigos e amigas presentes
(Foto: Maryangela Correa Domingues)
 Eu e a Aninha com a medalha
Foto: Ana Paula Marcon
 Eu, Aninha e a Fran da Elementos Assessoria
Certificado da Corrida Outubro Rosa

Local: Beira mar de São José / SC
Data: 28/10/2018
Horário: 8:46 hs (Largada dos homens)
Distância: 10 km (10,21 km)

Inscrição: R$ 40,00 (primeiro lote)
Kit: Camiseta, sacolinha, squeeze, sachê de capuccino, número de peito e chip descartável.

Tempo: 46min04s
Pace: 4:43 min/Km
Tênis: Skechers Go Meb Speed 3

Colocação: 010 de 023 (45-49 anos)
Colocação: 056 de 164 (masculino)
Colocação: 062 de 273 (geral)