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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

04/02/2012 - Corrida Vertical - Etapa Florianópolis

Corrida Vertical Florianópolis

Já passei por várias experiências de distâncias de corridas desde 5 Km até os 42 Km de uma maratona. Mas correr para cima eu não havia experimentado ainda. Quando vi o anúncio do Circuito de Corridas Verticais e uma das primeiras etapas era a de Florianópolis, não tive dúvidas, me inscrevi. São menos de 5 minutos de prova. Não deve ser tão cansativo. Assim pensei.

Agora, como treinar para uma corrida tão diferente e em tão pouco tempo? O jeito foi testar aqui mesmo no prédio onde moro. São apenas 16 andares e 256 degraus, mas daria pra ter uma noção de como seria. Consegui fazer 2 testes subindo 3 vezes cada. Deu pra perceber que não seria tão fácil assim. Da primeira vez me rendeu uma dor nas pernas por praticamente 4 dias.

Diferentemente das demais corridas, esta seria realizada em um sábado de manhã num dos principais hotéis da cidade, Hotel Majestic, em frente à beira mar norte. E lá fomos nós participar sem ter nenhuma noção de como seria o percurso real.

Minha intenção era correr, ou melhor, subir o mais rápido possível dentro dos meus limites. Como eu sabia que não ia ser fácil, decidi aproveitar e fazer a filmagem também do percurso.

Aproximadamente 40 atletas participaram do evento. Primeiramente subiram as mulheres com intervalos de 1 minuto cada. Todos utilizaram chip, pois a classificação seria por tempo. Largamos a partir de um portal externo e somente próximo da escadaria, já dentro do hotel, havia o tapete para registrar o início da cronometragem e a nossa passagem.

Na largada masculina, foi feita uma divisão por categorias e subiram primeiro os mais novos. Acho que dessa forma a gente fica mais ansioso, pois assistimos a subida individual do pessoal e a nossa vez parece que não chega nunca. Mas quando menos esperava estavam chamando o meu nome.

Arrumei rapidamente o cronômetro, a máquina para filmar e parti. Passei pela parte externa do hotel, entrei pela porta dos fundos, passei pelo tapete para registrar o chip, e segui rumo a escadaria. Não sei se foi por causa do sol intenso que estava do lado de fora e a repentina entrada em um ambiente interno que não consegui enxergar nada nos primeiros degraus dos andares iniciais. Além disso, estava tentando registrar os momentos da subida, fato que me fez tropeçar e quase sofrer um acidente de percurso.

Passado o impacto inicial, a iluminação parece que foi melhorando, fui subindo em ritmo tranquilo, me poupando um pouco para o final.

Em uma corrida desse tipo ficamos sem nenhum referencial, pois corremos sozinho e o que vale é o tempo líquido. Então o jeito é subir o mais rápido que der. Como estava dizendo, até mais ou menos a metade do percurso foi tranquilo. E embora o pessoal da elite tenha sugerido subir de dois em dois degraus para um melhor desempenho, não arrisquei com medo de faltar perna. Ainda bem que não fiz, pois a partir daí as pernas começaram a ficar pesadas. Aquela leveza inicial para subir os lances de escadas não estava mais tão leve assim.  Ainda dava para subir em um ritmo razoável, mas exigindo muito mais dos músculos que ainda não estavam tão treinados para isso.

Sofri a ultrapassagem, do Evander Franco, um dos principais corredores nesse tipo de corrida no Brasil. Passou por mim voando, mesmo tendo largado um ou dois minutos depois.

Quando faltavam aproximadamente uns 4 andares a situação complicou de vez. As pernas já estavam quase travando e o fôlego já tinha ido pro espaço. É uma corrida muito curta, mas muito intensa. Não queria andar, mas o esforço foi ficando tanto que a utilização do corrimão como apoio foi inevitável. Com certeza se não tivesse nada eu tinha ido pro chão. Ainda mais porque eu vinha filmando, ou pelo menos achava.

“Só falta mais um andar”, informava o pessoal do Staff. Nunca um andar demorou tanto para ser vencido. A cada passo, com as pernas praticamente travadas, o esforço era cada vez maior. O alívio só veio quando consegui ver a luz no fim do túnel. Era a porta da saída do último andar. Após sair das escadas havia um trechinho para correr ainda e a impressão que dava é que a qualquer hora eu poderia desabar, pois estava com as pernas totalmente duras. Felizmente nada aconteceu e consegui cruzar a linha de chegada.

Cheguei, registrando um tempo de subida de 3min10s. Durante os próximos 5 minutos senti em minhas pernas uma dor que nunca havia sentido. Não conseguia ficar parado. Parece que estavam queimando e estavam literalmente duras. Sorte que depois de algum tempo ela foi voltando ao normal, pois daquele jeito nem ia conseguir dirigir.
Ah, para minha frustração descobri que todo o meu registro durante a subida foi em vão. Na correria não apertei direito o botão para gravação. Fiquei na saudade.

Tomei um pouco de água, conversei com o pessoal que estava lá em cima ainda se recuperando e apreciando a bela paisagem da Beira mar Norte. Em seguida descemos de elevador. Aguardamos a classificação dos Top Ten, que iriam subir novamente para disputar as cinco primeiras colocações. O Sebastião, Marcelo Eninger e o Alcionei mandaram muito bem e subiram novamente. Haja pernas.

A experiência dessa corrida foi muito interessante. Bem organizada, com um belo kit contendo camiseta, gel, salgadinho, uma boa estrutura e um alto nível dos participantes. Provavelmente vou participar na etapa de Balneário Camboriú no final do ano, mas para isso vou treinar um pouco mais.

Loucos por Corridas na Corrida Vertical
Largando na parte externa
Subindo
Cruzando a linha de chegada todo duro
Eu subi e não foi de elevador

Local: Hotel Majestic - FLN/SC
Data: 04/02/2012
Horário: 9:30 Hs
Distância: 26 andares / 468 degraus
  

Inscrição: R$ 39,00 
Kit: Camiseta, gel, salgadinho, revista contra-relógio, número do peito e chip    

Tempo: 3min10s
Pace: 

Colocação: 7 de 7 (categoria 40-44 anos)
Colocação: 31 de 36 (masculino)
Colocação: 33 de 40 (geral)

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