Simplesmente
demais. Essa corrida proporcionou o meu melhor momento desde que comecei a
prática de corrida de rua. Consegui atingir a marca tão almejada de sub 1h40min
na meia maratona. Marca esta que não estava programada para tão cedo.
A
minha expectativa para a prova era grande, desde cedo. Já estava todo planejado
e focado para ela.
O
evento como um todo foi excelente. Desde a retirada do kit no Hotel Majestic
até o final da prova. Consegui até personalizar a camiseta de manga longa do
kit no dia da retirada. Era um serviço oferecido aos assinantes da revista O2.
Também não consegui resistir às compras e adquiri um cinto de hidratação e gel
de carboidrato.
Como
esta deveria ser a maior corrida em número de atletas de Santa Catarina, tratei
de chegar bem cedo no dia da corrida. Tão cedo que não tinha quase ninguém
ainda. Pelo menos foi fácil de estacionar o carro.
Aproveitei
novamente a condição de assinante da revista O2 e fui conhecer a área VIP.
Muito bom. Uma bela estrutura para a utilização dos assinantes, com o
oferecimento de um belo café da manhã e serviços de massagem. Além de permitir
uma visão privilegiada da chegada.
Na
hora de alinhar para a largada eu fui rápido também e fiquei posicionado para
sair logo no comecinho. Evitar o congestionamento já fazia parte do
planejamento.
A
largada atrasou uns 15 minutos, e foi dividida em 3 ondas por tipo de prova:
21Km; 10 Km e 5 Km. Aproximadamente 4 mil atletas se distribuíram por essas
distâncias, sendo que a meia maratona contribuía com mais de 50% dos atletas.
Acho
que estou aprendendo a me controlar na saída. A idéia era manter o pace próximo
dos 4:45 ao longo de todo percurso. Nada de sair muito mais forte. Também
tratei de me posicionar mais a frente na largada, pois a quantidade de atletas
era grande e isso poderia prejudicar o desempenho nos quilômetros iniciais.
A
largada foi dada na ponta da beira mar continental. Inicialmente, na empolgação
da largada sempre saímos um pouco mais forte, mas já dentro do esperado para
poder ter uma folguinha para os quilômetros finais.
Percorremos
toda a extensão da recém-inaugurada beira mar continental, com praticamente 2
Km, até chegarmos ao acesso a ponte Pedro Ivo. Mesmo com o pequeno aclive até o
topo da ponte ainda consegui manter o ritmo no 3º Km. Raras são as vezes que
podemos cruzar a ponte por cima a pé e curtir um pouco do visual que ela nos
proporciona. Os ciclistas também aproveitaram a ponte fechada.
Em
seguida descemos pela ponte no lado da ilha e fizemos o contorno para o acesso
a beira mar norte. O 4º e o 5º Km ainda tinha conseguido manter abaixo do pace
de 4:40. Isso era bom, pois me deixava com um certo crédito para o restante da
corrida.
1º Km - 04:28
|
6º Km - 04:40
|
11º Km - 04:39
|
16º Km - 04:54
|
21º Km - 04:36
|
2º Km - 04:34
|
7º Km - 04:44
|
12º Km - 04:37
|
17º Km - 04:44
|
290m - 00:01:11
|
3º Km - 04:38
|
8º Km - 04:51
|
13º Km - 04:43
|
18º Km - 05:01
|
|
4º Km - 04:34
|
9º Km - 04:41
|
14º Km - 04:49
|
19º Km - 04:41
|
|
5º Km - 04:39
|
10º Km - 04:43
|
15º Km - 04:50
|
20º Km - 04:41
|
A
essa altura já estava em uma área bem conhecida: a beira mar norte. Apesar do
percurso plano, não consegui manter o mesmo ritmo do início, mas estava dentro
do planejado. Por volta do 8º Km aproveitei para tomar o primeiro e único gel
de carboidrato que utilizei, e também tomei o meu primeiro copo de água. Estava
na dúvida entre andar um pouco para esse abastecimento, mas como estava em um
ritmo bom acabei descartando essa idéia.
Mais
2,5 Km a frente e já estava fazendo retorno pelo outro lado da beira mar norte.
A proximidade do retorno é legal, pois podemos cruzar com praticamente todos os
atletas. E vários são os gritos de incentivos. Também podemos ter uma noção de
como estamos posicionados na corrida. Um pouco depois do retorno tivemos um
posto de isotônico. Eu peguei um copo e pensei em parar novamente para tomar,
mas não parei. Resultado: mais caiu pra fora que consegui tomar alguma coisa.
Segui
em um ritmo bom até o 13º Km. Estava com pace abaixo do meu objetivo. Mas a
partir do 14º Km tive que dar uma aliviada. Nessa hora já começava a sentir um
pouco de cansaço. Ainda bem que ao contrário do ano passado, meus joelhos nem
me faziam lembrar que eles existiam. Até o Km 16 o ritmo mais lento ajudou a
descansar um pouco, mas também me custava algumas posições.
Cansado
de ser ultrapassado e já na expectativa da parte final da corrida dei uma
acelerada novamente, porém exigindo um pouco mais de esforço. E já estava imaginando
a hora que teria que enfrentar as subidas do novo viaduto e da ponte. Isso não
demorou muito a chegar e ocorreu por volta do 18º Km, que aliás foi o meu único
acima de 5 min/Km. Também não tinha como ter sido diferente a essa altura da
corrida. Porém isso me fez perder pelo menos 15 segundos no Km, que poderia
comprometer o meu objetivo final.
Vencido
o viaduto e a parte da subida da ponte era hora de queimar as últimas reservas
de energia. E quem disse que eu tinha alguma. Na minha mente só passava o
número sub 1h40min. Porém, as subidas exigiram demais das minhas pernas e do
meu fôlego. Eu queria acelerar para recuperar o tempo perdido, mas não
conseguia. Os atletas próximo a mim também já bastante desgastados, se
esforçavam ao máximo para seguirem. E alternávamos nas posições.
A
medida que ia avançando nos quilômetros finais as pernas ficavam cada vez mais
pesadas e o limite parecia estar ali. Por outro lado, o calor e a recepção do
público que formava um longo corredor para a chegada dos atletas dava uma
injeção de ânimo. E foi exatamente isso que acredito ter me ajudado na
conquista do meu tão almejado resultado. Mesmo beirando a exaustão, fiz todo o
possível para não perder tempo enquanto não cruzasse a linha de chegada.
Ao
me aproximar vi o relógio do portal mostrando o tempo de 1:40:05. Por uns
instantes pensei que não tivesse conseguido a minha meta, mas aí lembrei que
tratava-se do tempo bruto, e apertei mais o passo pra cruzar a linha de chegada
com o tempo bruto de 1h40:10. Olhei para o garmin e registrava 1h39min57s.
Agora só faltava o resultado oficial, que veio pelo celular momentos depois, registrando
1h39min59. Pronto, tinha conseguido a maior das minhas conquistas na vida de
corredor até o momento. Não esperava essa marca antes do final do ano e veio bem
antes para a minha surpresa e alegria.
Na
chegada, após a entrega do chip e da retirada da medalha, tirei algumas fotos e
aproveitei a estrutura da O2 para os assinantes, com uma farta mesa de frutas,
sucos, café, lanches, água, e serviços de massagens.
Eu disse que cheguei cedo. Ainda estava escuro.
Mais de 4 mil atletas
Eu e o Enio perdido aí no meio, aguardando a largada
18o. Km. Quase chegando
Sprint final e a última ultrapassagem
Tempo bruto: 1h40min10s - Tempo líquido: 1h39min59s
Essa realmente valeu a pena
Local: Beira mar Continental - Florianópolis / SC
Horário: 7:30 Hs
Distância: 21,1 Km (21,3 Km)
Inscrição: R$ 68,80
Kit: Sacola, camiseta manga longa, gorro, gel de carboidrato, chip e número do peito.
Kit: Sacola, camiseta manga longa, gorro, gel de carboidrato, chip e número do peito.
Tempo: 1h39min59s
Pace: 4:42 min/Km
Pace: 4:42 min/Km
Colocação: 31 de 239 (categoria 40-44 anos)
Colocação: 261 de 1524 (masculino)
Colocação: 273 de 2057 (geral)
Colocação: 261 de 1524 (masculino)
Colocação: 273 de 2057 (geral)
Ver no relógio que o tempo tá acima desanima às vezes. A gente quase nunca lembra que tem o tempo bruto e líquido. Esse teu recorde foi muito bom. Por 1 segundo no tempo oficial e 3 no teu Garmin. Ia ser muito frustrante fazer 1:40:00. Que bom que tu conseguiu o recorde almejado. Agora tem que correr mais e mais pra baixar em Gaspar e Pomerode. Vamo que vamo.
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