Depois de aproximadamente 5 anos correndo realizei pela primeira vez no início desse ano (12/02/14), um teste de esforço cardiopulmonar, também conhecido como teste ergoespirométrico, com o objetivo de verificar a minha capacidade atlética e se estava tudo bem com o meu coração.
Para quem não sabe, o teste ergoespirométrico avalia o nível de aptidão física atual e o comportamento cardíaco frente ao esforço físico máximo do avaliado. A finalidade é detectar a capacidade atlética e possíveis alterações orgânicas que possam ser fatores limitantes ou de atenção ao praticante, segundo o Dr. Palhares, médico do esporte do Instituto do atleta. É feito para avaliar o desempenho físico máximo do atleta e medir a resposta dos sistemas cardiovascular, muscular e pulmonar em situações de esforço máximo.O teste é importante para ajudar o corredor a traçar objetivos sem que eles comprometam a sua saúde. Ele fornece o consumo máximo de oxigênio (VO2máx), limiares aeróbio e anaeróbio e frequências cardíacas correspondentes.
Dessa primeira vez tinha ficado uma grande dúvida com o resultado que apontava um Vo2máx de 33,68 ml/kg.min e frequência máxima (FC máx) de 176 bpm. Me parecia um resultado bem abaixo do que os estimados por algumas fórmulas baseadas em tempos x distâncias.
Para se ter uma ideia, o Vo2max dos atletas de alto rendimento como o Marílson dos Santos e os atletas quenianos ultrapassa os 80 ml/kg.min. Ou seja, por mais que eu treine muito, nessa geração, não vai ser possível chegar nem perto da performance desses atletas. Os atletas condicionados geralmente tem o VO2max superiores aos 40 ml/Kg.min, e o meu estava bem abaixo, praticamente na zona de sedentarismo.
Fiquei encucado até esses tempos com resultado e decidi refazê-lo para tirar a dúvida em definitivo. Marquei a consulta na Cardiosport, aqui em Florianópolis, e agendamos novamente o teste. Segundo o médico, pode ter havido alguma problema na medição anterior.
No dia 05/11/14 realizamos o teste novamente. Na ocasião levei o frequencímetro para compararmos o batimento cardíaco com os do equipamento do teste. Como preparação, fui com roupas mias leves para corrida, não comi alimentos muito pesados na refeição anterior e nem fiz atividade física no dia.
Antes do início são colocados vários eletrodos conectados ao computador e uma máscara que veda totalmente o sistema de respiração (como na foto). Toda a troca de gases é feita pelo tubo preso à máscara. No início me agoniou um pouco. Depois fui me acostumando, mas nada como correr ao ar livre. Iniciamos com uma pequena caminhada na esteira, com aumento suave na velocidade, sempre monitorada e acompanhada. Eu estava com o frequencímetro no peito e fomos comparando a frequência cardíaca com o do sistema. Bateu em cima.
Após uns 8 minutos de caminhada e trote mais leve a atividade se intensificou em termos de velocidade e inclinação e foi sendo levada até a minha exaustão, até o meu máximo, chegando até os 9min31s. Depois foram mais 2 minutos para recuperação.
Em seguida, ao final do teste, já pudemos ver o resultado, bem diferente do primeiro, confirmando a minha suspeita. O VO2máx mediu 48,42 ml/Kg.min ficando 21,9% acima do previsto (39,74 ml/Kg.min), e a frequência máxima passou dos 176 bpm para 181 bpm.
Em resumo, conforme resultado, a minha aptidão cardiorespiratória foi considerada excelente, o que me deixou mais aliviado. E aproveitando o teste, confirmamos a confiabilidade do frequencímetro do garmin quanto aos batimentos cardíacos.
A tabela abaixo mostra a classificação do VO2max de forma relativa em ml.kg/Kg.min da American Heart Association, para homens e mulheres em diferentes idades:
O resumo do resultado também concluiu:
1) Teste Ergoespirométrico, sem alterações compatíveis com isquemia miocárdica ao esforço máximo (análise eletrocardiográfica).
2) Comportamento clínico normal.
3) Curva normal de Pressão arterial
4) Ausência de arritmias
5) Ausência de anormalidade cardiopulmonar
6) Vo2max de 48,43 ml/Kg.min; 121,9% do previsto
7) Zona de treinamento: limiar anaeróbio(L1) de 150 bpm; ponto de compensação respiratória(L2) de 173 bpm, Fc máxima de 181 bpm.
Meu próximo retorno ficou programado para daqui 1 ano.
Dessa primeira vez tinha ficado uma grande dúvida com o resultado que apontava um Vo2máx de 33,68 ml/kg.min e frequência máxima (FC máx) de 176 bpm. Me parecia um resultado bem abaixo do que os estimados por algumas fórmulas baseadas em tempos x distâncias.
Para se ter uma ideia, o Vo2max dos atletas de alto rendimento como o Marílson dos Santos e os atletas quenianos ultrapassa os 80 ml/kg.min. Ou seja, por mais que eu treine muito, nessa geração, não vai ser possível chegar nem perto da performance desses atletas. Os atletas condicionados geralmente tem o VO2max superiores aos 40 ml/Kg.min, e o meu estava bem abaixo, praticamente na zona de sedentarismo.
Fiquei encucado até esses tempos com resultado e decidi refazê-lo para tirar a dúvida em definitivo. Marquei a consulta na Cardiosport, aqui em Florianópolis, e agendamos novamente o teste. Segundo o médico, pode ter havido alguma problema na medição anterior.
No dia 05/11/14 realizamos o teste novamente. Na ocasião levei o frequencímetro para compararmos o batimento cardíaco com os do equipamento do teste. Como preparação, fui com roupas mias leves para corrida, não comi alimentos muito pesados na refeição anterior e nem fiz atividade física no dia.
Antes do início são colocados vários eletrodos conectados ao computador e uma máscara que veda totalmente o sistema de respiração (como na foto). Toda a troca de gases é feita pelo tubo preso à máscara. No início me agoniou um pouco. Depois fui me acostumando, mas nada como correr ao ar livre. Iniciamos com uma pequena caminhada na esteira, com aumento suave na velocidade, sempre monitorada e acompanhada. Eu estava com o frequencímetro no peito e fomos comparando a frequência cardíaca com o do sistema. Bateu em cima.
Após uns 8 minutos de caminhada e trote mais leve a atividade se intensificou em termos de velocidade e inclinação e foi sendo levada até a minha exaustão, até o meu máximo, chegando até os 9min31s. Depois foram mais 2 minutos para recuperação.
Em seguida, ao final do teste, já pudemos ver o resultado, bem diferente do primeiro, confirmando a minha suspeita. O VO2máx mediu 48,42 ml/Kg.min ficando 21,9% acima do previsto (39,74 ml/Kg.min), e a frequência máxima passou dos 176 bpm para 181 bpm.
Em resumo, conforme resultado, a minha aptidão cardiorespiratória foi considerada excelente, o que me deixou mais aliviado. E aproveitando o teste, confirmamos a confiabilidade do frequencímetro do garmin quanto aos batimentos cardíacos.
A tabela abaixo mostra a classificação do VO2max de forma relativa em ml.kg/Kg.min da American Heart Association, para homens e mulheres em diferentes idades:
Idade
|
Muito fraca (média)
|
Fraca
|
Regular (média)
|
Boa
|
Excelente
|
Homens:
|
|||||
20-29
|
< 24
|
24-30
|
31-37
|
38-48
|
49 ou
>
|
30-39
|
< 20
|
20-27
|
28-33
|
34-44
|
45 ou
>
|
40-49
|
< 17
|
17-23
|
24-30
|
31-41
|
42 ou
>
|
50-59
|
< 15
|
15-20
|
21-27
|
28-37
|
38 ou
>
|
60-69
|
< 13
|
13-17
|
18-23
|
24-34
|
35 ou
>
|
Mulheres:
|
|||||
20-29
|
< 25
|
25-33
|
34-42
|
43-52
|
53 ou
>
|
30-39
|
< 23
|
23-30
|
31-38
|
39-48
|
49 ou
>
|
40-49
|
< 20
|
20-26
|
27-35
|
36-44
|
45 ou
>
|
50-59
|
< 18
|
18-24
|
25-33
|
34-42
|
43 ou
>
|
60-69
|
< 16
|
16-22
|
23-30
|
31-40
|
41 ou
>
|
O resumo do resultado também concluiu:
1) Teste Ergoespirométrico, sem alterações compatíveis com isquemia miocárdica ao esforço máximo (análise eletrocardiográfica).
2) Comportamento clínico normal.
3) Curva normal de Pressão arterial
4) Ausência de arritmias
5) Ausência de anormalidade cardiopulmonar
6) Vo2max de 48,43 ml/Kg.min; 121,9% do previsto
7) Zona de treinamento: limiar anaeróbio(L1) de 150 bpm; ponto de compensação respiratória(L2) de 173 bpm, Fc máxima de 181 bpm.
Meu próximo retorno ficou programado para daqui 1 ano.
Para saber mais sobre VO2 máx:
1) O que é VO2máx ?
2) Teste ergoespirométrico / Teste de esforço cardiopulmonar
3) Absoluto ou Relativo
4) Tabelas de referências
Muito bem, amigo !
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