(Foto: Foco Radical)
Esse ano a São Silvestre teve um sabor todo especial para mim, completei a 300ª corrida na minha vida de corredor nesses últimos 8 anos dedicados ao esporte. Tudo começou em abril de 2009, na prova de 10 Km da Maratona Internacional de Santa Catarina e de lá pra cá não parei mais. Só me atentei para essa marca no 3º trimestre de 2016, e a partir daí comecei a administrar a quantidade de provas para que a São Silvestre fosse a última do ano e completasse assim as 300 corridas.
Garanti a compra da passagens aéreas com preço bom para Guarulhos/SP já no mês de maio. Não deu nem R$ 200 ida e volta. Depois as passagens dispararam de preço. Mas, às vésperas da prova, abaixaram novamente com preços a partir de R$ 88 cada trecho. O problema é o risco disso não acontecer.
Deixei Florianópolis rumo a São Paulo no dia 30/12 e fui direto encontrar a Aninha para retirar o kit no Ibirapuera. Era o último dia, e diferentemente das outras edições, peguei uma fila de dobrar o quarteirão. Foram mais de 1h30min de espera, com direito a um sol do meio dia de rachar. Pior que para aqueles que vem de fora não tem jeito, só se chegar antes. Também retirei o kit de uma outra atleta que não pôde ir e eles foram bastante rigorosos quanto a procuração e cópia de documentos.
Do lado de fora muitos ambulantes vendendo mercadorias alusivas a São Silvestre. Após conseguirmos entrar no ginásio havia também a Expo com vários produtos e serviços oferecidos aos atletas. O complicado é que estava muito quente e apertado para a quantidade de pessoas. Particularmente eu só consegui fazer a personalização da camiseta por R$ 15 (12 letras) e renovar a assinatura da Revista Contra-Relógio. Não estava mais com disposição de ver outras coisas. Depois o restante do dia foi pra descansar.
Ficamos no hotel Blue Tree Premium, na rua Peixoto Gomide, a poucos metros da largada, logo atrás do MASP. Bem melhor para o dia da prova, pois não precisamos acordar tão cedo e nem se locomover tanto. Dava até pra ver o movimento na Av. Paulista da janela. Além disso, foi possível alinhar para a largada mais cedo. Faltando uma hora já estávamos posicionados a uns 100 metros do portal, e sem possibilidades de avançar mais. Restava só esperar. O bom é que o tempo passa rápido com a animação do pessoal em volta.
A largada foi pontual às 9 horas. Muito tarde para uma prova de rua em asfalto, principalmente nesse época de calor intenso. Como o limite de chegada são 3 horas, muitos atletas sofreram com o sol do meio-dia e ainda tendo que encarar os 2 Km de subida da Av. Brigadeiro no final.
Na largada estávamos eu e a Aninha. Conseguimos chegar no meio do setor verde, logo depois da elite. Não encontramos muitos conhecidos, pois já estava praticamente tudo tomado. De Santa Catarina só vi o Dalto e o amigo Josimar que estavam pertinho.
Minha meta era tentar melhorar o tempo do ano passado e concluir abaixo de 1h15min. Já larguei meio atrapalhado no meio daquela muvuca toda. Dessa vez consegui passar pelo portal com cerca de 1min40s após o anúncio da largada. A animação lá na frente era total e por onde apareciam câmeras de TV a concentração de atletas fechava em cima delas.
Cometi uma grande falha ao me preocupar em fazer um vídeo ao vivo para o Facebook na hora que saímos. Esqueci dar um "refresh" no Garmin e ele dormiu. Descobri isso a poucos metros de passar pelo portal. E quem disse que ele queria localizar o satélite novamente. Cheguei a parar pra ele localizar o satélite, mas nada. Nesse meio tempo encontrei o Pertino também que passou por mim. Como estava correndo o risco de ser atropelado pelo pessoal que vinha atrás acabei optando em seguir sem iniciar o Garmin mesmo.
Fui em busca de tentar me recuperar na prova. Passado uns 2 minutos o Garmin finalmente localizou o satélite e pude acioná-lo, já na entrada da Av. Dr. Arnaldo. Acho que tinha percorrido cerca de 300 metros. Mesmo largando mais a frente esse início é muito congestionado ainda, devido a grande quantidade de atletas. O destaque inicial ficou com a passagem por baixo do viaduto ao sair da Av. Paulista. Altas vibrações e energias emanadas do público e dos atletas ao redor.
Viramos em seguida na rua Major Natanael para acessar a lateral do estádio do Pacaembú e em seguida entramos pela Av. Pacaembú. A partir daí as avenidas se alargam e fica mais fácil para correr sem ter que desviar tanto. Parte boa da prova que ainda é praticamente só descida. Na Av. Pacaembu a disputa já era por um lugar a sombra. Na medida do possível eu tentava seguir por ela, mas não foi só eu que tive a mesma ideia.
Me sentia bem na prova, acho que por causa das descidas que facilitaram esse início. Isso durou até o fim do 5º Km. Depois começamos a pegar longos trechos totalmente abertos com o sol incidindo diretamente. Começaram também os trechos com mais subidas. Aos poucos senti meu organismo ir cedendo. Apesar da sensação de esforço parecer estar ao máximo, com o meu coração super acelerado, o rendimento não estava o mesmo. Tive que reduzir o ritmo a partir do 6º Km, e consequentemente já descartava a possibilidade de melhorar o meu tempo do ano passado.
Garanti a compra da passagens aéreas com preço bom para Guarulhos/SP já no mês de maio. Não deu nem R$ 200 ida e volta. Depois as passagens dispararam de preço. Mas, às vésperas da prova, abaixaram novamente com preços a partir de R$ 88 cada trecho. O problema é o risco disso não acontecer.
Deixei Florianópolis rumo a São Paulo no dia 30/12 e fui direto encontrar a Aninha para retirar o kit no Ibirapuera. Era o último dia, e diferentemente das outras edições, peguei uma fila de dobrar o quarteirão. Foram mais de 1h30min de espera, com direito a um sol do meio dia de rachar. Pior que para aqueles que vem de fora não tem jeito, só se chegar antes. Também retirei o kit de uma outra atleta que não pôde ir e eles foram bastante rigorosos quanto a procuração e cópia de documentos.
Do lado de fora muitos ambulantes vendendo mercadorias alusivas a São Silvestre. Após conseguirmos entrar no ginásio havia também a Expo com vários produtos e serviços oferecidos aos atletas. O complicado é que estava muito quente e apertado para a quantidade de pessoas. Particularmente eu só consegui fazer a personalização da camiseta por R$ 15 (12 letras) e renovar a assinatura da Revista Contra-Relógio. Não estava mais com disposição de ver outras coisas. Depois o restante do dia foi pra descansar.
Ficamos no hotel Blue Tree Premium, na rua Peixoto Gomide, a poucos metros da largada, logo atrás do MASP. Bem melhor para o dia da prova, pois não precisamos acordar tão cedo e nem se locomover tanto. Dava até pra ver o movimento na Av. Paulista da janela. Além disso, foi possível alinhar para a largada mais cedo. Faltando uma hora já estávamos posicionados a uns 100 metros do portal, e sem possibilidades de avançar mais. Restava só esperar. O bom é que o tempo passa rápido com a animação do pessoal em volta.
A largada foi pontual às 9 horas. Muito tarde para uma prova de rua em asfalto, principalmente nesse época de calor intenso. Como o limite de chegada são 3 horas, muitos atletas sofreram com o sol do meio-dia e ainda tendo que encarar os 2 Km de subida da Av. Brigadeiro no final.
Na largada estávamos eu e a Aninha. Conseguimos chegar no meio do setor verde, logo depois da elite. Não encontramos muitos conhecidos, pois já estava praticamente tudo tomado. De Santa Catarina só vi o Dalto e o amigo Josimar que estavam pertinho.
Minha meta era tentar melhorar o tempo do ano passado e concluir abaixo de 1h15min. Já larguei meio atrapalhado no meio daquela muvuca toda. Dessa vez consegui passar pelo portal com cerca de 1min40s após o anúncio da largada. A animação lá na frente era total e por onde apareciam câmeras de TV a concentração de atletas fechava em cima delas.
Fui em busca de tentar me recuperar na prova. Passado uns 2 minutos o Garmin finalmente localizou o satélite e pude acioná-lo, já na entrada da Av. Dr. Arnaldo. Acho que tinha percorrido cerca de 300 metros. Mesmo largando mais a frente esse início é muito congestionado ainda, devido a grande quantidade de atletas. O destaque inicial ficou com a passagem por baixo do viaduto ao sair da Av. Paulista. Altas vibrações e energias emanadas do público e dos atletas ao redor.
Viramos em seguida na rua Major Natanael para acessar a lateral do estádio do Pacaembú e em seguida entramos pela Av. Pacaembú. A partir daí as avenidas se alargam e fica mais fácil para correr sem ter que desviar tanto. Parte boa da prova que ainda é praticamente só descida. Na Av. Pacaembu a disputa já era por um lugar a sombra. Na medida do possível eu tentava seguir por ela, mas não foi só eu que tive a mesma ideia.
Me sentia bem na prova, acho que por causa das descidas que facilitaram esse início. Isso durou até o fim do 5º Km. Depois começamos a pegar longos trechos totalmente abertos com o sol incidindo diretamente. Começaram também os trechos com mais subidas. Aos poucos senti meu organismo ir cedendo. Apesar da sensação de esforço parecer estar ao máximo, com o meu coração super acelerado, o rendimento não estava o mesmo. Tive que reduzir o ritmo a partir do 6º Km, e consequentemente já descartava a possibilidade de melhorar o meu tempo do ano passado.
Comecei a intercalar alguns momentos de caminhada para ver se conseguia uma certa regularidade na respiração enquanto corria, mas a variação de altimetria não deixava isso acontecer e a partir de então tive uma corrida bastante sofrida. Os paces não voltariam mais a ficar abaixo de 5 min/Km, e eu não estava fazendo corpo mole. Pelo contrário, a sensação era de estar fazendo muito mais força. Deve ter sido um pouco a ação do forte calor.
Durante o percurso contei 4 postos de hidratação com copos de água. O primeiro foi o único que peguei somente um copo. Nos outros foram 2 copos pra dar conta do calor e da desidratação. Também já estava até caminhando para conseguir beber e me hidratar melhor. Não quis tomar gel de carboidrato e nem levei. Esperava encontrar um posto de isotônico, mas esse ano não teve. Somente água mesmo.
O percurso mudou em alguns trechos, passando por ruas menos estreitas e com menos quebradas. Isso evitou um pouco o grande afunilamento que acontecia em alguns pontos, principalmente próximo ao Memorial da América Latina, na altura do Km 4. Outra alteração foi perto da Praça da República, na altura do Km 10.
Notei que o acesso a Av. Brigadeiro foi diferente e chegávamos por uma rua lateral. A minha subida pela Av. Brigadeiro, já sem muita força, foi com pelo menos umas 3 caminhadas curtas. Em uma delas deu pra encontrar rapidamente a minha mãe que estava lá assistindo e torcendo. O alívio só veio quando avistei a Av. Paulista. A partir daí eram cerca de 250 metros até a linha de chegada. Esse é o momento mais emocionante da prova com o público dos dois lados da rua dando aquele apoio final a todos os atletas.
Cruzei a linha de chegada muito cansado, suado e desidratado, mas com aquela incrível sensação de dever cumprido. Enquanto caminhava pela área de dispersão encontrei alguns amigos, Márcio Kobayashi, Fernando, Carlos, e o Fausto com o filho Gabriel, que chegaram próximos.
Só consegui chegar aos tanques com os copos de água alguns minutos depois. Foram pelo menos 6 copos tomados quase em seguida. Era muita sede naquela hora. Fiquei sabendo posteriormente que vários atletas que vieram mais pro final, após umas 2 horas de prova, já estavam sem água durante o percurso. Muito complicado essa situação ainda mais com o calor que fazia.
Fui retirar a minha medalha, uma das mais bonitas que recebi até hoje. Realmente capricharam no designer desse ano. O controle na entrega estava bem rigoroso e era necessário entregar um ticket que vinha em anexo ao número de peito. Presenciei de longe até uma perseguição dentro da arena de chegada. Era alguém fugindo dos seguranças, provavelmente por algum furto. Não quero acreditar que tivesse sido por um ticket para retirar a medalha !!!
Depois voltei para buscar a minha mãe que estava na Av. Brigadeiro e ver se conseguia achar a Aninha e acompanhá-la até a chegada. Porém, os acessos até lá estavam extremamente lotados e não consegui chegar a tempo. A Aninha estava estreando na São Silvestre e também completava a sua 50ª corrida. Foi dupla a comemoração também.
Apesar de não ter conseguido o meu objetivo de tempo (sub 1h15min) estava muito feliz por ter completado com saúde a minha 7ª São Silvestre e comemorado a minha 300ª corrida. Contente também por estar entre amigos nesse ambiente alegre e festivo, e principalmente pela companhia da minha mãe e da Aninha, fechando com sucesso assim o calendário de corridas 2016.
Dia 31 de Dezembro de 2017 já está agendado. Estaremos lá novamente !!!
Comparativo do percurso e temperatura 2015-2016
Percurso da São Silvestre 2015
Percurso da São Silvestre 2016
Aguardando na fila do lado de fora ainda do ginásio (mais de 1h30min de fila)
Ponto de onde conseguimos largar. No meio do setor verde.
O fundo não ajudou muito, mas...
(Foto: Foco Radical)
Aninha na maior festa fazendo a sua 50ª corrida
(Foto: Foco Radical)
Subindo a Av. Brigadeiro com a minha mãe
(Foto: Foco Radical)
Chegada na Av. Paulista. (ao fundo do lado direito o desvio para os pipocas) Já com a medalha na subida da Av. Brigadeiro.
Comemorando a 300ª corrida com meus pais
Horário: 09:00 Hs
Distância: 15 Km (15,17 Km - só consegui acionar o Garmin após uns 300 metros percorridos)
Inscrição: R$ 160,00
Kit: Sacola, camiseta, amostra de cânfora em gel, pacote de café 250g, sachê de carbogel, garrafinha de água de côco, pacote de snakes de arroz com algas, número do peito e chip descartável.
Kit: Sacola, camiseta, amostra de cânfora em gel, pacote de café 250g, sachê de carbogel, garrafinha de água de côco, pacote de snakes de arroz com algas, número do peito e chip descartável.
Tempo: 1h22min26s
Pace: 5:19 min/Km
Pace: 5:19 min/Km
Colocação: 301 de 2.109 (45-49 anos)
Colocação: 2.167 de 16.265 (masculino)
Colocação: 2.309 de 23.506 (geral)
Colocação: 2.167 de 16.265 (masculino)
Colocação: 2.309 de 23.506 (geral)
Show de relato Hanada!!! Parabéns por mais esta participação na maior festa running do Brasil, e parabéns claro, pela conquista de sua corrida número 300!!! Em 2016 também passei a administrar a quantidade de provas, para que justamente a São Silvestre edição 92 fosse a minha centésima corrida... um dia chego ao seu patamar conquistado em 2016... 300 corridas... muito legal!!!
ResponderExcluirQuanto a prova, a São Silvestre é uma emoção única para quem participa, só estando lá para provar desse gostinho inexplicável, só que essa última edição foi realmente sofrida... o forte sol castigou o rendimento de muitos atletas... eu sofri e reclamei muito... mas aquela coisa, o importante é termos cruzado a linha de chegada... com o dever de missão cumprida, e com a certeza de quem em 31/12/2017 estaremos mais uma vez na Paulista aguardando o sinal da buzina e o início daquela musiquinha tão familiar para o dia... tan tananananannn... tan tanananannn, tan tananananannn,... tan-tanananannnn... tan, tan-tantantan... tan tan-nananááááánnn...
Eduardo, parabéns pela corrida e, principalmente, por ter o privilégio de correr ao lado da mãe. Se Deus permitir, até a próxima!
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