Minha vida de corredor - Eduardo Hanada: 10/07/2011 - Corrida pela Paz No Drogas

Corrida pela Paz No Drogas - Florianópolis / SC

Eu já estava há dois finais de semana sem participar de uma corrida. Isso parecia uma eternidade para mim, principalmente quando estamos acostumados a participar praticamente todos os finais de semana. Por outro lado foi conveniente, pois pude pegar mais devagar nos treinos por causa da dor no meu joelho.

Na corrida, diferentemente do dia em que ela foi adiada, meu joelho já parecia estar melhor e eu estava sentindo mais segurança. Optei desde a outra vez por correr os 5 Km, com medo de não conseguir terminar os 10 Km. Acho que poderia até ter arriscado, pois não senti nada durante o percurso.

O tempo ajudou dessa vez. Estava friozinho, mas o sol tímido apareceu. Muita gente não deve ter acordado de preguiça e por causa do frio. Mesmo assim pudemos contar com um grande evento. A turma do grupo do Facebook “Loucos por Corridas” estava em peso prestigiando e participando.

A largada foi no Trapiche na Beira mar Norte de Florianópolis, sentido UFSC, e foi dada por volta das 8h40min. Mais de 500 atletas divididos nas categorias de Corrida de 5 Km, 10 Km e caminhada, ganharam as ruas da cidade, ou melhor, a avenida da Beira mar norte.

Meu percurso dessa vez era bem mais curto (5 Km). Como estava me sentindo bem, queria fazer um tempo abaixo de 23 minutos. Larguei posicionado mais a frente e tentei fazer os primeiros quilômetros mais fortes. O problema é que mesmo sendo uma distância relativamente pequena, quando forçamos no início os quilômetros seguintes são prejudicados.

Para atingir o meu objetivo eu teria que correr em um pace aproximado de 4:30 min/Km, o que tinha conseguido nos dois primeiros quilômetros. Já o 3º km meu rendimento foi caindo. E quando chegamos no ponto (2,5 Km) de retorno eu havia contado 29 atletas a minha frente. Boa parte tinha seguido para fazer a prova de 10 Km. Normalmente na segunda metade da corrida a minha posição já está meio definida e são poucas as trocas de posições. Para dar uma motivação durante a corrida, decidi então tentar buscar pelo menos a posição de número 25. E segui em busca de algumas ultrapassagens.

Não vi posto de distribuição de água durante o trajeto. Geralmente há um ponto na metade. Não senti tanta falta, pois geralmente nessa distância não costumo pegar mesmo. O joelho eu nem lembrava, ainda bem. Aos poucos fui chegando no pelotão que seguia a minha frente e consegui algumas ultrapassagens. Sabia que já tinha conseguido meu objetivo de colocação, mas já próximo da chegada, faltando uns 200 metros senti a possibilidade de ainda gastar minhas últimas energias e dar um sprint final. Consegui com isso fazer umas três ultrapassagens finais e chegar na 21ª colocação geral.

Não consegui fechar a prova com o tempo que gostaria, abaixo de 23min. Acabou passando 6 segundos a mais: 23min05. De qualquer forma, fiquei contente, pois não estava tão longe do tempo proposto e, além disso, não senti dor no joelho em nenhum momento da corrida. Peguei então a minha nova máquina digital e fui testar e tentar registrar a chegada dos amigos. Tenho que concordar que tirar fotos cansa bem menos que correr.

Na hora da premiação houve alguns probleminhas com as colocações e entregas das premiações, principalmente quanto a transição da geral para a categoria, e demais colocações das categorias. No regulamento informava que seriam premiados até o 3º lugar da categoria com medalhas. A expectativa era de haver alguma medalha diferenciada, como ocorre em outros eventos. Se fosse para premiar somente o 1º colocado de cada categoria era melhor não mencionar no regulamento a premiação do 2º e do 3º colocado, pois naturalmente todos receberiam as suas respectivas medalhas de participação ao concluírem a prova.

De qualquer forma, tivemos mais uma vez um evento muito bonito e com o excelente propósito de divulgar a não utilização das drogas. Essa foi a minha terceira participação nas Corridas pela Paz e espero continuar participando nas próximas edições.