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quinta-feira, 4 de maio de 2017

30/04/2017 - 7ª Meia Maratona de Balneário Camboriú / SC

Foto: Mark Maderovisk (Foco Radical)
7ª Meia Maratona de Balneário Camboriú 

Essa foi a 7ª edição da Meia maratona de Balneário Camboriú e também a minha 7ª participação, uma das únicas que consegui correr todas. Mas o fato que me deixou mais contente foram duas estreias nessa prova: a da minha irmã, Jaqueline, que fez a sua primeira corrida, e da Aninha, que corria pela primeira vez os 21 Km nesse percurso.

Minha irmã ainda estava dando os primeiros passos entre caminhadas e trotes há algumas semanas. Sugeri então essa prova para iniciar no mundo das corridas, mas ela ainda não se sentia segura. Então, com o apoio da organizadora Corre Brasil, a qual sou muito grato, fiz a inscrição surpresa dela na distância de 5 Km, e depois só a comuniquei. Não teve mais volta.

A Aninha também estava ansiosa para a sua estreia nos 21 Km nesse percurso. Ano passado ela tinha participado da distância de 5 Km e ainda não tinha sido apresentada ao temido morro da Estrada da Rainha, que era o seu principal desafio.

Como padrão da organização, a entrega do kit completo foi realizada na véspera da prova, na Passarela Barra Sul. Para quem precisasse retirar no dia da corrida foi entregue somente o número de peito e o chip. Não conhecia essa Passarela ainda e achei muito feliz a escolha do local, com um belíssimo visual e espaço adequado para toda a estrutura de entrega dos kits e exposição de produtos. Por lá encontrei o Eduardo Machado da Equipiazza que veio com uma delegação de atletas do Paraná, e a amiga e jornalista Sabine Weiler, companheira das grandes corridas pelo Brasil.


No dia da prova, mesmo dormido em Balneário Camboriú, fomos bem cedo para o local da largada, chegando próximo das 5:50. A previsão de início dos 21 Km era às 7 horas e dos 5 Km às 7:20. Já não conseguimos estacionar tão perto, mas ficou razoável. Logo fomos encontrando os amigos, Andréa, Lucas, Jabson e Juciana, que também chegaram praticamente juntos.
 
Fiquei impressionado com a quantidade de atletas presentes e das várias assessorias esportivas. Foram mais de 3.300 atletas inscritos contra os cerca de 2.200 de 2016, conforme informou a organização. Um grande salto. As opções disponíveis de distância eram: 5 Km individual, e 21 Km, individual ou em dupla. Isso permitiu que atletas de todos os níveis pudessem participar dessa corrida.

Eu estava um pouco decepcionado com o meu desempenho no ano passado e cheguei para essa edição sem grandes expectativas. A ideia de um sub 1h45min já estava de bom tamanho. Também não tinha feito nada de treinos específicos, somente as rodagens de manutenção.

Apresentei os bastidores da corrida para a minha irmã. Para nós, esse ambiente parece muito comum, mas para quem inicia é tudo novidade: horário de chegada, banheiros químicos, guarda-volumes, painéis para fotos, estruturas e serviços disponíveis. Um deles foram as massagens da Elementos Massoterapia, que também esteve presente dando aquela força na recuperação dos atletas.

A largada foi diferenciada para as duas distâncias. Às 7:08 (conforme registro no Garmin), saíram os atletas dos 21 Km, tanto do individual como da dupla. Ás 7:20 estava prevista a largada dos atletas dos 5 Km (eu já tinha ido). Com as condições climáticas favoráveis tinha tudo para ser uma boa prova. Estava bem fresquinho, sem chuva e sem muito vento.

Fui me alinhar em cima da hora e acabei ficando mal posicionado para a largada, só conseguindo passar pelo portal com mais de 1min30s após soar a buzina. Como a quantidade de atletas era grande e as ruas ficaram estreitas os meus dois primeiros quilômetros foram bem travados, tentando fazer vários desvios. Comecei a imaginar que não seria a melhor das provas para mim.

Aos poucos fui regularizando o ritmo e ganhando confiança a medida que ia fazendo as ultrapassagens e ficava mais solto para correr. Psicologicamente, largar atrás fez muito bem, ao contrário de sair mais a frente e ser somente ultrapassado. partir do Km, ainda correndo pela Av. Atlântica, à beira mar de Balneário Camboriú, os paces na casa dos 4:30 min/Km me animaram um pouco.

Como já era sabido, após o Km chegamos ao temido morro da Estrada da Rainha. Sua majestade exige respeito. Pensei inicialmente em encará-la subindo sem caminhar, mas no meio da subida desisti. Percebi que o esforço seria muito grande e poderia sacrificar o restante da prova. Então optei por fazer uma caminhada acelerada por alguns segundos, ao invés de trotar, até quase chegar ao topo do morro.  

Depois veio a compensação, descida até a Praia dos Amores. Acessamos então a Av. José Medeiro Vieira e seguimos reto até o seu final, passando pela Praia Brava também. Fato interessante é que enquanto corríamos muitas pessoas ainda saíam das casas noturnas, todas "arrumadinhas", e olha que já eram 8 horas da manhã. Não deviam estar entendendo nada.

Valeu a pena não ter me matado na subida do Morro da Rainha, pois consegui estabilizar o pace na casa de 4:40 min/Km nos quilômetros que se seguiram. Fizemos o retorno na altura do Km 9,8, quando acabou a pista que margeava a praia. 

A hidratação foi perfeita, com postos a cada 3 Km. Como não estava calor, um copo de água em cada posto foi mais que suficiente. Lembrando que sempre é bom se hidratar durante a prova, principalmente nessas mais longas.

Eu já estava me aproximando do posto de troca do revezamento, que ficava exatamente na metade do percurso com 10,5 Km. Em nenhuma das edições anteriores tinha passado tão bem nesse trecho e comecei a acreditar que ainda poderia fazer uma boa prova. Aproveitei para pegar e tomar um copo de isotônico. Caiu muito bem.

Nada de gel de carboidrato. Aboli eles das provas de 21 Km. Saímos do asfalto e fomos para as ruas de blocos, chatos pra correr. Quase torci o pé em um deles. Lembro que nessa parte sempre passava desanimado nas edições anteriores, mas dessa vez fui mais consciente e confiante. Percebi algumas ultrapassagens fortes, mas lembrei que era o pessoal do revezamento que ainda estava com todo gás.

Na altura do 15º Km chegamos novamente ao Morro da Rainha. Ao contrário da ida, a volta é mais extensa e menos ingrime. O problema é que as forças já não são as mesmas do início e fica muito mais sacrificante. Corri até onde foi possível, e cedi novamente a uma breve caminhada. Ao chegar ao topo a sensação já era de dever cumprido. Que alívio.

Porém, a descida do morro também não foi nada fácil. Exigiu muito cuidado para não escorregar e não detonar os joelhos e as pernas, que já estavam cansados. O bom é que pra baixo todo Santo ajuda. Mesmo assim fui segurando.

Dei uma conferida no meu tempo de prova e senti que seria possível fazer o sub 1h45min se mantivesse pelo menos o pace de 5 min/Km nos últimos 5 Km pela Av. Atlântica. E foi com essa ideia que segui determinado. Toda aquela empolgação e disposição inicial já tinham ido embora e a luta era pra se manter concentrado e não quebrar muito o pace que estava em torno de 4:50 min/Km.

Faltando menos de 3 Km emparelhei com o amigo James e seguimos juntos por um trecho. Legal que me manteve firme e percebi que até poderia chegar ainda perto do meu melhor tempo, que tinha sido em 2015, com 1h42min10s. Será que ainda dava ?

Contas rápidas pra não perder tempo e lá fui eu no meu limite das forças. Não ia chegar tão perto e morrer na praia. E esse esforço final valeu a pena. Sensação indescritível passar pelo corredor formado pelo público presente na reta final. Cruzei a linha de chegada com o tempo de 1h41min45s. Meu novo recorde pessoal da prova.

Logo avistei a minha irmã Jaqueline e o meu cunhado Yukio, que aguardavam a minha chegada. Fiquei feliz que ela e a sua amiga Fernanda, conseguiram completar a prova de 5 Km, e conquistaram a primeira medalha. Um pouco mais a frente encontrei a querida Carla Voltz, que registrou o meu estado de derretimento depois de uma meia maratona.

 (Foto: Focoradical)

Me hidratei bastante, respirei um pouco e fui lá conferir a chegada da Aninha. Tinha certeza que ela chegaria bem. E não deu outra. Com pouco mais de 2h05 de prova ela cruzou a linha de chegada, conseguindo o seu melhor tempo em meias maratonas. O dia rendeu pra todos.

Vou aproveitar e deixar registrado aqui também um abraço aos amigos que nos acompanham e vieram dar um alô durante o evento: o Gérson de Jaraguá do Sul, o Rafael (que conversamos durante a prova), e o Rodrigo de Blumenau. Espero não ser traído pela memória. 

Depois o sol abriu e ficou um belo dia. Enquanto aguardávamos a premiação ficamos conversando com os amigos e, lógico, tiramos muitas fotos. Assistimos toda a premiação e quando a fome apertou repetimos a dose do ano passado. Fomos matá-la na Churrascaria Costelaço do Tonho, em Itapema.


Mais uma grande prova organizada pela Corre Brasil, onde tudo funcionou perfeitamente do meu ponto de vista. Até as boas condições climáticas permitiram a presença de muitos corredores iniciantes nas ruas, tornando-a umas das maiores de Santa Catarina, com um crescimento da ordem de 50% no número de inscritos em relação ao ano anterior.




Altimetria


Kit da prova
Kits retirados na Passarela Barra Sul
Momento decontração pré-prova, com Jac, Suzy e Ana.
 Descendo o morro da Estrada da Rainha
(Foto: Focoradical)

 Quilômetros finais com o amigo James
(Foto: Focoradical)
 Agora falta pouco
(Foto: Focoradical)
Tempo líquido: 1h41min45seg
(Foto: Focoradical)
 Eu e a Aninha felizes com o resultado
Minha irmã Jaqueline que conquistou a sua primeira medalha de corrida

Medalha da Meia maratona de Balneário Camboriú

Repondo as energias no Costelaço do Tonho, em Itapema

Local: Em frente ao Parque Unipraias - Balneário Camboriú/SC
Data: 30/04/2017
Horário: 07:00 Hs 
Distância: 21,097 Km (21,210 Km) 

Inscrição: R$ 64,00
Kit: Sacolinha, revista Corre Brasil, camiseta, gel de carboidrato, barra de frutas, número de peito e chip descartável.  

Tempo: 1h41min45s
Pace: 4:48 min/Km

Colocação: 027 de 075 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 243 de 764 (masculino)
Colocação: 266 de 1055 (geral)

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