Foto: Tunai Arozi - TUNA - Foco Radical
Fotos da Corrida FB (by Eduardo Hanada)
A Corrida Rústica da INPLAC é uma prova das antigas que comecei a participar em 2010, no início da minha vida de corredor. Ficou um tempo sem acontecer, nos últimos anos, mas voltou para comemorar os 50 anos da INPLAC. Ela tem uma característica diferente da maioria, pois tem a largada no município de Antônio Carlos, e termina no município de Biguaçu. O percurso tem cerca de 16 km, ou 10 milhas.
Na edição deste ano não teve opção de revezamento em dupla, somente a modalidade individual. Isso acaba limitando a participação dos atletas mais iniciantes, pois é uma distância considerável. Fizemos a inscrição com um grupo de amigos: eu, Aninha, Renato e a Jany. Com a inscrição tivemos direito ao transporte de ônibus até a largada e um almoço no final da prova.
O local para a retirada do kit é fora de mão para quem é da grande Florianópolis, na loja Cely Calçados, no centro de Biguaçu. Ainda bem que a Aninha estava voltando de viagem pela BR-101 e aproveitou para pegar os nossos kits na sexta-feira. Também podia ser retirado no sábado, véspera da prova. Para os atletas de outras cidades, tinha a opção de retirar um pouco antes da largada, no dia da prova.
Eu estava ansioso para participar dessa corrida novamente, mas preocupado com a minha saúde, pois ainda estava em fase final de gripe e com um pouco de congestionamento no nariz e tosse. Nada muito forte, mas o suficiente para me deixar sem poder treinar direito durante toda a semana.
A logística para essa prova é um pouco mais complexa por causa da largada na praça central de Antônio Carlos. Por isso tivemos que chegar na INPLAC, local da chegada, às 6h30 da manhã. Toda a estrutura da prova foi montada nas próprias instalações da INPLAC. Às 6h50 sairiam os ônibus para levar os atletas até o local da largada, em Antônio Carlos. Esse percurso levou cerca de 20 minutos.
Chegando por lá tivemos alguns minutos para ir ao banheiro e fazer um aquecimento. Não sei se foi para a maioria, mas eu estava sentindo muito frio. Não tinha serviço de guarda-volume, por isso do jeito que fomos teríamos que voltar. Optei em correr com o corta-vento, e foi o que levei. Caso esquentasse é fácil tirar e carregar. Não havia também banheiros químicos e tivemos que usar os da igreja e da praça.
A largada foi dada às 7h34 min, com cerca de 270 atletas. Saímos da praça de Antônio Carlos e fomos no sentido da SC-407. O tempo estava todo nebuloso e a temperatura em 15 ºC. A Aninha ia fazer a prova bem tranquila. Me despedi dela e peguei a estrada. Larguei consciente de que não tinha treinado na última semana e teria uma boa distância para vencer, 16 km. Além disso, sabia que em vários trechos havia subidas e descidas.
O 1º km corremos ainda pelas ruas de Antônio Carlos, que ainda estavam tranquilas e vazias. Aos poucos fomos nos dispersando. Menos mal, porque correr em blocos na rodovia seria complicado. Fiz a largada bem leve, com um pace de 5:32 min/km. Estava com as pernas duras e precisava aquecer melhor.
Chegamos então na SC-407, rodovia que nos levaria até Biguaçu. Nenhuma pista estava fechada para o trânsito de veículos. Foram colocados cones reservando alguns centímetros junto ao acostamente (quando havia) para os atletas. Por todo o percurso foi preciso ficar atento aos veículos que passavam, principalmente os caminhões.
Meu 2º km e 3º km ficaram na média de 5:34 min/km. Continuava tentando acostumar o corpo ao frio que estava sentindo, mesmo usando o corta-vento. Não quis forçar mais no início porque sabia que a jornada seria longa e ainda estava preocupado com a minha resistência no final de gripe.
No 4º km começaram as subidas e o meu ritmo que já não era dos melhores, caiu mais ainda. O pace subiu para mais de 5:50 min/km. Isso se repetiu no quilômetro seguinte. Toda a bela paisagem que o percurso nos proporcionaria ficou prejudicada com a forte neblina durante toda a prova. Preocupação também com os veículos que trafegavam próximos.
Por conta da gripe estava sentindo a boca bastante seca e ainda bem que tiveram postos de hidratação distribuídos de quatro em quatro quilômetros, aproximadamente. Precisei me hidratar em todos eles, mesmo com o frio que estava fazendo.
Meus paces durante o percurso ficaram variando bastante, entre 5:35 min/km e 5:55 min/km, muito em função das várias subidas e descidas ao longo do percurso, principalmente nos quilômetros 4, 9, 11 e 13. Só comecei a correr mais solto a partir da metade da prova, pois antes as pernas estavam bem pesadas e a respiração muito forte.
Em uma análise do meu Garmin após a prova deu pra verificar o nível de esforço que fiz durante quase toda a prova, com a frequência cardíaca na Zona 5 por 95% do tempo. Talvez essa medição não seja tão exata, mas acredito que foi próximo disso pela minha sensação durante a prova.
Dessa vez, a medida que eu ia avançava parecia que me sentia melhor pra correr. Até me aquecer adequadamente foi bem desconfortável. Percebi isso porque várias ultrapassagens que tinha sofrido no início da prova fui conseguindo recuperar na segunda metade da prova. Normalmente é o contrário.
No 14º km estávamos chegando próximo da BR-101 e tive que tirar o meu corta-vento, que a essa altura estava bem encharcado. Um pouco mais a frente, com pouco mais de 15 km percorridos, chegamos na passarela de pedestres, que permite atravessar a BR-101 e cruzar para o lado de Biguaçu. O difícil foi subir e descer dessa passarela, com as pernas já duras e cansadas. Foi até perigoso na descida. Depois foi só correr por mais 1 km e chegar nas instalações da INPLAC.
Na reta final da chegada deu até pra dar uma acelerada para recuperar mais algumas posições. Meu tempo líquido ficou em 1h33min17. O tempo oficial só considerou o tempo bruto, pois não teve leitura de chip na largada. Cheguei bastante suado e cansado. Fui logo me hidratar, retirar a medalha e me trocar. Ainda continuava com muito frio. Acho que por causa da gripe, pois os outros atletas não parecimam sentir tanto.
Pena que perdi a chegada da Aninha, enquanto eu me trocava. Ela chegou bem, com o tempo de 1h51min09, mas sofreu um pouco com o tênis novo, que machucou os seus dedinhos. Para distâncias maiores não é bom estrear tênis, ainda mais macios.
Devidamente recuperados, trocados e agasalhados, ficamos só esperando a cerimônia de premiação e o almoço. Até que não demorou muito. Não sabia, mas também teve premiação em dinheiro para os atletas gerais e até o 3ª colocação na categoria por faixa etária. Por isso as primeiras colocações foram tão disputadas. A amiga Jany se classificou em 3º lugar na categoria e garantiu R$ 50 de premiação, além do troféu. Está de parabéns. Muito bom.
Enquanto estava sendo feita a premiação começaram a servir o almoço no refeitório da INPLAC. Como estávamos morrendo de fome já fomos garantir o nosso lugar e saborear o delicioso carreteiro com salada. Teve suco de uva e maracujá também. Pra mim essa é a mlehor parte do evento, principalmente pela confraternização com os amigos. Valeu a pena e foi uma bela manhã de domingo.
Percurso de 16 km. Saindo de Antônio Carlos até Biguaçu.
Kit da Corrida Rústica INPLAC
A Ana foi retirar os kits na Loja Cely Calçados em Biguaçu
Foram 3 ônibus lotados da INPLAC até a largada na Praça de Antônio Carlos.
Aquecendo pra espantar o frio antes da largada em frente à igreja de Antônio Carlos.
Eu e a Aninha aguardando a largada
Descidinha no final da prova
(Foto: Rogério Frias - Foco Radical)
Fazendo muita força na subida da Passarela
(Foto: @Tunafoco - Foco Radical)
Chegando com tapete vermelho
(Foto: @enigriss)
Almoço pós-prova. Carreteiro muito bom.
Medalha da Corrida Rústica INPLAC 2024
Certificado Corrida Rústica INPLAC 2024
Data: 21/07/2024
Horário: 7h30 (7h34)
Distância: 16km (16,38 km)
Inscrição: R$ 90,00 (com transporte e almoço incluso)
Kit: Sacola, Camiseta, uma caixinha de suco de uva Campo Largo (200ml), um bombom ARCOR (15g), e número de peito com chip descartável.
Tempo: 1h33min17
Pace: 5:42 min/km
Tênis: Fila Race Carbon Tri
Distância 16 km:
Colocação: 015 de 019 (50-54 anos)
Colocação: 126 de 185 (masculino)
Colocação: 154 de 270 (geral)
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