sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

31/12/2017 - 93ª Corrida Internacional de São Silvestre 2017

Foto: Foco Radical
93ª Corrida Internacional de São Silvestre 2017

Mais um ano se passou e terminei contente por me manter na prática desse esporte que só tem me feito bem. E para comemorar esse 9º ano consecutivo da minha vida de corredor, nada melhor que fechar com a minha 8ª participação na Corrida Internacional de São Silvestre. 

A minha programação começou cedo. Comprei a minha passagem antecipadamente no mês de Junho/2017, por um preço bem em conta, R$ 280 ida e volta (FLN-GRU). Essa opção para mim é melhor pois a minha família é de lá, mas para quem vai de fora é melhor descer no aeroporto de Congonhas, bem mais perto da prova e do local da retirada do kit. Uma novidade não muito agradável desse ano é que as bagagens despachadas estão sendo cobradas à parte. Antecipado, eu paguei R$ 30 por bagagem por trecho, mas para quem vai contratar na hora o valor chega à R$ 80 por bagagem. Esse ano também não notei aquele super desconto nas passagens às vésperas do evento, como nos anos anteriores.

A entrega do kit iniciou-se no dia 27/12 e foi até o dia 30/12, no Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, local já tradicional. Atendendo aos comunicados da organização a grande maioria dos atletas de São Paulo e região retiraram os kits nos primeiros dias e isso ajudou muito no último dia, minimizando a fila, que no ano passado tinha sido gigantesca, dando a volta no quarteirão.

Cheguei cedo na manhã do sábado em São Paulo, e em seguida fui retirar o kit com os meus pais. A Aninha chegou um pouco depois e foi direto do aeroporto de Congonhas. Havia uma pequena fila para entrar, mas estava fluindo rápido e acho que não levaram nem 20 minutos para conseguirmos acessar o ginásio. Retirei o kit do amigo Lucena também, e como sempre foram bem rigorosos quanto a documentação de retirada por terceiros, mas deu tudo certo. 

Havia a tradicional Expo com vários produtos voltados aos corredores, mas o local é apertado e fica bem complicado para conseguir olhar tudo com calma. Encontrei alguns amigos: Eduardo Volpe, Jacks, Sabine, Fabíola, José Carlos e Luciana Matos, e o pessoal do Mania de Corrida. Aproveitei pra tomar um cafezinho e iogurte que estavam distribuindo, comprei alguns acessórios, renovei assinatura da Revista Contra-Relógio, e só não consegui personalizar a camiseta (R$ 15) porque a demora estava sendo de cerca de 1 hora. Com o kit já retirado aproveitamos pra fazer um passeio rápido pela Rua 25 de março e Mercado Municipal de São Paulo, mas foi muito rápido porque já estava fechando tudo. 

Novamente optamos por ficar no Hotel Blue Tree Premium, na rua Peixoto Gomide, logo atrás do MASP. Esse hotel pode não ser um dos mais baratos, mas reservando com antecedência (6 meses) dá pra conseguir um valor acessível (R$ 265) para duas pessoas. Em se tratando de localização é um dos melhores. Vale a pena pra evitar aquele stress de chegar por outras vias e ter que acordar muito cedo no dia da corrida.

Dia da prova, e depois de tomarmos um bom café da manhã fomos para a Av. Paulista às 7:30. A largada do pelotão geral é feita pontualmente às 9 horas. Tentamos acesso pela rua do hotel, que indicava o Setor Vermelho. Fomos barrados e direcionados para o Setor Azul, que estava indicado nos nossos números de peito. Tivemos que dar uma volta por trás para chegar ao setor correto. Pelo que me lembro haviam os seguintes setores na sequência: Azul, Amarelo, Vermelho e Cinza. A cor no número de peito indicava o setor de cada atleta, baseado no tempo informado no ato da inscrição. Minha mãe ficou esperando o meu primo que chegou depois e eles largaram no Setor cinza.

Esse ano a organização fez uma ação bem forte em boicote aos "pipocas", corredores que participam sem estar devidamente inscrito. O controle na entrada aos setores, pelo que pude perceber, estava bem rigoroso e não era permitido o acesso para a Av. Paulista sem os devidos números de peitos. A largada também foi alterada e foi posicionada mais a frente na Av. Paulista.

Chegando ao setor correto encontramos os amigos: Ademar, Cleto, Sabine, Fabíola, Cleto, Maria Imaculada, e alguns atletas fantasiados. E logo em seguida fomos nos posicionar o mais a frente possível. Mesmo faltando mais de 1 hora, só conseguimos ficar à uns 150 metros do portal da largada. Impossível dar mais um passo sequer. Estavam pertinhos também os amigos Jander, Marcos Vinícius, Ronaldo, Fernando e Rafael da Imperatriz Running, todos de Santa Catarina. 

A temperatura estava agradável (20 ºC), e faltando pouco mais de 30 minutos para a largada começou a chover, iniciou fraquinho e foi aumentando. Mas a galera estava empolgada e isso não tirou o ânimo dos atletas. O tempo foi passando rápido e fomos nos distraindo com as músicas, fotos, vídeos, drones, helicóptero, e os tradicionais personagens fantasiados e faixas dos atletas.

Pontualmente às 9 horas foi dada a largada. Nessa hora o coração acelera e bate mais forte. Eu nem ia fazer o "ao vivo" da largada por causa da chuva, mas como ela deu uma trégua e não dá pra correr muito forte nesse início, resolvi fazer durante uns 5 minutos. Deu pra registrar um pouco da energia do pessoal na hora da largada, a nossa passagem pelo palco da tradicional virada do ano na Av. Paulista e a passagem pelo Túnel da Dr. Arnaldo com gritos e incentivos vindos de todos os lados dos atletas e do público.

Nessa edição foi a que levei menos tempo para conseguir passar pelo portal, que efetivamente registra o chip na largada. Demorei somente 1min27s. Lembro que cheguei a levar cerca de 18 minutos no passado. É uma prova festiva, mas a gente sempre busca fazer o nosso melhor.

Eu tinha como meta mais ousada completar o percurso em menos de 1h15min, mas sabia que isso seria difícil e ficaria satisfeito se conseguisse melhorar o tempo do ano passado, que foi de 1h22min26s. Lembro que tinha sofrido muito na segunda metade da prova de 2016, pois estava muito mais quente. Sendo assim optei por sair mais conservador, sem me empolgar com as descidas iniciais.

Com 1 Km percorrido pegamos a maior das descidas após virar à direita na Rua Major Natanael, que dá acesso ao Estádio e a Av. Pacaembú. Também me segurei nesse trecho que ainda estava meio congestionado para correr. Nesse trecho havia algumas câmeras da Globo e o pessoal se aglomerava para tentar aparecer.

Consegui correr com mais liberdade somente a partir do 3º Km, já na Av. Pacaembú, que é mais larga, mas mesmo assim é muito gente na frente e atrás. Foi a vez que tive menos problemas com encaixotamentos durante a prova. Bem melhor sair à frente.

Esse trecho inicial, até o 6º Km, é bem favorável aos atletas, sendo praticamente todo em descida. Depois a situação inverte e ainda corremos por longas avenidas mais abertas, expostas ao sol que já se mostrava presente. Eu peguei um copo de água em cada um dos postos de hidratação, bebendo um pouco e refrescando a cabeça. Senti falta de um ponto de hidratação com isotônico, que esse ano não teve novamente.

Apesar de estar me sentindo bem já sabia que não estava no ritmo de sub 1h15min, mas daria para melhorar o tempo do ano passado. Os paces abaixo de 5 min/Km ficaram raros já sentindo as pequenas subidas, e sabia que ainda o pior estava por vir.

Já na região da Av. São João e Av. Ipiranga eu já imaginava a subida da Av. Brigadeiro. Às vezes pensava em dar uma acelerada, mas logo me lembrava e me continha novamente. Encontrei com o Celinho Herardt, que também treina no mesmo lugar que eu aqui em SC, e corremos juntos por uns bons quilômetros.

Finalmente chegamos a temida Av. Brigadeiro. Esse ano estava determinado a subir sem caminhar, e me sentia melhor que no ano passado. Realmente não é fácil. Eu, que acompanhava antigamente pela TV a elite subindo naquela velocidade toda, não imaginava o quanto de esforço era necessário para vencer os 2 Km de subida nessa parte final da prova.

Passou por mim e deu um olá o Wellington Oshiro, que manteve um ritmo bom e sumiu na minha frente. Um pouco mais acima pude ver o amigo Edson Ito, que estava assistindo e torcendo. E como essa Av. Brigadeiro é longa. Parece que ela não acaba nunca. Eis que avistei um pessoal distribuindo cerveja em copos. Não tinha botado muita fé, mas peguei, experimentei e estava boa, bem geladinha. Deu uma animada até chegar chegar na Av. Paulista.

Não estava olhando mais o Garmin e entrei finalmente pela Av. Paulista com intenção de dar uma acelerada e um sprint final. Logo na entrada avistei a Sô e o Gabriel, esposa e filho do amigo Fausto Egídio do Confraria das Corridas, que também estavam na torcida.

Comecei a acelerar e eis que de repente, uns atletas que estavam correndo carregando uma faixa enorme cortam a minha frente e soltam a faixa. Tive que desviar rapidamente para não tropeçar e nesse movimento brusco me deu aquela cãibra na perna direita. Era tudo o que eu não precisava naquela hora. Parei com uma dor imensa na tentativa de me alongar. Nem podia sentar, porque vinham atletas de todos os lados. Nossa, fiquei com muita raiva, pois só faltavam uns 100 metros. Fiquei ali parado de pé, sem poder me mexer. Olhei o meu Garmin e tinha se passado 1h20min de prova. Estava no limite para ficar abaixo do meu tempo do ano passado (1h22min26s). Pensei, não cheguei até aqui pra morrer na praia, vou assim mesmo. Com a perna dura, sem poder dobrar, fui dando os passos mancando em direção ao portal de chegada. Nunca tinha chegado assim em uma corrida, mas dessa vez não teve jeito. Fui e consegui terminar a minha 8ª São Silvestre com o tempo líquido de 1h21min16s.

Fiquei um pouco frustrado pelo ocorrido, pois perdi pouco mais de 1 minuto, mas como ainda ficou melhor que no ano passado me conformei. Estava concluída mais uma São Silvestre. Enquanto caminhava na dispersão fui vendo as várias TV´s fazendo entrevistas com os atletas animados, encontrei os amigos Renato, Maíza, Brito, Ailton, Zeca (lanterna verde), Sabine, Fabíola, Daniel e Leandro que também completaram com sucesso a São Silvestre e estavam tirando fotos e indo retirar a medalha.

No meio daquele monte de gente não achei a Aninha e nem a minha mãe. Mas enquanto aguardava pude acompanhar a chegada da Aninha no "ao vivo" que ela fez pelo Facebook. Bem legal. Ela conseguiu melhorar em mais de 12 minutos o seu tempo em relação ao ano passado. Eu só melhorei pouco mais de 1 minuto.

Na dispersão aproveitei pra me hidratar melhor junto aos vários tanques com copos de água distribuídos mais a frente. Em seguida fui retirar a medalha, entregue mediante o ticket que estava junto ao número de peito, e recebi também um kit com uns lanches pós-prova. Achei a medalha a mais bonita de todas as edições que participei, ao contrário da camiseta que me pareceu de material bem mais frágil e fino.

Ainda voltei para a Av. Brigadeiro pra ver se encontrava a minha mãe e pude assistir um pouco a subida de alguns outros amigos e parentes, como a Márcia Liz, Sidilene, Josiane e amigas, Josíê, Eliane, o meu primo Silvio e a Kazumi.

Dessa vez não ouvi nenhuma reclamação de falta de água como nos anos anteriores. Acho que a prova ficou melhor organizada. Demorei menos tempo para cruzar o portal de largada e consequentemente peguei menos congestionamento no início da prova. Os postos de hidratação achei suficientes, mas senti falta de um posto de isotônico. Os banheiros químicos também me pareceram suficientes (não usei). Medalha bonita, dispersão e entrega das medalhas e kits pós-prova mais rápidas. Só a camiseta do kit que poderia ter sido de melhor qualidade. Mas senti evolução na organização como um todo.


Percurso e condições climáticas da São Silvestre 2016

Percurso e condições climáticas da São Silvestre 2017

Kit da  93ª Corrida Internacional de São Silvestre
 Encontros com os amigos na retirada do Kit, dia 30/12/2017.
Passeando pelo Mercado Municipal de São Paulo
Passeando pela Av. Paulista na noite anterior à São Silvestre
Os amigos de Santa Catarina chegando cedo para largada (setor azul)
Esperando a largada com a Aninha debaixo de chuva.
 Saindo do túnel da Dr. Arnaldo e fazendo o "ao vivo"
(Foto: Foco Radical)
  Passando pelo Teatro Municipal de São Paulo
(Foto: Mark - Foco Radical)
Deixando o Teatro Municipal de São Paulo e seguindo para os últimos quilômetros
(Foto: Felipe da Cruz - Foco Radical)
Sprint final na Av. Paulista
(Foto: Confraria das Corridas)
Encontros com os amigos na largada e chegada da São Silvestre 2017
Eu e a Aninha. Missão cumprida !!!
Av. Paulista pós-São Silvestre com a Aninha e a mãe
Linda medalha da 93ª Corrida Internacional de São Silvestre

Local: Av. Paulista - São Paulo/SP
Data: 31/12/2017
Horário: 09:00 Hs
Distância: 15 Km (15,5 Km)

Inscrição: R$ 170,00
Kit: Sacola, camiseta, amostra de cânfora, pacote de café 250g, sachê de carbogel, caixinha de bebida láctea 200 ml, número do peito com pregadeiras plásticas de pressão e chip descartável.

Tempo: 1h21min16s
Pace: 5:19 min/Km
Tênis: Asics Nossa FF

2017
Colocação: 398 de 2.384 (45-49 anos)
Colocação: 2.818 de 17.973 (masculino)
Colocação: 3.012 de 25.958 (geral)

2016
Colocação: 301 de 2.109 (45-49 anos)
Colocação: 2.167 de 16.265 (masculino)
Colocação: 2.309 de 23.506 (geral)

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