domingo, 9 de janeiro de 2022

31/12/2021 - 96ª Corrida Internacional de São Silvestre 2021

Foto: Foco Radical

96ª Corrida Internacional de São Silvestre 2021


A 96ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre retornou em 2021, após ter sido adiada em 2020, por conta da pandemia provocada pela COVID-19. Na época a vacina encontrava-se ainda em fase de desenvolvimento. A edição de 2020 chegou a ser adiada para Julho de 2021 (meio estranho São Silvestre no meio do ano), mas ela também  não aconteceu. Fiquei até com receio de ainda não ser realizada no final de 2021, mesmo com a vacinação avançando. Ainda bem que confirmação da prova veio em Novembro. Eu tinha feito a minha inscrição um mês antes.

A expectativa para o retorno da maior corrida de rua do Brasil era grande. Já conhecia o nível de aglomeração que ocorre, principalmente na hora da largada. O número de inscritos ficou em torno 20 mil atletas segundo a organização, enquanto que na última edição de 2019 foram cerca de 35.000 atletas. Tinha que ter uma limitação mesmo para que ela pudesse acontecer de forma um pouco mais segura.

Ainda sem saber da confirmação efetiva da prova, a compra das passagens e hospedagem foram feitas mais perto do final do ano e acabei pagando um pouco mais caro. Ida e volta de Florianópolis para Guarulhos ficou em R$ 455,00, e hospedagem no Hotel Wyndham em R$ 345,00, com café da manhã, estacionamento gratuito, piscina, academia e check-out late estendido até às 14:00. Gostei também da localização, na Alameda Campinas, ficando a apenas duas quadras do Shopping Cidade de São Paulo. Muito bom.

Fui para São Paulo no dia 29/12, aproveitando antes para rever e visitar os meus pais. No dia 30, último dia da entrega dos kits, a Aninha chegou de viagem e fomos retirar os kits no Palácio de Convenções do Anhembi. Como tinha ido de carro utilizei o estacionamento do Anhembi que custou R$ 20. Próximo não tem onde estacionar. Tudo proibido. O valor do UBER para quem vinha do Aeroporto de Congonhas ficava em torno de R$ 40.

Para entrar no Palácio de Convenções foi necessário apresentar o comprovante de vacinação. Pra quem tinha foi tranquilo. Lembrei que ali tinha sido a minha colação de grau da faculdade em 1993, quase 30 anos atrás. Depois, baseado na cor do setor fomos direcionados para as respectivas filas, que praticamente não tinha quando chegamos. Era em torno de 14:00 e estava bem vazio. Retiramos os kits e demos uma voltinha na tradicional EXPO. Também estava bem calmo e sem grandes aglomerações.

Com os kits em mãos fomos direto ao Hotel Wyndham, próximo à Av. Paulista deixar as malas e almoçar no Shopping Cidade de São Paulo. Não fomos para outros lugares, pois o tempo estava chuvoso e ficou complicado passear com chuva. Até aquele tradicional passeio noturno pela Av. Paulista para ver os últimos preparativos ficou prejudicado. Ainda assim consegui encontrar alguns amigos aqui de Santa Catarina por lá. A chuva não deu muita trégua.

Como choveu durante à noite, imaginei que na largada, prevista para às 8h, não fosse ser diferente. Mas de manhã a chuva parou e o sol também ficou encoberto. Tempo gostoso para correr. O café no hotel foi servido às 6h, e ao contrário dos outros anos, estava bem tranquilo, sem muita aglomeração. Às 7h fomos para o local da largada. Eu e a Aninha estávamos no Setor Vermelho, mais ou menos na posição intermediária na divisão de cores para a largada. O controle de acesso aos setores estava bem rigoroso. Minha mãe, que costumava ir me ver, não pode ir este ano, pois teoricamente não deveria ter público.

Não tinha me preparado muito para correr a São Silvestre. Fiz somente alguns treinos de 15 km para testar se chegaria bem. A Aninha também foi participar sem treinar praticamente nada. Como se tratava de um retorno à São Silvestre depois que a pandemia começou, preferi então ir curtindo a corrida ao lado da Aninha, sem preocupação de tempo. A ideia era conseguir terminar bem os 15 km da São Silvestre para fechar esse duro ano de 2021. 

A área da concentração para a largada neste ano estava bem mais tranquila e espaçada. Não estava aquele aperto tradicional dos outros anos que a gente mal conseguia se mexer. Pessoal respeitou um certo distanciamento e a grande maioria utilizando máscaras. Eu e a Aninha ficamos próximo das câmeras de TV, e até arriscamos uns pulos pra ver se aparecíamos. Acho que aparecemos rapidamente, pelo menos na cobertura da TV Gazeta. Muita gente com cartaz e fantasiados. Não faltou nem a fantasia do Corona Vírus.

Às 8h05 largou o pelotão geral e lá fomos nós no meio daquele povo todo vibrando e comemorando aquele momento que dá até arrepio. Passamos pelo portal às 8h12min, hora de ativar o Garmin. Apesar da organização desaconselhar a presença de público para assistir, se via muita gente do lado de fora dando aquela força aos atletas. 

Como nesse início não dá pra correr direito pela grande concentração de atletas, aproveitei para ir fazendo vídeos no stories e postando. Aliás, havia muita gente tirando fotos e fazendo registros nesse trecho inicial. Personagens também era o que não faltavam. Teve mulher maravilha, Corona Vírus, Homem-Aranha, Dinossauro, Os Flinstones, Papai Noel, Chaves, Noiva, La Casa de Papel. Haja criatividade. Bem divertido.

Às vezes é até gostoso correr sem preocupação de fazer um bom tempo. Não ficamos com aquela sensação do coração saindo pela boca por conta do ritmo que impomos. A parte inicial da São Silvestre é praticamente em descida, e dá tempo de fazer um melhor aquecimento. Fui acompanhando e seguindo no ritmo da Aninha e da turma, pois no começo ainda é bem congestionado. Nem ficamos desviando tanto.

Os primeiros 5 km corremos com pace próximo de 6:30 min/km, passando pelo estádio e avenida do Pacaembú. Essa é a parte boa e mais tranquila. É mais ou menos o ritmo que dá pra correr devido a concentração de atletas. Porém, logo o sol apareceu e já começou a esquentar mais. .

Altimetria

Os postos de hidratação estavam dispostos mais ou menos a cada 3 km. E dessa vez, em todos eles eu consegui pegar água ainda gelada. Pegava um copo para beber na hora e outro pra beber ao longo do trecho e também para dar uma refrescada na cabeça. 

Com cerca de 8,5 km, na Alameda Barão de Limeira, a Aninha teve que fazer um rápido pit stop em um posto de gasolina, que encontramos do outro lado da rua. Acho que perdemos pouco mais de 1 minuto apenas. O problema é que o calor em seguida foi apertando e tivemos que começar a alternar caminhada e trote leve. 


Durante a prova sempre acabamos encontrando conhecidos, mesmo que virtuais e das redes sociais, até então. Passou pela gente a @cintiarmaia, atleta de Belo Horizonte/MG. Deu até pra bater um papinho enquanto corríamos. Muito legal. Foi um prazer.

Aproveitando o ritmo mais leve eu peguei o celular e fui registrando algumas passagens e publicando. Logo chegamos ao 10º km, próximo do Largo do Arouche. O interessante de correr sem tanta preocupação com o tempo é que podemos observar a prova melhor, tanto os atletas que seguem ao redor, como as ruas por onde passamos: Av. Duque de Caxias, Largo do Arouche, cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São João (passamos duas vezes), Av. Rio Branco, Praça da República, Largo do Paiçandu. 

A expectativa maior fica por conta da chegada da Av. Brigadeiro, que acontece no 13º km. A empolgação do pessoal fica a mesma do início de prova, gritando em coro: "Huuu, Brigadeiro, Huu, Brigadeiro". Poucos sabem que a encrenca está só começando. Bem nessa hora começou a chover e confesso que foi até bom, pois deu aquela refrescada. Subimos bem de boa e foi até mais tranquilo encarar essa subida. Dessa vez não teve a tradicional distribuição de cerveja no "km 41". Que pena. Chegamos bem sóbrios na Av. Paulista.

É emocionante quando entramos pela Av. Paulista. Bate aquela vontade de dar um sprint final até o portal de chegada com a vibração do público presente. Eu e a Aninha demos uma acelerada e chegamos juntos no portal. Cruzamos a linha de chegada com o tempo líquido exato de 1h58. Foi a edição mais tranquila para mim, pois fui só curtindo e acompanhando a Aninha, que mesmo sem treino fechou bem os 15 km. Não senti nenhuma dor e nenhuma ameaça de cãibra como da última vez.

Chegamos, descansamos um pouco, nos hidratamos, fizemos vários registros e depois fomos receber a medalha, entregue mediante a troca pelo chip descartável. Recebemos também um kit lanche, com torrone, barra de cereal e um pacote de waffer. Procuramos ficar meio isolados, mas nessa hora a aglomeração foi intensa, principalmente na saída para ter acesso ao caminho do hotel.

Finalizei a minha 11ª participação na São Silvestre e a Aninha a sua 4ª participação. Estava preocupado com aquela aglomeração toda que a edição de 2019 teve, com cerca de 35 mil atletas. Mas dessa vez, com a limitação do número de participantes, parece que ficou um pouco mais fácil para a concentração na largada e para correr. Ficamos felizes por ter ido tudo bem e que pudemos concluir mais essa edição da São Silvestre, a primeira depois do início da pandemia. Me arrisco a dizer que esse número de atletas para a prova ficaria de bom tamanho para os atletas, evitando as super aglomerações.

Percurso e condições climáticas da São Silvestre 2021
Kit da 96ª Corrida Internacional de São Silvestre 2021
Números na mão
    
Conferindo o percurso. O mesmo. 
Concentração na largada
Eu e a Aninha corremos lado a lado a prova toda.
Passando em frente ao Teatro Municipal de São Paulo
Lá vamos nós rumo a Av. Brigadeiro. Só alegria.

Medalha e kit pós-prova na mão. 
Eu e a Aninha com as medalhas, frente e verso (nem tinha notado)
Feliz com mais uma São Silvestre concluída com sucesso
Medalha da 96ª Corrida Internacional de São Silvestre 2021
Com os meus pais que sempre me apoiam e me incentivam.

Local: Av. Paulista - São Paulo/SP
Data: 31/12/2021
Horário: 8h (8h12)
Distância: 15 km (15,39 km)

Inscrição: R$ 210,00
Kit: Sacola, camiseta, 1 pacote de massa Grano Duro Adria 500g, 1 pacote de torrada integral 142g Adria, 2 garrafinhas de Molico Proteico 270ml, 1 sachê de carbup 30g, 1 pacote de café Gourmet 3 Corações 250g, 8 sachés de café solúvel liofilizado 2g, 2 sachês de gel bendita cânfora, número do peito e chip descartável (para troca pela medalha ao final).

Tempo: 1h58
Pace: 7:36 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 11

2021
Colocação: 947 de "1.270" (50-54 anos)
Colocação: 8.020 de "11.011" (masculino)
Colocação: 10.360 de "15.603" (geral)

2019
Colocação: 769 de "2.700" (45-49 anos)
Colocação: 5.350 de "19.969" (masculino)
Colocação: "6.002" de "30.086" (geral)

2018
Colocação: 340 de "2.332" (45-49 anos)
Colocação: 2.378 de "17.629" (masculino)
Colocação: "2.548" de "26.155" (geral
)