sábado, 11 de dezembro de 2021

28/11/2021 - 42k de Floripa - Meia Maratona de Floripa

 Foto: FCP - Focoradical

42k de Floripa - Meia Maratona de Floripa


Essa foi a 10ª edição da Meia Maratona de Floripa, que nos últimos anos passou a se chamar 42k de Floripa (maratona). Eu não poderia deixar de participar, mesmo vindo de outra meia maratona no final de semana anterior. É a única prova que eu e o Enio (Por Falar em Correr) participamos de todas as 10 edições, sempre na distância de 21 km. Essa também foi a minha 68ª meias maratona.

Como consegui terminar a meia maratona da semana anterior e estava me recuperando bem da dor que tinha sentido no pé direito, fiquei animado para fazer uma boa prova. Durante a semana fiz somente um treino para não perder muito o condicionamento.

Além da maratona e da meia maratona tinha a opção de 10 km também. Todas realizadas no domingo pela manhã. O horário da largada foi adiantado pela necessidade de liberação das pistas mais cedo, devido a outros eventos realizados no domingo também. A largada da maratona foi marcada para às 5h, da meia maratona para às 5h15, e dos 10km às 5h45. Apesar de termos que madrugar ficou até melhor para evitar o calor e o sol.

A entrega dos kits foi realizada no Centrosul - Centro de Convenções de Florianópolis, na quinta, sexta e sábado que antecederam o evento. Local bem acessível e amplo, que contou com uma Expo de produtos para corrida, vários painéis com percurso, pontos de hidratação, medalhas e lista dos inscritos, que garantiram os devidos registros fotográficos dos atletas. Para a retirada do kit foi exigido o comprovante de vacinação completo contra a COVID. Tudo foi bem tranquilo, principalmente na quinta e sexta-feira. A quantidade de atletas deve ter sido bem menor em relação aos anos anteriores por conta das limitações provocadas pela pandemia.

No sábado, véspera da prova, tivemos que dormir cedo, mas só consegui mesmo próximo das 23h. A ideia era acordar às 2h30 da manhã para poder estar no local da largada às 4h. Nem tive fome. Só tomei um café e comi metade de um pãozinho pra forrar o estômago. Também tomei um Advil pra garantir que alguma possível dor não incomodasse durante a corrida. Na ida, eu e a Aninha demos uma carona para o Enio, que foi com a gente para a prova. Ele estava voltando a participar das provas.

Chegamos na beira-mar continental ainda escuro. Não demorou muito para amanhecer e clarear. Fizemos aquele reconhecimento básico da arena, que ainda não tinha grande concentração de atletas. Aliás, achei que estava até tranquilo demais. Banheiros químicos espalhados e não muito próximos.

Às 5 horas foi dada a largada da maratona. Ficamos assistindo a partida dos futuros maratonistas. Vai ser difícil eu voltar pra concluir os 42 km novamente. De qualquer forma, nesta prova, eu sempre faço os 21 km. A Aninha me acompanhou, mas não participou dessa vez. Ficou assistindo e me aguardando.

Depois de um breve aquecimento pra soltar as pernas fui me posicionar no pelotão azul. Era o próximo, logo após o pelotão Quênia. Estava me sentindo bem, sem dores e ansioso pra tentar melhorar o tempo da meia maratona da semana passada.

Fiz a largada sem forçar, tentando rodar próximo de 5:10 min/km. A minha ideia era me manter próximo desse ritmo durante toda a prova. No início foi tranquilo na reta pela beira-mar continental, ainda naquele clima de euforia. Pesou somente no 3º km quando subimos pela Ponte Pedro Ivo Campos. O bom é que a descida depois compensa um pouco.

Contornamos o Lago das Bandeiras e pegamos o acesso ao Terminal Rita Maria, para então  seguirmos pela beira-mar norte. Eu prefiro este percurso. Na meia maratona da semana passada fomos no sentido contrário, pela via Expressa Sul, que venta muito mais. 

No percurso teve vários postos de hidratação e como já estava esquentando, me hidratava e refrescava em cada passagem. Se logo cedo já estava assim, fiquei imaginando como estava sendo para os atletas da maratona, que avançaram no horário com o sol cada vez mais intenso.

Eu gosto de correr pela beira-mar norte, pois é plana e geralmente não tem um vento muito forte. Mais ou menos no 6º km o Enio passou por mim. Ele está bem treinado e correndo todos os dias por mais de 1 ano. Não consegui acompanhá-lo. Ele estava com pace de 4:50 min/km e eu já estava em 5:20 min/km. Segui no meu ritmo. O @deciopa acompanhava de bicicleta e fez alguns vídeos durante a prova.


Fomos até um pouco antes do CIC, onde completamos 10 km e fizemos o retorno. Metade da prova tinha se passado e tudo estava dentro do planejado. Teve isotônico em saquinho e aproveitei para beber um pouco nos dois pontos de hidratação. Após o retorno já estavam passando por mim os primeiros colocados da maratona que tinham ido mais à frente e também voltavam no sentido da via Expressa Sul agora.

Meu ritmo caiu após o retorno. De repente, quase completando o 13º km, na altura do Shopping Beiramar, senti uma dor do lado esquerdo do peito. Muito estranho. Nunca tinha sentido isso em um prova antes. Fiquei com medo de continuar no ritmo que estava e dar alguma coisa mais grave. Aliviei na hora e comecei a caminhar. Enquanto caminhava já avisei a Aninha pelo celular, utilizando o localizador.

Instantes depois tentei correr novamente, mas assim que aumentava o ritmo a dorzinha voltava. Não sabia mais se conseguiria concluir. Faltavam ainda 8 km e teria que ir caminhando e trotando bem devagar. Fui informando a Aninha que ia demorar pra chegar e que o pace já estava acima dos 7 min/km. De vez em quando eu tentava acelerar, mas não dava, e não quis arriscar.

Ia vencendo cada quilômetro que faltava, mas parecia uma eternidade. Muitos atletas foram me passando e eu querendo voltar e não podia. Cheguei a duras penas na Ponte Colombo Salles para finalmente retornar à beira-mar continental. Aproveitei até pra fazer uns vídeos  ali de cima. Não tinha mais condições de fazer um sub-2h. Era forçar um pouco e voltar a dor. Desisti de insistir.

Então, fui aproveitando a corrida num ritmo bem confortável. A meta passou a ser conseguir concluir a 10ª Meia de Floripa numa boa. Administrei do jeito que dava os dois últimos quilômetros. As pernas até chegaram mais leves e inteiras que o normal. Cruzei o portal com o tempo de 2h07min40s, com a sempre empolgante locução do amigo Otton Bernardelli (https://www.avozdoseuevento.com.br/). Meu tempo de prova ficou bem acima do que tinha planejado. Pelo menos tinha chegado bem fisicamente.

A Aninha me aguardava e logo me entregou uma deliciosa latinha de Coca-Cola bem gelada. Como é bom depois de uma prova longa. Essa Aninha é demais !!! Em seguida bebi mais uns copos de água e peguei uma fruta e isotônico entregues na dispersão. Também recebi a minha medalha da meia maratona, que veio embalada e protegida. Bem bonita.

Depois ficamos assistindo a chegada dos atletas da maratona. São bem emocionantes. Cada chegada é uma vitória, e tem uma história. É uma prova duríssima e é preciso estar bem preparado físico e psicologicamente para vencer essa batalha de 42 km. Um dia volto a fazer.

Não consegui ficar por muito mais tempo. Comecei a sentir moleza e cansaço com o sol e calor. Fiquei enjoado e com uma dor na boca do estômago que incomodou. Não sei bem se foi o esforço da prova, as bebidas, fruta que comi pós-chegada, ou o Advil que tinha tomado antes. Só sei que precisava descansar e foi o que fiz. 

Percurso 2021 (21,24 km)
Kit da meia maratona de Floripa 2021
Painel com o nome dos atletas na retirada do Kit 
 Kit em mãos
Eu e o Enio prestes a completar a nossa 10ª edição de Meia Maratona de Floripa (100%)
Aninha me acompanhando sempre, mesmo tendo que madrugar
Voltando pela Ponte Colombo Salles
(Foto: Alexandre Carvalho - AAC - Foco Radical) 

Reta final e de celular na mão pra registrar. Estava só no trote.
(Foto: Alexandre Santiago - APS - Foco Radical) 
Linda medalha.
Essa medalha foi suada e pensei que não fosse conseguir.
Resultado e Certificado da Meia maratona de Floripa 2021

Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 28/11/2021
Horário: 5h15 (5h15)
Distância: 21,097 km (21,24 km)

Inscrição: R$ 146,47
Kit: Sacola, camiseta manga curta, bandana, e número de peito com chip descartável.

Tempo: 2h07min40
Pace: 6:01 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9

2021
Colocação: 029 de xxxx (categoria 50-54 )
Colocação: 485 de xxxx (masculino)
Colocação: 685 de xxxx (geral)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

21/11/2021 - Meia Maratona Internacional de Santa Catarina - FLN/SC

Foto: FCP - Focoradical
Meia Maratona Internacional de Santa Catarina / SC

Após dois anos sem participar de meias maratonas por causa das paralisações causadas pela pandemia lá estava eu às vésperas de duas consecutivas. Me inscrevi porque são  provas que eu gosto e participo todos os anos. Mesmo não estando preparado não queria deixar de participar de nenhuma delas. A primeira foi a Meia Maratona Internacional de Santa Catarina, organizada pela Corre Brasil.

Estava ansioso e preocupado por esse retorno em provas de longa distância. Treinei para isso somente no último mês, e mesmo assim sem foco em desempenho. Somente rodagem. Sentia que estava muito mais difícil de correr no ritmo de antes. Tinha também opções de distância de 5 km e 10 km, sendo que a prova de 5 km foi no sábado à noite. No domingo foram a meia maratona e prova de 10 km.

Cerca de três dias antes da prova sem ter forçado em nada apareceu uma dor interna no pé direito. Eu nem conseguia pisar direito e me apoiar com o pé. Inicialmente pensei que fosse passageiro, mas não foi. Fiquei frustrado, pois logo imaginei que não conseguiria mais participar da prova. 

No sábado pela manhã, véspera da prova, já sem muitas esperanças, resolvi tomar um ADVIL 12h para ver se aliviava a dor e fui retirar o kit que estava sendo entregue na concessionária Globo Renault do Estreito, em Florianópolis. A retirada dos kits estava prevista para o Aeroporto de Florianópolis, mas houve alteração às vésperas. Ficou bem melhor, pois o aeroporto é bem fora de mão.

A entrega do kit foi feita num amplo salão com uma EXPO. Foi necessário fazer agendamento de horário por meio de aplicativo no celular para evitar grande concentração de pessoas ao mesmo tempo. Agendei e fui às 10 horas do sábado e o movimento estava tranquilo. Retirei o meu kit, revi algumas amigas das corridas que estavam por lá e olhei um pouco a EXPO. Tudo bem rapidinho. 

Milagrosamente aquela dor que não me deixava apoiar o pé direito foi sumindo ao longo do dia e comecei a me animar para fazer meia maratona. Porém, eu sabia que esse alívio poderia ser passageiro enquanto durasse a ação do Advil, que estava funcionando muito bem.

Anteriormente, essa meia maratona sempre teve largada na beira-mar norte de Florianópolis, mas dessa vez foi alterada para a beira-mar continental do estreito. Talvez por acontecer muito cedo visava evitar o barulho junto aos moradores da região num domingo.

Tive pouco tempo para dormir, pois com a largada da meia maratona prevista para às 6h, coloquei o alarme para acordar às 3h30. A dorzinha no pé voltou a aparecer em menor intensidade, mas incomodava. Tomei outro Advil pra que pudesse agir até o horário da prova. Depois fomos, eu e a Aninha, para o local da largada, na beira mar Continental de Florianópolis. Dessa vez a Aninha só foi me acompanhar. Chegamos por lá perto das 5h e deu pra estacionar o carro tranquilo.

O dia prometia ser quente, e mesmo cedinho já estava claro. Não vi aquela movimentação habitual das grandes meias maratonas aqui de Santa Catarina. Acredito que tinha bem menos atletas em relação às edições anteriores. Encontramos com a amiga Sabine Weiler, que voltava às corridas e que não víamos desde o início da pandemia. Também encontrei com o amigo Adauto Ilheu e o pessoal da Turma do Longão de Lages, que também se fez presente. Muito bom rever os amigos atletas.

Fiz um breve aquecimento para testar e ver se conseguiria correr. Uma dorzinha ainda incomodava, mas acreditei na ação do remédio para passar durante a prova. A largada acabou atrasando por causa de uma acidente de carro no percurso, que teve a pista fechada para atendimento e retirada do veículo. Só pudemos largar às 6h25 e o sol e o calor já se faziam presentes.

Saímos inicialmente com as máscaras e mantendo uma certa distância na medida do possível. Eu não tinha nenhuma estratégia em mente. A ideia era conseguir terminar bem no meu retorno às meias maratonas.

Larguei mais para trás porque iria fazer uma prova tranquila e lá na frente a gente acaba se empolgando. O percurso foi diferente nessa meia maratona. Saímos pela beira-mar do continente de Florianópolis, por onde corremos cerca de 2 km até o acesso a Ponte Pedro Ivo. Me contive e corri num pace próximo de 5:20 min/km. Estava bem cauteloso, pois o pé não estava 100%.

Atravessamos a ponte Pedro Ivo, fechando o 4º km ao seu final. No inicio da prova a subidinha na ponte não é tão complicada, mas na volta as coisas são bem diferentes. Seguimos então no sentido do túnel Antonieta de Barros, por onde passamos na altura do km 6. Estava indo tudo bem e aos poucos eu ficava mais confiante em conseguir terminar a prova. Havia vários postos de hidratação no percurso e fui aproveitando pra beber água e me refrescar. Não pulei nenhum dos postos. O pace estava até melhorando. 

Saindo do túnel seguimos pela Via Expressa Sul até a altura da Costeira do Pirajubaé, um pouco antes do Trevo da Seta. Esse foi o ponto mais extremo, sendo praticamente a metade da prova. Me mantive com pace abaixo de 5:15 min/km até o retorno. Já nem me lembrava mais da dor no pé.
Comecei a voltar pela via Expressa Sul e lembrei das maratonas que fiz por lá. Lembrei porque essa volta sempre venta contra e dessa vez não foi diferente. Ventinho chato que se estende até a entrada do túnel. Nesse trecho não consegui mais sustentar o ritmo. Aos poucos o pace foi subindo até os 5:40 min/km. Já tinham ido 15 km. E não estava fácil.

Passando pelo túnel dá impressão de estar quase chegando e a descida ao sair dele ajuda um pouco. Mas logo vem a ponte Pedro Ivo novamente com um bom trecho de subida. Minhas pernas já estavam bem pesadas, mas não queria caminhar. Fui devagar e não parei. O pace chegou em 6:07 min/km. Com 19 km percorridos estava saindo da ponte. Só faltavam mais uns 2 km para a chegada.

Apesar do trecho final ser a reta da beira-mar Continental, eu não conseguia mais acelerar.  As pernas bem pesadas e a respiração estavam bem no limite. Era tentar conseguir levar como desse até o portal de chegada. Não tinha objetivos de prova, mas pelo menos conclui abaixo de 2 horas seria bom. 

No finalzinho da prova normalmente ainda consigo dar um sprint final pra melhorar o tempo, mas dessa vez nem isso consegui. Pensei somente em terminar esse que seria o meu retorno às meias maratonas. E foi assim que cheguei, extremamente exausto, mas muito feliz por ter conseguido concluir. Um dia atrás eu estava praticamente abortando a minha participação por causa da dor no pé.

Logo quando cruzei o portal de chegada, mal conseguia parar em pé. Só avistei a Aninha que me aguardava com uma latinha de Coca-cola bem gelada. Ela sabe que eu adoro na chegada sempre me faz esse agrado. Nossa, não tem coisa melhor depois de uma corrida desgastante como essa. Nem sei se faz bem, mas que é bom, é bom. Só depois fui me hidratar, pegar o kit lanche (isotônico e banana) e a medalha.

Não ficamos muito tempo por lá depois que terminei Fiquei com uma dorzinha na boca do estômago e um pouco enjoado, acho que por causa do esforço feito durante a prova. A dor no pé, que tanto me preocupou, não foi problema. 

Fiquei muito feliz por ter conseguido concluir essa primeira meia maratona depois da paralisação por causa da pandemia. Está difícil voltar no ritmo de antes, mas acredito que aos poucos vamos retomando. 

A organização da prova procurou seguir e adotar todas a medidas e protocolos para a realização do evento. Não teve grande quantidade de atletas como antes da pandemia. Teve separação em dois dias de corrida (5 km no sábado, e os 10 km e meia maratona no domingo). Os banheiros químicos ficaram bem espalhados e com pias, não havia tendas de assessorias esportivas, não havia guarda-volumes, e teve máscaras distribuídas no final da prova. Foi um bom retorno.

Percurso 2021 (21,14 km)
Kit da Meia Maratona Internacional de Santa Catarina 2021
Aninha acordou cedo pra me acompanhar. Antes das 6h já estava claro. 
Alguns amigos que reencontramos
Ainda em dúvida se conseguiria terminar e chegar aos 21 km
No percurso subindo o viaduto
(Foto: AHW - Focoradical)
Na reta final da meia maratona na beira-mar continental
(Foto: CLS - Focoradical)
Chegando. Tempo líquido: 1h55min03. Se soubesse tinha dado um sprint.
(Foto: Ana Paula Marcon)
Voltei às meias maratonas. Medalha conquistada.
Medalha da Meia Maratona 21 km
Certificado da Meia Maratona Internacional de Florianópolis

Local: Beira-mar continental - FLN/SC
Data: 21/11/2021
Horário: 6h00 (6h25)
Distância: 21,097 km (21,14 km)

Inscrição: R$ 117,50
Kit: Sacolinha, camiseta, Revista Corre Brasil, uma bananada VITAO 22g, um tubo de álcool em gel Cottonbaby (200 ml), um pacote de snacks integral vegano VITAO (40g), um pacote de biscoito integral de granola Orquídea (135g), um gel de Energel Black (30g), uma amostra grátis de protetor solar Anasol (4g) e número de peito com chip. 

Tempo: 1h55min03s
Pace: 5:27 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9

Colocação: 017 de 040 (categoria 50-54)
Colocação: 256 de 471 (masculino)
Colocação: 300 de 709 (geral)