Foto: FCP - Focoradical
Meia Maratona Internacional de Santa Catarina / SC
Após dois anos sem participar de meias maratonas por causa das paralisações causadas pela pandemia lá estava eu às vésperas de duas consecutivas. Me inscrevi porque são provas que eu gosto e participo todos os anos. Mesmo não estando preparado não queria deixar de participar de nenhuma delas. A primeira foi a Meia Maratona Internacional de Santa Catarina, organizada pela Corre Brasil.
Estava ansioso e preocupado por esse retorno em provas de longa distância. Treinei para isso somente no último mês, e mesmo assim sem foco em desempenho. Somente rodagem. Sentia que estava muito mais difícil de correr no ritmo de antes. Tinha também opções de distância de 5 km e 10 km, sendo que a prova de 5 km foi no sábado à noite. No domingo foram a meia maratona e prova de 10 km.
Cerca de três dias antes da prova sem ter forçado em nada apareceu uma dor interna no pé direito. Eu nem conseguia pisar direito e me apoiar com o pé. Inicialmente pensei que fosse passageiro, mas não foi. Fiquei frustrado, pois logo imaginei que não conseguiria mais participar da prova.
No sábado pela manhã, véspera da prova, já sem muitas esperanças, resolvi tomar um ADVIL 12h para ver se aliviava a dor e fui retirar o kit que estava sendo entregue na concessionária Globo Renault do Estreito, em Florianópolis. A retirada dos kits estava prevista para o Aeroporto de Florianópolis, mas houve alteração às vésperas. Ficou bem melhor, pois o aeroporto é bem fora de mão.
A entrega do kit foi feita num amplo salão com uma EXPO. Foi necessário fazer agendamento de horário por meio de aplicativo no celular para evitar grande concentração de pessoas ao mesmo tempo. Agendei e fui às 10 horas do sábado e o movimento estava tranquilo. Retirei o meu kit, revi algumas amigas das corridas que estavam por lá e olhei um pouco a EXPO. Tudo bem rapidinho.
Milagrosamente aquela dor que não me deixava apoiar o pé direito foi sumindo ao longo do dia e comecei a me animar para fazer meia maratona. Porém, eu sabia que esse alívio poderia ser passageiro enquanto durasse a ação do Advil, que estava funcionando muito bem.
Anteriormente, essa meia maratona sempre teve largada na beira-mar norte de Florianópolis, mas dessa vez foi alterada para a beira-mar continental do estreito. Talvez por acontecer muito cedo visava evitar o barulho junto aos moradores da região num domingo.
Tive pouco tempo para dormir, pois com a largada da meia maratona prevista para às 6h, coloquei o alarme para acordar às 3h30. A dorzinha no pé voltou a aparecer em menor intensidade, mas incomodava. Tomei outro Advil pra que pudesse agir até o horário da prova. Depois fomos, eu e a Aninha, para o local da largada, na beira mar Continental de Florianópolis. Dessa vez a Aninha só foi me acompanhar. Chegamos por lá perto das 5h e deu pra estacionar o carro tranquilo.
O dia prometia ser quente, e mesmo cedinho já estava claro. Não vi aquela movimentação habitual das grandes meias maratonas aqui de Santa Catarina. Acredito que tinha bem menos atletas em relação às edições anteriores. Encontramos com a amiga Sabine Weiler, que voltava às corridas e que não víamos desde o início da pandemia. Também encontrei com o amigo Adauto Ilheu e o pessoal da Turma do Longão de Lages, que também se fez presente. Muito bom rever os amigos atletas.
Fiz um breve aquecimento para testar e ver se conseguiria correr. Uma dorzinha ainda incomodava, mas acreditei na ação do remédio para passar durante a prova. A largada acabou atrasando por causa de uma acidente de carro no percurso, que teve a pista fechada para atendimento e retirada do veículo. Só pudemos largar às 6h25 e o sol e o calor já se faziam presentes.
Saímos inicialmente com as máscaras e mantendo uma certa distância na medida do possível. Eu não tinha nenhuma estratégia em mente. A ideia era conseguir terminar bem no meu retorno às meias maratonas.
Larguei mais para trás porque iria fazer uma prova tranquila e lá na frente a gente acaba se empolgando. O percurso foi diferente nessa meia maratona. Saímos pela beira-mar do continente de Florianópolis, por onde corremos cerca de 2 km até o acesso a Ponte Pedro Ivo. Me contive e corri num pace próximo de 5:20 min/km. Estava bem cauteloso, pois o pé não estava 100%.
Atravessamos a ponte Pedro Ivo, fechando o 4º km ao seu final. No inicio da prova a subidinha na ponte não é tão complicada, mas na volta as coisas são bem diferentes. Seguimos então no sentido do túnel Antonieta de Barros, por onde passamos na altura do km 6. Estava indo tudo bem e aos poucos eu ficava mais confiante em conseguir terminar a prova. Havia vários postos de hidratação no percurso e fui aproveitando pra beber água e me refrescar. Não pulei nenhum dos postos. O pace estava até melhorando.
Saindo do túnel seguimos pela Via Expressa Sul até a altura da Costeira do Pirajubaé, um pouco antes do Trevo da Seta. Esse foi o ponto mais extremo, sendo praticamente a metade da prova. Me mantive com pace abaixo de 5:15 min/km até o retorno. Já nem me lembrava mais da dor no pé.
Comecei a voltar pela via Expressa Sul e lembrei das maratonas que fiz por lá. Lembrei porque essa volta sempre venta contra e dessa vez não foi diferente. Ventinho chato que se estende até a entrada do túnel. Nesse trecho não consegui mais sustentar o ritmo. Aos poucos o pace foi subindo até os 5:40 min/km. Já tinham ido 15 km. E não estava fácil.
Passando pelo túnel dá impressão de estar quase chegando e a descida ao sair dele ajuda um pouco. Mas logo vem a ponte Pedro Ivo novamente com um bom trecho de subida. Minhas pernas já estavam bem pesadas, mas não queria caminhar. Fui devagar e não parei. O pace chegou em 6:07 min/km. Com 19 km percorridos estava saindo da ponte. Só faltavam mais uns 2 km para a chegada.
Apesar do trecho final ser a reta da beira-mar Continental, eu não conseguia mais acelerar. As pernas bem pesadas e a respiração estavam bem no limite. Era tentar conseguir levar como desse até o portal de chegada. Não tinha objetivos de prova, mas pelo menos conclui abaixo de 2 horas seria bom.
No finalzinho da prova normalmente ainda consigo dar um sprint final pra melhorar o tempo, mas dessa vez nem isso consegui. Pensei somente em terminar esse que seria o meu retorno às meias maratonas. E foi assim que cheguei, extremamente exausto, mas muito feliz por ter conseguido concluir. Um dia atrás eu estava praticamente abortando a minha participação por causa da dor no pé.
Logo quando cruzei o portal de chegada, mal conseguia parar em pé. Só avistei a Aninha que me aguardava com uma latinha de Coca-cola bem gelada. Ela sabe que eu adoro na chegada sempre me faz esse agrado. Nossa, não tem coisa melhor depois de uma corrida desgastante como essa. Nem sei se faz bem, mas que é bom, é bom. Só depois fui me hidratar, pegar o kit lanche (isotônico e banana) e a medalha.
Não ficamos muito tempo por lá depois que terminei Fiquei com uma dorzinha na boca do estômago e um pouco enjoado, acho que por causa do esforço feito durante a prova. A dor no pé, que tanto me preocupou, não foi problema.
Fiquei muito feliz por ter conseguido concluir essa primeira meia maratona depois da paralisação por causa da pandemia. Está difícil voltar no ritmo de antes, mas acredito que aos poucos vamos retomando.
A organização da prova procurou seguir e adotar todas a medidas e protocolos para a realização do evento. Não teve grande quantidade de atletas como antes da pandemia. Teve separação em dois dias de corrida (5 km no sábado, e os 10 km e meia maratona no domingo). Os banheiros químicos ficaram bem espalhados e com pias, não havia tendas de assessorias esportivas, não havia guarda-volumes, e teve máscaras distribuídas no final da prova. Foi um bom retorno.
Kit da Meia Maratona Internacional de Santa Catarina 2021
Aninha acordou cedo pra me acompanhar. Antes das 6h já estava claro.
Ainda em dúvida se conseguiria terminar e chegar aos 21 km(Foto: AHW - Focoradical)
Medalha da Meia Maratona 21 kmLocal: Beira-mar continental - FLN/SC
Data: 21/11/2021
Horário: 6h00 (6h25)
Distância: 21,097 km (21,14 km)
Inscrição: R$ 117,50
Kit: Sacolinha, camiseta, Revista Corre Brasil, uma bananada VITAO 22g, um tubo de álcool em gel Cottonbaby (200 ml), um pacote de snacks integral vegano VITAO (40g), um pacote de biscoito integral de granola Orquídea (135g), um gel de Energel Black (30g), uma amostra grátis de protetor solar Anasol (4g) e número de peito com chip.
Tempo: 1h55min03s
Pace: 5:27 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9
Colocação: 017 de 040 (categoria 50-54)
Colocação: 256 de 471 (masculino)
Colocação: 300 de 709 (geral)
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