sábado, 11 de dezembro de 2021

28/11/2021 - 42k de Floripa - Meia Maratona de Floripa

 Foto: FCP - Focoradical

42k de Floripa - Meia Maratona de Floripa


Essa foi a 10ª edição da Meia Maratona de Floripa, que nos últimos anos passou a se chamar 42k de Floripa (maratona). Eu não poderia deixar de participar, mesmo vindo de outra meia maratona no final de semana anterior. É a única prova que eu e o Enio (Por Falar em Correr) participamos de todas as 10 edições, sempre na distância de 21 km. Essa também foi a minha 68ª meias maratona.

Como consegui terminar a meia maratona da semana anterior e estava me recuperando bem da dor que tinha sentido no pé direito, fiquei animado para fazer uma boa prova. Durante a semana fiz somente um treino para não perder muito o condicionamento.

Além da maratona e da meia maratona tinha a opção de 10 km também. Todas realizadas no domingo pela manhã. O horário da largada foi adiantado pela necessidade de liberação das pistas mais cedo, devido a outros eventos realizados no domingo também. A largada da maratona foi marcada para às 5h, da meia maratona para às 5h15, e dos 10km às 5h45. Apesar de termos que madrugar ficou até melhor para evitar o calor e o sol.

A entrega dos kits foi realizada no Centrosul - Centro de Convenções de Florianópolis, na quinta, sexta e sábado que antecederam o evento. Local bem acessível e amplo, que contou com uma Expo de produtos para corrida, vários painéis com percurso, pontos de hidratação, medalhas e lista dos inscritos, que garantiram os devidos registros fotográficos dos atletas. Para a retirada do kit foi exigido o comprovante de vacinação completo contra a COVID. Tudo foi bem tranquilo, principalmente na quinta e sexta-feira. A quantidade de atletas deve ter sido bem menor em relação aos anos anteriores por conta das limitações provocadas pela pandemia.

No sábado, véspera da prova, tivemos que dormir cedo, mas só consegui mesmo próximo das 23h. A ideia era acordar às 2h30 da manhã para poder estar no local da largada às 4h. Nem tive fome. Só tomei um café e comi metade de um pãozinho pra forrar o estômago. Também tomei um Advil pra garantir que alguma possível dor não incomodasse durante a corrida. Na ida, eu e a Aninha demos uma carona para o Enio, que foi com a gente para a prova. Ele estava voltando a participar das provas.

Chegamos na beira-mar continental ainda escuro. Não demorou muito para amanhecer e clarear. Fizemos aquele reconhecimento básico da arena, que ainda não tinha grande concentração de atletas. Aliás, achei que estava até tranquilo demais. Banheiros químicos espalhados e não muito próximos.

Às 5 horas foi dada a largada da maratona. Ficamos assistindo a partida dos futuros maratonistas. Vai ser difícil eu voltar pra concluir os 42 km novamente. De qualquer forma, nesta prova, eu sempre faço os 21 km. A Aninha me acompanhou, mas não participou dessa vez. Ficou assistindo e me aguardando.

Depois de um breve aquecimento pra soltar as pernas fui me posicionar no pelotão azul. Era o próximo, logo após o pelotão Quênia. Estava me sentindo bem, sem dores e ansioso pra tentar melhorar o tempo da meia maratona da semana passada.

Fiz a largada sem forçar, tentando rodar próximo de 5:10 min/km. A minha ideia era me manter próximo desse ritmo durante toda a prova. No início foi tranquilo na reta pela beira-mar continental, ainda naquele clima de euforia. Pesou somente no 3º km quando subimos pela Ponte Pedro Ivo Campos. O bom é que a descida depois compensa um pouco.

Contornamos o Lago das Bandeiras e pegamos o acesso ao Terminal Rita Maria, para então  seguirmos pela beira-mar norte. Eu prefiro este percurso. Na meia maratona da semana passada fomos no sentido contrário, pela via Expressa Sul, que venta muito mais. 

No percurso teve vários postos de hidratação e como já estava esquentando, me hidratava e refrescava em cada passagem. Se logo cedo já estava assim, fiquei imaginando como estava sendo para os atletas da maratona, que avançaram no horário com o sol cada vez mais intenso.

Eu gosto de correr pela beira-mar norte, pois é plana e geralmente não tem um vento muito forte. Mais ou menos no 6º km o Enio passou por mim. Ele está bem treinado e correndo todos os dias por mais de 1 ano. Não consegui acompanhá-lo. Ele estava com pace de 4:50 min/km e eu já estava em 5:20 min/km. Segui no meu ritmo. O @deciopa acompanhava de bicicleta e fez alguns vídeos durante a prova.


Fomos até um pouco antes do CIC, onde completamos 10 km e fizemos o retorno. Metade da prova tinha se passado e tudo estava dentro do planejado. Teve isotônico em saquinho e aproveitei para beber um pouco nos dois pontos de hidratação. Após o retorno já estavam passando por mim os primeiros colocados da maratona que tinham ido mais à frente e também voltavam no sentido da via Expressa Sul agora.

Meu ritmo caiu após o retorno. De repente, quase completando o 13º km, na altura do Shopping Beiramar, senti uma dor do lado esquerdo do peito. Muito estranho. Nunca tinha sentido isso em um prova antes. Fiquei com medo de continuar no ritmo que estava e dar alguma coisa mais grave. Aliviei na hora e comecei a caminhar. Enquanto caminhava já avisei a Aninha pelo celular, utilizando o localizador.

Instantes depois tentei correr novamente, mas assim que aumentava o ritmo a dorzinha voltava. Não sabia mais se conseguiria concluir. Faltavam ainda 8 km e teria que ir caminhando e trotando bem devagar. Fui informando a Aninha que ia demorar pra chegar e que o pace já estava acima dos 7 min/km. De vez em quando eu tentava acelerar, mas não dava, e não quis arriscar.

Ia vencendo cada quilômetro que faltava, mas parecia uma eternidade. Muitos atletas foram me passando e eu querendo voltar e não podia. Cheguei a duras penas na Ponte Colombo Salles para finalmente retornar à beira-mar continental. Aproveitei até pra fazer uns vídeos  ali de cima. Não tinha mais condições de fazer um sub-2h. Era forçar um pouco e voltar a dor. Desisti de insistir.

Então, fui aproveitando a corrida num ritmo bem confortável. A meta passou a ser conseguir concluir a 10ª Meia de Floripa numa boa. Administrei do jeito que dava os dois últimos quilômetros. As pernas até chegaram mais leves e inteiras que o normal. Cruzei o portal com o tempo de 2h07min40s, com a sempre empolgante locução do amigo Otton Bernardelli (https://www.avozdoseuevento.com.br/). Meu tempo de prova ficou bem acima do que tinha planejado. Pelo menos tinha chegado bem fisicamente.

A Aninha me aguardava e logo me entregou uma deliciosa latinha de Coca-Cola bem gelada. Como é bom depois de uma prova longa. Essa Aninha é demais !!! Em seguida bebi mais uns copos de água e peguei uma fruta e isotônico entregues na dispersão. Também recebi a minha medalha da meia maratona, que veio embalada e protegida. Bem bonita.

Depois ficamos assistindo a chegada dos atletas da maratona. São bem emocionantes. Cada chegada é uma vitória, e tem uma história. É uma prova duríssima e é preciso estar bem preparado físico e psicologicamente para vencer essa batalha de 42 km. Um dia volto a fazer.

Não consegui ficar por muito mais tempo. Comecei a sentir moleza e cansaço com o sol e calor. Fiquei enjoado e com uma dor na boca do estômago que incomodou. Não sei bem se foi o esforço da prova, as bebidas, fruta que comi pós-chegada, ou o Advil que tinha tomado antes. Só sei que precisava descansar e foi o que fiz. 

Percurso 2021 (21,24 km)
Kit da meia maratona de Floripa 2021
Painel com o nome dos atletas na retirada do Kit 
 Kit em mãos
Eu e o Enio prestes a completar a nossa 10ª edição de Meia Maratona de Floripa (100%)
Aninha me acompanhando sempre, mesmo tendo que madrugar
Voltando pela Ponte Colombo Salles
(Foto: Alexandre Carvalho - AAC - Foco Radical) 

Reta final e de celular na mão pra registrar. Estava só no trote.
(Foto: Alexandre Santiago - APS - Foco Radical) 
Linda medalha.
Essa medalha foi suada e pensei que não fosse conseguir.
Resultado e Certificado da Meia maratona de Floripa 2021

Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 28/11/2021
Horário: 5h15 (5h15)
Distância: 21,097 km (21,24 km)

Inscrição: R$ 146,47
Kit: Sacola, camiseta manga curta, bandana, e número de peito com chip descartável.

Tempo: 2h07min40
Pace: 6:01 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9

2021
Colocação: 029 de xxxx (categoria 50-54 )
Colocação: 485 de xxxx (masculino)
Colocação: 685 de xxxx (geral)

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

21/11/2021 - Meia Maratona Internacional de Santa Catarina - FLN/SC

Foto: FCP - Focoradical
Meia Maratona Internacional de Santa Catarina / SC

Após dois anos sem participar de meias maratonas por causa das paralisações causadas pela pandemia lá estava eu às vésperas de duas consecutivas. Me inscrevi porque são  provas que eu gosto e participo todos os anos. Mesmo não estando preparado não queria deixar de participar de nenhuma delas. A primeira foi a Meia Maratona Internacional de Santa Catarina, organizada pela Corre Brasil.

Estava ansioso e preocupado por esse retorno em provas de longa distância. Treinei para isso somente no último mês, e mesmo assim sem foco em desempenho. Somente rodagem. Sentia que estava muito mais difícil de correr no ritmo de antes. Tinha também opções de distância de 5 km e 10 km, sendo que a prova de 5 km foi no sábado à noite. No domingo foram a meia maratona e prova de 10 km.

Cerca de três dias antes da prova sem ter forçado em nada apareceu uma dor interna no pé direito. Eu nem conseguia pisar direito e me apoiar com o pé. Inicialmente pensei que fosse passageiro, mas não foi. Fiquei frustrado, pois logo imaginei que não conseguiria mais participar da prova. 

No sábado pela manhã, véspera da prova, já sem muitas esperanças, resolvi tomar um ADVIL 12h para ver se aliviava a dor e fui retirar o kit que estava sendo entregue na concessionária Globo Renault do Estreito, em Florianópolis. A retirada dos kits estava prevista para o Aeroporto de Florianópolis, mas houve alteração às vésperas. Ficou bem melhor, pois o aeroporto é bem fora de mão.

A entrega do kit foi feita num amplo salão com uma EXPO. Foi necessário fazer agendamento de horário por meio de aplicativo no celular para evitar grande concentração de pessoas ao mesmo tempo. Agendei e fui às 10 horas do sábado e o movimento estava tranquilo. Retirei o meu kit, revi algumas amigas das corridas que estavam por lá e olhei um pouco a EXPO. Tudo bem rapidinho. 

Milagrosamente aquela dor que não me deixava apoiar o pé direito foi sumindo ao longo do dia e comecei a me animar para fazer meia maratona. Porém, eu sabia que esse alívio poderia ser passageiro enquanto durasse a ação do Advil, que estava funcionando muito bem.

Anteriormente, essa meia maratona sempre teve largada na beira-mar norte de Florianópolis, mas dessa vez foi alterada para a beira-mar continental do estreito. Talvez por acontecer muito cedo visava evitar o barulho junto aos moradores da região num domingo.

Tive pouco tempo para dormir, pois com a largada da meia maratona prevista para às 6h, coloquei o alarme para acordar às 3h30. A dorzinha no pé voltou a aparecer em menor intensidade, mas incomodava. Tomei outro Advil pra que pudesse agir até o horário da prova. Depois fomos, eu e a Aninha, para o local da largada, na beira mar Continental de Florianópolis. Dessa vez a Aninha só foi me acompanhar. Chegamos por lá perto das 5h e deu pra estacionar o carro tranquilo.

O dia prometia ser quente, e mesmo cedinho já estava claro. Não vi aquela movimentação habitual das grandes meias maratonas aqui de Santa Catarina. Acredito que tinha bem menos atletas em relação às edições anteriores. Encontramos com a amiga Sabine Weiler, que voltava às corridas e que não víamos desde o início da pandemia. Também encontrei com o amigo Adauto Ilheu e o pessoal da Turma do Longão de Lages, que também se fez presente. Muito bom rever os amigos atletas.

Fiz um breve aquecimento para testar e ver se conseguiria correr. Uma dorzinha ainda incomodava, mas acreditei na ação do remédio para passar durante a prova. A largada acabou atrasando por causa de uma acidente de carro no percurso, que teve a pista fechada para atendimento e retirada do veículo. Só pudemos largar às 6h25 e o sol e o calor já se faziam presentes.

Saímos inicialmente com as máscaras e mantendo uma certa distância na medida do possível. Eu não tinha nenhuma estratégia em mente. A ideia era conseguir terminar bem no meu retorno às meias maratonas.

Larguei mais para trás porque iria fazer uma prova tranquila e lá na frente a gente acaba se empolgando. O percurso foi diferente nessa meia maratona. Saímos pela beira-mar do continente de Florianópolis, por onde corremos cerca de 2 km até o acesso a Ponte Pedro Ivo. Me contive e corri num pace próximo de 5:20 min/km. Estava bem cauteloso, pois o pé não estava 100%.

Atravessamos a ponte Pedro Ivo, fechando o 4º km ao seu final. No inicio da prova a subidinha na ponte não é tão complicada, mas na volta as coisas são bem diferentes. Seguimos então no sentido do túnel Antonieta de Barros, por onde passamos na altura do km 6. Estava indo tudo bem e aos poucos eu ficava mais confiante em conseguir terminar a prova. Havia vários postos de hidratação no percurso e fui aproveitando pra beber água e me refrescar. Não pulei nenhum dos postos. O pace estava até melhorando. 

Saindo do túnel seguimos pela Via Expressa Sul até a altura da Costeira do Pirajubaé, um pouco antes do Trevo da Seta. Esse foi o ponto mais extremo, sendo praticamente a metade da prova. Me mantive com pace abaixo de 5:15 min/km até o retorno. Já nem me lembrava mais da dor no pé.
Comecei a voltar pela via Expressa Sul e lembrei das maratonas que fiz por lá. Lembrei porque essa volta sempre venta contra e dessa vez não foi diferente. Ventinho chato que se estende até a entrada do túnel. Nesse trecho não consegui mais sustentar o ritmo. Aos poucos o pace foi subindo até os 5:40 min/km. Já tinham ido 15 km. E não estava fácil.

Passando pelo túnel dá impressão de estar quase chegando e a descida ao sair dele ajuda um pouco. Mas logo vem a ponte Pedro Ivo novamente com um bom trecho de subida. Minhas pernas já estavam bem pesadas, mas não queria caminhar. Fui devagar e não parei. O pace chegou em 6:07 min/km. Com 19 km percorridos estava saindo da ponte. Só faltavam mais uns 2 km para a chegada.

Apesar do trecho final ser a reta da beira-mar Continental, eu não conseguia mais acelerar.  As pernas bem pesadas e a respiração estavam bem no limite. Era tentar conseguir levar como desse até o portal de chegada. Não tinha objetivos de prova, mas pelo menos conclui abaixo de 2 horas seria bom. 

No finalzinho da prova normalmente ainda consigo dar um sprint final pra melhorar o tempo, mas dessa vez nem isso consegui. Pensei somente em terminar esse que seria o meu retorno às meias maratonas. E foi assim que cheguei, extremamente exausto, mas muito feliz por ter conseguido concluir. Um dia atrás eu estava praticamente abortando a minha participação por causa da dor no pé.

Logo quando cruzei o portal de chegada, mal conseguia parar em pé. Só avistei a Aninha que me aguardava com uma latinha de Coca-cola bem gelada. Ela sabe que eu adoro na chegada sempre me faz esse agrado. Nossa, não tem coisa melhor depois de uma corrida desgastante como essa. Nem sei se faz bem, mas que é bom, é bom. Só depois fui me hidratar, pegar o kit lanche (isotônico e banana) e a medalha.

Não ficamos muito tempo por lá depois que terminei Fiquei com uma dorzinha na boca do estômago e um pouco enjoado, acho que por causa do esforço feito durante a prova. A dor no pé, que tanto me preocupou, não foi problema. 

Fiquei muito feliz por ter conseguido concluir essa primeira meia maratona depois da paralisação por causa da pandemia. Está difícil voltar no ritmo de antes, mas acredito que aos poucos vamos retomando. 

A organização da prova procurou seguir e adotar todas a medidas e protocolos para a realização do evento. Não teve grande quantidade de atletas como antes da pandemia. Teve separação em dois dias de corrida (5 km no sábado, e os 10 km e meia maratona no domingo). Os banheiros químicos ficaram bem espalhados e com pias, não havia tendas de assessorias esportivas, não havia guarda-volumes, e teve máscaras distribuídas no final da prova. Foi um bom retorno.

Percurso 2021 (21,14 km)
Kit da Meia Maratona Internacional de Santa Catarina 2021
Aninha acordou cedo pra me acompanhar. Antes das 6h já estava claro. 
Alguns amigos que reencontramos
Ainda em dúvida se conseguiria terminar e chegar aos 21 km
No percurso subindo o viaduto
(Foto: AHW - Focoradical)
Na reta final da meia maratona na beira-mar continental
(Foto: CLS - Focoradical)
Chegando. Tempo líquido: 1h55min03. Se soubesse tinha dado um sprint.
(Foto: Ana Paula Marcon)
Voltei às meias maratonas. Medalha conquistada.
Medalha da Meia Maratona 21 km
Certificado da Meia Maratona Internacional de Florianópolis

Local: Beira-mar continental - FLN/SC
Data: 21/11/2021
Horário: 6h00 (6h25)
Distância: 21,097 km (21,14 km)

Inscrição: R$ 117,50
Kit: Sacolinha, camiseta, Revista Corre Brasil, uma bananada VITAO 22g, um tubo de álcool em gel Cottonbaby (200 ml), um pacote de snacks integral vegano VITAO (40g), um pacote de biscoito integral de granola Orquídea (135g), um gel de Energel Black (30g), uma amostra grátis de protetor solar Anasol (4g) e número de peito com chip. 

Tempo: 1h55min03s
Pace: 5:27 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9

Colocação: 017 de 040 (categoria 50-54)
Colocação: 256 de 471 (masculino)
Colocação: 300 de 709 (geral)

domingo, 24 de outubro de 2021

17/10/2021 - Corrida Outubro Rosa

 Foto: Fabrício Jachowics - Foco Radical

                                 17/10/2021 - Corrida Outubro Rosa - São José / SC


Resultados 5km e 12km
Fotos da Corrida FB (by Eduardo Hanada)

A Corrida Outubro Rosa, organizada pela ACORSJ - Associação de Corredores de São José, tem como objetivo incentivar a atividade física e conscientizar a população sobre a importância da realização de exames preventivos ao câncer de mama.

Essa foi a minha primeira corrida de rua depois do início da pandemia. Mês passado participei da Night Run Costão do Santinho, mas foi em areia e trilhas. Fiquei em dúvida na escolha entre as distâncias de 5 km ou 12 km possíveis, mas como ainda sinto dificuldades em distâncias maiores resolve não arriscar e optei pela distância mais curta. 

A entrega dos kits foi feita no Centro Multiuso de São José no sábado, véspera da prova. Eu fui no período da manhã ainda, aproveitando pra fazer uma caminhada, pois moro próximo. Para a retirada do kit foi necessário a entrega de 1 kg de alimento não perecível. Tinha alguns stands com artigos alusivos às corridas e estava bem tranquilo e espaçado, sem aglomerações. 

Acordar domingo de madrugada não foi a minha rotina durante todo esse período da pandemia. Mas, agora com as provas presenciais voltando terei que me acostumar novamente, inclusive acostumar o organismo a correr cedinho. O café da manhã foi bem leve, só um cafezinho mesmo e um pedacinho de pão.

O percurso da distância de 5 km foi pela beira-mar do lado de São José, em um percurso totalmente plano. O percurso dos 12 km esse ano foi diferente, avançando para a Ponta de Baixo, entre subidas e descidas para dificultar um pouco com a variação de altimetria.

Eu e a Aninha chegamos ao Centro Multiuso às 6h45. Ela só me acompanhou dessa vez e não participou da corrida. Pelos meus últimos testes nos treinos a meta era conseguir concluir os 5 km abaixo dos 25 min, se possível abaixo dos 24 min. Antes da pandemia seria mais tranquilo, mas atualmente não é tão simples assim.

Às 7h foi dada a largada para os atletas dos 12 km. Todos mantendo uma certa distância e com máscaras na área de concentração. Depois da largada já era possível retirar e correr sem a máscara. Às 7h30, foi a nossa vez de largar, na distância de 5 km.

Inicialmente saímos por uma das pistas da Av. Acioni Souza Filho (parcialmente fechada para os atletas) no sentido de Florianópolis, por cerca de 400 metros. Então viramos à direita para acessar a ciclovia da beira-mar de São José. Imaginei ter feito um início controlado, mas ao final do 1º km percebi que não tinha sido assim (pace 4:19 min/km). Acho que a empolgação inicial de correr novamente na rua e sem máscara não fez eu sentir tanto.

A alegria durou pouco tempo. No 2º km procurei conter o ritmo para não sofrer na parte final. O pace subiu para 4:51 min/km, mais de 30 segundos em relação ao quilômetro inicial. Talvez tenha aumentado tanto por causa do vento contra, que também influenciou no 3º km, elevando o pace para mais de 5 min/km. Na altura do km 2,5 havia um posto de hidratação, mas em corridas de 5 km eu deixo somente para o final.
Fechando os 3 quilômetros saímos da ciclovia e acessamos novamente uma das pistas da Av. Acioni Souza Filho (em asfasto). A essa altura eu já estava sem fôlego e mal conseguia manter o ritmo. Muito estranho a dificuldade na respiração depois do 1º km. Parece que o pulmão estava mais limitado.

Os dois últimos quilômetros foram em reta e bem plana, mas mesmo assim foi difícil de manter o pace abaixo de 5 min/km. Os atletas primeiros colocados da distância de 12 km, que tinham largado antes, já passavam entre nós. Várias vezes pensei em caminhar nesse final, tamanho era o esforço, mas resisti pra acompanhar e não ficar pra trás dos atletas que estavam próximos.

No finalzinho deu pra dar uma aceleradinha ainda, mas só pra melhorar um pouco o tempo. Passei pelo 5º km com 24min06s. A distância da prova ao cruzar a linha de chegada, segundo o meu Garmin, foi 5,21 km, com o tempo total de 24min58s. Não deixa de ser sub 25min, mas muito acima do que eu gostaria. 

Cheguei bem exausto e demorei um tempo ainda pra me recuperar e conseguir me hidratar. Recebi a medalha, muito bonita por sinal. Depois retirei um kit com frutas, um pedaço de melancia, e bebi mais uns copos de isotônico. Saí da área de dispersão e fui encontrar a Aninha e me trocar, pois vento e a camiseta molhada não combinam muito. Ainda bem que não choveu durante a prova, mas o tempo estava fechado.

Teve premiação com troféus para os cinco primeiros colocados gerais no feminino e no masculino. E nas categorias por faixa etária de 10 e 10 anos até o terceiro colocado também no feminino e no masculino.

Foi legal poder reviver o ambiente das corridas de rua novamente. Aos poucos vamos reencontrando os amigos que há tempos não víamos, mesmo ainda tendo que manter a utilização de máscaras antes e depois da corrida. Acredito que falta pouco para podermos voltar a normalidade, principalmente com o avanço das vacinas contra a COVID-19. O evento teve um bom público e uma boa cobertura da imprensa local.

Percurso dos 5 km (5,21km)
 Retirada do kit no Centro Multiuso de São José
 Kit da Corrida Outubro Rosa 2021 - São José / SC
Alguns amigos presentes na Corrida Outubro Rosa 
Largada em frente ao Centro Multiuso de São José
 Eu o seu Ademir no início da prova
Fazendo o retorno no km 3
Foto: ATX - Foco Radical
Após receber a medalha com a Aninha
Lindas medalha
 Certificado da Corrida Outubro Rosa - São José / SC

Local: Centro Multiuso da Beira-mar de São José / SC
Data: 17/10/2021
Horário: 7h30 
Distância: 5 km (5,21 km)

Inscrição: R$ 80,00 
Kit: Sacolinha, camiseta, número de peito e chip descartável.

Tempo: 24min58
Pace: 4:48 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9

Distância 5 km:
Colocação: 12 de 022 (50-59 anos)
Colocação: 51 de 127 (masculino)
Colocação: 64 de 216 (geral)

Distância 12 km:
177 concluintes (112 masculinos e 65 femininos)

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

18/09/2021 - Night Run Costão do Santinho - 10ª edição

 Foto: Alexandre Carvalho - Foco Radical

Night Run Costão do Santinho - FLN/SC

A 10ª edição da Night Run Costão do Santinho marcou o meu retorno às corridas presenciais em grandes eventos. Minha última participação tinha sido no Circuito das Estações Etapa Outono, em 15/03/2020. Foram mais de 18 meses fora dessas grandes provas. Essa edição era pra ter ocorrido no início desse ano, tanto que o tema da prova era Carnaval, mas por conta das restrições provocadas pela pandemia teve que ser adiada até então.

Tive o prazer de participar de 9 das 10 edições do Night Run Costão do Santinho. Só não fui a uma das edições (2015) por compromisso social. Deixarei para comemorar a minha 10ª participação em 2022, nessa que é uma das provas mais bonitas e animadas de Santa Catarina. 

Por mais esse ano tive a honra de fazer parte da equipe de influenciadores e divulgadores da prova, uma turma bem legal e empolgada, que colaboram e promovem a alegria da festa desde cedo. Fico muito grato à organização pela oportunidade e feliz por terem atingido a meta de inscrições cumpridas (dentro dos limites permitidos). Estão de parabéns !

Diferentemente dos anos anteriores, a entrega dos kits foi realizada no Floripa Shopping, na véspera durante todo o dia, e no sábado até às 14 horas. Retirei o meu kit e da Ana na sexta-feira à noite e estava bem tranquilo, sem fila alguma. Aproveitei pra passear no shopping e fazer um lanche com o meu filho. Para a retirada dos kits foi exigido a entrega de um questionário de informações pessoais sobre a COVID, além de documento de identidade. O kit estava recheado: com camiseta da prova da Areia e Bronze, viseira, bandana, toalhinha Karsten e demais produtos dos patrocinadores.

Para a realização da prova foram necessários várias ações seguindo um protocolo para que ela pudesse acontecer. Uma delas foi quanto a largada que teve o seu horário alterado e foi dividida em duas, uma às 19:00 para os atletas dos 6 km, e a outra às 20:30 para os atletas dos 10 km. A distância dos antigos 5 km passou para os 6 km para adequação do percurso.

No dia da prova eu e a Aninha chegamos próximo das 18:15 ao local da prova. Como essa época não é de temporada foi mais fácil encontrar vaga para estacionar o carro na rua que dá acesso à praia do Costão do Santinho. Bem mais tranquilo. O tempo também ajudou, pois estava seco e sem muito vento, ao contrário da véspera que tinha chovido. Além disso tenho lembranças bem molhadas dessa prova.

Desde a chegada fomos encontrando vários amigos, alguns que não víamos desde o início da pandemia, quando as provas foram interrompidas. Muito bom voltar a esse ambiente das corridas e ainda mais em um evento tão animado como este. Percebi um certo alívio do pessoal e uma alegria contagiante no retorno de vários deles.

Por conta das restrições da pandemia a estrutura do evento como um todo teve que se adequar e estava mais enxuta, com alguns painéis para fotos, palco, banheiros químicos e dois portais: um de largada com vários cones para separação dos atletas, e outro portal de chegada. Também não teve tendas de assessorias esportivas e nem de guarda-volumes.

Uma grande mudança por causa dos protocolos ficou por conta da largada dos atletas. Por enquanto não se pode largar todos juntos e amontoados como era antes da pandemia. Ela precisou ser espaçada, saindo 5 atletas por vez, e de 10 em 10 segundos. Consequentemente o tempo de duração da largada aumentou bastante e esse foi o motivo da divisão de largar os 6 km às 19:00 e os 10 km às 20:30. Quem sofreu foi o amigo narrador Marcello Goma, que teve que fazer não sei quantas contagens regressivas até a última bateria. 

Eu e a Aninha ficamos entre conversas com os amigos e fotos, e demoramos a ir para o local da largada. Acabamos ficando bem no final da fila. Largamos somente depois de 18 minutos após a primeira bateria de 5 atletas. Por um lado foi bom, pois nos pontos mais estreitos não pegamos tanto congestionamento, além de poder assistir a bela queima de fogos tranquilamente, enquanto aguardávamos a nossa vez de sair. Lembrando que nessa concentração da largada era necessário ainda permanecer de máscara.

Fazia um tempo que não tinha aquela expectativa pré-largada e aquela adrenalina de início de prova. Quando chegou a minha vez tratei de sair o mais rápido possível e já tirar a máscara, buscando pela areia mais dura para correr. Eu e a Aninha também optamos por levar a headlamp, porém levando ela na mão, pois fica mais fácil de direcionar o feixe de luz. Esse ano não foi item do kit, mas a gente tinha dos anos anteriores.

Estava de volta aquela sensação de liberdade, de correr mais forte e sem a máscara. Os primeiros 1,5km pela Praia do Santinho foram melhores que imaginei, considerando que nos treinos que consegui fazer sem máscara dificilmente chegava a um pace próximo de 5 min/km. Meu 1º km foi bem empolgante e passei com 4:45 min/km mesmo sendo em areia.

Na metade do 2º km ao entrarmos pela trilhas nas dunas o ritmo começou a cair. O esforço é maior e a areia fofa afunda as nossas passadas. Além disso alguns trechos também ainda estavam alagados e escorregadios. Não quis perder tempo tentando ir pelas laterais como vários atletas e definitivamente meti o pé na lama. Bons trechos para os fotógrafos da Foco Radical, que estavam presentes em peso por todo o percurso, e puderam capturar boas imagens.

Segui pelas dunas até atingir a praia dos Ingleses com 2,8 km percorridos. Viramos à direita, corremos por 200m pela praia e retornamos às trilhas da dunas para fazer o caminho inverso. Nas edições anteriores não chegávamos a correr pela Praia dos Ingleses, retornávamos antes. E, no caso dos atletas dos 10 km, ao invés de virarem para a direita, eles viraram para esquerda na Praia dos Ingleses.

Na volta pelas trilhas, apesar de mais cansado, pareceu ter sido melhor, com menos congestionamento de atletas e correndo mais solto. Não via a hora de chegar nas areias da Praia do Santinho novamente, o que ocorreu com 4,5 km percorridos. Meus paces pelas dunas ficaram entre 5:30 min/km e 5:45 min/km mais ou menos. Até que não foram tão ruins.

Nos último quilômetro tentei me ajustar e acelerar aproveitando a areia mais firme da praia. Ao longe avistamos a iluminação da chegada e parece que não vai chegar nunca. Apesar de estar com as pernas mais pesadas por causa do trecho das dunas, aos poucos fui retomando um ritmo bom, fechando o 6º km em 5min11s. Acabei concluindo a prova com um tempo líquido de 33min04s. Como a classificação foi por tempo líquido não importou muito ter largado mais tarde.

Na chegada recebi a medalha (a minha primeira desse ano), me hidratei com 2 copos de água,  recebi uma máscara descartável, uma sacolinha com várias guloseimas: com pacote de cookies Vitao (150g), Biscoito de Arroz Integral Naturatta (16g), barra 100% integral Da Magrinha (15g), e garrafinhas de isotônico Jungle, de suco de laranja SUQ, e de cerveja Michelob Ultra. A reposição estava garantida. 

Fiquei satisfeito com o resultado nesse meu retorno. Meu pace ficou melhor que no ano passado, mesmo com a distância aumentando para 6 km. Em seguida fui para próximo do portal para acompanhar a chegada da Aninha, que também estava voltando nas competições. Terminou bem o percurso de 6 km com o tempo de 39min48s.

Depois de uma breve recuperação assistimos algumas chegadas e a largada do pessoal dos 10 km, que só ocorreu às 20:30, também em várias baterias. E teve nova queima de fogos para iluminar a largada. Para uma maior segurança não ficamos muito perto de aglomerações ainda, mesmo já tendo tomado as duas doses da vacina contra COVID-19. Acabei nem encontrando pessoalmente vários amigos e amigas que sabia que estariam por ali. Como estava ficando frio e estava com a camiseta molhada acabei indo embora cedo.

Foi muito bom poder retornar em uma prova padrão Night Run Costão do Santinho. A organização mais uma vez está de parabéns, seguindo todos os protocolos para que esse evento fosse realizado da forma mais segura possível para os seus participantes. Mesmo tendo que abrir mão de várias atrações e ter que fazer algumas alterações para que ela acontecesse foi mais um grande evento, completando assim sua  10ª edição. Ano quem vem esperamos que esteja tudo mais normal e que estejam liberadas todas as restrições decorrentes da pandemia para mais um grande festa.

Percurso da prova (6,13 km) - 2021
Mimos da Areia Bronze, umas das patrocinadoras do evento
Kit da Night Run Costão do Santinho 2021
Retirada do kit no Floripa Shopping com o Gabi
Alguns amigos e amigas presentes na prova.
Eu e a Aninha no ínicio da prova. Largamos quase juntos.
(Foto: Felipe da Cruz - Foco Radical)
Na reta final de volta pela praia.
(Foto: Mark Maderovisk - Foco Radical)
Com a Aninha após a chegada, já com as medalhas.
Medalha com queima de fogos ao fundo.
Medalha Night Run Costão do Santinho 2021
Certificado da Night Run Costão do Santinho 2021

Local: Praia Costão do Santinho - FLN//SC
Data: 18/09/2021
Horário: 19:00 hs (19:18 hs)
Distância: 6 km (6,13 km)

Inscrição: R$ 119,00 + taxa terceiro lote (Cortesia)
Kit: Sacolinha, camiseta, bandana, viseira, pacote de granola Vitao (200g), Biscoito de Arroz Integral Naturatta (16g), barra 100% integral Da Magrina (15g), chip descartável e número de peito.

Tempo: 33min04s
Pace: 5:24 min/km
Tênis: Olympikus Pride 2

2021
6 km
Colocação: 004 de 018 (50-54 anos)
Colocação: 055 de 215 (masculino)
Colocação: 072 de 494 (geral)

10 km
Feminino - 120 atletas
Masculino - 159 atletas
Total: 279 concluintes