quarta-feira, 31 de agosto de 2016

27/08/2016 - Amazing Runs Garopaba - SC

Foto: Focoradical
Amazing Runs Garopaba /SC

Resultados

Fotos da Corrida FB (by Eduardo Hanada)

Essa foi mais uma grande aventura e uma experiência bem diferente das que normalmente estou acostumado a fazer. Corridas de aventura e em trilhas não são muito o meu forte, mas há alguns meses por indicação do amigo Neemias, e convite e viabilização pelo Arthur da Global Vita, decidi encarar mais esse desafio junto com a Aninha. Agradeço muito aos dois pela oportunidade de ter participado desse grande evento.

A Amazing Runs Garopaba faz parte do circuito "Amazing Runs". O circuito já teve as conhecidas etapas "Amazing Runs Bonito" e "Amazing Runs Ilha do Mel", com o Desafio da Butuca. Agora estreou nesse paraíso, localizado em Garopaba/SC. Teve distâncias e desafios para todos os gostos nos dois dias de evento. No sábado foi realizada a prova de 5,5 Km e 10,5 Km, sendo que os participantes do "Desafio da Baleia Franca", além de correrem os 10,5 Km, tinham que percorrer mais 21 Km na manhã seguinte. O resultado se daria pelo total dos tempos. Era possível também correr isoladamente em qualquer dessas 3 distâncias.

Como Garopaba é pertinho (cerca de 1h15min) fomos eu, a Aninha e Zê Lescano, para lá no primeiro dia. A Aninha iria fazer os 10,5 Km, a Zê os 10,5 Km + 21 Km (Desafio da Baleia Franca), e eu optei pelos 5,5 Km. Assim sofro intensamente, mas por menos tempo. Fomos um pouco mais cedo para dar tempo de retirar o kit, que estava sendo entregue no restaurante Parador, bem ao lado da concentração do evento. O kit continha uma bandana e uma camiseta de manga longa branca para aqueles que fariam as distâncias individuais, e para o Desafio da Baleia Franca tinha ainda uma outra camiseta cinza de manga longa também.

Eu não tinha estudado muito o percurso e altimetria da prova. Como faria somente os 5,5 Km não achava que teria grandes dificuldades. Em provas desse tipo também é difícil traçar um objetivo de tempo, pois os terrenos são totalmente irregulares. Decidi então aproveitar e correr com a GOPRO para poder registrar um pouco do percurso.


A largada no sábado, tanto para os atletas dos 5,5 Km como para os de 10,5 Km, ocorreu às 15 horas. O tempo estava bem agradável, com um solzinho e um ventinho razoável. Bem melhor correr assim. Antes da largada a organização disponibilizou até protetor solar e creme atrito zero para os atletas que necessitassem. Passei um pouco só pra garantir.

Acabei bobeando um pouco na hora de me alinhar para a largada. Fiquei filmando o movimento e só consegui chegar até o pelotão do meio. Normalmente para provas rápidas de 5 Km é importante sair mais a frente para não perder muito tempo na dispersão. Tudo bem, nem foi tanto assim, mas quase me custou uma posição que seria importante no final.

Larguei bem animado pelas ruas de paralelepípedo de Garopaba, ainda plano. Costurando e conseguindo avançar um pouco do bloco intermediário. Até estava me sentindo bem. Isso durou até os 750 metros, quando apareceu a primeira de muitas subidas. No início consegui subir no trote até o fim do 1º Km. Um pouco mais a frente consegui manter um ritmo de corrida entre as ondulações ainda suaves.

Com 1,7 Km percorridos, já super ofegante, eis que surge uma sequência forte de subidas. Até tentei subir em trotezinho, mas logo em seguida desisti e caminhei. O coração parecia sair pela boca. Pensei: não cheguei nem no 2º Km e já estou caminhando. Como assim ?!!! Meu consolo foi ver que a maioria dos outros atletas também se rendiam a caminhada.

Na altura do 2º Km ocorreu a divisão dos atletas das duas distâncias. Os atletas de 10,5 Km seguiram reto e nós dos 5 Km viramos á esquerda. Eu ainda seguia caminhando forçando as panturrilhas. Só que aí outra surpresa, logo após a virada, mais subida. Daquelas que a gente não vê o fim. Nesse ponto deu pra ver ao longe os atletas que seguiam a minha frente e já eram mais de cinco. Desanimou um pouco, mas seguia firme na minha caminhada com tentativas de trotes na subida. Isso durou até os 2,7 Km.
Já estávamos em estrada de terra batida, às vezes bem irregulares. E novamente mais subidas e mais caminhadas. Era um cenário bem interessante dos atletas próximos. Todos sem exceção ora trotavam, ora caminhavam. Nunca tinha feito uma prova com esse nível de dificuldade em uma distância tão curta. Teve um posto de hidratação, mas nem quis perder tempo.

Após 3,3 Km percorridos chegamos então a parte da trilha, e para a minha surpresa foi uma das partes que mais deu pra desenvolver a corrida efetivamente, onde consegui me recuperar um pouco. Foi também a parte mais bonita do percurso com lindas vistas lá de cima. Tivemos sorte pelo lindo dia que fez e a trilha aberta favorecia. Não tive tempo de ficar admirando muito. Menos mal que estava filmando.

A parte de trilha acabou logo após o 4º Km e voltamos aos paralelepípedos. Para mim foi um grande alívio. O próximo quilômetro foi acelerando e com o esforço no limite, conseguindo manter um pace próximo de 4:30 min/Km.


No finalzinho, faltando cerca de 500 metros, corremos pela praia por um uns 300 metros. Ainda bem que nesse ponto a areia estava firme.

Ao sair da praia entrando na reta final ouvi alguém gritando: vai...sprint final !!! Eu não tinha entendido muito, mas pra não chegar feio dei uma acelerada. A poucos metros da chegada ouço a voz do locutor da prova Marcello Goma, narrando a chegada do 5º colocado, e dizendo meu nome !!! Nossa, nem acreditei direito ao passar pelo portal de chegada. Custou para cair a ficha. Após uma prova duríssima, onde me arrastei em várias subidas, fechando os 5,53 Km com o tempo líquido altíssimo de 32min13s, ainda conseguir uma colocação na classificação geral !!! Foi demais !!!

Mais tarde eu vim a entender o grito no final para o "sprint final". O atleta que vinha na 6ª colocação estava colado atrás e chegou a apenas alguns segundos. Foi por muito pouco. E eu nem tinha me dado conta. Só soube que estava em 5º lugar pelo anúncio do locutor.

Após cruzar a linha de chegada recebi a linda medalha que registrava na própria fita a distância percorrida. Bebi um copo de água, um isotônico, recebi o kit lanche com frutas e salgadinhos de cereal, e até uma latinha de cerveja estavam distribuindo. Como caiu bem naquele final de prova.

Percurso dos 5,5Km

Demorei um pouquinho para me recompor desse esforço final. Me troquei, me agasalhei rapidamente, e fui de encontro a Aninha para acompanhá-la no final. Se eu sofri nos 5,5 Km imaginem como não foram os 10,5 Km. Com pouco mais de 1 Km da chegada a avistei em uma ladeira abaixo. Mesmo com as fortes dores nos dois joelhos acumuladas do percurso pesado, viemos juntos e ela conseguiu fechar com sucesso mais essa prova. Foi realmente na superação. Muito orgulho.

Aguardamos a premiação, que ocorreu pouco depois das 17 horas. Já estava friozinho. Confirmado o 5º lugar, fui receber o troféu junto com os outros atletas. Para meu espanto, só gurizada !!! Que prazer subir ao pódio ao lado desses atletas no alto da sua juventude e ainda em uma prova curta. Uma honra mesmo !!!

A nossa participação, minha e da Aninha tinha se encerrado, mas para os outros guerreiros que iriam fazer os 21 Km no dia seguinte era só o começo. Um boa parte de atletas que aceitaram o Desafio da Baleia Franca ainda teriam que enfrentar mais que o dobro da dificuldade do primeiro dia, compensados pela possibilidade de admirar os fantásticos cenários pelo percurso. Quem sabe ano que vem não encaro esse desafio ?!!!

Só tenho a agradecer a organização da prova pela oportunidade de participar da estreia dessa etapa de Garopaba, no circuito Amazing Runs. Prova essa que recomendo para quem é adepto do "quanto pior melhor" e para quem gosta de apreciar e correr por belas paisagens. Tudo muito bem organizado e preparado com carinho para receber os atletas. Mais uma grande experiência. Valeu !!!

Kit da prova 
Eu nos 5,5 Km e a Aninha nos 10,5 Km
 Na chegada com os amigos Arthur, Jósa e Bibi
Lugar paradisíaco
Faltava pouco nesse momento. As subidas já tinham terminado.
Foto: Focoradical
Aninha chegando com uma das vistas mais bonitas do percurso
 Quanta alegria. Tempo líquido: 32min13s
Foto: Alexandre Carvalho (Focoradical)
Fez parte da hidratação
 5º colocado geral nos 5,5 Km. Feliz demais !!!
 Lindo troféu. Bem trabalhado !!!
Medalha destacando a distância na fita 
Certificado com o Resultado Oficial

Local: Praia de Garopaba / SC
Data: 27/08/2016 
Horário: 15:00 Hs 
Distância: 5,5 Km (5,53 Km) 

Inscrição: R$ 130 (1º lote)
Kit: Sacola, camiseta manga longa, bandana, pacote de salgadinho multicereal, número de peito e chip descartável. 

Tempo: 32min13s
Pace: 6:26 min/Km

Colocação: 01 de 05 (categoria 45-54 anos)
Colocação: 05 de 23 (masculino)
Colocação: 06 de 71 (geral)

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

21/08/2016 - 9ª Corrida Volta a Lagoa 2016 - FLN/SC

Foto: Felipe da Cruz (Foco Radical)
 Corrida Volta a Lagoa 2016

Resultado
Fotos da Corrida

Mesmo com todas as condições climáticas adversas no dia, a 9ª corrida Volta a Lagoa (distância de 10,5 Km) teve um aumento de mais de 100 atletas concluintes em relação ao ano de 2015. Foi uma boa surpresa para mim.

Tenho um carinho especial por essa corrida porque é uma das poucas que participei todos os anos desde que comecei a correr em 2009. Além disso tem um belo percurso, interessante e um tanto desafiador.  

Como opções a prova teve a distância de 10,5 Km que podia ser feita individualmente ou em dupla (feminina, masculina ou mista), e a opção de participação de 5 Km. Eu optei pelos 10,5 Km no individual mesmo, como em todas as minhas outras participações. Queria tentar melhorar o meu tempo de 48min32s, obtido no ano passado.

A retirada do kit foi no sábado, véspera da prova, na Loja Centauro do Beiramar Shopping. Consegui não comprar nada na loja dessa vez. Aproveitei o passeio para almoçar com o Gabi e caçar uns Pokemóns diferentes na região da beira mar norte.


No domingo pela manhã cheguei ao local da prova às 7:15. A largada estava prevista para às 8:30. Como tinha chovido bastante durante a madrugada e ainda continuava, imaginei que teria pouca gente, mas já tinha um bom movimento de atletas. Mesmo assim soube de várias pessoas que estavam inscritas e não se arriscaram a ir. Quase fui uma delas. 

Foi até cogitado o cancelamento da prova pelas condições climáticas. Já havia feito provas com condições bem piores. Como não havia relâmpagos acho que foi a melhor opção terem mantido o evento, umas vez uma grande estrutura já estava mobilizada.

A previsão do tempo anunciava chuva para o final de semana e não foi diferente no horário da prova. Até aí não seria tão grande a encrenca. Esse ano já participamos de várias corridas sob chuva. O problema foi o vento forte e o frio que se somaram a essa situação.

Aquela parte boa do evento, de confraternização com os amigos pré e pós-prova ficou um pouco comprometida com a maioria dos atletas se abrigando como era possível. A largada atrasou um pouquinho, mas bem compreensível, ao lado do terminal de ônibus da Lagoa.

Primeiro saíram os atletas dos 10,5 Km, individual e os primeiros das duplas. Em seguida largaram os atletas dos 5 Km. Só lembro que a chuva nesse momento estava fraquinha, mas o vento e o frio estavam congelantes. Larguei sem forçar muito e iria tentar fazer uma prova regular.

O 1º Km com passagem pelo centrinho da Lagoa e até entrarmos na Av. da Rendeiras foi o trecho mais tranquilo e foi o meu melhor pace. Talvez em parte por aquela empolgação inicial também. 

Um pouco mais a frente, logo no início da Av. das Rendeiras viramos a direta e acessamos a SC-406, margeando então a Lagoa da Conceição em uma área totalmente aberta. Esses quase 3 quilômetros que se seguiram foram os mais complicados para mim, com um vento forte batendo contra, além do frio e da chuva. Sabia que estava fazendo mais força que o normal e além disso tive uma sensação de frio que nunca tinha experimentado antes em uma corrida. O 2º Km até consegui manter um ritmo razoável, mas a partir do 3º Km as coisas desandaram. Muita força e pouco rendimento. Na foto do percurso, retirado do site do Garmin, a velocidade do vento registrou 32 Km/h. Sem chances de melhorar o meu melhor tempo nessa prova.

Senti que não era dia. Nível de esforço ao máximo e pace cada vez pior. Pra piorar, durante o 5º Km, enquanto passava junto ao amigo Pertino, ele me alertou que o meu chip estava solto, tinha perdido a cola. Por muito pouco não fiquei sem. Fiz uma paradinha rápida para retirá-lo e levá-lo na mão. A partir de agora, quando o chip for fechado por adesivo vou colocar sempre um alfinete para prendê-lo e garantir que não solte. Já vi esse problema em outras provas também. 

            Garmin - 9ª Corrida Volta a Lagoa 2016             

Um pouco antes de chegar ao morro do Badejo, no 6º Km, passamos pelo ponto de troca do revezamento das duplas, que não foi exatamente na metade da prova, deixando para o primeiro atleta um percurso maior. Lembro de ter visto os amigos, Guilherme aguardando a chegada do Enio, e o Juarez também aguardando a chegada da sua dupla.

Cheguei então ao temido morro e muito mal das pernas e sem fôlego. No trecho de subida com aproximadamente 400 metros por dois momentos caminhei. Não teve jeito. Isso levou o meu pace lá pra cima, perto dos 6 min/Km. O bom é que depois vem a descida e dá pra compensar um pouco dessa perda.

Os dois últimos quilômetros fui literalmente me arrastando não vendo a hora de terminar. Já estava me sentindo com fraqueza por causa do frio e tremendo, situação estranha e não muito comum pra mim. Só conseguia pensar que na chegada eu teria que passar o chip próximo do chão. Não poderia esquecer.

Avistando a chegada ao longe dei uma aceleradinha. Olhei o fotógrafo, passei pelo portal e ergui os braços pra comemorar a conclusão de mais uma corrida Volta a Lagoa. O Jacks veio e me fez a entrega da medalha. Fui então tomar um copo de água e comer uma banana. Aí lembrei de uma coisa importante, passei com o chip na mão !!! Isso porque vim pensando nisso durante toda a parte final do percurso. Bom, paciência !!!

Posteriormente, para a minha alegria, o chip registrou certinho, mesmo tendo passado com ele nas mão e com os braços erguidos. Bom esse leitor e essa antena !!! Meu tempo líquido ficou em 52min01s, cerca de 3min30s acima do tempo do ano passado. Não sei precisar o quanto as condições do dia afetaram o meu rendimento, mas senti que não era o dia e cheguei com dores musculares nas pernas, equivalentes a de ter feito uma meia maratona. 

Não fiquei muito na área de chegada e nem consegui ir a tenda dos amigos da Elementos Massoterapia, que faziam aquela massagem recuperadora. Fui tremendo de frio direto para o carro me trocar e de lá não saí mais. Nem a premiação consegui assistir. Estava muito fraco e precisei me aquecer.

Após me recuperar fomos a parte boa, o café da manhã pós prova, com os amigos Renato Ventura e Enio Augusto, e com direito a assistir o final da maratona masculina olímpica. Aquele café da manhã caprichado e sem culpa !!! Muitos ovos mexidos e bacon !!!

Percurso Volta à Lagoa 2016 - 10,69 Km

Pessoal animado para a corrida #sqn. Nilton, Renato e Enio.
Margeando a Lagoa da Conceição com um baita vento frio contra.
Foto: Felipe da Cruz - Foco Radical
Montagem legal do amigo fotógrafo Alexandre Santiago. Renato, Ana Kátia e Ana Clara.
Foto: Alexandre Santiago - Foco Radical
Segurando bem o chip para não perder
Foto: Alexandre Santiago - Foco Radical

Minha chegada com o chip na mão. E não é que registrou !!!
Foto: Foco Radical 
Medalha da  9ª Corrida Volta a Lagoa 2016 
Foto: Por Falar em Corrida

Local: Ao lado do terminal de ônibus da Lagoa da Conceição - FLN/SC
Data: 21/08/2016 
Horário: 08:30 Hs (08:43 Hs) 
Distância: 10Km (10,69 Km) 

Inscrição: R$ 70,00 (Primeiro lote)
Kit: Camiseta, cappuccino em caixinha, pacotinho de granola e de suco em pó número de peito e chip descartável.    

Tempo: 52min01s
Pace: 4:52 min/Km

Colocação: 011 de 031 (45-49 anos)
Colocação: 099 de 289 (masculino)
Colocação: 108 de 423 (geral)

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

31/07/2016 - ASICS São Paulo City Marathon - Golden Run

Foto: Felipe da Cruz - Foco Radical 
ASICS São Paulo City Marathon - Golden Run 

Se você busca o seu melhor tempo em uma maratona definitivamente a ASICS São Paulo City Marathon não é a mais indicada. Mas, se você quiser correr 42,195 Km em um belo passeio percorrendo a cidade de São Paulo essa é a prova !!!

Ano passado tinha estreado nas meias maratonas Golden Four ASICS, nessa etapa de São Paulo. Apesar de já me apaixonar pela prova não tinha conseguido o meu melhor rendimento naquela oportunidade e esse ano queria repetir a dose. Porém, além da meia maratona, a proposta da nova organizadora, Iguana Sports, incluía também a maratona. Não tive dúvidas. Mudei de ideia rapidamente, pois nunca tinha feito uma ainda em São Paulo, cidade em que vivi e cresci. Além disso, sabia que poderia contar com uma boa estrutura durante a prova.

A entrega do kit foi realizada no Transamérica Expo Center, em Santo Amaro, nos dias 29 e 30 de Julho. Não é um dos lugares mais acessíveis em São Paulo, com opção de estacionamento beirando o absurdo de R$ 46, já alertado anteriormente pela organização. Diante disso optamos por ir de metrô/trem, que nos deixava cerca de 1 Km do local. Fomos no sábado, véspera da prova, eu e a Aninha. Por lá encontramos as amigas Sabine e Andrea, a Zenilda, o Marcelo, a Joyce e o Thiago, aqui de Santa Catarina, além do amigo João Paulo Toma de Bauru.



Na Expo do evento havia os tradicionais serviços de teste de pisada, postura na corrida, massagens e palestras. Um enorme painel com o nome de todos os inscritos também foi colocado na entrada. Além disso, tinha os stands com venda de produtos da ASICS, e outros, como cosméticos, suplementos, porta medalhas, correntes e brincos, adesivos, e tudo relacionado ao mundo das corridas. Duro sair de lá sem comprar nada. Também era possível adquirir o serviço de gravação do tempo de prova na medalha após a chegada. Valor de R$ 20 (razoável). Em relação ao ano passado, onde a organizadora ainda era a ASICS, senti falta da personalização da camiseta, do kit lanche e da impressão das fotos postadas no Instagram durante a Expo.

Para facilitar a logística da prova optei por ficar em um hotel ao lado do metrô e próximo a largada, o IBIS Budget Paulista, na Rua da Consolação. Consegui uma super promoção de diária de R$ 50, na época. O hotel é padrão econômico, sem frigobar, e o local do banho e a pia ficam direto no quarto. Também não tem tolerância de check-out, e para ficar mais 6 horas o valor seria acrescido de R$ 90. Vale a pena para quem só vai correr. Praticamente todo o hotel ocupado pelos participantes da ASICS Golden Run. Uma boa opção para a São Silvestre também.

Diferentemente das outras etapas, a ASICS Golden Run teve a opção "City Marathon (42K)" e "Half marathon (21K)", com as inscrições encerradas meses antes. Tinha a previsão de 15 mil atletas distribuídos nas duas distâncias. Cerca de 4 mil na maratona e o restante na meia maratona.

A largada estava prevista para às 6 horas (essa foi a corrida que larguei mais cedo). Foi separada em 3 ondas com as outras duas previstas para às 6:10 e 6:20. Com isso tivemos que acordar muito cedo, às 4 horas. Mal deu tempo de tomar um café expresso de máquina e comer uma banana para chegar a tempo ao Estádio do Pacaembu, umas 5:15. A princípio iríamos a pé com pouco mais de 2 Km de distância, mas aproveitamos a oportunidade e rachamos um táxi com outras atletas que também estavam indo do hotel, R$ 3,50 por pessoa. Perfeito !!!

Ainda estava tudo escuro quando chegamos. Uma estrutura muito grande de banheiros químicos e ônibus que serviriam de guarda volumes. Chegava gente de todos os lados. Fizemos aquelas fotinhos iniciais prejudicadas pela falta de luminosidade e fui guardar a mochila. Desespero total. Faltando 25 minutos para a largada uma fila quilométrica. Cada ônibus guardava os volumes de cerca de 1000 atletas e com somente um ponto de coleta. Resumo, consegui deixar a minha mochila faltando 3 minutos para a minha largada e saí correndo para me posicionar. Lógico que fiquei lá no fundo, já perto do pessoal da 2ª onda.

Por sorte um pouquinho antes da largada encontrei novamente a Aninha e a Sabine que iriam fazer a meia maratona. Todos ainda muito pilhados. Só deu tempo de uma fotinho e umas palavras de boa prova. Um pouco depois das 6 horas foi dada a largada na Praça Charles Miller. Me senti na São Silvestre. Não saí do lugar durante alguns minutos. Devo ter demorado quase 5 minutos para conseguir passar efetivamente pelo portal, e finalmente começar a minha maratona.

Eu tinha como objetivo melhorar o meu tempo em maratonas, tentando um sub 3h45min, mesmo sabendo da dificuldade do percurso. A estratégia era manter uma pace médio perto de 5:20 min/Km e não forçar muito no início até passar pela temida Av, Brigadeiro com seus 2 Km de subida, e recuperar depois no restante da prova.

O início foi aquela maravilha, com energia total e descidinha pela Av. Pacaembu por cerca de 1,5 Km. Bom para entrar no ritmo e dar uma esquentadinha. Do Km 2,5 até o 4º Km passamos pelo elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão. Começamos a sentir os primeiros trechos maiores de subida. Menos mal que é no início e é reta, permitindo sustentar um bom ritmo.

Depois passamos por pontos importantes do centro de São Paulo, como as avenidas Ipiranga e São João, o Teatro Municipal, o Viaduto do Chá, a Praça da Sé e o Páteo do Colégio. Além dos staffs bem animados várias atrações espalhadas pelo percurso também tornavam a nossa passagem mais agradável. No cruzamento da Av. São João com a Av. Ipiranga cantavam os Trovadores Urbanos, na altura do Km 5,5. Na Praça Ramos de Azevedo, Km 8, se apresentava o Coral e Orquestra Coral Adágio. Nesse trecho, mesmo com várias quebradas e algumas subidinhas mantive o ritmo dentro do esperado.

Como já era de se esperar a hidratação da prova foi perfeita, com os postos de água e isotônicos espalhados a cada 3 Km. Eu fiz um revezamento de pegar ora um copo de água ora um saquinho de Gatorade, mas só conseguia tomar metade de cada vez.

Chegou então a temida Av. Brigadeiro. Olhei o Garmin e registrava 10,5 Km. Nunca subi ela tão consciente. Foi bem diferente em relação ao final da São Silvestre onde normalmente já chego no limite das minhas forças. Subi os 2 Km bem regular, sem caminhar e sem exagerar. Na imagem dá pra ter uma ideia da altimetria de toda a maratona e o ponto mais alto no cruzamento da Av. Brigadeiro e Av. Paulista, na altura do Km 12,5.


Vencido o trecho mais difícil veio aquele alívio com a descida do outro lado da Av. Brigadeiro, mas também sem exagerar. Aproveitei que estavam dando doces e peguei uma bombom de chocolate. Aliás, também tivemos muitos pontos de distribuição de alimentos também. Em seguida tomei o meu primeiro gel de carboidrato.

Chegamos então ao Parque do Ibirapuera (Km 15), com a apresentação de um grupo folclórico italiano La Bella Itália. Acho que foi a parte onde me senti melhor durante a prova toda. E um certo local houve a divisão dos atletas da maratona e da meia maratona. Nós seguimos em frente fazendo uma volta de uns 2 Km a mais até encontrarmos novamente o pessoal da meia maratona. Esse foi um ponto muito fácil de se cortar caminho da maratona (uns 2 Km). Cada um sabe o que faz !!!

Durante esse trecho teve distribuição de de bananas já cortadas ao meio e sachês de gel de carboidrato. Comi só a banana e deixei o gel para mais tarde, pois recém tinha tomado um. Em seguida tomei a minha primeira cápsula de sal pra tentar evitar as cãibras.

Garmin - ASICS Marathon City - Golden Run - São Paulo

Seguimos então pela Av. Juscelino Kubitscheck, passando primeiramente pelo túnel Ayrton Senna com 1,7 Km de extensão, na altura do Km 18. Logo depois, já no Km 20, passamos pelo túnel Jânio Quadros com cerca 1,9 Km de extensão. Nesse túnel passei na expectativa de assistir a um vídeo de incentivo em uma ação promovida pela organização. Semanas antes da corrida os amigos/torcedores podiam enviar um vídeo para um determinado atleta pelo site http://www.suatorcida.com/, e um dos vídeos poderia ser selecionado e exibido em um telão na nossa passagem pelo túnel, identificados pela leitura do chip. Decepção...passei e não vi funcionar. Parece que estava desligado. Continuando, penei um pouquinho nesses túneis, pois tinham umas subidinhas contínuas.

A parte boa é que já estávamos atingindo quase metade da prova, cruzando a Marginal Pinheiros e seguindo no sentido do Jockey Club de São Paulo. Felizes dos atletas da meia maratona que já finalizavam a sua prova por ali mesmo. Os aspirantes a maratonistas seguiam em frente, pegavam a Av. Lineu de Paula Machado em uma super reta até cruzar novamente a Marginal Pinheiros e cair na Praça Panamericana, na altura do Km 25,5. Nesse ponto havia uma apresentação da Associação Brasileira de Taikô, com seus tambores.

Na praça, viramos à esquerda e acessamos uma outra super reta com pouco mais de 2 Km, a Av. Prof. Fonseca Rodrigues indo até a altura do Parque Villa Lobos, Km 28, com a apresentação do Grupo Fios de Choro (chorinho). Nessa ida além de manter a alternância de hidratação, tomei o meu 2º gel de carboidrato e a minha 2ª cápsula de sal. Voltamos então pelo outro lado da avenida até chegarmos na Cidade Universitária atingindo o 31º Km.

Aí sim começou a parte mais complicada da prova. Não tem jeito, a essa altura a gente chega bem desgastado. Começa a aumentar o número de atletas que vão ficando pelo caminho, com dores e cãibras. Por lá tive o prazer de encontrar o meu primo Ossamu, que também participa de maratonas, mas dessa vez estava somente acompanhando o pessoal. Um pouco mais a frente teve a distribuição das esponjas molhadas para dar uma refrescada. Como tava meio friozinho serviu mais pra dar uma acordada !!!

Novamente pegamos um boa reta, margeando a raia olímpica, a Av. Prof. Melo Moraes, por cerca de 2,5 Km, entre os Km 31 e 33,5. Um pouco a frente aproveitei para tomar um Advil para segurar as dores até o final. Sim, as pernas estavam ficando cada vez mais pesadas e doloridas. Menos mal que sem sinal de cãibras. Estava me sentindo razoavelmente bem e tentando segurar o pace ainda abaixo de 5:30 nesse trecho palno.

Começou então o reforço alimentar com a distribuição de copos de amendoim salgado, bananas, coca-colas, balas de goma. Eu mal consegui engolir uns amendoins e tomar uns goles do refrigerante. Não queria parar pra fazer isso e correr o risco de quebrar o ritmo. Num dos trechos teve a apresentação do grupo Infantil do Projeto Arrastão, Arrasta-lata.

Saímos da Cidade Universitária com quase 39 Km percorridos. Faltava pouco mais de 3 Km para a chegada. Engraçado como o organismo parece reconhecer essa proximidade e vai ficando mais difícil se sustentar. Eu já nem aceitava mais nada de comida e hidratação. Só queria chegar. Pra complicar senti uma bolha estourando na sola do meu pé. Sensação de ter pisado e amassado um tomate. Menos mal que não ficou doendo.

Tinha feito as continhas e já sabia que não seria possível o sub 3h45, mas ainda queria ficar abaixo das 3h50 para já garantir a entrada no Ranking de Maratonistas 2016. Acho que isso fez eu continuar empenhado. Ainda para dificultar me aparece uma última subida na saída debaixo de um viaduto. Aff...ainda bem que era a última.

O quilômetro final foi se arrastando do jeito que dava, como todos. Estava contente por não ter tido nenhuma ameaça de cãibra durante a prova. Bem melhor assim. Correr só exausto já está de bom tamanho. Podia notar a maior presença do público chegando próximo ao Jockey Club. Bom sinal. E finalmente, placas à vista: 500m, 300m, 200m, 100m...e LINHA DE CHEGADA !!!

Estava concluída a minha 11ª maratona com o tempo líquido de 3h48min53s. Como sempre nessas provas, após cruzar a linha de chegada não tinha forças nem para comemorar, nem para fazer uma fotinho. Encontrei a Aninha que me aguardava e eu mal conseguia conversar. Na própria área de dispersão, me hidratei muito com copos de água e isotônicos, recebemos a linda medalha com os 42 Km estampados nela, uma toalha e um bom sanduíche e uma banana.

Complicado mesmo foi pegar as minhas coisas no guarda-volumes. Muitas reclamações e com razão. Imaginem você terminar uma maratona, mal conseguindo andar direito, e ter que retirar os pertences a quase 1 Km de distância. Aliás, acho que o serviço de guarda-volumes foi um dos únicos quesitos que podem ser melhorados para as próximas, tanto na entrega como na retirada.

Depois da chegada pude encontrar vários amigos que concluíram as suas respectivas provas: a Sabine, Marcos Vinícius, Zenilda e o Marcelo aqui de Santa Catarina, e as até então virtuais: Sheyla Fabro de São José dos Pinhais e Maria Vitória de Belo Horizonte.

O pós-prova também é um evento a parte, com serviços de massagens, apresentações, vários painéis para fotos, distribuição de cerveja (só fiquei sabendo depois), e gravação das medalhas. Aliás, esse foi o diferencial que mais gostei, poder gravar o seu nome e o seu tempo líquido na medalha. Só seria melhor se tivesse sido recorde pessoal !!! As medalhas foram diferenciadas tanto no detalhe da quilometragem, 21K ou 42 K, como no tamanho. A da maratona era um pouco maior.

Descobri também que durante a prova eu recebia as minhas parciais dos 5Km, 10Km, 15Km, 25Km e 35Km, por SMS no celular. Bem legal mesmo. E quando cheguei também já tinha recebido o tempo líquido final para a gravação na medalha.

Fiquei contente que conversando com a Aninha, que concluiu bravamente a sua 1ª meia maratona e está de parabéns, me contou que durante a sua passagem pelo túnel Jânio Quadros ela conseguiu assistir no telão o vídeo de incentivo que eu tinha enviado para ela. Muito legal saber que isso funcionou e que ela gostou.

Voltando para casa utilizamos o trem na Estação Cidade Jardim, distante 1,5 Km do Jockey Club, e interligado ao metrô. Boa opção para as corridas com chegada nesse local. Depois só comemorar com um belo almoço em família.

Percurso 2016 (42,21 Km)


Na retirada do Kit Expo Transamérica

E vamos para a largada com altas energias !!! Com Sabine e Ana Paula

Passeando pelo centro de São Paulo
Foto: Foco Radical 

Dentro do túnel
Foto: Christian Schmidt Mendes - Foco Radical 

Finalmente saída do túnel Jânio Quadros (com subidinha)
Foto: Foco Radical 
Minha chegada. Escondido !!! Tempo líquido: 3h48min53s
Foto: Ana Paula Marcon
 Yes !!! Maratona concluída !!!
Aninha e eu com as respectivas medalhas no Jockey Club de São Paulo
Missão cumprida com as super parceiras Sabine e Ana Paula
Foto: Sabine Weiler

Medalha personalizada com nome e tempo (opcional R$ 20,00)

Resultado com as parciais. Muito show !!!

Certificado

Local da largada: Estádio do Pacaembú - São Paulo
Loca da chegada: Jockey Club de São Paulo
Data: 31/07/2016 
Horário: 6:00 Hs (Primeira onda) 
Distância: 42,195 Km (42,210 Km) 

Inscrição: R$ 150,00 
Kit: Sacola, camiseta, boné, Aerosol contra dores Dorflex, bandagem elástica Dorflex, guia da prova e número de peito com chip.  

Tempo: 3h48min53s
Pace: 5:26 min/Km

Colocação: 264 de 0922 (categoria 40-49 anos)
Colocação: 791 de 2801 (masculino)
Colocação: 833 de 3356 (geral)