São Paulo City Marathon
Eu não tinha programado essa maratona para esse ano, mas no mês de maio apareceu um concurso cultural na Revista Contra-Relógio premiando com algumas inscrições da meia e da maratona da São Paulo City Marathon os assinantes vencedores do concurso. Como eu geralmente não tenho muito sorte arrisquei participar logo da maratona. E foi aí que tudo começou.
Fiquei muito feliz com o anúncio de ter sido um dos contemplados com a inscrição e muito agradecido a Revista Contra-Relógio. Por outro lado, preocupado, pois lembrei que só teria pouco menos de 3 meses para treinar. Para quem estava meio acomodado não foi fácil. Consegui comprar passagem aérea bem barata de ida (R$ 148,90) e a volta foi com pontos do cartão. Não tinha mais como desistir.
Minha "preparação" só aconteceu mesmo no mês da prova. A gente vai adiando e tendo outras prioridades, e quando percebemos que já estamos às vésperas da maratona. Nos últimos 2 meses abortei todos os treinos de tiros e só fiz rodagens e participei de algumas corridas. Nas últimas semanas fiz alguns treinos gradativos de 21 Km, 27 Km, 30 Km e 33 Km, variando entre percursos planos e com morros. E foi isso.
Sai no sábado pela manhã do aeroporto de Florianópolis rumo a São Paulo. Chegando por lá fui direto visitar meu sobrinhos gêmeos e de lá para a retirada do kit. A entrega foi novamente no Transamérica Expo Center, em Santo Amaro, nos dias 28 e 29 que antecederam a prova. Eu já sabia que era uma viagenzinha e por dica do meu irmão consegui uma rota mais rápida partindo da estação Barra Funda (trem) até a estação Santo Amaro (aproximadamente 45 min e somente uma baldeação). Não quis ir de carro, pois além de longe o estacionamento estava R$ 48. Não tive coragem.
Ao entrar na Expo logo encontrei as amigas, Sabine (que faria a meia maratona) e a Andréa. Também encontrei o Marcel Agarie do Canal Mania de Corrida e o Mayco do Canal Corredores, além do Marcos Pinguim, que me apresentou o Diretor da Prova Paulo Carelli. Finalmente fui dar um alô e agradecer ao Tomaz Lourenço e ao André Savazoni, editores da Revista Contra-Relógio, que viabilizaram a minha inscrição na maratona.
Para mim foi uma das melhores Expo para corredores que vi no Brasil, com uma grande quantidade de stands dos mais diversos produtos voltados ao mundo das corridas, food trucks para lanches, testes de corrida, vários painéis para fotos, painéis com os nomes dos participantes e para assinatura, palestras, salgadinhos e água, venda dos mais variados serviços: pacote de fotos (R$ 49), bus ticket para transporte da chegada para a largada (20,00), gravação de nome e tempo na medalha pós-prova (R$ 20), personalização da camiseta (R$ 15) e até sessões de massagens.
Na noite anterior a prova eu optei por ficar na casa da minha irmã na Barra Funda. Era pertinho da largada junto ao Estádio do Pacaembu (cerca de 3 Km de distância). Como a largada geral seria às 6 horas e eu teria que sair perto das 4h30min da manhã tinha decidido ir de UBER. Quem disse que nesse horário tinha algum ??!! (indisponível). A solução foi solicitar um táxi mesmo, que até não ficou muito caro (R$ 15), contra os R$ 12 previsto no UBER.
Cheguei bem rapidinho, ainda antes das 5 horas. Aproveitei pra fazer uns registros iniciais. Nesse meio tempo tive a satisfação de reencontrar o amigo de infância e do colegial, Emerson Maeda (Mé), que participaria da meia maratona. Essa etapa de São Paulo é a única que tem como opções as duas distâncias 21 Km ou 42 Km.
Dessa vez deu tempo para fazer tudo tranquilo e até o problema da fila do guarda-volumes do ano passado foi melhorado, pois já entregaram junto com o kit um saco plástico já numerado para essa finalidade. Era só entregar o volume embalado no ônibus guarda-volume, conforme numeração. Depois eles seguiriam todos para o local da chegada no Jockey Club.
Eu estava me sentindo muito bem e o tempo estava agradável para correr com cerca de 15ºC. Nem precisei sair com corta-vento, apesar de ainda estar escuro. Mesmo sabendo que o percurso em termos de altimetria não seria o ideal para se fazer um bom tempo, tinha como meta ousada fazer a minha melhor maratona, ou seja, sub 3h45min.
A largada dos atletas da meia maratona e da maratona foram ao mesmo tempo, sendo que foram feitas em 3 ondas: a 1ª às 6 horas, a 2ª às 6h10 e a 3ª às 6h20. Um pouco antes de passar pelo portal, que foi sob uma chuva de fogos e muita animação, fui tomado por uma emoção que há tempos não sentia. Eram os guerreiros e guerreiras partindo para mais uma dura batalha. Ah, não esqueci de ativar o Garmin e o aplicativo Race Day, que permitiria o acompanhamento remoto da minha prova.
Larguei meio extasiado. Parecia que seria o dia. O início com descida pela Av. Pacaembu serviu para dar uma aquecidinha. Acho que até me empolguei demais correndo abaixo do meu planejamento de manter o pace em 5:20 min/Km. Mas foi na boa, sem forçar.
Passamos pelo Elevado Costa e Silva, Av. Duque de Caxias, Av. Rio Branco, Av. Ipiranga, Praça de República, cruzamos a Av. São João, Viaduto do Chá, Rua Libero Badaró, Praça da Sé, um pouco da Av. Brigadeiro, até completarmos o 9º Km, num verdadeiro passeio pelo Centro de São Paulo, com direito a música ao vivo pelo percurso. Estava melhor que o esperado, mesmo com algumas subidinhas e descidinhas no trajeto. Consegui manter um bom ritmo, com pace médio bem próximo de 5:05 min/Km.
Chegamos então na Av. 23 de Maio. Essa foi a principal alteração do percurso em relação ao ano passado, que tinha sido feita pela subida da Av. Brigadeiro. Não sei porque eu tinha a impressão de que era razoavelmente plana. Talvez por só ter passado por ela antes de carro.
Do 9º Km até o 12º Km foi uma subida só e tive que me esforçar para não diminuir muito o ritmo. A Aninha, que me acompanhava pelo aplicativono celular em SC, percebeu essa quebradinha e me mandou uma mensagem de incentivo. Lógico que não olhei, mas eu sabia que era ela e lembro exatamente que foi no ponto crítico da subida da Av. 23 de Maio, já fechando os 12 Km. Muito legal, isso nos dá uma forcinha extra. Depois disso aproveitei pra tomar o meu primeiro e único gel de carboidrato.
Nas principais marcas, 5 Km, 10 Km e meia maratona havia pontos de leituras do chip, que estava junto ao número do peito. Isso é bem interessante, pois no resultado final temos os tempos parciais de passagem nessas distâncias. No Km 10 eu passei com pouco mais de 51 min.
Após o pico de elevação da Av. 23 de Maio tivemos uma forte descida por cerca de 1,5 Km até chegarmos ao Parque do Ibirapuera. Por lá contornamos a Praça Ibrahim Nobre enquanto ouvimos uma outra banda que animava os atletas, agora já não tão empolgados com no início.
A essa altura fui tomar a minha 1ª cápsula de sal e como não quis reduzir o ritmo para pegá-la do meu porta-cápsula, acabei derrubando justamente as minhas duas cápsulas de Advil que estavam reservadas para depois dos 21 Km. Confesso que me abalou psicologicamente saber que não teria nenhuma opção de alívio contra dor, caso precisasse.
A hidratação como sempre foi perfeita, a cada 3 Km, com placas de indicações, isotônico em saquinho primeiro, e copos de água em seguida. Nesse início eu fui alternando a hidratação nos postos. Ainda não estava com sede. A partir do 15º Km não dispensei mais, só as bananas. Se já é difícil tomar gel de carboidrato, coisa sólida pra mim não desce mesmo.
Eu segui firme e animado, principalmente por ter visto o tempo da minha passagem pelo 15º Km na casa de 1h17min. No final do Km 16 saímos da Av. República do Líbano e nos aproximamos do túnel Ayrton Senna. O GPS do Garmin se perde nos túneis e fiquei sem referência de ritmo. Lá dentro notei que havia uns equipamentos grandes, que eu imaginei que estivessem lançando oxigênio para os atletas.
Ao sair do 1º túnel seguimos pela Av. Juscelino Kubitschek até a altura do Km 18,5, onde entramos pelo túnel Pres. Jânio Quadros. Novamente percebi a perda do sinal de GPS, os equipamentos de oxigênio, e teve até DJ dando uma animada na passagem dos atletas.
Com 20 Km percorridos, passamos pela ponte por cima do Rio Pinheiros, caindo na Av. Lineo de Paula Machado. Para aqueles que estavam fazendo a meia maratona a prova já estava acabando por ali, com a entrada pelo Jockey Club. Para a turma dos 42 Km estávamos ainda somente na metade. Seguimos direto. Nesse ponto recebi um incentivo da amiga Rosana, que estava por lá assistindo a passagem dos atletas. Muito legal.
Fiquei muito feliz com o anúncio de ter sido um dos contemplados com a inscrição e muito agradecido a Revista Contra-Relógio. Por outro lado, preocupado, pois lembrei que só teria pouco menos de 3 meses para treinar. Para quem estava meio acomodado não foi fácil. Consegui comprar passagem aérea bem barata de ida (R$ 148,90) e a volta foi com pontos do cartão. Não tinha mais como desistir.
Minha "preparação" só aconteceu mesmo no mês da prova. A gente vai adiando e tendo outras prioridades, e quando percebemos que já estamos às vésperas da maratona. Nos últimos 2 meses abortei todos os treinos de tiros e só fiz rodagens e participei de algumas corridas. Nas últimas semanas fiz alguns treinos gradativos de 21 Km, 27 Km, 30 Km e 33 Km, variando entre percursos planos e com morros. E foi isso.
Sai no sábado pela manhã do aeroporto de Florianópolis rumo a São Paulo. Chegando por lá fui direto visitar meu sobrinhos gêmeos e de lá para a retirada do kit. A entrega foi novamente no Transamérica Expo Center, em Santo Amaro, nos dias 28 e 29 que antecederam a prova. Eu já sabia que era uma viagenzinha e por dica do meu irmão consegui uma rota mais rápida partindo da estação Barra Funda (trem) até a estação Santo Amaro (aproximadamente 45 min e somente uma baldeação). Não quis ir de carro, pois além de longe o estacionamento estava R$ 48. Não tive coragem.
Ao entrar na Expo logo encontrei as amigas, Sabine (que faria a meia maratona) e a Andréa. Também encontrei o Marcel Agarie do Canal Mania de Corrida e o Mayco do Canal Corredores, além do Marcos Pinguim, que me apresentou o Diretor da Prova Paulo Carelli. Finalmente fui dar um alô e agradecer ao Tomaz Lourenço e ao André Savazoni, editores da Revista Contra-Relógio, que viabilizaram a minha inscrição na maratona.
Para mim foi uma das melhores Expo para corredores que vi no Brasil, com uma grande quantidade de stands dos mais diversos produtos voltados ao mundo das corridas, food trucks para lanches, testes de corrida, vários painéis para fotos, painéis com os nomes dos participantes e para assinatura, palestras, salgadinhos e água, venda dos mais variados serviços: pacote de fotos (R$ 49), bus ticket para transporte da chegada para a largada (20,00), gravação de nome e tempo na medalha pós-prova (R$ 20), personalização da camiseta (R$ 15) e até sessões de massagens.
Na noite anterior a prova eu optei por ficar na casa da minha irmã na Barra Funda. Era pertinho da largada junto ao Estádio do Pacaembu (cerca de 3 Km de distância). Como a largada geral seria às 6 horas e eu teria que sair perto das 4h30min da manhã tinha decidido ir de UBER. Quem disse que nesse horário tinha algum ??!! (indisponível). A solução foi solicitar um táxi mesmo, que até não ficou muito caro (R$ 15), contra os R$ 12 previsto no UBER.
Cheguei bem rapidinho, ainda antes das 5 horas. Aproveitei pra fazer uns registros iniciais. Nesse meio tempo tive a satisfação de reencontrar o amigo de infância e do colegial, Emerson Maeda (Mé), que participaria da meia maratona. Essa etapa de São Paulo é a única que tem como opções as duas distâncias 21 Km ou 42 Km.
Dessa vez deu tempo para fazer tudo tranquilo e até o problema da fila do guarda-volumes do ano passado foi melhorado, pois já entregaram junto com o kit um saco plástico já numerado para essa finalidade. Era só entregar o volume embalado no ônibus guarda-volume, conforme numeração. Depois eles seguiriam todos para o local da chegada no Jockey Club.
Eu estava me sentindo muito bem e o tempo estava agradável para correr com cerca de 15ºC. Nem precisei sair com corta-vento, apesar de ainda estar escuro. Mesmo sabendo que o percurso em termos de altimetria não seria o ideal para se fazer um bom tempo, tinha como meta ousada fazer a minha melhor maratona, ou seja, sub 3h45min.
A largada dos atletas da meia maratona e da maratona foram ao mesmo tempo, sendo que foram feitas em 3 ondas: a 1ª às 6 horas, a 2ª às 6h10 e a 3ª às 6h20. Um pouco antes de passar pelo portal, que foi sob uma chuva de fogos e muita animação, fui tomado por uma emoção que há tempos não sentia. Eram os guerreiros e guerreiras partindo para mais uma dura batalha. Ah, não esqueci de ativar o Garmin e o aplicativo Race Day, que permitiria o acompanhamento remoto da minha prova.
Larguei meio extasiado. Parecia que seria o dia. O início com descida pela Av. Pacaembu serviu para dar uma aquecidinha. Acho que até me empolguei demais correndo abaixo do meu planejamento de manter o pace em 5:20 min/Km. Mas foi na boa, sem forçar.
Passamos pelo Elevado Costa e Silva, Av. Duque de Caxias, Av. Rio Branco, Av. Ipiranga, Praça de República, cruzamos a Av. São João, Viaduto do Chá, Rua Libero Badaró, Praça da Sé, um pouco da Av. Brigadeiro, até completarmos o 9º Km, num verdadeiro passeio pelo Centro de São Paulo, com direito a música ao vivo pelo percurso. Estava melhor que o esperado, mesmo com algumas subidinhas e descidinhas no trajeto. Consegui manter um bom ritmo, com pace médio bem próximo de 5:05 min/Km.
Chegamos então na Av. 23 de Maio. Essa foi a principal alteração do percurso em relação ao ano passado, que tinha sido feita pela subida da Av. Brigadeiro. Não sei porque eu tinha a impressão de que era razoavelmente plana. Talvez por só ter passado por ela antes de carro.
Do 9º Km até o 12º Km foi uma subida só e tive que me esforçar para não diminuir muito o ritmo. A Aninha, que me acompanhava pelo aplicativono celular em SC, percebeu essa quebradinha e me mandou uma mensagem de incentivo. Lógico que não olhei, mas eu sabia que era ela e lembro exatamente que foi no ponto crítico da subida da Av. 23 de Maio, já fechando os 12 Km. Muito legal, isso nos dá uma forcinha extra. Depois disso aproveitei pra tomar o meu primeiro e único gel de carboidrato.
Nas principais marcas, 5 Km, 10 Km e meia maratona havia pontos de leituras do chip, que estava junto ao número do peito. Isso é bem interessante, pois no resultado final temos os tempos parciais de passagem nessas distâncias. No Km 10 eu passei com pouco mais de 51 min.
Após o pico de elevação da Av. 23 de Maio tivemos uma forte descida por cerca de 1,5 Km até chegarmos ao Parque do Ibirapuera. Por lá contornamos a Praça Ibrahim Nobre enquanto ouvimos uma outra banda que animava os atletas, agora já não tão empolgados com no início.
A essa altura fui tomar a minha 1ª cápsula de sal e como não quis reduzir o ritmo para pegá-la do meu porta-cápsula, acabei derrubando justamente as minhas duas cápsulas de Advil que estavam reservadas para depois dos 21 Km. Confesso que me abalou psicologicamente saber que não teria nenhuma opção de alívio contra dor, caso precisasse.
A hidratação como sempre foi perfeita, a cada 3 Km, com placas de indicações, isotônico em saquinho primeiro, e copos de água em seguida. Nesse início eu fui alternando a hidratação nos postos. Ainda não estava com sede. A partir do 15º Km não dispensei mais, só as bananas. Se já é difícil tomar gel de carboidrato, coisa sólida pra mim não desce mesmo.
Eu segui firme e animado, principalmente por ter visto o tempo da minha passagem pelo 15º Km na casa de 1h17min. No final do Km 16 saímos da Av. República do Líbano e nos aproximamos do túnel Ayrton Senna. O GPS do Garmin se perde nos túneis e fiquei sem referência de ritmo. Lá dentro notei que havia uns equipamentos grandes, que eu imaginei que estivessem lançando oxigênio para os atletas.
Ao sair do 1º túnel seguimos pela Av. Juscelino Kubitschek até a altura do Km 18,5, onde entramos pelo túnel Pres. Jânio Quadros. Novamente percebi a perda do sinal de GPS, os equipamentos de oxigênio, e teve até DJ dando uma animada na passagem dos atletas.
Com 20 Km percorridos, passamos pela ponte por cima do Rio Pinheiros, caindo na Av. Lineo de Paula Machado. Para aqueles que estavam fazendo a meia maratona a prova já estava acabando por ali, com a entrada pelo Jockey Club. Para a turma dos 42 Km estávamos ainda somente na metade. Seguimos direto. Nesse ponto recebi um incentivo da amiga Rosana, que estava por lá assistindo a passagem dos atletas. Muito legal.
Ao atingir a marca de 21 Km conferi o tempo e estava com pouco mais de
1h51min. Ainda tudo dentro do planejado. No Km
23 novamente cruzamos o Rio Pinheiros no sentido da Praça Panamericana,
no Alto de Pinheiros. Na praça havia mais uma atração, uma apresentação de Taikô (tambores). Percorremos um trecho de 4,5 Km de ida e volta
pela Av. Prof. Fonseca Rodrigues.
Quando cheguei no 28º Km senti uma leve fisgadinha na
perna, mas não liguei muito. Pensei que fosse normal. Tomei outra cápsula de sal e dei uma
ajustadinha de pace, pois o cansaço já começava a chegar. Lembro também que passei por um ponto de distribuição de pomada e creme para evitar o atrito.
Voltamos
então pelo mesmo percurso para o outro lado do Rio Pinheiros até chegar
na Raia Olímpica da USP, na altura do Km 30. A partir desse momento as pernas começaram a não responder direito e as fisgadas foram ficando
mais frequentes. Um pouco mais a frente distribuíram uma esponja com água bem
gelada, que deu aquela refrescada e animada, mas pra mim não durou muito.
Nem
reduzindo o ritmo estava adiantando para evitar as fisgadas e após o 33º Km, já na Av. Escola
Politécnica da USP, começaram os ataques de cãibra e foram bem fortes, nos posteriores das coxas das duas
pernas. Aquelas de ter que ficar parado feito estátua no meio do
percurso. Dessa vez foi diferente, não foram nas panturrilhas. Não sei qual era pior. Nem conseguia andar. Me alonguei durante um tempo e
aos poucos tentei retornar ao trote. Conferi o tempo e com 2h58min no Km 33 já estava ficando apertado o meu objetivo. Puxa, eram só mais 9
Km.
Nos quilômetros seguintes só vi o ritmo desabando. Aquela briga entre a mente e o esforço do corpo. Até que no 36º Km dei adeus a qualquer pretensão de sub-4hs. Outro ataque de cãibra. Estava até perto de um posto que distribuía amendoim salgado e refrigerante. Enquanto tentava me
recuperar fiz uma boquinha pra ver se melhorava.
Voltei de
novo intercalando caminhada e trote, mas no Km 38 deu a 3ª e a pior das cãibras nas
duas pernas. Paralisei no meio da pista com fortes dores e tentando me alongar.
Não conseguia nem caminhar para a calçada. O pessoal passava ao lado
perguntando se estava tudo bem. Eu respondia que era só cãibra. Foram
uns 3 minutos estático sem poder me mover. Decidi que era hora de
parar de tentar correr e depois de uns bons alongamentos segui caminhando.
Não pensem que era só eu que sofria.
Muitos outros atletas em situações semelhantes e até piores estirados no chão também tentavam se recuperar. Aquela sensação de final de guerra. Com 39 Km percorridos, depois
de ter ido e voltado da Av. Politécnica, saímos da Raia Olímpica da USP
finalmente, ainda andando.
Segui na minha caminhada tentando pelo
menos um pace abaixo de 10 min/Km. Estranho como os músculos
exigidos na caminhada e no trote/corrida são diferentes. Já perto do final, após o Km 41 passou por mim a Lúdia (ex-colega de trabalho quando morava em São Paulo) me dando aquele apoio.
Um pouco mais a frente avistei meu irmão Ricardo e a minha sobrinha Tiemi, que aguardavam a minha chegada, com mais de 40 minutos de atraso...rs. Eles também me acompanhavam pelo aplicativo.
No último quilômetro, pra não chegar andando, voltei a trotar devagarzinho com todo cuidado do mundo.
Passaram por mim ainda e deram uma força o pessoal da Educative (Carine e Maristela), de
Balneário Camboriú.
E
aquelas placas de 500m, 400m, 300m, 200m, 100m...finalmente chegaram. O
pessoal todo dando um último gás e eu contido e concentrado somente
para chegar sem outro ataque. Fim de maratona !!! Foi vencida aos
trancos e barrancos. Foi a que me deu mais medo de não conseguir completar, por conta do final muito
sofrido, mas eu cheguei. Meu tempo oficial ficou em 4h29min23.
Sabe aquele pensamento que normalmente passa pela nossa cabeça no auge do sofrimento de nunca mais querer fazer
outra maratona ? Dessa vez foi diferente. Mesmo estando bem exausto,
fiquei com aquele gostinho amargo na boca, já pensando na próxima, dia 27/08, Maratona de Floripa.
Logo após cruzar o portal de chegada encontrei o amigo Rafael Paiva de Floripa que tinha chegado minutos antes. Recebemos a linda medalha, a toalha com alguns outros
produtos alimentícios, tiramos algumas fotos e fomos para a arena de
chegada. Retirei a minha sacola do guarda-volume, que dessa vez estava bem pertinho. Ainda bem.
Como
tinha comprado o serviço, levei a medalha para gravar o meu
nome e o tempo. Legal que eles já tinham o tempo oficial no sistema logo
em seguida. Só a fila que estava um pouco demorada. A arena de chegada
estava bem estruturada: com um bom espaço, serviços de massagens,
vários painéis para fotos, puffs para descansar, palco da premiação,
copos de água disponíveis, loja da Iguana, banheiros químicos. Achei o evento organizado pela Iguana Sports excelente em todos os quesitos. A nossa preocupação foi só em correr !!!
No final encontrei meu irmão e a minha sobrinha e partimos para um merecido
almoço em família, saboreando um delicioso yakissoba em um evento japonês
que estava acontecendo em Guarulhos.
Percurso 2017 (42,6 Km)
Saindo de Florianópolis para São Paulo
Kit da São Paulo City Marathon
Encontrando a amiga Sabine na retirada do Kit
Eu o amigo Marcos Pinguim na Loja da Iguana na Expo
No stand da Revista Contra-Relógio com Tomaz Lourenço
Em uma entrevista rápida com Leandro Picoli na Expo
Painel em Frente a Expo
Encontrando o amigo de infância Emerson Maeda (Mé), antes da largada no Pacaembú
Passando pela metade do percurso (Foto: Mark - Focoradical)
Entrando no túnel (Foto: Felipe da Cruz - Focoradical)
Passando pela metade do percurso (Foto: Focoradical)
No Jockey Club com a medalha comemorando a chegada
Feliz com presença da minha sobrinha e do meu irmão na chegada
Com o amigo de Floripa Rafael Paiva
Demorei, mas cheguei. Minha 12ª maratona
Aquele almoço caprichado e merecido com a família depois da maratona
Resultado com as parciais. Muito show !!!
Certificado
Local da largada: Estádio do Pacaembú - São Paulo
Loca da chegada: Jockey Club de São Paulo
Data: 30/07/2017
Horário: 6:00 Hs (6:05 Hs) - Primeira onda
Distância: 42,195 Km (42,600 Km)
Inscrição: R$ 150,00 primeiro lote (ganhei em um concurso cultural)
Kit: Sacola, camiseta, boné, guia da prova e número de peito com chip.
Tempo: 4h29min23s
Pace: 6:20 min/Km
Tênis: Puma Speed 600 Ignite (azul)
Colocação: 0678 de 1039 (categoria 40-49 anos)
Colocação: 2005 de 3120 (masculino)
Colocação: 2262 de 3782 (geral)
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