Foto: Felipe da Cruz (Foco Radical)
3ª Meia Maratona de São José / SC
Para iniciar o ano de meias maratonas escolhi a já conhecida Meia Maratona de São José. E nada melhor que correr no "quintal de casa" em uma região bem conhecida.
Fiz a minha inscrição ainda no final do ano de 2017, aproveitando um lote promocional (R$ 20,00), que a organizadora Corre Brasil fez para algumas provas desse ano, como essa de São José, a de Navegantes e a meia de Chapecó. Não dá pra reclamar do preço. É só se planejar com uma certa antecedência e depois curtir.
A grande novidade ficou por conta dessa edição acontecer em um sábado à noite. Em todas as outras edições foram realizadas nas manhãs de domingo. Fiquei bem animado com a ideia por não ter o risco de correr com o sol na cabeça, mas confesso que fiquei preocupado com o trânsito no percurso, pois conhecendo as ruas sei que são bem estreitas em alguns trechos e dificultariam o compartilhamento entre os atletas e carros.
Com o preço da inscrição bem em conta a organização registrou um recorde de atletas em São José, com mais de 3.300 inscrições nas modalidades, caminhada, 5 km, 10 km e 21 km (meia maratona). Acredito que tenha sido um dos maiores eventos esportivos no município, sendo que mais que dobrou o número em relação ao ano anterior. Deu pra se ter uma ideia de quanto o público é sensível ao fator "preço".
A entrega do kit foi feita na sexta-feira e no sábado que antecederam a prova, no Supermercado Angeloni de Capoeiras (a pouco mais de 1 Km do local da largada). Como trabalho pertinho fui logo no início, e antes mesmo do horário programado já se formava uma enorme fila para a retirada. Acho que todos quiseram aproveitar o horário do almoço. Me parece que nos outro horários a fila foi bem menor. Era obrigatório levar 1 kg de alimento não perecível, e o fato da entrega ser num supermercado facilitou bastante. O controle foi rigoroso.
Enquanto retirava o meu kit e folheando a Revista de edição de Março/2018 da Corre Brasil achei a matéria que contava a "Minha vida de corredor". Eu sou suspeito, mas simplesmente amei a publicação e o espaço para poder compartilhar um pouco da minha trajetória. Agradeço de coração a Corre Brasil e ao Podcast Por Falar em Corrida pela oportunidade.
No sábado da prova o dia estava abafado e a poucas horas do horário da largada (18 horas) caiu uma forte chuva de verão. Ela foi muito bem-vinda e deu uma boa refrescada no clima, deixando também muitas poças de água pelo percurso.
Minha principal meta era melhorar o tempo do ano passado que tinha sido de 1h45min16s. Sabia que o meu melhor tempo dessa meia de 1h40min39s em 2016 seria quase impossível bater, pois não estava tão bem preparado.
Eu e a Aninha fomos cedo (16h30min), logo que a chuva parou. Já era visível a grande concentração de atletas e do público na arena do evento, junto a Secretaria de Lazer e Esporte de São José. Várias assessorias esportivas de corrida participando também. Notei a grande presença de atletas iniciantes que fariam seus primeiros 5 km. Muito legal essa viabilização do preço das inscrições para que o pessoal inicie e crie gosto pelas corridas de rua.
Cerca de 20 minutos antes da largada fui fazer um leve aquecimento e depois fui me posicionar mais a frente, pois como a largada seria única para todas as distâncias, com certeza o congestionamento inicial seria grande. A Aninha, que faria os 5 km, se posicionou mais atrás.
Largando na frente pude correr sem grandes dificuldades, mesmo no início. Só desviei mesmo de umas poças de água, resultado da chuva a poucas horas atrás. A ideia era seguir em um ritmo constante com pace próximo de 4:40 min/km. No início é razoavelmente tranquilo, mas depois da metade seria muito difícil manter.
Com o percurso igual ao ano anterior, saímos pela pista da beira mar de São José, que foi totalmente fechada para a largada dos atletas. No final do 1º km viramos à esquerda e acessamos a Av. Presidente Kennedy. Dei uma conferida no Garmin e percebi que saí um pouco forte, mas nada exagerado. Os quilômetros seguintes mantive o pace dentro do esperado.
Foram cerca de 3,5 km em linha reta até o ponto de retorno antes da Praça do Centro Histórico de São José. Para os atletas dos 5 km e 10 km o retorno foi na altura do Supermercado Bistek, alguns quarteirões antes. Já sentia o calor desde o início e não poupei nenhum posto de hidratação.
Feito esse retorno entramos pela pista da avenida beira mar (Av. Alcione Souza Filho), e na altura do 6º km, os atletas dos 21 km se juntaram novamente aos atletas dos 5 km e 10 km, em ritmo mais leve. Como nesse ponto a avenida estava somente parcialmente fechada, tivemos que fazer muitos zigue-zagues para poder passar, devido ao excesso de corredores. A essa altura, meu ritmo já tinha caído um pouco, já beirando os 5 min/km de pace.
Com 7 km percorridos estávamos passando em frente ao portal da largada, abrindo a 2ª volta. Grande parte dos atletas dos 5 km já estavam terminando as suas respectivas participações. Os atletas dos 10 km também passaram reto para mais uma volta. Eu me sentia bem, mas o rendimento começava a cair um pouquinho.
Com o percurso igual ao ano anterior, saímos pela pista da beira mar de São José, que foi totalmente fechada para a largada dos atletas. No final do 1º km viramos à esquerda e acessamos a Av. Presidente Kennedy. Dei uma conferida no Garmin e percebi que saí um pouco forte, mas nada exagerado. Os quilômetros seguintes mantive o pace dentro do esperado.
Foram cerca de 3,5 km em linha reta até o ponto de retorno antes da Praça do Centro Histórico de São José. Para os atletas dos 5 km e 10 km o retorno foi na altura do Supermercado Bistek, alguns quarteirões antes. Já sentia o calor desde o início e não poupei nenhum posto de hidratação.
Feito esse retorno entramos pela pista da avenida beira mar (Av. Alcione Souza Filho), e na altura do 6º km, os atletas dos 21 km se juntaram novamente aos atletas dos 5 km e 10 km, em ritmo mais leve. Como nesse ponto a avenida estava somente parcialmente fechada, tivemos que fazer muitos zigue-zagues para poder passar, devido ao excesso de corredores. A essa altura, meu ritmo já tinha caído um pouco, já beirando os 5 min/km de pace.
Com 7 km percorridos estávamos passando em frente ao portal da largada, abrindo a 2ª volta. Grande parte dos atletas dos 5 km já estavam terminando as suas respectivas participações. Os atletas dos 10 km também passaram reto para mais uma volta. Eu me sentia bem, mas o rendimento começava a cair um pouquinho.
Novamente acessamos a Av. Pres. Kennedy, e enquanto tentava seguir no ritmo de alguns amigos fui vendo o meu pace subir aos poucos. Estava bem suado pelo calor que fazia, mesmo já escurecendo. Avistei a Aninha, que já tinha corrido os seus 5 km e estava lá dando uma força e fazendo alguns registros. A partir do 9º Km não consegui mais rodar abaixo do pace de 5 min/km. Porém, ainda relutava para sustentar o ritmo.
Com cerca de 10,5 km percorridos houve a nova divisão no Supermercado Bistek. Os atletas dos 10 Km retornaram por ali já para completarem a sua prova. Os demais atletas dos 21 km, seguiram reto no sentido da Ponta de Baixo. Sabia que essa segunda parte não seria fácil.
Passamos pelo Centro Histórico de São José com cerca de 12 km, e fomos reto pelas ruas Padre Cunha e Frederico Afonso. Nesses trechos começaram as subidas mais pesadas e se já estava difícil manter o ritmo, complicou de vez. Com a respiração totalmente ofegante tive que dar umas aliviadas e comecei a fazer breves caminhadas. Descansava alguns metros e tentava retomar. Nunca desprezando os postos de hidratação. A essa altura já sabia que não conseguiria nem melhorar meu tempo do ano passado e acabou desanimando um pouco. Pra complicar, as ruas não estavam fechadas e tínhamos que correr junto ao meio-fio ou pelas calçadas por causa dos carros que vinham no sentido contrário.
No km 14,5 viramos na Rua Assis Brasil para começar a volta pela Ponta de Baixo. Na esquina teve um posto de hidratação com isotônico em copo, do jeito que eu gosto. Caminhei um pouco para me hidratar melhor na esperança de revigorar as forças, mas não adiantou muito. Com a sequência de morros não conseguia estabilizar a minha respiração e as caminhadas para recuperação foram ficando mais frequentes.
Estranhei bastante a queda de rendimento até o 19º km. Os amigos e conhecidos iam me passando dando uma palavra de força, mas nem tinha condições de acompanhá-los. Um deles foi o Tierry que nos acompanha e estava fazendo a sua estreia nos 21 km. Com o tempo lá em cima eu só queria completar a prova. Até o meu Garmin decidiu me abandonar e a pulseira arrebentou. Sorte que vi e acabei levando-o no bolso.
Depois que passamos pelo Centro Histórico na volta acabaram as subidas e consegui continuar em um trotezinho leve sem precisar caminhar. Mas o cansaço era enorme. Enquanto terminava a prova por uma das pistas da avenida só observava o congestionamento enorme que se formou. Acho que o horário da prova para um sábado à noite complicou bem o trânsito local, ainda mais com o número recorde de atletas inscritos.
Fui lá então para concluir a minha suada 49ª meia maratona e a hora que cheguei já estava bem escuro. Sorte que a Aninha estava lá para filmar a minha chegada. Deve ter esperado bastante. Consegui completar a prova com o tempo líquido de 1h54min45s. Um dos meus piores tempos em meias maratonas e até agora não entendi a forte quebra na segunda metade da prova. Cada corrida é uma história diferente.
Exausto retirei a medalha, bebi vários copos de água, comi uma banana e tomei a garrafinha de isotônico. Pena que não tinha uma balança, pois acho que perdi mais que 3,5 kg durante a prova.
Me recuperei um pouco, fui encontrar os amigos e a Aninha para bater aquele papo pós-prova. Acabei não encontrando muitos amigos e amigas que sabia que estariam na prova. Era muita gente. Assistimos um pouco a premiação e depois partimos para um bom rodízio de pizzas para repor as energias !!!
Minhas considerações finais para a prova é que a organização da Corre Brasil, manteve seu padrão nas provas, com boa estrutura da arena, hidratação no percurso, aferição do percurso. Achei a meia noturna bem interessante, mas é necessário repensar nesse formato. Na segunda metade da prova ficou complicado de correr no pouco espaço destinado aos atletas, com alguns trechos tendo que desviar dos outro corredores que vinham no sentido oposto, além de sentir a irritação de alguns motoristas nas filas dentro dos seus veículos. Sábado à noite o fluxo de carros é bem maior que pela manhã cedinho.
Com cerca de 10,5 km percorridos houve a nova divisão no Supermercado Bistek. Os atletas dos 10 Km retornaram por ali já para completarem a sua prova. Os demais atletas dos 21 km, seguiram reto no sentido da Ponta de Baixo. Sabia que essa segunda parte não seria fácil.
Passamos pelo Centro Histórico de São José com cerca de 12 km, e fomos reto pelas ruas Padre Cunha e Frederico Afonso. Nesses trechos começaram as subidas mais pesadas e se já estava difícil manter o ritmo, complicou de vez. Com a respiração totalmente ofegante tive que dar umas aliviadas e comecei a fazer breves caminhadas. Descansava alguns metros e tentava retomar. Nunca desprezando os postos de hidratação. A essa altura já sabia que não conseguiria nem melhorar meu tempo do ano passado e acabou desanimando um pouco. Pra complicar, as ruas não estavam fechadas e tínhamos que correr junto ao meio-fio ou pelas calçadas por causa dos carros que vinham no sentido contrário.
No km 14,5 viramos na Rua Assis Brasil para começar a volta pela Ponta de Baixo. Na esquina teve um posto de hidratação com isotônico em copo, do jeito que eu gosto. Caminhei um pouco para me hidratar melhor na esperança de revigorar as forças, mas não adiantou muito. Com a sequência de morros não conseguia estabilizar a minha respiração e as caminhadas para recuperação foram ficando mais frequentes.
Estranhei bastante a queda de rendimento até o 19º km. Os amigos e conhecidos iam me passando dando uma palavra de força, mas nem tinha condições de acompanhá-los. Um deles foi o Tierry que nos acompanha e estava fazendo a sua estreia nos 21 km. Com o tempo lá em cima eu só queria completar a prova. Até o meu Garmin decidiu me abandonar e a pulseira arrebentou. Sorte que vi e acabei levando-o no bolso.
Depois que passamos pelo Centro Histórico na volta acabaram as subidas e consegui continuar em um trotezinho leve sem precisar caminhar. Mas o cansaço era enorme. Enquanto terminava a prova por uma das pistas da avenida só observava o congestionamento enorme que se formou. Acho que o horário da prova para um sábado à noite complicou bem o trânsito local, ainda mais com o número recorde de atletas inscritos.
Fui lá então para concluir a minha suada 49ª meia maratona e a hora que cheguei já estava bem escuro. Sorte que a Aninha estava lá para filmar a minha chegada. Deve ter esperado bastante. Consegui completar a prova com o tempo líquido de 1h54min45s. Um dos meus piores tempos em meias maratonas e até agora não entendi a forte quebra na segunda metade da prova. Cada corrida é uma história diferente.
Exausto retirei a medalha, bebi vários copos de água, comi uma banana e tomei a garrafinha de isotônico. Pena que não tinha uma balança, pois acho que perdi mais que 3,5 kg durante a prova.
Me recuperei um pouco, fui encontrar os amigos e a Aninha para bater aquele papo pós-prova. Acabei não encontrando muitos amigos e amigas que sabia que estariam na prova. Era muita gente. Assistimos um pouco a premiação e depois partimos para um bom rodízio de pizzas para repor as energias !!!
Minhas considerações finais para a prova é que a organização da Corre Brasil, manteve seu padrão nas provas, com boa estrutura da arena, hidratação no percurso, aferição do percurso. Achei a meia noturna bem interessante, mas é necessário repensar nesse formato. Na segunda metade da prova ficou complicado de correr no pouco espaço destinado aos atletas, com alguns trechos tendo que desviar dos outro corredores que vinham no sentido oposto, além de sentir a irritação de alguns motoristas nas filas dentro dos seus veículos. Sábado à noite o fluxo de carros é bem maior que pela manhã cedinho.
Retirada do kit com Jorge Dutra
Kit da Meia maratona de São José 2018
Eu e a Aninha chegando. Ainda tranquilo
Quarteto
Por Falar em Corrida, CorridasSC e a Andressa de São Paulo
Alguns amigos presentes na Meia maratona de São José
Largando com mais de 3.000 atletas
(Foto: Giovana Hexsel)
Abrindo a 2ª volta
(Foto: Ana Kátia)
Momentos finais. UFA !!!
Foto: Enio Augusto (Por Falar em Corrida)
Chegada. Tempo líquido 1h54min45
(Foto: Christian Schmidt Mendes - Foco Radical)
Com o amigo Fausto Egídio da Confrarias das Corridas
Carolina Pontaldi, seguidora do blog, foi me dar um "oi",
e não faltou a selfie. Valeu pelo carinho !!!
Com a medalha suada e a pomada pras dores
Local: Beira mar de São José / SC
Data: 10/03/2018 Horário: 18:00 Hs
Distância: 21,097 km (21,19 km)
Inscrição: R$ 20,00 (lote inicial) + 1 kg de alimento não parecível
Kit: Número do peito, sacola, camiseta, sachê de capuccino, barra de supino, e chip descartável.
Tempo: 1h54min45s
Pace: 5:26 min/km
Tênis: Asics Noosa FF
Colocação: 031 de 61 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 260 de 536 (masculino)
Colocação: 290 de 714 (geral)
Tá muito chique. Além de correr igual ao Flash, ser uma pessoa super do bem, namorar a Aninha... ainda é matéria de revista... tá muito bom! Parabéns! Muitos sucessos em sua vida! Você é merecedor!
ResponderExcluirExcelente relato, transmitiu em detalhes a prova. Confesso que apesar de ser estréia, cumpri os treinamentos e esperava ficar próximo a 1h45, porém olhando suas parciais, para mim também por volta do km 19, parece que desligaram o disjuntor, não sei se foi o clima abafado ou alguma outra situação.
ResponderExcluirNo geral, curti muito a experiência, esperando manter o foco e quem sabe um dia chegar na 49ª meia maratona também.