Foto: FCP - Focoradical
42k de Floripa - Meia Maratona de Floripa
Essa foi a 10ª edição da Meia Maratona de Floripa, que nos últimos anos passou a se chamar 42k de Floripa (maratona). Eu não poderia deixar de participar, mesmo vindo de outra meia maratona no final de semana anterior. É a única prova que eu e o Enio (Por Falar em Correr) participamos de todas as 10 edições, sempre na distância de 21 km. Essa também foi a minha 68ª meias maratona.
Como consegui terminar a meia maratona da semana anterior e estava me recuperando bem da dor que tinha sentido no pé direito, fiquei animado para fazer uma boa prova. Durante a semana fiz somente um treino para não perder muito o condicionamento.
Além da maratona e da meia maratona tinha a opção de 10 km também. Todas realizadas no domingo pela manhã. O horário da largada foi adiantado pela necessidade de liberação das pistas mais cedo, devido a outros eventos realizados no domingo também. A largada da maratona foi marcada para às 5h, da meia maratona para às 5h15, e dos 10km às 5h45. Apesar de termos que madrugar ficou até melhor para evitar o calor e o sol.
A entrega dos kits foi realizada no Centrosul - Centro de Convenções de Florianópolis, na quinta, sexta e sábado que antecederam o evento. Local bem acessível e amplo, que contou com uma Expo de produtos para corrida, vários painéis com percurso, pontos de hidratação, medalhas e lista dos inscritos, que garantiram os devidos registros fotográficos dos atletas. Para a retirada do kit foi exigido o comprovante de vacinação completo contra a COVID. Tudo foi bem tranquilo, principalmente na quinta e sexta-feira. A quantidade de atletas deve ter sido bem menor em relação aos anos anteriores por conta das limitações provocadas pela pandemia.
No sábado, véspera da prova, tivemos que dormir cedo, mas só consegui mesmo próximo das 23h. A ideia era acordar às 2h30 da manhã para poder estar no local da largada às 4h. Nem tive fome. Só tomei um café e comi metade de um pãozinho pra forrar o estômago. Também tomei um Advil pra garantir que alguma possível dor não incomodasse durante a corrida. Na ida, eu e a Aninha demos uma carona para o Enio, que foi com a gente para a prova. Ele estava voltando a participar das provas.
Chegamos na beira-mar continental ainda escuro. Não demorou muito para amanhecer e clarear. Fizemos aquele reconhecimento básico da arena, que ainda não tinha grande concentração de atletas. Aliás, achei que estava até tranquilo demais. Banheiros químicos espalhados e não muito próximos.
Às 5 horas foi dada a largada da maratona. Ficamos assistindo a partida dos futuros maratonistas. Vai ser difícil eu voltar pra concluir os 42 km novamente. De qualquer forma, nesta prova, eu sempre faço os 21 km. A Aninha me acompanhou, mas não participou dessa vez. Ficou assistindo e me aguardando.
Depois de um breve aquecimento pra soltar as pernas fui me posicionar no pelotão azul. Era o próximo, logo após o pelotão Quênia. Estava me sentindo bem, sem dores e ansioso pra tentar melhorar o tempo da meia maratona da semana passada.
Fiz a largada sem forçar, tentando rodar próximo de 5:10 min/km. A minha ideia era me manter próximo desse ritmo durante toda a prova. No início foi tranquilo na reta pela beira-mar continental, ainda naquele clima de euforia. Pesou somente no 3º km quando subimos pela Ponte Pedro Ivo Campos. O bom é que a descida depois compensa um pouco.
Contornamos o Lago das Bandeiras e pegamos o acesso ao Terminal Rita Maria, para então seguirmos pela beira-mar norte. Eu prefiro este percurso. Na meia maratona da semana passada fomos no sentido contrário, pela via Expressa Sul, que venta muito mais.
No percurso teve vários postos de hidratação e como já estava esquentando, me hidratava e refrescava em cada passagem. Se logo cedo já estava assim, fiquei imaginando como estava sendo para os atletas da maratona, que avançaram no horário com o sol cada vez mais intenso.
Eu gosto de correr pela beira-mar norte, pois é plana e geralmente não tem um vento muito forte. Mais ou menos no 6º km o Enio passou por mim. Ele está bem treinado e correndo todos os dias por mais de 1 ano. Não consegui acompanhá-lo. Ele estava com pace de 4:50 min/km e eu já estava em 5:20 min/km. Segui no meu ritmo. O @deciopa acompanhava de bicicleta e fez alguns vídeos durante a prova.
Fomos até um pouco antes do CIC, onde completamos 10 km e fizemos o retorno. Metade da prova tinha se passado e tudo estava dentro do planejado. Teve isotônico em saquinho e aproveitei para beber um pouco nos dois pontos de hidratação. Após o retorno já estavam passando por mim os primeiros colocados da maratona que tinham ido mais à frente e também voltavam no sentido da via Expressa Sul agora.
Meu ritmo caiu após o retorno. De repente, quase completando o 13º km, na altura do Shopping Beiramar, senti uma dor do lado esquerdo do peito. Muito estranho. Nunca tinha sentido isso em um prova antes. Fiquei com medo de continuar no ritmo que estava e dar alguma coisa mais grave. Aliviei na hora e comecei a caminhar. Enquanto caminhava já avisei a Aninha pelo celular, utilizando o localizador.
Instantes depois tentei correr novamente, mas assim que aumentava o ritmo a dorzinha voltava. Não sabia mais se conseguiria concluir. Faltavam ainda 8 km e teria que ir caminhando e trotando bem devagar. Fui informando a Aninha que ia demorar pra chegar e que o pace já estava acima dos 7 min/km. De vez em quando eu tentava acelerar, mas não dava, e não quis arriscar.
Ia vencendo cada quilômetro que faltava, mas parecia uma eternidade. Muitos atletas foram me passando e eu querendo voltar e não podia. Cheguei a duras penas na Ponte Colombo Salles para finalmente retornar à beira-mar continental. Aproveitei até pra fazer uns vídeos ali de cima. Não tinha mais condições de fazer um sub-2h. Era forçar um pouco e voltar a dor. Desisti de insistir.
Então, fui aproveitando a corrida num ritmo bem confortável. A meta passou a ser conseguir concluir a 10ª Meia de Floripa numa boa. Administrei do jeito que dava os dois últimos quilômetros. As pernas até chegaram mais leves e inteiras que o normal. Cruzei o portal com o tempo de 2h07min40s, com a sempre empolgante locução do amigo Otton Bernardelli (https://www.avozdoseuevento.com.br/). Meu tempo de prova ficou bem acima do que tinha planejado. Pelo menos tinha chegado bem fisicamente.
A Aninha me aguardava e logo me entregou uma deliciosa latinha de Coca-Cola bem gelada. Como é bom depois de uma prova longa. Essa Aninha é demais !!! Em seguida bebi mais uns copos de água e peguei uma fruta e isotônico entregues na dispersão. Também recebi a minha medalha da meia maratona, que veio embalada e protegida. Bem bonita.
Depois ficamos assistindo a chegada dos atletas da maratona. São bem emocionantes. Cada chegada é uma vitória, e tem uma história. É uma prova duríssima e é preciso estar bem preparado físico e psicologicamente para vencer essa batalha de 42 km. Um dia volto a fazer.
Não consegui ficar por muito mais tempo. Comecei a sentir moleza e cansaço com o sol e calor. Fiquei enjoado e com uma dor na boca do estômago que incomodou. Não sei bem se foi o esforço da prova, as bebidas, fruta que comi pós-chegada, ou o Advil que tinha tomado antes. Só sei que precisava descansar e foi o que fiz.
Painel com o nome dos atletas na retirada do Kit
Kit em mãos
Eu e o Enio prestes a completar a nossa 10ª edição de Meia Maratona de Floripa (100%)
Aninha me acompanhando sempre, mesmo tendo que madrugar
Voltando pela Ponte Colombo Salles
(Foto: Alexandre Carvalho - AAC - Foco Radical)
Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 28/11/2021
Horário: 5h15 (5h15)
Distância: 21,097 km (21,24 km)
Inscrição: R$ 146,47
Kit: Sacola, camiseta manga curta, bandana, e número de peito com chip descartável.
Tempo: 2h07min40
Pace: 6:01 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9
2021
Colocação: 029 de xxxx (categoria 50-54 )
Colocação: 485 de xxxx (masculino)
Colocação: 685 de xxxx (geral)