Foto: Mark MDP - Foco Radical
11ª Meia & Maratona de Floripa - 42k de Floripa
Esta é a única prova que consegui participar de todas as edições desde o seu início, em 2011. Por isso tenho um carinho todo especial por ela. As distâncias desta prova foram variando com o passar dos anos, 5 km, 10km, meia maratona e agora consolidando a maratona e sem os 5 km. Mas para essa prova em especial eu sempre participei na distância de 21 km (meia maratona). E com essa, completei a minha 11ª edição da Meia Maratona de Floripa e a minha 70ª meia maratona desde que comecei a correr.
Não me preparei bem bem para essa prova. Muito trabalho e uma boa dose de preguiça pra fazesr treinos longos. Lembro que nos meus bons tempos quand eu brigava para completar abaixo de 1h40min. Agora, por falta de treinos mais consistentes, a briga fica pra conseguir terminar antes das 2 horas. Minha preparação chegou somente a 18 km e uma única vez somente, bem sofrido.
A entrega dos kits foi em um lugar diferente nesta edição, no Aeroporto Internacional de Florianópolis, começando na quinta-feira até sábado, véspera da prova. O inconveniente para quem mora por aqui é que fica mais afastado do centro da cidade e tem a questão do preço do estacionamento para quem vai de carro. Tolerância somente de 10 minutos e preço de R$ 17 para as 3 primeiras horas. Menos mal que liberaram um desconto de 40% para os participantes da prova que apresentassem o numero de peito, ficando por R$ 10,20.
Fui retirar o meu kit e da Aninha na quinta-feira. Ela fez a inscrição, mas não iria participar. A Expo foi no hall da entrada do aeroporto. Local bem espaçoso e bonito. Estava bem tranquilo, pois durante a semana a maioria trabalha e boa parte dos atletas chegaria de avião na véspera da prova. Na Expo teve painel com o nome dos atletas inscritos na maratona. Não encontrei das outras distâncias. Teve lojas vendendo artigos de corrida, tênis e da própria loja da O2. Aproveitei que estava em promoção e comprei umas jaquetas pra mim, pra Aninha e camiseta pro Gabi. Nunca é demais.
Como este ano essa corrida aconteceu mais tarde, no mês de outubro, o horário da largada não foi tão cedo e estava prevista pra começar às 6 horas. Não precisei acordar às 2:30 como no ano passado. O local da concentração da prova foi na beira-mar Continental do Estreito, local bem conhecido e de fácil acesso. Mesmo assim para garantir um bom lugar chegamos na concentração da prova por volta das 4:45 da madrugada.
Os horários da largada foram diferenciados para as 3 distâncias da prova. Às 6 horas largaram os atletas dos 42 km, às 6h15 os atletas dos 21 km, e por último, às 6h30, os atletas dos 10 km. Não teve a distância de 5 km nesta edição.
Como fiquei assistindo a largada dos maratonistas acabei tendo pouco tempo pra me aquecer, e logo fui para o setor azul, que correspondia a minha posição de largada, que só ficavam atrás do pelotão Quênia. Bom que foi mais a frente e evitava o congestionamento inicial.
Consciente das minhas condições físicas limitadas, larguei com o objetivo de fazer a minha prova com pace médio de 5:30 min/km e garantir pelo menos um sub-2h. Já foi bem mais tranquilo para mim. Agora, depois da pandemia, está sendo um sacrifício, principalmente a parte inicial até aquecer, e a parte final por causa do cansaço.
Largamos no sentido das pontes e controlei bem no início com paces próximos do meu objetivo. Não exagero nesses primeiros quilômetros, pois sei que depois o sofrimento é muito maior. A parte plana da beira-mar Continental é bem tranquila. Dá até vontade de ir mais rápido, mas no 3º km com a subida da Ponte Pedro Ivo Campos o pace começa a aumentar. O mais difícil não é essa subida do início, mas pensar que quase no fim da meia maratona vamos ter que subir novamente no caminho de volta, bem mais desgastados.
Passando a ponte, contornamos o Lago das Bandeiras e pegamos o viaduto que dá acesso a beira-mar Norte, com aproximadamente 5 km percorridos. A partir deste ponto o percurso é bem plano e fica mais fácil para manter um ritmo constante. É o trecho que mais gosto de correr, pois já estou aquecido e flui naturalmente.
Nos postos de hidratação, distribuídos mais ou menos a cada 3 km, sempre pegava um copo de água pra dar uma molhadinha na boca e uma refrescada na cabeça. Não utilizei gel de carboidrato durante a prova. Corremos pela pela beira-mar Norte até a altura do CIC, onde fizemos o retorno com aproximadamente 10,20 km percorridos. Os atletas da maratona seguiam reto até a altura da UFSC para então fazer o retorno.
Na volta pela beira-mar Norte me sentia bem e consegui me manter em ritmo constante. O desempenho estava dentro das expectativas, com o pace médio próximo dos 5:30 min/km. Enquanto corria só passava pela minha cabeça se conseguiria manter esse ritmo para atravessar a ponte Colombo Salles no final, que começava no 16º km.
Finalmente cheguei na ponte e logo no início da subida já deu aquele vontade de caminhar, mas não quis ceder e me esforcei em mantendo o trote durante toda a sua passagem. O pace naturalmente aumentou, mas nada muito drástico. Só o 18º km que chegou aos 6 min/km. Durante este trecho na ponte podemos apreciar uma vista muito bonita e muitos atletas até fazem um pit stop para tirar fotos. Eu particularmente nem lembro de ter visto nada, de tão concentrado que estava pra não caminhar.
Saí da ponte bem cansado e com as pernas bem mais pesadas. Quando pensei que poderia retomar o ritmo de antes por estar de volta ao trecho plano da beira-mar Continental, senti uma fisgadinha na perna direita. Essas cãibras sempre me assombram nas provas mais longas. Insisti um pouco e a fisgada voltou. Tive então que segurar o ritmo de forma que a fisgada não viesse mais forte e desse aquela cãibra fatal.
Neste trecho final, enquanto passava por baixo da ponte Hercílio Luz, ouvi uma voz gritando lá do alto. Olhei para cima e avistei a Aninha gritando na torcida e fazendo belos registros panorâmicos. As atletas que corriam em volta até pensaram que eram fotógrafos da prova e ficaram fazendo poses. Muito legal e excelente ponto para belas fotos.
Consegui controlar o ritmo para poder concluir a prova sem maiores sofrimentos com as dores, e sem caminhar por instante algum. Na verdade, queria ter ido um pouco melhor fazendo um tempo próximo de 1h50min, mas o sub-2h ficou de bom tamanho. Cruzei a linha de chegada com o tempo líquido de 1h58min21 e desta vez não tão desgastado, por ter me controlado durante a prova.
Descansei um pouco, bebi alguns copos de água para me hidratar bem. Retirei a medalha, que foi diferenciada para cada distância e peguei mais algumas frutas e isotônico para dar aquela recuperada.
Enquanto descansava e esperava a Aninha chegar fiquei assistindo a chegada dos amigos. Alguns da meia maratona e outros já concluindo a maratona. Fiquei pensando se um dia ainda conseguiria voltar a correr os 42 km. No momento isso é impossível. Depois da prova fomos para aquela merecido café da manhã com os amigos na padaria Vó Zulma.
Retirada do kit da meia maratona de Floripa 2022 no aeroporto Internacional de Florianópolis
Aninha me acompanhando em mais uma prova
Vários painéis bonitos para fotos
Preparativos pré-largada
Mais um registro nos painéis
Reta final e até parece que estava inteiro. #sqn
(Foto: Alexandre Santiago - Foco Radical)
Vídeo da Aninha na minha passagem por baixo da Ponte Hercílio Luz
Foto da Aninha de cima da Ponte Hercílio Luz
Missão cumprida e medalha na mão
Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 23/10/2022
Horário: 6h15
Distância: 21,097 km (21,30 km)
Inscrição: R$ 95,00
Kit: Sacola, camiseta manga curta, uma barra de nuts de chocolate (25g), e número de peito com chip descartável.
Tempo: 1h58min21
Pace: 5:34 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 11
2022
Colocação: 028 de xxxx (categoria 50-54 )
Colocação: 361 de xxxx (masculino)
Colocação: 463 de xxxx (geral)