98ª Corrida Internacional de São Silvestre 2023
O final de 2023 foi uma correria para nós e no último dia do ano não poderia ser diferente. Pela 13ª vez participei da Corrida Internacional de São Silvestre, que completou a sua 98ª edição. Agora, totalmente sem os efeitos de qualquer restrição em relação a pandemia por causa da COVID, o número de atletas chegou a 35 mil inscritos, um público recorde para o evento.
Como nos últimos anos, não cheguei bem preparado para correr a São Silvestre. O maior treino que tinha feito foi a corrida Volta Internacional da Pampulha com seus mais de 18 km, no início de Dezembro. Pelo menos sabia que daria pra terminar, nem que fosse caminhando. Mas eu queria pelo menos melhorar o tempo do ano anterior que tinha sido de 1h32min37.
As passagens de avião consegui comprar antecipadamente. Pela GOL encontrei valores bem em conta: 10.200 milhas na ida de FLN para GRU (comprada em Agosto) e R$ 231,53 para a volta de GRU para FLN (comprada em Junho). O hotel eu demorei mais pra reservar e paguei um pouco mais caro. Ficamos no Mercure São Paulo Pamplona, com café da manhã incluso por R$ 439,83 o casal. O hotel fica a cerca de quatro quarteirões, em subida, da Av. Paulista na altura do Shopping Cidade São Paulo.
Como nos outros anos, fui de Florianópolis para São Paulo no dia 29/12 e a Aninha foi de Curitiba no dia 30/12. Nos encontramos na Expo Center Norte, local da retirada dos kits neste ano. Dia 30/12 é o último dia da retirada e é quando a maioria dos atletas vindo de outras regiões chegam. Fui para lá próximo das 11 horas e peguei uma fila até do lado de fora. E o pior, estava chovendo. Menos mal que tinha levado uma capa de chuva, mas a grande maioria das pessoas ficaram na chuva mesmo.
O tempo de espera foi grande. Levei mais de 1 hora e meia na fila e deu até tempo pra Aninha chegar. A separação dos setores por cores achei que ficou mal distribuída com poucos pontos de atendimento principalmente para as cores da maioria dos atletas. Uma vez retirados os kits demos uma volta pela Expo pra comprar alguns acessórios, tirar algumas fotos e participar de alguns sorteios de brindes. Depois pegamos um UBER (R$ 28,31) direto para o hotel fazer o nosso check-in.
Sábado normalmente é dia de feijoada em São Paulo e aproveitamos a oportunidade para almoçar em uma padaria próxima do hotel. Em seguida fomos as compras na Rua 25 de março, pegando o metrô. Mais à noite, já bem cansados, fomos jantar no Shopping Cidade São Paulo, pra depois conseguir descansar para a corrida na manhã do dia seguinte.
O horário da largada para o pelotão geral estava previsto para às 8h05. Especialmente para o dia do evento, o hotel disponibilizou o café da manhã a partir das 6h30. Isso foi bom, pois teríamos um tempinho para comer rapidinho e nos prepararmos para a prova.
Logo depois das 7 horas eu e a Aninha deixamos o hotel rumo a largada, na Av. Paulista. O nosso setor era o verde e andamos quase um quilômetro até conseguirmos achar o acesso ao setor. As ruas perpendiculares à Av. Paulista ficam todas fechadas e só podem entrar os atletas com a cor certa de cada setor. Procuramos nos posicionar perto da câmera e dos cartazes que chamam a atenção e aparecem na TV todo ano. Legal que a gente até apareceu nas tomadas aéreas.
Dada a largada, demoramos cerca de 8 minutos até passarmos pelo portal e efetivamente registrar o nosso início. Eu e a Aninha combinamos de cada um fazer a sua prova e logo após a largada acabamos nos separando. Ela diz que corre mais confortável e sem pressão. O 1º km, como sempre, foi impossível de se correr no meio da multidão, e comecei com pace de 7:35 min/km. Tudo bem que eu iria fazer a prova tranquilo, mas ainda queria melhorar meu tempo.
No 2º km descemos a Av. Maj. Natanael, ao lado do Estádio do Pacaembu, e deveria ajudar a melhorar o pace, mas também continuou travado, mesmo eu correndo pela calçada e desviando bastante. O pace abaixou para 6:07 min/km. Minha esperança era que abrisse mais espaço a medida que fosse avançando, mas demorou isso acontecer.
Comecei a correr melhor quando entramos pela Av. Pacaembu, que é uma grande reta plana e larga, com uma extensão de aproximadamente 1,5 km. Consegui desenvolver um pouco melhor e fazer um ritmo próximo do que já estou acostumado. Ajudou que o dia não estava muito quente e o sol ainda não estava tão forte.
Procurei beber água em todos os postos de hidratação por onde passei. Não tive grandes problemas quanto a disponibilidade de água e dos tanques para gelar. Procuro sempre pegar o copo de água dos tanques finais para não perder tempo no tumulto dos primeiros. Passamos pelo Memorial da América Latina com pouco mais de 4 km percorridos. Neste trecho voltou a ficar congestionado e o pace também subiu.
Depois de 5 km percorridos, chegamos à Av. Rudge, onde termina a parte de descidas e começa a de subidas. Não são tão fortes, mas constantes. Os meus paces estavam virando em torno de 6 min/km, mas eu queria mesmo era recuperar o tempo perdido no início e rodar mais próximo de 5:30 min/km. Entrei pela reta mais longa da prova, a Av. Rio Branco, com cerca de 2,5 km de extensão, mas neste trecho ainda não consegui aumentar o ritmo.
A partir do 8º km já na parte central da cidade, passando pela Av. Ipiranga, Av. São João, Av. Duque de Caxias, Largo do Arouche e Praça da República, o meu pace começou a melhorar e consegui correr abaixo de 5:45 min/km até o 12º km. Estava correndo mais livre e onde o sol não incidia diretamente. Até voltei a me animar em conseguir melhorar meu tempo em relação ao ano anterior.
Minha passagem pelos 10 km foi cravada em 1 hora. Isso era um bom sinal, pois tinha conseguido trazer o pace médio para o que eu queria, 6 min/km. Novamente passamos pela Av. São João, contornamos o Largo do Paissandu, a Praça Ramos de Azevedo, e dessa vez seguimos pela Rua Cel Xavier de Toledo até passarmos pelo Viaduto Nove de Julho, Viaduto Jacareí e sairmos na Rua Maria Paula, onde completamos 13 km percorridos.
Como fiz a prova sem forçar muito, imaginava subir os quilômetros da Av. Brigadeiro sem caminhar, e cruzar a linha de chegada mais inteiro que das últimas vezes. A subida inicial da Av. Brigadeiro é mais tranquila e leve, por isso trotei bem de boa, sem muito esforço. Deu até pra mandar um áudio do celular para avisar a minha mãe e meu irmão que eu já estava subindo e logo passaria por eles, que estavam quase no finalzinho da Av. Brigadeiro.
Acho que a parte mais difícil da prova é depois que passamos o 14º km. As pernas já ficam mais pesadas, a subida fica mais íngreme, e parece que a Av. Paulista não chega nunca. Porém nesse trecho é onde o público se concentra e empurra os atletas com a sua energia. Pra ajudar, temos um incentivo extra de um grupo de atletas que distribuem todo ano um copo de cerveja geladinha (km41). Como isso cai bem. Eu peguei o meu copo, fui bebendo e subindo com ela, sem parar de correr.
Um pouco mais a frente, avisto meu irmão e minha mãe, que sempre vem para nos prestigiar e torcer. Dessa vez eu até parei e voltei um pouco pra fazer umas selfies com eles, mas não deram muito certo as minhas fotos e filmagens. Pena. Menos mal que eles conseguiram fazer o registro da minha passagem. Segui em frente para completar a prova.
Esse trecho final é a parte mais gostosa da prova, finalzinho da Av. Brigadeiro e entrada na Av. Paulista. Os dois lados da rua ficam lotadas de pessoas torcendo, e o público gritando e apoiando os atletas que passam. Muito bom sentir essa energia e eu sempre gosto de registrar esses momentos. Dessa vez cheguei bem, sem fisgadas nas pernas e sem precisar caminhar em nenhum momento. Só lamento não ter acelerado um pouco mais para tirar os poucos segundos que escaparam em relação ao ano passado.
Após cruzar o portal de chegada não se pode parar para tirar fotos e fazer registros. Temos que seguir andando pois é muita gente chegando atrás e isso travaria toda a chegada. Caminhei mais a frente por uns 400 metros e fiquei a espera da Aninha. Dei uma conferida pelo localizador no celular e ela ainda estava chegando na Av. Brigadeiro.
Cruzei a linha de chegada com o tempo líquido de 1h32min43s. Na hora eu não sabia, mas foram apenas 6 segundos a mais que em 2022. Era pra ter tirado essa diferença tranquilamente, pois voltei para tirar fotos com minha mãe e irmão...rs. Também podia ter acelerado um pouco mais em vários trechos, mas tudo bem. O importante é que deu pra concluir e em condições físicas finais bem melhor que no ano passado. Muito bom.
A Aninha chegou com o tempo líquido de 2h02min06, contra as 2h02min16s de 2022. Acabou até melhorando o seu tempo por poucos segundos. Engraçado que tanto eu como ela repetimos o tempo da prova nos mesmos minutos. Eu com 1h32min e ela com 2h02. Coisa rara de acontecer.
A dispersão na chegada da São Silvestre é bem complicada e bem difícil de se achar por ali. As ruas ficam fechadas e pra gente poder sair temos que dar algumas voltas. Retirei minha medalha, recebi o kit lanche pós-prova e só depois consegui encontrar a Aninha. Achei a medalha bem bonita e gosto que a cada ano vão mudando.
Depois fomos direto para o hotel para tomar um banho e continuar o café da manhã. O horário do café da manhã ainda estava aberto, mas para quem já tinha tomado o café mais cedo teria que pagar novamente. Então só pedi um copo de suco e desistimos. Em seguida fomos encontrar meu irmão e minha mãe e seguimos para Guarulhos, para um bom almoço na casa dos meus pais.
Percurso e condições climáticas da São Silvestre 2023
Concentração na largada
Eu de branco e a Aninha de azul olhando o celular na largada
Correndo com um pouco mais de espaço
(Foto: Fotop)
Subindo a Av. Brigadeiro e registrando
(Foto: Fotop)
Subindo a Av. Brigadeiro e registrando
Aninha chegando
(Foto: Fotop)
Minha mãe esperando a nossa passagem na Av. Brigadeiro
Meu irmão e minha mãe assistindo na Av. Brigadeiro
Meu irmão e minha mãe assistindo na Av. Brigadeiro
Feliz com mais uma São Silvestre concluída com sucesso
Eu e a Aninha com as medalhas, já no hotel
Medalha da 98ª Corrida Internacional de São Silvestre 2023
Data: 31/12/2023
Horário: 8h (8h12)
Distância: 15 km (15,31 km)
Inscrição: R$ 230,00
Kit: Sacola, camiseta, um sache de café três corações 11g, um sachê de carbogel Xtreme (30g), dois sachês bendita cânfora (2g), um sachê de chá leão (11g), um sachê de óleo de côco COPRA (15ml), número do peito e chip descartável.
Tempo: 1h32min43
Pace: 6:06 min/km
Tênis: Fila Carbon Tri
2023
Colocação: 634 de 2.216 (50-54 anos)
Colocação: 5.703 de 20.309 (masculino)
Colocação: 6.561 de 32.442 (geral)
2022
Colocação: 554 de "2.189" (50-54 anos)
Colocação: 5.136 de "19.173" (masculino)
Colocação: 5.866 de "29.863" (geral)
2021
Colocação: 947 de "1.270" (50-54 anos)
Colocação: 8.020 de "11.011" (masculino)
Colocação: 10.360 de "15.603" (geral)
2019
Colocação: 769 de "2.700" (45-49 anos)
Colocação: 5.350 de "19.969" (masculino)
Colocação: "6.002" de "30.086" (geral)
2018
Colocação: 340 de "2.332" (45-49 anos)
Colocação: 2.378 de "17.629" (masculino)
Colocação: "2.548" de "26.155" (geral)