sexta-feira, 8 de maio de 2015

03/05/2015 - Wings for Life 2015 - Brasília / DF

Wings for Life 2015 - Brasília / DF - 2ª Edição


Vídeo da minha participação e do percurso (pela GOPRO)


Vídeo do Corredor Anônimo (passou por mim aos 39min27s no vídeo)


A Wings for life é uma prova que tem um formato diferente de todas as outras e tem como principal objetivo arrecadar fundos para ajudar nas pesquisas da cura para lesão medular espinhal. A largada e simultânea e ocorreu em 35 cidades em 33 países. É a única corrida em que a linha de chegada corre até você. Você compete com o mundo.

A prova não tem uma distãncia definida. O objetivo é correr a maior distância possível antes do "catcher car", um veículo com leitor de chip, te alcançar. Quandi isso ocorre a sua corrida acaba. Vence a prova o atleta que conseguir ir mais longe. O "catcher car" larga 30 minutos depois dos atletas e vai aumetando a velocidade gradativamente.

1ª edição foi realizada em Florianópolis e gostei tanto da experiência na época que decidi novamente participar dessa 2ª edição, realizada em Brasília- DF. No ano passado eu percorri 25,82 Km antes que fosse alcançado pelo "catcher car". Esse ano eu queria chegar pelo menos aos 27 Km. Estava otimista imaginando que o percurso fosse mais plano que Florianópolis.

Cheguei em Brasília no sábado pela manhã e o amigo Márcio Kobayashi de Manaus, que já estava por lá, me deu uma carona para o Hotel. No meio da tarde chegaram os amigos de Floripa, a Luísa e o Maurício. Todos com metas ousadas de correr pelo menos 21 Km. Ficamos no Brasilia Mercury Eixo Hotel. Boa indicação, pois estávamos a menos de 1 Km da largada no Estádio Monumental, e a uma quadra do Shopping Brasília, onde foi a entrega do kit. Uma das melhores opções de hotel pela excelente localização.

Ainda pela manhã aproveitei para dar uma volta na Torre das Antenas e ver do alto um pouco do percurso da prova. Maravilha de visual. Em seguida fui retirar o kit, que nesse ano estava melhor, com camiseta de boa qualidade, uma lata de red bull, uma bandana ou uma munhequeira (tinha que escolher) e o número de peito com chip descartável. À tarde fui conhecer a feirinha.

A largada da prova no Brasil estava prevista para às 8 horas pontualmente. Segui para o Estádio Monumental Mané Garrincha, local da concentração e da largada às 7 horas, logo após ter tomado um excelente café da manhã no hotel. Tive que me controlar pra não comer demais.

Alguns famosos, principalmente na área esportiva, marcaram presença no evento como o Tande, Vanderlei Cordeiro de Lima, Cacá Bueno, Daniella Cicarelli, Fernando (ex-bbb). Todos também participaram, só o Cacá Bueno que foi o piloto do "catcher car" e precisou suar menos a camisa.

A largada ocorreu pontualmente às 8 horas no horário de Brasília, e simultaneamente em todos os outros 34 locais. Ganhamos até bandeirinhas do Brasil. Havia separação por pace pelo uso de pulseiras com cores diferentes, mas na hora acabou juntando tudo.

Para conseguir o meu objetivo de 27 Km eu deveria manter um pace médio de 5 min/Km, conforme calculadora disponibilizada no site do evento. Mas pelas variações do percurso não dava pra ser constante. Optei então em sair em ritmo um pouco mais forte aproveitando o plano e as descidinhas. Tinha que ser, pois mais tarde viriam as subidas.

Sai bem lá na frente com medo dos congestionamentos iniciais, mas nem foi tanto assim. Apesar do número de inscritos estar em torno de 4.200 atletas, muitos não foram e pra ajudar Brasília tem as ruas bastante largas com um bom espaço pra correr. As condições de tempo estavam as mais favoráveis possíveis. Tempo fechado e sem calor. Muito bom para correr.

Durante os quilômetros iniciais rodei um pouco mais rápido que a média que eu precisava. Estava querendo ganhar alguns segundos pra compensá-los quando tivesse subidas. Até o 6º Km mantive a média de pace em torno dos 4:40 min/Km. Não estava muito difícil, pois esse trecho era plano ou tinha algumas descidinhas. Muitos me passaram nesse início.

Um pouco depois do 4º Km percebi que o meu número de peito que estava preso a camiseta com os 4 alfinetes estava pendurado por somente um deles. Por muito pouco não o perco juntamente com o chip. Como os 3 lados tinham rasgado o jeito foi colocar o número dentro do shorts. O material em questão se mostrou muito frágil quando molhado pelo suor.

Depois começou um trecho de subidas leves, mas constantes que foi até o final do 11º Km praticamente. Nesse momento eu só estava tentando manter o pace dentro da média de 5 min/Km, mas estava bem difícil. Aproveitei para tomar o 1º e único gel no Km 9. Não estava nem um pouco com vontade. Perto do Km 10 passamos também pelo Parque da Cidade.

Após o 11º Km acessamos o Eixo Monumental (Via S1), que para a nossa felicidade foi praticamente uma leve descida até meados do 17º Km. Logo no 12º Km passei pelo Vanderlei Cordeiro de Lima que tinha parado e estava voltando para saudar os atletas. A partir do 14º Km pudemos ver algumas das construções de Brasília, Museu Nacional de Brasília (14º Km), Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida (14º Km), Esplanada dos Ministérios (15º Km), Palácio do Itamaraty (15º Km), Palácio do Buriti (15º Km), Palácio da Justiça (16º Km), Congresso Nacional e Senado Federal (16º Km) e Palácio do Planalto (16º Km). Finalizando esse trecho tomei a minha primeira e única cápsula de sal.

Na altura do Km 17 pegamos a via Palácio Presidencial e até o Km 20 continuávamos em ritmo de descidinha. No Km 19,5 acessamos uma via para retornar pela Rua do Campo (não seguimos em direção ao Palácio da Alvorada). Foi aí que acabou a moleza. E começaram os sobe e desce mais acentuados. Na verdade para mim foram em 3 pontos: no 21º Km, 24º Km e 26º Km. Cada ponto desses foi me minando um pouquinho.

A partir do 24º Km eu já estava quase entregando os pontos, se não tivesse os 27 Km como objetivo da prova na mente. Encarar as subidas, depois de longas sessões de descidas a essa altura não foi nada fácil. Comecei a intercalar então uns momentos de caminhada para recuperar um pouco o fôlego nas subidas, mas de olho no tempo.

Quando cheguei no 26º Km sabia que estava perto do meu objetivo, mas foi a parte mais emocionante da prova, pois era mais uma subida castigante. Eu mal conseguia trotar. Caminhava e trotava, caminhava e trotava. Mais ou menos com 26,5 Km ouvi a chegada do "catcher car". Olhei para trás e lá vinha o comboio. Começou a bater o desespero, pois faltava pouquinho para os 27 Km. Não queria morrer na praia de forma alguma. Todos os atletas em volta começaram a acelerar e lá fui eu também fazer o meu esforço final para o carro não me alcançar antes. Essa parte foi dureza.

Finalmente consegui passar pela placa dos 27 Km, muito exausto. Desacelerei, mas com o carro na cola fui tentando ainda ir um pouco mais distante e cheguei aos 27,57 Km oficiais registrado pelo chip. Muito legal ver o comboio de carros passando, liderado pelo Cacá Bueno, agradecendo e parabenizando a todos os atletas. Alívio total e meta cumprida.

Veio então a parte complicada da história. A espera pelo ônibus que nos levaria de volta a arena do evento, no Estádio Monumental Mané Garrincha. Foram mais de 1 hora de espera, sem água e no meio do nada. Tivemos que caminhar até o Km 30 ainda exaustos e com sede pra chegar em um parque onde restavam alguns míseros copos de água no posto de hidratação. Ainda bem que sempre levo um dinheirinho e consegui achar uma água de côco e uma coca-cola em uma pracinha em frente ao lago. Acho que essa logística de transporte de volta dos atletas precisa ser reavaliada da próxima vez. Os atletas chegam no seu limite e aguardar tanto tempo e sem hidratação é castigante.

Cheguei finalmente na arena bem no finalzinho. Quase já não havia ninguém. A corrida tinha terminado pra mim às 10:20 e cheguei no estádio somente às 12:00. Me hidratei um pouco tomei uns Red Bulls e retirei a suada medalha. Depois foi só caminhar até o hotel, descansar um pouco e comemorar com um belo almoço com os amigos.

Percurso Percorrido (27,57 Km)

Primeiro um passeio inicial - Vista da Torre das Antenas
Fernando(ex-BBB) e o Vanderlei Cordeiro de Lima na retirada do kit
Kit com camiseta esse ano
 
Com a Daniella Cicarelli que também participou da prova.
 Alinhando para a largada
 
  No início é só alegria e descida.
Uma foto sem a câmera na cabeça
  Red Bull te dá asas...na descida
 Finalmente na arena e com a suada medalha
Comemorando com o Márcio, a Lu e o Maurício. Todos com as metas superadas.
(Foto: Márcio Kobayashi)
Até que não foi tão mal

Local: Estádio Monumental Mané Garrincha - Brasília / DF
Data: 03/05/2015 
Horário: 08:00 Hs 
Distância: 27 Km (27,570 Km) 

Inscrição: US$ 25
Kit: Número do peito, camiseta, pote de atum, barra de cereal, revistas e chip descartável.  

Tempo: 2h17min05s
Pace: 5:00 min/Km

Colocação Brasil: 029 de 271 (categoria 40-44 anos)
Colocação Brasil: 144 de 1.738 (masculino)

Colocação Brasil: 163 de 3.159 (geral)

Colocação mundial: 728 de 4.767 (categoria 40-44 anos)
Colocação mundial: 4.597 de 39.048 (geral)
Colocação mundial: 5.046 de 68.757 (geral)

4 comentários:

  1. Fomos melhores que em FLN e achei a prova bem mais plana que FLN tb. A serra que pegamos no km15 ano passado lá foi uma das piores que enfrentei em trÊs anos de esporte. Parabéns por seu resultado. Consegui chegar ao 26,2, mas duvido que encarasse a ladeirinha que veio logo após com tanta hombridade com você e uns amigos meus que passaram da marca dos 26. O ônibus foi péssimo. Dei esse feedback a organização. Com certeza foi algo que fugiu ao controle deles, dado que em FLN peguei meu bus em pouco menos que 10 minutos de espera.

    Ano que vem quero outra cidade. A iniciativa é legal e é super bacana para um corredor ter essa prova como uma meta de primeiro semestre e treino para maratonas.

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    1. Pois é, Ivan. Também achei o percurso inicial mais tranquilo que em Floripa, pelo menos até o Km 26. Alguns amigos passaram legal por essas ladeiras e foram bem adiante, mas ela me quebrou mesmo. Quanto ao ônibus também demorou aqui em Floripa pra mim, mas em Brasília foi pior mesmo. Acho que devido ao grande número de atletas e poucos ônibus. Ano que vem anunciaram que seria Brasília novamente. Espero que acertem a logística do transporte de volta, pois é a hora mais complicada pra nós que estamos totalmente desgastados. Ah, te vi na revista da Runner´s de Maio !!! Parabéns !!! Valeu, abração.

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  2. Eduardo,
    Nada melhor que superar a marca que estipulamos para nós mesmos. Sua prova foi fantástica. Engraçado como a corrida pode ser diferente a cada prova. Essa história dos alfinetes caírem também já aconteceu comigo. Sorte que viste a tempo. Sua prova me deu vontade de conhecer Brasília e encarar estas subidas.
    Parabéns!
    abraços
    Helena
    Blog Correndo de bem com a vida
    Twitter @Correndodebem

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    1. Oi Helena. Obrigado. Como é importante colocarmos uma meta nas provas. Tenho certeza que se fosse sem uma não iria chegar nos 27 Km. Realmente, cada corrida é uma história e isso que faz ficar mais divertido. Quanto aos alfinetes foi uma sorte, pois o meu número e chip já estavam por um fio literalmente. Ano que vem a Wings anunciaram que vai ser em Brasilia novamente. Eu diria que até o Km 21 da pra fazer uma super prova se as condições de tempo estiverem iguais a que pegamos. Além de passar por boa parte dos pontos turísticos !!! Vale a pena, Helena. Abração.

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