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quinta-feira, 11 de maio de 2017

07/05/2017 - Wings for Life 2017 - Brasília / DF - 4ª Edição

Foto: Mário Sérgio Jesus - Foco Radical
Wings for Life 2017 - Brasília / DF - 4ª Edição


No último dia 07/05 participamos da 4º edição da Wings for Life Brasil, realizada pelas ruas de Brasília-DF pelo 3º ano consecutivo. Somente em 2014 ela foi realizada em Florianópolis onde fomos apresentados. Trata-se de uma corrida mundial com o objetivo de angariar fundos para as pesquisas da cura da lesão da medula espinhal.

O formato da prova é diferente em relação a todas as outras, o que a torna tão atrativa. Quem já fez quer repetir e quem ainda não fez quer experimentar. Esse ano ela aconteceu em 24 países (reduziu em relação ao ano passado que foram 34 países), mas foi possível participar também por meio de um aplicativo no celular em qualquer parte do mundo, devidamente inscrito.

Uma turma de amigos aqui de Santa Catarina saiu no sábado pela manhã com destino a Brasília, e depois de alguns inconvenientes de cancelamento de vôo e atrasos, todos chegaram ao seu destino já próximo da hora do almoço. No grupo que saiu de Floripa estávamos, eu, a Aninha, Sabine, Jairo, Marcos Vinícius, Ronaldo e o Fernando.

Dando uma atualizada nos preços do translado em Brasília, o ônibus aeroporto-hotel subiu de R$ 10 para R$ 12, e o UBER ficou em R$ 24 a ida, bem mais em conta quando dividido por quatro. Na volta, do hotel até o aeroporto, o UBER ficou em R$ 35.

Quase todos ficaram hospedados no Hotel Bonaparte (diária R$ 215,60), melhor localizado e mais próximo da largada. O Jabson e a Juciana já estavam por lá e se juntaram a nós. Mesmo lotado, o hotel permitiu o nosso check-out até às 15 horas. Isso ajuda muito e é um dos motivos da preferência, uma vez que o nosso vôo de volta geralmente é à noite.

A entrega dos kits foi realizada no Brasília Shopping, como nos anos anteriores, e era possível fazer a inscrição na hora também. Apesar de movimentado foi tranquilo a retirada dos nossos kits. Por lá encontramos a turma do canal do Youtube "Mania de Corrida", e o Thadeu, que também é aqui de São José/SC. Ele ganhou como prêmio a viagem para a Wings for Life em uma promoção realizada pelo canal, além de um relógio Tom Tom Runner. Muito sortudo !!!

Conforme divulgação, o número de inscritos para essa edição da Wings for Life superou a marca de 150 mil atletas, sendo que só no Brasil foram mais de 5 mil. Muito legal que a cada ano esse número cresce e a arrecadação para as pesquisas consequentemente.

Mas e como funciona essa prova ? Às 8 horas, horário de Brasília, todos os atletas inscritos do mundo inteiro largam simultaneamente. A corrida não tem distância definida. Passados 30 minutos do horário da largada, o "catcher car", dirigido no Brasil pelo piloto Cacá Bueno, sai em velocidade inicial de 15 Km/h e vai aumentando gradativamente 1 Km/h a cada 60 minutos. O momento que o carro te alcança a sua corrida termina. O vencedor é o último a ser alcançado.

Em relação ao ano passado, o percurso teve leve alteração, mas permaneceu ao redor da Asa Norte de Brasília. A mudança maior foi para os guerreiros que fizeram mais de 24 Km, que foi mais ou menos a distância de uma volta. Nesse caso eles repetiram o circuito até o "catcher car" alcançar. Isso facilitou a logística de transporte de volta e de pontos de hidratação.
 
No dia da prova, depois de um café reforçado, fomos para o local da largada em frente ao Museu Nacional de Brasília, com uma hora de antecedência. É bom ir cedo para já ir entrando no clima da prova. Encontrei vários amigos de todas as partes do Brasil: Eduardo Machado do Paraná, Márcio Kobayashi de Manaus, Roberto Itimura de São Paulo, Sérgio de Floripa, e a Mara e a Nádia de Brasília. A Sueli também foi, mas só nos encontramos no vôo da volta.  

Como plano A eu tinha como meta superar os 28 Km, mas já sabia que isso seria bem difícil pela falta de preparação. Realisticamente esperava algo em torno de 25 Km. Não parecia tão difícil se o sol não tivesse resolvido aparecer tão forte do meio da prova para o final.

Às 8 horas em Brasília foi dada a largada. Os mais de 150 mil atletas no mundo todo começaram a sua fuga do "catcher car". Para acompanhar isso, a organização dispunha de uma central de informações monitorando a prova de todos os 24 países. Para quem quisesse torcer e verificar o desempenho de amigos e familiares também era possível acompanhar por meio de um aplicativo e do número de peito do atleta. O amigo João Lopes me mandou a tela do momento em que o "catcher car" já estava com 5 Km e já tinha alcançado no Brasil 147 atletas. Bem interessante.


Demorei para me alinhar na largada e acabei ficando em uma posição intermediária. Nessa prova isso não é bom, pois o carro larga 30 min depois da largada oficial. Aproveitei para fazer um "ao vivo" pelo Facebook, mostrando os primeiros momentos da prova, com direito até a uma bronca da Aninha...rs. Pior que ela tinha razão. Depois esses segundinhos fizeram falta.

Partimos no sentido do Congresso e Senado Federal e por lá fizemos o retorno e voltamos pelo Eixo Monumental do outro lado. Pelo meu pace inicial, acho que saí mais fraco que esperava. Podia ter forçado um pouco mais enquanto a temperatura estava mais fresquinha.

Completando o 3º Km acessamos o Eixo Rodoviário Norte e seguimos reto por aproximadamente 7 Km. Inicialmente fomos subindo nesse trecho e depois veio a descida, que ajudou a fazer eu recuperar alguns segundos, ganhar confiança e me colocar no tempo de prova para o meu objetivo. Passei os 10 Km com 48min44s, quase 1 minuto a menos que no ano passado.

Próximo desses 10 Km emparelhou comigo e me cumprimentou o Runner Hostil (Ivan). Ele tem um blog "Teacher que Corre", e também segue o meu. Confiram lá. Tivemos a oportunidade de nos conhecer pessoalmente e correr juntos por um tempo.  


Após o 10º Km viramos à direita pela Estrada Parque das Nações e seguimos margeando o Lago Paranoá. Só que a partir daí comecei a sentir as subidinhas. O sol ficando cada vez mais intenso também complicava o rendimento. O meu pace começava a escapar dos 5 min/Km.

Os postos de hidratação foram distribuídos de 3 em 3 Km nos quilômetros iniciais. Não tomei gel de carboidrato e nem cápsula de sal dessa vez. Não teve também isotônico, somente um único posto de energético Red Bull na altura do Km 8. Eu peguei um copinho e dei alguns goles, mas definitivamente não me caiu muito bem. Não tive problemas com falta de água.

Na passagem pelo 15º Km eu ainda mantinha o pace abaixo de 5 min/Km, com 1h13min46s. Porém, a partir daí comecei a sentir mais ainda as subidas, exigindo muito das pernas e da respiração. Nesse ponto também observei várias antenas. Deviam ser pontos de verificação da passagem dos atletas.

Como os quilômetros seguintes foram trechos de subida, o ritmo foi diminuindo e comecei a dizer adeus aos meus planos A e B. Não queria andar, pelo menos, até concluir os 21 Km. No Km 18 encontrei o amigo Jairo e seguimos durante um tempo nos arrastando. Eu já estava com medo de não conseguir fechar a distância de uma meia maratona (21 Km). Meu o rendimento desabou nesse trecho da prova.

No 19º Km não consegui mais resistir e tive que aliviar, fazendo a minha primeira caminhada. O sol já estava intenso e as subidas pareciam intermináveis. Os próximos quilômetros foram de várias pequenas caminhadas, principalmente nos trechos de subida.

Aos trancos e barrancos passei pelo Km 21 com 1h46min46s (já acima do pace de 5 min/Km, que permitiria atingir a marca de 25 Km). A luta então ficou em tentar aumentar a distância alcançada ano passado, que tinha sido de 23,57 Km. Mas até isso senti que estava difícil.

Um pouco a frente encontrei o amigo Márcio Kobayashi que após sentir o joelho teve que aliviar o ritmo também. Seguimos juntos até a chegada do "catcher car". Eu já estava alternando entre trotes e caminhadas. Queria chegar pelo menos aos 23 Km e só consegui quando já ouvia ao fundo a caravana buzinando e se aproximando.

Os atletas ao redor começaram a acelerar. Parece que todos tiram um último gás da cartola. Até eu que me arrastava consegui avançar mais uns 300 metros até o carro me alcançar. Também dei uma reduzida para poder registrar o momento. É uma sensação estranha de querer fugir e de querer ser alcançado. O legal é que o Cacá Bueno passa bem próximo e vem agradecendo e parabenizando o pessoal.

Fim de prova e agora era hora de voltar. A organização disponibilizou ônibus para levar os atletas de volta a arena do evento, em frente ao Museu Nacional. Percebi que estava a pouco mais de 1 Km da arena e optei por ir caminhando até lá. Foi bem rapidinho.

Na arena retirei a medalha e me hidratei bastante. O duro foi que a água e os lanches estavam do outro lado da avenida. Duro para quem já estava quebrado. Acho que da turma foi um dos primeiros a chegar, pois não precisei esperar pelo ônibus. Fiquei lá descansando em uma sombra e aguardando a chegada do pessoal. A Aninha não demorou muito e veio feliz pois tinha conseguido aumentar a distância em relação ao ano passado, percorrendo 16,76 Km.

Ficamos esperando todos chegar e para a nossa surpresa vários atletas que permaneceram por mais tempo na corrida acabaram ficando sem a medalha, inclusive o Jabson e a Sabine. A falta de água no percurso também foi muito comentado por lá. Logo em seguida a organização já se retratava no site, informando que as medalhas faltantes seriam encaminhadas pelo Correio aos atletas. Menos mal.  

No Brasil, os campeões e últimos a serem alcançados pelo "catcher car" foram os brasileiros Luis Felipe Barboza com 58,8 Km percorridos, e a Letícia Saltori, bicampeã, com 44,9 Km atingidos. Como prêmio poderão escolher um outro país para participar na próxima edição da Wings for Life, ano que vem.

Percurso Percorrido 2017 (23,33 Km)

Percurso Percorrido 2016 (23,57 Km)

Kit com a camiseta da mesma cor de 2016 
 Os amigos de Santa Catarina na retirada do kit no Brasília Shopping
Largada em frente ao Museu Nacional de Brasília
Tudo certo para a prova
Encontrei o pessoal do canal "Mania de Corrida"
O carro que nos perseguiu. Detalhe da antena na frente.
A parte boa da prova, descida.
(Foto: Focoradical)
Passando pelo Ministério Público Federal, ao fundo.
(Foto: - Focoradical)
Passando pelo Km 18 com o amigo Jairo Aguiar
(Foto: Mario Sérgio Jesus - Focoradical)
Eu e o Márcio com cerca de 22 Km percorridos
Jabson, Juciana, eu, Aninha e a Sabine comemorando depois da missão cumprida
Medalha
Certificado

Local: Em frente ao Museu Nacional de Brasília / DF
Data: 07/05/2016 
Horário: 08:00 Hs 
Distância: 23,33 Km 

Inscrição: R$ 110
Kit: Número do peito com chip, camiseta, 2 latas de redbull, Whey bar Vo2


Tempo: 2h00min52s
Pace: 5:11 min/Km

Colocação Brasil: 034 de 308 (categoria 45-49 anos)
Colocação Brasil: 323 de 2.534 (masculino)

Colocação Brasil: 352 de 4.466 (geral)

Colocação mundial: 01.141 de 05.338 (categoria 45-49 anos)
Colocação mundial: 10.838 de 58.359 (masculino)
Colocação mundial: 12.326 de 105.614 (geral)

quinta-feira, 12 de maio de 2016

08/05/2016 - Wings for Life 2016 - Brasília / DF - 3ª Edição

Wings for Life 2016 - Brasília / DF - 3ª Edição


Vídeo do momento que o Catcher Car, pilotado pelo Cacá Bueno me alcança e decreta a minha linha de chegada aos 23,57 Km
 


Vídeo do "Corredor Anônimo" que correu todo de preto e filmou a passagem 
por grande parte dos atletas

Pelo 3º ano consecutivo tenho o prazer e a oportunidade de participar da Wings for Life Brasil. Em 2014 ela foi realizada em Florianópolis, e em 2015 e 2016 em Brasília. É uma prova mundial com o objetivo de arrecadar fundos para serem investidos nas pesquisas da cura para lesão medular espinhal. Ela ocorre simultaneamente em 34 países, onde todos largam no mesmo momento. No Brasil o horário da largada foi às 8 horas da manhã, mas em cada país o horário muda por causa do fuso.

O grande diferencial dessa prova é que a linha de chegada corre atrás de você em uma competição globalizada !!! Esse ano foram mais de 130 mil inscritos no total e cerca de 4 mil no Brasil. A prova não tem uma distância definida. O objetivo é correr a maior distância possível antes que um carro perseguidor (com antena e leitor de chip), "catcher car" te alcance, sendo que ele larga 30 minutos depois a uma velocidade de 15 Km/h e vai aumentando gradativamente 1 Km/h a cada 60 minutos.

Vence a prova o atleta que consegue percorrer a maior distância antes de ser alcançado pelo "catcher car". Como prêmio, os campeões de cada país, podem escolher onde vão querer correr no ano seguinte. Interessante que 10 vencedores de outros países do ano passado optaram por vir participar da prova no Brasil, o que elevou bastante o nível.

Meu objetivo esse ano era superar a marca dos 27,57 Km do ano passado, arredondando 28 Km. Já haviam comentado que o percurso seria diferente e que as subidas e descidas viriam antes. À principio eu até tinha achado melhor.

Com todo o planejamento fechado desde o início do ano, fomos para Brasília pela manhã cedinho no sábado. No mesmo vôo estavam eu, a Aninha, a Sueli e o Sérgio que também participariam da prova. Ao chegarmos por lá utilizamos o ônibus executivo que sai de 30 em 30 minutos do aeroporto, custa R$ 10 e nos deixa praticamente na porta do hotel. O preço da corrida de táxi não sairia por menos de R$ 50. Posteriormente fiquei sabendo que pelo aplicativo UBER essa mesma corrida ficaria em torno de R$ 22 a R$ 27. Mais uma outra alternativa para as nossas viagens à Brasília.

Pela facilidade para a retirada do kit, largada e chegada da prova, optamos por ficar no Hotel Bonaparte (já conhecido de outra oportunidade). Além de bem localizado, fizeram um mimo e permitiram o check-in mais cedo e o check-out até às 18 horas do dia seguinte. Legal que no mesmo hotel estavam também a Juciana, o Jabson, a Sabine e a Andrea de São Paulo, além de vários outros atletas.

Deixamos a bagagem no hotel e seguimos para a retirada do kit, no Shopping Brasília. Tudo bem tranquilo. A novidade foram as duas camisetas que vinham no kit, uma amarela e uma branca, além de uma lata de Red Bull. Esse ano ainda estavam fazendo inscrições até a véspera.

No dia da prova tomamos um belo café reforçado (até demais) e seguimos cedinho, às 6h45min, para o local da largada. Todos queríamos aproveitar ao máximo aquela grande festa e rever os vários amigos que também participavam: a Lu, Márcio, Caio, Cassiano, Mara, Roberto Utimura entre outros. Pré-largada muito animada. O clima estava bom para correr, sem sol e fresquinho.

Às 8 horas, horário de Brasilia, foi dada a largada. Partimos pelo Eixo Monumental, de frente do Museu Nacional de Brasília e da Catedral, no sentido do Congresso Nacional e Senado Federal, onde fizemos o retorno voltando pelo outro lado do Eixo Monumental. Passamos pela esplanada dos Ministérios e foi bonito de ver o rastro de atletas de amarelo que se formou do outro lado. Nesse início eu larguei meio na boa, com a câmera na mão para fazer alguns registros. Isso até uns 2 Km de prova. Meu pace ficou bem desajustado nesse início.

Após termos encarado a 1ª subidinha pelo Eixo Monumental, viramos à direita no Eixo Rodoviário Norte, na altura do 3º Km. Era o primeiro posto de hidratação e acabei tomando um copinho de Red Bull. Estava com o ritmo meio atrasado para o que eu queria, mas pensava em não me desgastar tanto antes e continuei ainda meio na boa.

Na minha passagem pelo 6º Km estavam distribuindo rosas pelo dia das mães. Como esse ano não pude ir para São Paulo, recebi uma rosa e ofereci para a minha mãe por meio de uma "selfie" junto a placa do Km 6 por onde estava passando no momento. O difícil foi conseguir postar a foto, correndo e sem perder muito o ritmo. Mas deu certo. Nem escrevi errado.

Só que aí fiquei com a rosa na mão e correndo. No próximo posto de hidratação após receber um copo de água entreguei a rosa a uma mulher do staff e segui em frente. Acho que ela não entendeu muito !!!

De volta a prova foi hora de se concentrar e tentar buscar o ritmo abaixo de 5 min/Km para conseguir o meu objetivo. Ajudou um pouco que era um trecho de mais descidas e consegui recuperar um pouco e passar os 10 Km com 49min43s. A essa altura encontrei a Sueli, que seguia praticamente no mesmo ritmo, ora um pouco à frente, ora um pouco atrás.

Vencidos os 10 Km iniciais entramos pela Estrada Parque das Nações e seguimos paralelo ao Lago. Eu voltava a me sentir bem na prova. Os postos de hidratação estavam localizados de 3 em 3 Km e pelas minhas passagens foram com água gelada e em abundância. Aproximadamente no 12º Km tomei o meu gel de carboidrato e a cápsula de sal. A partir daí começaram mais uns trechos de subidas. Não muito fortes, mas longas. Meu ritmo começou a quebrar.


No 15º Km lembro de ter visto várias antenas que registravam a nossa passagem naquele ponto. Pelo meu Garmin foi no ponto exato de 15 Km. Para aqueles que não puderam participar ou gostariam de acompanhar algum atleta foi possível fazer isso ao vivo pela internet. Eu ainda estava pouco acima do pace que deveria, mas a partir de então não mais consegui sustentar.

Continuamos correndo pela Estrada Parque das Nações e quando chegou no 18º Km não aguentei e dei a minha primeira caminhada. Começou a pesar muito o esforço dos "sobe e desce". Já não me sentia tão bem como antes. Pensei que nem conseguiria atingir a marca dos 21 Km.

Até então estávamos correndo praticamente pela Asa Norte e a partir do 20º Km entramos pela Asa Sul. Eu ia num esforço grande pra fechar a distância da meia maratona e mesmo estando bem acima do tempo que normalmente consigo. Finalmente ao chegar no 21º Km me entreguei de vez. Comecei a intercalar períodos de corrida e caminhada e o pace subiu pra casa dos 6 min/Km. Me cansei muito rápido dessa vez.

Próximo do 23º Km comecei a ouvir as buzinas ao fundo. Era o comboio que trazia o "catcher car" com o Cacá Bueno. As reações dos atletas são as mais variadas possíveis nessa hora. Alguns aceleram, alguns continuam caminhando, outros dão um trotezinho e fazem pose quando ele chega, e outros como eu sacam o celular e registram o momento. Confesso que senti um certo desespero e friozinho na barrica com a aproximação do carro, mas todos no final terminam muito felizes e aliviados. É o grande momento da prova.

Acabei fechando a distância de 23,57 Km praticamente junto com a Sueli que veio logo atrás. Seguimos então até a placa do Km 24 onde tinha um posto de hidratação e onde o pessoal se concentrou para aguardar os ônibus. Dessa vez, ao contrário do ano passado, os ônibus chegaram em menos de 20 minutos para nos levar para a arena. Muito bom.

Chegando na arena ao descer do ônibus encontrei a Aninha na fila pra pegar o kit pós-prova, com frutas e Red Bull. Ela também tinha acabado de chegar e conseguiu superar a sua expectativa de 15 Km, exatos 15,37 Km. Excelente. Quase dobrou a distância da sua 1ª vez. Depois fomos retirar a medalha e retirar os volumes.

Aos poucos os amigos foram chegando. Quase todos reclamando um pouco do percurso mais difícil em relação ao ano passado, mas felizes com os seus resultados. Ficamos na arena curtindo o evento, tirando fotos e conversando, até o anúncio do campeão no Brasil. Isso só foi possível porque o hotel liberou o check-out para mais tarde.

Esse ano, apesar de não conseguir o meu objetivo senti que a organização melhorou, principalmente no transporte dos atletas para a arena depois de serem alcançados e na disponibilização da filmagem do momento em que o "catcher car" nos alcança. Para mim foi tudo perfeito, inclusive o tempo na hora da prova. Ano que vem, com certeza, quero mais !!!

Percurso Percorrido 2016 (23,57 Km)

Percurso Percorrido 2015 (27,57 Km)

 No Brasília Shopping para a retirada do kit com a Aninha
 Jantar pré-prova no Conjunto Nacional. 
Com Juciana, Jabson,Sabine e Aninha de SC e a Andréa de SP
 Agora todos prontos na expectativa da largada
 Lu, Márcio e eu. Os três voltando para mais uma Wings for Life
 Com a amiga Mara Okiyama de Brasília
 Com o amigo Roberto Utimura de São Paulo
Iniciando a prova. Cadeirantes todos juntos.
Minha passagem pelo Km 6 
Ainda no começo 
(Foto: Mark Maderovysk da Focoradical)
Em alguma das várias subidinhas
(Foto: Focoradical)
Momento que o "catcher car" me alcança. Fim de prova !!!
Na arena de chegada com as medalhas: Aninha, Loraine, Cassiano, Caio e Lu

Com a medalha e a Aninha em Frente ao Museu Nacional de Brasília

Certificado

Local: Em frente ao Museu Nacional de Brasília / DF
Data: 08/05/2016 
Horário: 08:00 Hs 
Distância: 23,57 Km 

Inscrição: US$ 25
Kit: Número do peito com chip, 2 camisetas, 1 lata de redbull


Tempo: 2h02min14s
Pace: 5:11 min/Km

Colocação Brasil: 032 de 271 (categoria 45-49 anos)
Colocação Brasil: 292 de 2.210 (masculino)

Colocação Brasil: 321 de 3.911 (geral)

Colocação mundial: 851 de 4.767 (categoria 45-49 anos)
Colocação mundial: 8.023 de 39.048 (masculino)
Colocação mundial: 8.962 de 89.743 (geral)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

03/05/2015 - Wings for Life 2015 - Brasília / DF

Wings for Life 2015 - Brasília / DF - 2ª Edição


Vídeo da minha participação e do percurso (pela GOPRO)


Vídeo do Corredor Anônimo (passou por mim aos 39min27s no vídeo)


A Wings for life é uma prova que tem um formato diferente de todas as outras e tem como principal objetivo arrecadar fundos para ajudar nas pesquisas da cura para lesão medular espinhal. A largada e simultânea e ocorreu em 35 cidades em 33 países. É a única corrida em que a linha de chegada corre até você. Você compete com o mundo.

A prova não tem uma distãncia definida. O objetivo é correr a maior distância possível antes do "catcher car", um veículo com leitor de chip, te alcançar. Quandi isso ocorre a sua corrida acaba. Vence a prova o atleta que conseguir ir mais longe. O "catcher car" larga 30 minutos depois dos atletas e vai aumetando a velocidade gradativamente.

1ª edição foi realizada em Florianópolis e gostei tanto da experiência na época que decidi novamente participar dessa 2ª edição, realizada em Brasília- DF. No ano passado eu percorri 25,82 Km antes que fosse alcançado pelo "catcher car". Esse ano eu queria chegar pelo menos aos 27 Km. Estava otimista imaginando que o percurso fosse mais plano que Florianópolis.

Cheguei em Brasília no sábado pela manhã e o amigo Márcio Kobayashi de Manaus, que já estava por lá, me deu uma carona para o Hotel. No meio da tarde chegaram os amigos de Floripa, a Luísa e o Maurício. Todos com metas ousadas de correr pelo menos 21 Km. Ficamos no Brasilia Mercury Eixo Hotel. Boa indicação, pois estávamos a menos de 1 Km da largada no Estádio Monumental, e a uma quadra do Shopping Brasília, onde foi a entrega do kit. Uma das melhores opções de hotel pela excelente localização.

Ainda pela manhã aproveitei para dar uma volta na Torre das Antenas e ver do alto um pouco do percurso da prova. Maravilha de visual. Em seguida fui retirar o kit, que nesse ano estava melhor, com camiseta de boa qualidade, uma lata de red bull, uma bandana ou uma munhequeira (tinha que escolher) e o número de peito com chip descartável. À tarde fui conhecer a feirinha.

A largada da prova no Brasil estava prevista para às 8 horas pontualmente. Segui para o Estádio Monumental Mané Garrincha, local da concentração e da largada às 7 horas, logo após ter tomado um excelente café da manhã no hotel. Tive que me controlar pra não comer demais.

Alguns famosos, principalmente na área esportiva, marcaram presença no evento como o Tande, Vanderlei Cordeiro de Lima, Cacá Bueno, Daniella Cicarelli, Fernando (ex-bbb). Todos também participaram, só o Cacá Bueno que foi o piloto do "catcher car" e precisou suar menos a camisa.

A largada ocorreu pontualmente às 8 horas no horário de Brasília, e simultaneamente em todos os outros 34 locais. Ganhamos até bandeirinhas do Brasil. Havia separação por pace pelo uso de pulseiras com cores diferentes, mas na hora acabou juntando tudo.

Para conseguir o meu objetivo de 27 Km eu deveria manter um pace médio de 5 min/Km, conforme calculadora disponibilizada no site do evento. Mas pelas variações do percurso não dava pra ser constante. Optei então em sair em ritmo um pouco mais forte aproveitando o plano e as descidinhas. Tinha que ser, pois mais tarde viriam as subidas.

Sai bem lá na frente com medo dos congestionamentos iniciais, mas nem foi tanto assim. Apesar do número de inscritos estar em torno de 4.200 atletas, muitos não foram e pra ajudar Brasília tem as ruas bastante largas com um bom espaço pra correr. As condições de tempo estavam as mais favoráveis possíveis. Tempo fechado e sem calor. Muito bom para correr.

Durante os quilômetros iniciais rodei um pouco mais rápido que a média que eu precisava. Estava querendo ganhar alguns segundos pra compensá-los quando tivesse subidas. Até o 6º Km mantive a média de pace em torno dos 4:40 min/Km. Não estava muito difícil, pois esse trecho era plano ou tinha algumas descidinhas. Muitos me passaram nesse início.

Um pouco depois do 4º Km percebi que o meu número de peito que estava preso a camiseta com os 4 alfinetes estava pendurado por somente um deles. Por muito pouco não o perco juntamente com o chip. Como os 3 lados tinham rasgado o jeito foi colocar o número dentro do shorts. O material em questão se mostrou muito frágil quando molhado pelo suor.

Depois começou um trecho de subidas leves, mas constantes que foi até o final do 11º Km praticamente. Nesse momento eu só estava tentando manter o pace dentro da média de 5 min/Km, mas estava bem difícil. Aproveitei para tomar o 1º e único gel no Km 9. Não estava nem um pouco com vontade. Perto do Km 10 passamos também pelo Parque da Cidade.

Após o 11º Km acessamos o Eixo Monumental (Via S1), que para a nossa felicidade foi praticamente uma leve descida até meados do 17º Km. Logo no 12º Km passei pelo Vanderlei Cordeiro de Lima que tinha parado e estava voltando para saudar os atletas. A partir do 14º Km pudemos ver algumas das construções de Brasília, Museu Nacional de Brasília (14º Km), Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida (14º Km), Esplanada dos Ministérios (15º Km), Palácio do Itamaraty (15º Km), Palácio do Buriti (15º Km), Palácio da Justiça (16º Km), Congresso Nacional e Senado Federal (16º Km) e Palácio do Planalto (16º Km). Finalizando esse trecho tomei a minha primeira e única cápsula de sal.

Na altura do Km 17 pegamos a via Palácio Presidencial e até o Km 20 continuávamos em ritmo de descidinha. No Km 19,5 acessamos uma via para retornar pela Rua do Campo (não seguimos em direção ao Palácio da Alvorada). Foi aí que acabou a moleza. E começaram os sobe e desce mais acentuados. Na verdade para mim foram em 3 pontos: no 21º Km, 24º Km e 26º Km. Cada ponto desses foi me minando um pouquinho.

A partir do 24º Km eu já estava quase entregando os pontos, se não tivesse os 27 Km como objetivo da prova na mente. Encarar as subidas, depois de longas sessões de descidas a essa altura não foi nada fácil. Comecei a intercalar então uns momentos de caminhada para recuperar um pouco o fôlego nas subidas, mas de olho no tempo.

Quando cheguei no 26º Km sabia que estava perto do meu objetivo, mas foi a parte mais emocionante da prova, pois era mais uma subida castigante. Eu mal conseguia trotar. Caminhava e trotava, caminhava e trotava. Mais ou menos com 26,5 Km ouvi a chegada do "catcher car". Olhei para trás e lá vinha o comboio. Começou a bater o desespero, pois faltava pouquinho para os 27 Km. Não queria morrer na praia de forma alguma. Todos os atletas em volta começaram a acelerar e lá fui eu também fazer o meu esforço final para o carro não me alcançar antes. Essa parte foi dureza.

Finalmente consegui passar pela placa dos 27 Km, muito exausto. Desacelerei, mas com o carro na cola fui tentando ainda ir um pouco mais distante e cheguei aos 27,57 Km oficiais registrado pelo chip. Muito legal ver o comboio de carros passando, liderado pelo Cacá Bueno, agradecendo e parabenizando a todos os atletas. Alívio total e meta cumprida.

Veio então a parte complicada da história. A espera pelo ônibus que nos levaria de volta a arena do evento, no Estádio Monumental Mané Garrincha. Foram mais de 1 hora de espera, sem água e no meio do nada. Tivemos que caminhar até o Km 30 ainda exaustos e com sede pra chegar em um parque onde restavam alguns míseros copos de água no posto de hidratação. Ainda bem que sempre levo um dinheirinho e consegui achar uma água de côco e uma coca-cola em uma pracinha em frente ao lago. Acho que essa logística de transporte de volta dos atletas precisa ser reavaliada da próxima vez. Os atletas chegam no seu limite e aguardar tanto tempo e sem hidratação é castigante.

Cheguei finalmente na arena bem no finalzinho. Quase já não havia ninguém. A corrida tinha terminado pra mim às 10:20 e cheguei no estádio somente às 12:00. Me hidratei um pouco tomei uns Red Bulls e retirei a suada medalha. Depois foi só caminhar até o hotel, descansar um pouco e comemorar com um belo almoço com os amigos.

Percurso Percorrido (27,57 Km)

Primeiro um passeio inicial - Vista da Torre das Antenas
Fernando(ex-BBB) e o Vanderlei Cordeiro de Lima na retirada do kit
Kit com camiseta esse ano
 
Com a Daniella Cicarelli que também participou da prova.
 Alinhando para a largada
 
  No início é só alegria e descida.
Uma foto sem a câmera na cabeça
  Red Bull te dá asas...na descida
 Finalmente na arena e com a suada medalha
Comemorando com o Márcio, a Lu e o Maurício. Todos com as metas superadas.
(Foto: Márcio Kobayashi)
Até que não foi tão mal

Local: Estádio Monumental Mané Garrincha - Brasília / DF
Data: 03/05/2015 
Horário: 08:00 Hs 
Distância: 27 Km (27,570 Km) 

Inscrição: US$ 25
Kit: Número do peito, camiseta, pote de atum, barra de cereal, revistas e chip descartável.  

Tempo: 2h17min05s
Pace: 5:00 min/Km

Colocação Brasil: 029 de 271 (categoria 40-44 anos)
Colocação Brasil: 144 de 1.738 (masculino)

Colocação Brasil: 163 de 3.159 (geral)

Colocação mundial: 728 de 4.767 (categoria 40-44 anos)
Colocação mundial: 4.597 de 39.048 (geral)
Colocação mundial: 5.046 de 68.757 (geral)