quinta-feira, 12 de novembro de 2015

08/11/2015 - Golden Four Asics - Etapa Brasília


Golden Four ASICS - Etapa Brasília

Fotos da Corrida FB (Sabine Weiler)


Após quase ficar de fora com o término antecipado de quase 3 meses das inscrições pude comprovar pessoalmente porque esse circuito de meia maratonas é tão procurado pelos amantes do esporte. Não sei se lamento por não ter uma etapa em Florianópolis ou se agradeço pela oportunidade de poder viajar e correr em outros lugares.

Fiz minha estreia na Etapa de São Paulo em Agosto. Prova essa que foi um desastre pra mim. Quebrei feio logo após a metade do percurso. Confesso que tinha ficado um pouco desanimado na época. Mas logo na semana seguinte com a pilha da amiga Sabine e do Enio lá estava eu tentando fazer a inscrição para essa minha 2ª etapa (Brasília). Quase fiquei de fora. Só consegui fazer na repescagem.

Daqui de Santa Catarina, pelo que sei, fomos eu, o Enio, a Sabine o Alexandre e a Gislaine. Eu e a Sabine chegamos no sábado e logo encontramos o Enio no local da retirada do kit, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). 

Vale a pena deixar registrado que para o translado do aeroporto para o setor hoteleiro sul e norte tem um ônibus executivo, inclusive com ar condicionado e um bom atendimento, por R$ 10. O ônibus parte de 30 em 30 minutos e recomendo. O ponto fica na parte debaixo no final do lado direito.

A qualidade do evento já começou pela Expo Golden. Além da entrega do kit, foram oferecidos vários outros serviços: personalização gratuita da camiseta, massagem, teste de velocidade, teste da pisada, lanches, palestras, impressão de fotos com hashtag #goldenfourasics, além de venda de produtos ASICS, cosméticos, suplementos e assinaturas de revistas especializadas. Nem preciso dizer que passamos um bom tempo por lá curtindo também.

Com a grande companhia da tia do Enio, D. Julse, que com toda a disposição do mundo nos ciceroneou durante todo o fim de semana, aproveitamos o sábado para visitar o Pontão Lago Sul localizado à beira do Lago Paranoá com vistas e restaurantes incríveis, e a Ponte JK. Depois, como não podia deixar de ser, fomos cuidar da alimentação com um belo buffet de massas e caldos o Bar do Juca. Muito bom e bem em conta.

Na véspera dormi um pouco tarde e acabei acordando bastante sonolento ainda. O Hotel Bonaparte que ficamos, além do excelente atendimento, inclusive com maçã verde, água saborizada na recepção e café da manhã antecipado para os atletas, teve até um senhor muito gentil que nos guiou por um trecho dando as orientações para chegarmos ao local da largada, distante uns 2,5 Km do hotel. Como conhecemos um pessoal de São Paulo e Belo Horizonte fomos conversando e o tempo passou rapidinho, além de chegarmos já aquecidos.

Chegamos no local da largada, na Praça do Buriti perto das 6:10, e o dia já estava clareando. Fizemos as tradicionais fotos pré-prova e nos preparamos para a largada. Devia ter perto de 4 mil atletas participando nessa prova que é meia maratona pura, sem distâncias alternativas.

Com um controle melhor, a largada foi feita em ondas, onde a cor do número de peito identificava o ritmo de cada um e o local de onde deveria se posicionar para largar. Bom também foi que o chip descartável ficava no número de peito, evitando assim que precisássemos abaixar para colocá-lo e tirá-lo do tênis. Só quem corre sabe como esse simples ato fica complicado no final.

Meu objetivo maior era tentar bater o meu recorde pessoal da meia maratona do ano passado de 1h38min29s. Diziam que essa era uma excelente prova para fazer tempo, mas tinha um porém que só descobri realmente durante a prova.

O tempo e a umidade eram as minhas principais preocupações. Lembro que quando largamos a temperatura indicada em um medidor na rua apontava 23 ºC. Prometia, pois isso era ainda perto das 7 horas.

Na largada saí no pelotão da faixa de 1h40min (tempo estimado da meia maratona) por isso não tive muito problema com a dispersão inicial, e também as ruas largas favoreciam. Como sabia que pela frente pegaríamos uma subidinha tentei manter um ritmo razoavelmente confortável, mas ganhando alguns segundos para poder compensar depois, sem exagerar.

Do 1º ao 3º Km fui bem tranquilo, pois só descia, e estava conseguindo ir no meu ritmo bom para o objetivo. Lembro que no primeiro posto de hidratação já peguei um isotônico. Estava com a boca seca. Aliás a hidratação nessa prova é excelente com postos de 3 em 3 Km com isotônico em saquinho e copos de água.



A partir do 3º Km acessamos o Eixão Sul e ainda me sentia confortável. Mas uma coisa me chamou a atenção quando avistei os atletas da elite já voltando do outro lado, incluindo o Solonei e um queniano. Todos fazendo uma certa força. Pois é, eu estava descendo e eles subindo. Na volta eu teria que fazer força também, e como.

Fizemos o retorno do Eixão próximo do 9º Km. Era o fim do trecho fácil. Era hora de encarar a subida, leve, porém extensa, já anunciada anteriormente, inclusive na Expo Golden.

Garmin - Golden Four Asics - Etapa Brasília

Até o 9º Km estava tudo muito bom e se mantivesse o ritmo com certeza seria meu recorde pessoal. Mas as subidas, por mínimas que sejam, acabam roubando preciosos segundos do nosso tempo. Após uma sequência de 4 paces acima de 4:50 min/Km do 10º Km ao 13º Km eu estava prestes a desistir (quebrar). Já sabia que não seria possível recorde pessoal e dificilmente um sub 1h40 sairia. A parte mais complicada do psicológico.

A subida duraria só mais até o fim do 14º Km e fui levando do jeito que suportava, pois sabia que depois disso o percurso seria bem mais favorável no Eixo Monumental, onde passamos pelos Ministérios, Catedral, Museu, Palácios, Congresso, Senado. Mas aí cadê o gás e a a disposição ? 

No 15º Km estavam entregando gel de carboidrato. Eu tinha tomado o meu no 11º Km e foi só, pois estava ficando até enjoado de tanto esforço. Não conseguia colocar nada na boca. Até água estava difícil.

Foi então que no Km 16, já naquele pensamento de simplesmente terminar a prova, passou por mim um pelotão de atletas pra me desanimar de vez. Mas foi exatamente o contrário, e aí começou a mudança. Entre o pelotão estavam os marcadores de ritmo de 1h39min, que eu inicialmente imaginava seguir. Como assim ? Eu ainda estava dentro desse tempo ? Foi a injeção de ânimo que me faltava. Durante um tempo sofri para tentar acompanhá-los, mas aos poucos parece que fui me recuperando daquele esforço da subida e consegui me manter a frente deles.


Não digo que foi fácil esse final, mas a medida que vencia os quilômetros e via a possibilidade de ainda fazer um sub 1h40min, ia me dando força psicológica porque a física já estava totalmente destruída. Não olhava mais nada em volta e seguia só eu comigo mesmo concentrado. No finalzinho avistei então uma placa enorme de 500 m para a chegada: os 500 m mais longos da minha vida.

Totalmente exausto e sem pernas entrei pela reta final que levava ao portal. Minha maior alegria quando avisto de longe o relógio ainda indicando 1h39min baixo. Era tempo suficiente para eu chegar dentro do sub 1h40min, mesmo porque ainda tinha a correção do tempo líquido. Aquela sensação de ter vencido uma batalha perdida foi indescritível. Não era recorde pessoal, mas com certeza foi a maior das minhas superações dentro de uma prova.

Cruzei a linha de chegada na Concha Acústica com o tempo líquido de 1h39min10s. Deu gosto de receber o lindo medalhão da prova. Golden Four ASICS e Brasília agora também são sub 1h40min !!! Logo em seguida chega o Enio também fazendo um excelente tempo. E um pouco depois a Sabine se superando com o seu melhor ritmo em meias maratonas. Todos muito felizes. Foi só comemoração e lógico, muitos registros. Simplesmente demais !!!

Ganhamos uma toalhinha da Asics e depois ficamos curtindo o pós-prova que tinha vários atrativos como massagem, banho de gelo, lanches, muitas pontos para fotos, inclusive um painel com o nome de todos os inscritos. Pude ainda encontrar com alguns amigos locais como o Danilo Confessor, e a Mara Okiyama, que completou os seus primeiros 21 Km e está de parabéns !!!

Liberados e de missão cumprida fomos almoçar na Galeteria Alpinus pra repor as energias e depois turistar um pouco mais pela feirinha, Torre das Antenas e a Catedral. O dia que parecia comprido ficou curto. Não deu pra ver tudo, mas esse é um bom pretexto para voltarmos ano que vem !!!

Percurso 2015 (21,24 Km)

 Retirada do Kit na Golden Expo - Em busca de uma tomada pra carregar o celular 

 No Pontão Lago Sul, com o Enio, a Sabine e a tia do Enio.
 Cenário do local da largada com a Sabine instante antes da largada 

 Debaixo do viaduto fazendo força
Uma das minhas chegadas mais emocionante
 Missão cumprida com Enio Augusto (Por falar em Corrida)
 Missão cumprida com a Sabine Weiler
 Missão cumprida com a Mara Okiyama de Brasília
 Todos de parabéns !!!
Essa não podia faltar
 
Medalha frente e verso
Certificado

Local da largada: Praça do Buriti - Brasília - DF
Loca da chegada: Concha Acústica - Brasília - DF
Data: 08/11/2015 
Horário: 7:00 Hs 
Distância: 21,097 Km (21,24 Km) 

Inscrição: R$ 108,00 (desconto 10% - assinatura Revista Contra-Relógio)
Kit: Número do peito com chip descartável, camiseta personalizada, viseira, sacola e lanche.  

Tempo: 1h39min10s
Pace: 4:40 min/Km

Colocação: 138 de 803 (categoria 40-49 anos)
Colocação: 476 de 2.513 (masculino)
Colocação: 507 de 3.783 (geral)

6 comentários:

  1. Meu amigo! Que show ler seu texto. Pude correr ao seu lado a cada linha lida. Demais mesmo!!! Acho que muita gente vai querer correr pelo menos uma Golden Four Asics na vida. E tem que mesmo. É o melhor circuito de corridas que já participei. Somos valorizados como atletas! Em todos os momentos. Parabéns pela superação e muuuuito obrigada pela parceria. Eu sabia que seria legal. Mas não imaginava que seria tão excepcional!!! Até a próxima, e que seja logo rsrsrsrs
    beijão

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    1. Querida Sabine, muito obrigado. Sabe que você foi a principal responsável por eu ter decidido participar das Golden Four Asics esse ano e por ter tornado tão especial esse final de semana. Sem dúvida nenhuma o excelente tratamento que eles dispensam aos atletas não vemos em nenhuma outra prova no Brasil. Um conjunto de serviços que agregam um valor muito superior ao da inscrição. Quem gosta de ser valorizado tem que comprovar de perto !!! Sinceramente, eu não sabia o que me esperava nessa viagem. Foi tudo meio sem grandes planejamentos, e no final não poderia ter sido melhor. Eu super curti a sua companhia, pois a sua energia e a sua alegria é contagiante. Você é uma pessoa muito especial e muito querida !!! Muito obrigado por tudo e agora só me resta desejar que tenhamos muitas e muitas outras em 2016 !!! Super beijo !!!

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  2. Que show, amigo, um super relato de uma excelente prova, não é mesmo ? Alguns amigos da minha equipe estiveram por lá, também. Todos adoraram a organização da prova. Beijo e bom findi.

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    1. Muito obrigado, amiga. Essa prova foi simplesmente demais. Que bom seria se todas fosse assim de organização e atenção aos atletas. Super recomendo. Bjão.

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  3. Excelente relato Eduardo, ele me fez reviver um dos momentos mais incríveis que já passei como corredor. Realmente a subida da prova não é muito forte, mas o fator psicológico faz toda diferença e dosar nesse ponto pode ser crucial para o resultado final, até porque não adianta o final da prova ser basicamente em descida se não tiveres pernas para acelerar, esse foi o meu pensamento.
    Parabéns pelo tempo e recuperação na prova!!! Foi uma pena não ter nos encontrado por lá. Um grande abraço!

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    1. Valeu, Alexandre. Gosto de de registrar essas provas pra poder ter uma ideia no futuro como se preparar. Quando me falaram da subida não imaginava como seria. E você mandou super bem, hein !!! Top 100 foi demais. Meus parabéns também. Uma prova dessa vale a pena pelo conjunto. Abração.

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