Maratona Caixa de Curitiba 2015 - PR
Fotos da maratona FB
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - A)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - D)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - K)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - U)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - A)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - D)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - K)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - U)
Esse ano, para completar a minha 10ª maratona quis voltar a fazer a maratona de Curitiba e tentar melhorar um pouco o meu tempo. Mesmo sabendo que é uma prova mais complicada de altimetria com os seus vários morros pelo percurso. Esse ano só tinha feito a Maratona de Santa Catarina onde tive que ser bem conservador, pois estava me recuperando de uma forte queda de imunidade.
A preparação não foi das mais adequadas. Encaixei várias provas, inclusive meias maratonas, durante o período de treinamento. Talvez não seja o mais certo a fazer nas semanas anteriores, mas são provas que eu queria muito fazer, como a Meia maratona de Pomerode e a Golden Four Asics Brasília. Não me arrependo, pois curti muito todas elas.
Para Curitiba saí na véspera de carro. Novamente fiquei no Hotel Bristol Centro Cívico que me parece mesmo ser a melhor opção para quem vai participar da maratona, pois fica a poucos metros da largada e da chegada da prova. No final da maratona qualquer economia de metros a percorrer faz uma baita diferença. Além disso também permitem um check out até às 14 horas.
A retirada do kit foi na Loja Pro Correr, no centro de Curitiba. Um lugar meio complicado de acessar em horário comercial por ser difícil estacionar e o local ter um tamanho físico limitado. É lógico que isso também provoca uma boa fila pro lado de fora da loja. Uma prova tradicional como essa já merecia uma Expo à altura. Tirando os produtos pra venda da loja não tem outros atrativo. O chip ainda é o retornável e tem o inconveniente de precisar ir mais cedo pra a sua retirada no dia da prova, e de conseguir retirá-lo depois de percorrer os mais de 42 Km.
No dia da prova, como a largada do pelotão geral estava prevista para às 7:15 e o hotel estava lotado praticamente pelos atletas, foi adiantado o café da manhã para às 5:30, o que ajudou muito para podermos fazer uma boa alimentação pré-prova.
Na noite anterior temi pela temperatura e pelo sol. Na véspera, chegou a bater 33 ºC, bem abafado. Nada bom para se fazer uma maratona. Mas para a nossa felicidade o dia amanheceu fresquinho e o sol não abriu.
Eu estava um pouco ansioso, pois esta seria a minha 10ª maratona, e queria terminá-la bem. Mas quem estava ansiosa mesmo era a Lu, fazendo a sua estreia na maratona. Por lá ainda encontrei alguns outros amigos de Santa Catarina que embarcavam também nesse desafio: Klauber, Neemias, Caio, Raulino, Jonas, Vilmar e o Bruno que acompanhou de bike.
Na largada acabei ficando mais ao meio, pois para uma maratona não fazia muita diferença e até seria bom para segurar um pouco o ritmo inicial. A ideia era tentar levar a prova em um pace médio entre 5:20 e 5:25.
Como nos anos anteriores havia uma presença grande de assessorias esportivas. E muita gente nas ruas e arquibancada para assistir. As opções de distâncias de 5 Km e 10 Km também contribuem bastante para movimentar o evento como um todo e tenho certeza que fazem nascer futuros maratonistas.
A largada geral da maratona foi às 7:15. A das distâncias alternativas de 5 Km e 10 Km ocorreu cerca de 30 minutos depois. Não me aqueci porque pretendia fazer isso naturalmente durante o início. Todos naturalmente largando ainda muito animados e com o apoio da plateia que acordou cedo para assistir.
Comecei bem tranquilo. Sabia que não iria tão devagar quanto deveria e nem tão rápido como poderia. Me concentrei em ficar com pace próximo de 5:20. O complicado é que esse início são vários trechos com pequenas subidas e descidas e manter uma certa regularidade fica difícil. Pior que um pouco depois da largada começou a dar vontade de ir ao banheiro. Nem tinha se passado 2 Km, mas ficou martelando no meu psicológico.
Mais cedo ou mais tarde teria que parar. Foi quando quase completando o 5º Km passei por um banheiro químico e um senhor estava saindo. Não pensei duas vezes. Garanti a oportunidade. Pit stop super rápido. Devo ter perdido uns 20 segundos o que me deu ainda um pace de 5:37 no quilômetro.
Mais cedo ou mais tarde teria que parar. Foi quando quase completando o 5º Km passei por um banheiro químico e um senhor estava saindo. Não pensei duas vezes. Garanti a oportunidade. Pit stop super rápido. Devo ter perdido uns 20 segundos o que me deu ainda um pace de 5:37 no quilômetro.
Nesse início encontrei o Raulino, aqui de Floripa e o meu primo Ossamu de São Paulo, com os quais corri junto por alguns poucos quilômetros. Depois cada um seguiu no seu ritmo. O Klauber também me alcançou e seguimos por uma boa parte do percurso. Ele também não queria forçar muito e encaixamos um ritmo semelhante.
O dia não estava muito quente, algo em torno de 23ºC, mas em todos os postos de hidratação eu pegava pelo menos um copo de água para dar um molhada na boca e na cabeça, sem exageros pra não ficar super hidratado. De vez em quando também bebia um pouco de isotônico.
Logo depois da passagem pelo 10º Km tomei o meu primeiro gel de carboidrato e a primeira cápsula de sal. Do 10º Km ao 20º Km é o trecho que eu acho mais fácil correr em uma maratona. Já estamos bem aquecidos e ainda não muito cansados. É onde consigo manter um ritmo melhor. As subidas e descidas não paravam. Nesse meio tempo o Bruno que estava de bike e que deu suporte ao Klauber se aproximou e foi conosco fazendo uma boa cobertura fotográfica e de filmagem. Muito legal os registros. Quase fechando a meia maratona o Klauber teve que fazer um pit stop e depois não o vi mais durante a prova.
Passei pelo 21º Km com pouco mais de 1h51min. Tempo bem razoável para as minhas pretensões. Nesse ponto também, muitos atletas paravam e outros começavam para fazer um treino de luxo de meia maratona. Por isso fica um certo agito no local. Também tem um banheiro químico nesse ponto, mas dessa vez não precisei usar.
Para me distrair um pouco e o tempo passar um pouco mais rápido comecei a contar quantos atletas eu passava e quantos passavam por mim a partir dessa metade Pelo menos me animava um pouco.
Tomei então o meu segundo gel de carboidrato próximo do Km 23 e foi o último. Depois não consegui mais. Estava difícil engolir qualquer coisa. A cápsula de sal tomei próximo do Km 28 e também deu. Acabei não seguindo muito o planejamento. Não sei o quanto isso afetou, mas estava difícil.
Nesse trecho entre o 20º Km e o 30º Km também consegui manter bem o ritmo pretendido. A essa altura estava correndo sozinho e continuando a contagem. Diria que foi tão bom quanto o trecho anterior. Isso tinha me deixado mais animado.
Pouco depois do Km 30 entramos pela extensa Av. Marechal Floriano Peixoto que se iniciou com uma boa subidinha. Foi aí que senti a minha primeira fisgada na perna. Ainda fraca, mas que já começava a me dar um pouco de preocupação. Também sentia um dedinho do pé se machucando com o atrito do tênis. Até fui alternando um pouco o modo das passadas. Do outro lado, já voltando, fiquei contente de ver a Lu, que estava com uma parcial de tempo muito boa. Ela estava pelo menos uns 2 Km à minha frente.
Sentia que a maratona estava começando. Passei por uma assessoria esportiva que estava distribuindo doces. Peguei uma paçoca, mas nem consegui comer direito. Impossível correr e comer paçoca ao mesmo tempo. Lembrei que ano passado tinha começado a sentir fortes dores no joelho no Km 34 e esse ano tomei um Advil antes que isso acontecesse. E funcionou.
Ainda estava conseguindo manter um bom ritmo, próximo de 5:20 min/Km até o 35º Km, mas as fisgadas começaram a ficar mais frequentes. O movimento das pernas já não estava tão limpo. Começava a ter que mudar um pouco mais as passadas, pois uma cãibra forte a essa altura poderia acabar com a minha maratona. Reduzi o ritmo.
Os últimos 7 Km posso dizer que foram de muito esforço e receio. Sentia que poderia ir um pouco mais forte, mas quando esticava a perna as fisgadas me lembravam que elas estavam por lá. Foi por aí que desisti de brigar pelo meu recorde pessoal da maratona que é de 3h45min20s na maratona de Porto Alegre no ano passado. Preferi não correr o risco e tentar pelo menos melhorar o tempo dessa maratona.
A sensação que eu tinha era de que estava correndo em câmera lenta essa parte final, principalmente após o 38º Km. Cada vez mais limitado. Mas é a partir daí que o incentivo vindo do público nas ruas começa a te empurrar. Vários pontos com distribuição de coca-cola e doces, não da organização, mas de voluntários e de assessorias esportivas. Muito legal essa receptividade do público. Mesmo assim, eu não podia forçar mais nada. Tinha que levar a passos curtos.
Faltando menos de 3 Km eu já não conseguia mais pensar em nada. Nem olhava mais o ritmo no garmin e nem conseguia mais fazer a minha contagem. Deve ter ficado em torno de 220 atletas que passei e uns 35 que me passaram. Começava a ficar mais frequente também os atletas caminhando, correndo tortos e se alongando pelo percurso. Eu seguia tentando concluir sem caminhar, mas a passos de tartaruga.
Só pensava em vencer os últimos morros e entrar pela avenida principal que levava ao portal de chegada. Quando você chega nessa parte a energia se renova um pouco e até daria pra dar uma forçada no ritmo se as minhas pernas não estivessem em estado tão crítico. O apoio do público nessa reta final é incrível e empurra qualquer um. Só quem vivencia essa experiência pode sentir como é uma chegada de maratona em Curitiba. Simplesmente demais.
Eu ainda tive uma última fisgada a poucos metros da chegada e por conta da empolgação, mas aí eu chegaria nem que fosse rolando ou engatinhando. Morrer na praia não iria. Cruzei o portal de chegada com o tempo líquido de 3h50min59s. Consegui melhorar o meu tempo da Maratona de Curitiba de 2014, que era de 3h52min17s, e a marca do ano para o ranking brasileiro de maratonistas.
Cheguei muito exausto como sempre e demorei uns 15 minutos até conseguir me recuperar. É nessa hora que eu digo como é complicado tirar o chip do pé para poder receber a medalha. Aliás, dessa vez a medalha finalmente veio com o diferencial no verso constando a distância da maratona, 42 Km, e me parece que um pouco maior que o das provas alternativas de 5 Km e 10 Km.
A minha grande amiga, Luísa, fez uma prova brilhante na sua estreia e fechou a maratona com um tempo de 3h36min, conquistando a 2ª colocação na categoria. Correu muito e mereceu essa conquista por todo o seu esforço e dedicação. Super parabéns, Lu !!!
Essa maratona já faz parte do meu calendário e tenho certeza que ainda posso melhorar muito.
Alguns pontos que geraram muitas reclamações e valem a pena ser registrados:
1) A presença muito grande de ciclistas acompanhando a prova e dando apoio aos atletas. Alguns disputando espaço em alta velocidade e manobras perigosas.
2) Reclamações da fila enorme na retirada do chip no dia da prova, fazendo com que alguns atletas perdessem a largada.
3) Demora na divulgação da premiação.
Percurso 2015 (42,780 Km)
Meu primo Ossamu de São Paulo
Eu e a Lu na tensão pré-largada de maratonaSaidinha pro lado para tirar a foto
Em frente ao museu Oscar Niemeyer
Eu e o Klauber corremos juntos por uns 15 Km
Nem lembro que passei por aqui.
Metros finais
Só comemorar
Medalha desse ano com a indicação dos 42 Km
Local: Praça do Centro Cívico - Curitiba/PR
Data: 15/11/2015
Horário: 7:15 Hs
Distância: 42,195 Km (42,780 Km)
Inscrição: R$ 91,69
Kit: Número do peito, camiseta, viseira, meia, toalha,2 paçoquinhas e sacolinha.
Kit: Número do peito, camiseta, viseira, meia, toalha,2 paçoquinhas e sacolinha.
Tempo: 3h50min59s
Pace: 5:23 min/Km
Pace: 5:23 min/Km
Colocação: 060 de 213 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 433 de 1503 (masculino)
Colocação: 453 de 1799 (geral)
Colocação: 433 de 1503 (masculino)
Colocação: 453 de 1799 (geral)
Sem mais nem menos, relato show e maratona show !!!
ResponderExcluirValeu, Neemias. Pode não ser a melhor altimetria para se estrear em uma maratona, mas no quesito apoio do público é a melhor !!! Parabéns pelo seu grande resultado. Abraço.
ExcluirAs bicicletas estavam terrível , tive por várias vezes disputar um espaço entre elas.
ResponderExcluirParabéns pela corrida !
É verdade, Roger. Alguns ciclistas bem sem noção cortando e em alta velocidade a área dos atletas. Mas isso são alguns e vai do bom senso de cada um. Também me achei complicado em algumas situações, mas conseguimos chegar bem. Obrigado e parabéns também pela maratona !!! Abraço.
ExcluirOlá Eduardo, gostei de seu relato detalhado de como foi sua 10a Maratona. Continue a nos visitar aqui em Curitiba, será um prazer ter vc correndo por aqui. Também fiz PA em 2014 e concordo q é muito difícil bater record pessoal de 42K em Curitiba. Parabéns pelo tempo abaixo das 4h e por melhorar seu resultado.
ResponderExcluirOi Tony. Muito obrigado. Ah sim, com certeza, Curitiba é uma das maratonas que ficam no meu calendário. Muito legal mesmo correr por aí. Ano que vem devo fazer as duas novamente POA e Curitiba e agora a meta é sub 3h45min. Valeu mesmo. Abraço.
ExcluirPARABÉNS, amigo, és um grande guerreiro.
ResponderExcluirOlá Eduardo!! Muito bom e instrutivo seu blog. Um dos melhores de corredores que já visitei. Parabéns.
ResponderExcluirEu sou um iniciante nas corridas. Tenho 39 anos e comecei efetivamente exatamente na maratona de Curitiba treinar serio. De lá pra ca sai de 107 kg para 95 kg. Já sustento um pace de 6'15" nos 5K e meu teste dos 3k eu fiz em pace medio de 5'57. Sua evolução desde 2009 são um estimulo para mim. Impressionante.
Olá! Muito obrigado. Fico muito feliz com as suas palavras. Que legal, eu também comecei com 39 anos a correr, mas foi na Maratona de Santa Catarina (fiz os 10 Km). Eu criei o blog para ver como eu ia evoluindo e não perder as informações. Você vai ver como vais melhorar muito nos 2 primeiros anos. Siga em frente. Vale muito a pena. Abração. (não achei o seu nome, veio como anônimo).
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