quinta-feira, 30 de agosto de 2018

26/08/2018 - Maratona Internacional de Floripa / SC

Foto: Foco Radical

Maratona Internacional de Floripa 2018

Planejei a Maratona Internacional de Floripa para ser um dos marcos importantes na "Minha vida de corredor". Primeiro para comemorar a minha 15ª maratona (42 km) individual e segundo pra comemorar a minha 350ª corrida. Não poderia deixar passar esses números em branco e tinha que ser em uma grande prova.

Com a inscrição já confirmada desde o início do ano essa era a minha maior aposta para entrar novamente no ranking da Revista Contra-Relógio, cujo meu tempo da minha faixa etária deveria ficar abaixo de 3h55min. Quando nos programamos para uma maratona parece que falta uma eternidade e vamos deixando os treinos longos para mais perto e quando nos damos conta já estamos em cima da hora.

Minha preparação não foi das melhores. Depois da Maratona de Porto Alegre me sentia meio desanimado e fraco, não tendo disposição para treinos mais longos. Também estava tentando fazer uma alimentação mais "low carb". Além disso, faltando pouco mais de um mês para a maratona comecei a sentir uma dorzinha chata na lateral da cintura, após uma corrida forte de 5 km. Pensei  em trocar a distância para os 21k, mas decidi arriscar ainda nos 42k.

Em resumo, consegui treinar as distâncias mais longas (25k, 30k e 32k) faltando apenas 3 semanas para a maratona e com intervalos curtos. Basicamente só na rodagem mais leve, ainda por conta da dorzinha que não me deixou durante todo esse tempo. Voltei a comer arroz, feijão, pão, massa e senti uma disposição maior para realizar esses treinos.

A organizadora da prova foi novamente a AT Sports, que não mediu esforço para colocar na rua o maior evento de corridas de rua de Santa Catarina, alcançando a marca de 8 mil atletas inscritos, conforme divulgado. Só na distância de 42k foram cerca de 2.000 inscritos. Muito legal ver toda essa movimentação aqui em Florianópolis, pois isso promove o turismo e a economia na região.

A entrega dos kits foi realizada na Loja Decathlon da SC-401. Foi realizada durante a quinta, sexta e sábado, no horário de funcionamento da loja. Fui retirar o meu e o kit da Aninha, que estava inscrita na prova de 5km, ainda no primeiro dia. Estava tudo bem tranquilo e não peguei fila alguma. Mas eu sabia que no sábado, último dia, seria bem mais complicado por causa da chegada de grande parte dos atletas vindos de fora. Quando eu vou correr fora em grandes provas tenho esse inconveniente. Menos mal que dessa vez era em casa e pude ir antes.

A camiseta do kit e a medalha lá expostas foram motivo de admiração entre os atletas e foram muito elogiadas. No kit ainda continha uma revista com todas as informações sobre a prova, muito útil. Também foi possível fazer a personalização da camiseta pelo valor de R$ 20 a linha. Como estava bem tranquilo fiz a personalização da minha e depois fui fazer umas comprinhas pela loja.


Esse ano, além da maratona, tinha as distâncias de 21 km (meia maratona) solo, 10 km e 5 km. O percurso da maratona foi o único que passou por cima das duas pontes, indo até o final da beira mar do estreito, quase na altura da Marinha. As outras distâncias tiveram seu percurso limitado ao lado da ilha.

Uma novidade anunciada para esse ano foi a disponibilização de um aplicativo para poder acompanhar o desempenho de cada atleta em tempo real, durante a prova. Muito bom pra quem não pôde ir pessoalmente ou quis acompanhar os amigos ou parentes do conforto de casa. A organização também promoveu no sábado, véspera da prova, um jantar de massas para os atletas. O preço por pessoa foi de R$ 35.

Para não complicar muito o trânsito no dia os horários da largada foram bem cedo, com maratona saindo às 6h10min, a meia maratona às 6h30min, e os 5km e 10km às 6h50min. No domingo, fomos para a prova ainda de madrugada, às 4h45min, sob uma linda lua cheia. Conseguimos estacionar bem em frente a arena do evento. Importante isso, principalmente ao fim de uma maratona.

Uma grande estrutura estava montada no bolsão do Trapiche, com ampla área de massagem, banheiros químicos, tendas de serviços, tendas de assessorias esportivas, palco de premiação, guarda volume, cafezinho Três Corações e muitos painéis para tirar foto.

Logo foram chegando os maratonistas, que largariam primeiro, e rapidamente uma multidão já tomava conta da arena. Não teve largada em ondas, por isso me posicionei mais a frente juntamente com os amigos da maratona. Ainda estava escuro e tempo friozinho com cerca de 11ºC. Optei por largar somente com camiseta de manga longa, sem corta-vento, embora estivesse gelado.

Pontualmente às 6h10min foi dada a largada para os cerca de 2.000 prováveis maratonistas. Seguimos no sentido da Ponte Colombo Salles onde iniciamos a sua travessia a partir do 3º km. Meu primeiro pace saiu meio alto, tentando me estabilizar dentro do ritmo alvo de 5:30 min/km. Nesse início correr nesse ritmo parecia bem fácil.

A travessia pela ponte é em subida predominantemente por quase 1 km. Só depois é que ela desce permitindo dar uma recuperada no ritmo. No 5º km acessamos a avenida beira mar do estreito e corremos por uma longa reta até praticamente o final do balneário do estreito. Eu fui bem tranquilo durante toda essa parte, conseguindo manter um ritmo abaixo do esperado e sem fazer grandes esforços. Só uma coisa me incomodava, a bexiga estava cheia de novo. Tinha ido pouco antes da largada, mas com o dia frio, a vontade voltou..

Procurei um banheiro químico pelo caminho, mas quando chegava perto, parece que todos tinham a mesma ideia e acabei desistindo pra não ficar lá esperando. Com 8,4 km percorridos, fizemos o retorno e voltamos. Outra chance de tentar o banheiro na volta, mas também não deu e continuei. Quase no final da beira mar do estreito achei um terreno com mato meio escondido. Foi lá mesmo. Valeu a pena e me aliviou bastante. Sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que fazer esse pit stop. Nesse km o meu pace subiu para 5:53 min/km.

Quase chegando no 12º km pegamos um pequeno trecho/atalho (em subida) para entrar na outra ponte, a Pedro Ivo Campos, por onde corri pela primeira vez na pista mais à esquerda. Nunca tinha feito isso antes. Acabamos o trecho da ponte com cerca de 13 km percorridos. Até esse momento estava tudo indo bem e ritmo encaixado.


De volta à ilha, acessamos a Rod. Gov. Gustavo Richard, no sentido da via expressa sul. Tomei o meu primeiro gel de carboidrato e mais a frente a minha primeira cápsula de sal. Passamos então pelo túnel Antonieta de Barros para chegarmos a Rod. Aderbal Ramos da Silva (via Expressa Sul). Fora do túnel estava friozinho, mas dentro deu uma esquentadinha. Os atletas de elite nesse ponto já vinham voltando. Segui reto até 19,6 km, onde foi o retorno.

Na volta, próximo da Costeira do Pirajubaé, fiquei de olho no tempo da minha meia maratona (21 km) e passei com pouco mais de 1h53min. Fiz aquela conta rápida multiplicando o tempo da meia por 2 e se repetisse o desempenho nessa 2ª parte poderia completar a maratona em 3h47min. Ainda tinha uma certa folga para o meu objetivo principal que era de fazer um sub 3h55min para poder entrar no ranking de maratonistas.

Foto: Foco Radical

O problema é que a partir daí, o corpo já não respondia como antes e os paces começaram a girar em torno de 5:30 min/km, que era a ideia inicial de se fazer. Com 24 km percorridos estávamos novamente passando pelo túnel, só que dessa vez indo no sentido da UFSC. Estava fazendo a minha hidratação bebendo água posto sim, posto não. Isotônico, eu tomei só quando deu vontade e estavam sendo distribuído em copinhos em um dose boa. Também peguei gel no primeiro ponto de distribuição, mas no segundo dispensei.

Já no viaduto Rita Maria para acesso à beira mar norte um outro atleta passou por mim comentando: "Agora é a hora de arrumarmos a postura e o look". Estávamos chegando no 28º km, ponto de onde partimos e onde estava concentrada toda a estrutura do evento. Um grande público ao redor formando longos corredores apoiavam os corredores que por lá passavam. Boa parte dos atletas das outras distâncias já tinham chegado, inclusive a Aninha e a Adriane, que correram os 5 km. Foi muito bom e energizante ouvir aqueles gritos de incentivo na minha passagem. A gente até tenta arrumar a postura e acelera um pouquinho mais.

Havia comentado com a Aninha que dentro da normalidade deveria estar passando naquele ponto com cerca de 2h30min, e passei bem próximo disso, com um pace médio de 5:27 min/km até então. A partir dali faltariam somente 14 km feitos em ida e volta até a UFSC para completar os 42 km.

Nesse trecho de ida pela beira mar norte aos poucos as pernas começaram a pesar e o ritmo foi caindo gradativamente, mesmo com a sensação de esforço parecer ser a mesma. Tomei o meu outro gel de carboidrato, e a cápsula de sal deixei cair todas no chão e fiquei sem. O retorno final parecia não chegar nunca e as minhas pernas já estavam pesadas demais.

Fiquei com aquela vontade de caminhar, mas mentalizei aguentar pelo menos até o retorno, que seria na altura do 35º km. Fiz força pra não caminhar antes, mas após o retorno não teve jeito. Não estava mais aguentando. Eu queria manter pelo menos o pace de 6 min/km, mas nem isso foi possível. Até nas costas e abdômen começaram a dar cãibras ao fazer qualquer movimento mais brusco. Nas pernas eu ainda conseguia administrar.

Nesses 7 km finais eu estava intercalando entre caminhadas e trotes. Já sabia que o índice para o ranking que queria e o sub-4h não iam sair. Cada km foi ficando mais demorado e mais longo. Se de um lado assistimos vários atletas passando e dando aquela força pra continuarmos, por outro, assistimos o quão grande é o esforço de alguns outros guerreiros e guerreiras que se arrastavam com o único objetivo de completar a maratona. Talvez seja isso que encante tanto uma maratona, a força da superação.

Faltando cerca de 3 km os amigos Zé Aguiar e a Aline apareceram e me acompanharam no percurso durante alguns minutos dando uma força pra eu não parar. Queria seguir com eles, mas as dores e a iminência das cãibras não deixaram. Continuei, mas seguindo do jeito que dava.

Já estava avistando ao longe o portal de chegada e ainda naquela alternância entre caminhada e trote fui me aproximando. É indescritível a sensação de quando estamos chegando e passamos por um longo corredor formado pelo público presente. É o momento mais gratificante que nos dá até arrepio de tanta energia recebida. Eu já estava totalmente sem forças e com dores quase insuportáveis, mas com aqueles gritos de apoio de amigos e até de pessoas desconhecidas esquecemos de tudo por alguns momentos e fazemos questão de chegar correndo para cruzar a linha de chegada.

(Foto: Foco Radical)

Mal eu sabia que logo após cruzar o portal, ao desacelerar, aquela cãibra que ensaiou vir o trecho final inteiro, chegou e chegou com força. Literalmente congelei após um metro depois da chegada com fortíssimas dores. Sorte que o amigo Anderson estava por lá para ajudar no alongamento. A equipe médica também foi me socorrer, mas foi só cãibra mesmo.


Foto: Ana Paula Marcon

Após alguns minutos sendo atendido e imóvel, pude fazer a minha hidratação e fui agraciado com uma coca-cola bem gelada, que a Aninha gentilmente havia comprado para esse momento e me foi entregue pelo Gabriel (filho do amigo Fausto Egidio). Naquela hora era tudo o que eu precisava. Caminhei lentamente para receber a tão suada medalha dos 42 km. Muito linda mesmo e com figuras alusivas a Florianópolis.

Pensei ainda em fazer uma boa massagem, que estava sendo realizada na tenda da Elementos Assessoria das amigas Fran e Rose, mas fiquei enjoado e a fila estava bem concorrida. Eu precisava sentar e descansar urgente.

Como eu sempre digo, cada maratona é uma história e uma batalha a ser vencida. Gostei muito dessa nova edição como um todo. Percurso diferente e atrativo com a passagem pelas duas pontes e a inclusão do trecho da beira mar do estreito, sem voltas. Hidratação com bastante água, isotônico em copo e reposição com gel de carboidrato GU, bem distribuídos pelo percurso. Placas de quilometragem bem posicionadas e aferição perfeita, uma boa estrutura na arena do evento, linda camiseta e medalha muito bonita. Eu até cogitava a ideia de parar de fazer maratonas, mas acho que volto pra edição do ano que vem !!!

Posteriormente ouvi vários relatos de problemas quanto a falha de sinalização e orientações de retorno para alguns atletas nas provas de 5 km e 21 km. A organização assumiu a falha e ainda no final do dia se pronunciou a respeito do ocorrido. Ainda ofereceu inscrição gratuita aos participantes da prova de 5 km e alguns dos 21 km que foram prejudicados. Achei uma postura muito justa da organização e já mostra o compromisso para fazer um evento ainda melhor em 2019. Particularmente, na maratona, achei a prova perfeita.

Percurso 2018 (42,22 km)
Kit da Maratona Internacional de Floripa
Galera chegando, ainda escuro e frio
(Foto: Ana Kátia)
Maratonistas aguardando a largada
Parte tranquila. Suave na nave.
(Foto: Foco Radical)
Saindo do túnel Antonieta de Barros
(Foto: Foco Radical)
Na beira mar norte com o amigo Naito
(Foto: Foco Radical)
Finalmente, a chegada. Tempo líquido: 4h06min16s
Medalha simplesmente linda
Eu e a Aninha com as medalhas de 42km e 5km

Certificado de Maratona Internacional de Floripa

Local da largada: Trapiche da Beira-mar norte - FLN/SC
Data: 26/08/2017
Horário: 6:10 hs
Distância: 42,195 Km (42,220 km)

Inscrição: R$ 80,00 primeiro lote (em Out/2017) - Cortesia
Kit: Sacola biodegradável, 1 amostra atrito zero, camiseta, barrinha de salada de frutas Banana Brasil, 1 sachê de cappuccino, 1 saquinho de suco em pó, número de peito com o chip descartável.

Tempo: 4h06min16s
Pace: 5:51 min/Km
Tênis: Puma Speed 600 Ignite (verde)

Colocação: 0118 de 0186 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 0778 de 1212 (masculino)
Colocação: 0912 de 1635 (geral)

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

12/08/2018 - Circuito Banco do Brasil de Corrida - Etapa Florianópolis

Foto: Foco Radical
Circuito Banco do Brasil de Corrida - Etapa Florianópolis

Resultado 5 km e 10 km

Me lembro que no ano passado eu lamentava por esse circuito não estar fazendo parte do calendário das corridas de rua de Santa Catarina. E que bom que em 2018 a etapa de Florianópolis integrou a lista desse Circuito Banco do Brasil de Corrida. Posso dizer que foi uma das melhores corridas de rua que já participei.

A inscrição poderia sair bem em conta pra quem é cliente Ourocard função crédito, saindo por R$ 40 (metade do preço da inscrição com kit básico). Eu e a Aninha acabamos ganhando de presente de aniversário da minha irmã, Juliana. Ambos optamos pela distância de 10 km. Como seria em um percurso plano e em asfalto, eu queria testar como estava a minha velocidade nessas provas mais curtas, pois ultimamente só tenho treinado rodagem em função da maratona.

A entrega dos kits foi feita na Loja Centauro do Floripa Shopping e ocorreu somente no sábado, véspera da prova, das 10h às 18h. Segundo a organização estavam inscritos cerca de 1.800 atletas nas distâncias de 1km, 5km e 10km. Fui próximo da hora do almoço com o meu filho e estava bem tranquilo, sem fila alguma. Não teve grandes burocracias para retirada dos kits para terceiros. Peguei também o da Aninha e da Adriane. Para os inscritos ainda tinha 20% de desconto nos tênis ASICS da loja.

Uma grande estrutura foi montada ao redor da Praça Sesquicentenário, local da largada e chegada da corrida. Para garantir uma vaga pra estacionar mais próximo chegamos por volta das 5h45min da manhã, ainda escuro. Na arena, várias tendas de serviços disponíveis aos atletas, inclusive com organização com senhas. Tinha serviços de guarda-volume, massagens, teste de pisada, exame de bioimpedância e até uma espaço infantil para a criançada, além de vários painéis para fotos, inclusive com mensagem alusiva ao Dia dos Pais. Até o dia ajudou, com o tempo fresquinho, sem muito vento e sem chuva.

Já fazia uns 2 meses que não estava treinando velocidade e nem tiros, por isso a minha expectativa era chegar o mais próximo possível dos 45 min na distância de 10 km. Não consegui fazer um bom aquecimento. Fiquei conversando com os amigos e quando vi já estava na hora. No número de peito dos atletas estava escrito o pelotão de cada um, identificado por cores, para o posicionamento na largada. Tive a sorte novamente de estar no pelotão Quênia e sair lá na frente, junto com o Gustavo e a Virna do vôlei que eram padrinhos do evento. O acesso a cada uma das baias foi bem rigoroso com checagem atleta a atleta.

A largada, prevista para às 7 horas, foi pontualíssima. Todos os atletas da distância de 5km e 10km partiram inicialmente no sentido da Ponte Hercílio Luz. O bom de sair na frente é que pegamos a pista limpa, mas o ruim é que saímos cantando pneu. Até que consegui me controlar um pouco.

Fiz o meu 1º km com pace de 4:29 min/km. E queria tentar manter o pace próximo disso ao longo de toda a prova. Corremos até chegarmos embaixo da Ponte Hercílio Luz, onde foi feito o retorno, com cerca de 1,8 km percorridos. Voltamos pela outra pista da avenida beira-mar norte, que estava fechada para os atletas. Passamos em frente ao local da largada, com 3,6 km, e seguimos então no sentido do viaduto de acesso ao norte da ilha. Nesse momento já ouvia o locutor anunciar a chegada do campeão da prova de 5km, o amigo Leandro Heinze. Chegou sobrando. Meus parabéns !!!

Eu segui tentando manter o meu ritmo e consegui ir bem até o 5º km. Os atletas dos 5 km retornaram antes. Nós, dos 10km, continuamos reto até um pouco depois do bar Koxixo´s, onde completamos cerca de 6,8 km percorridos. Nesse ponto fizemos o retorno e depois seguimos finalmente no sentido do local da chegada.

Estava com a boca seca e peguei um copo de água na ida e outro na volta para hidratar e molhar a garganta. Um item a se destacar é que o percurso dos 10km não foi feito em duas voltas, como acontece na maioria das vezes nas corridas na beira mar.

Na volta, reparei que vinha sendo acompanhado logo atrás por umas motos batedoras. Era o amigo Geraldo Protta que vinha puxando a líder feminina dos 10 km, Ana Teixeira. Só lembro dele pedir para ela me acompanhar nesses pouco mais de 2 km e para eu puxá-la. Segurei um pouco o meu ritmo até ela chegar (8º km e 9º km) e fomos juntos lado a lado por um tempo. Um dos batedores se aproximou e disse que eu não poderia acompanhá-la sob pena dela ser desclassificada. Não entendi muito bem. Então, acelerei um pouco e segui um pouco mais à frente.

Já na reta final ela encostou novamente e correu para vencer a prova feminina dos 10 km na 1ª edição do Circuito Banco do Brasil de Corrida - Etapa Florianópolis. Foi legal de ver a sua chegada, pois acompanhei de perto todo o esforço que ela fez pra sustentar o ritmo. E a chegada ficou mais bonita ainda com a narração do amigo Giovanni Martinello (vide vídeo abaixo). Foi a 1ª corrida de rua da Ana Teixeira em Florianópolis e já chegou vencendo. Está de parabéns !!!


Eu cheguei tentando ficar na casa dos 45 min alto, mas não deu por alguns segundinhos. Mesmo assim gostei da prova que fiz. Cruzei o portal com o tempo líquido de 46min09s. Quando olhei o Garmin vi que o mesmo tinha registrado o percurso exatos 10 km. Aferidíssimo e bom para se tentar um RP ! Rapidamente dei uma respirada, me hidratei, retirei a medalha e peguei o isotônico (em saquinho) e algumas frutas.

Fui então ao encontro da Aninha ver a sua chegada. Dessa vez fiquei bem próximo do portal para os devidos registros. Ela veio bem animada e chegou até saltando ao cruzar a linha de chegada. Também fez uma excelente prova e ficou contente com o resultado.

A premiação foi rápida, pois foi somente para as categorias gerais. Não teve premiação por faixa etária. Já descansados aproveitamos um pouco da estrutura oferecida pelo evento: fiz massagem, tiramos foto com os jogadores de vôlei Virna e Gustavo e ganhamos uma camiseta autografada por eles, peguei uns balões com gás hélio para o "Gabi", e alguns amigos aproveitaram pra fazer o teste da pisada e o exame de bioimpedância. Outros ainda se divertiram dançando Zumba. Eu não pude ficar por mais tempo porque era Dia dos Pais e já tinha almoço programado com o filhão.

Me surpreendi positivamente pelo evento como um todo e gostaria muito que se mantivesse nos próximos anos essa etapa. Pontualidade. Percurso plano, em asfalto, e rápido. A distância de 10 km bem aferida, em apenas uma volta e com vários postos de hidratação. Uma excelente estrutura montada para receber os atletas com vários serviços e atrativos, inclusive para as crianças. Resultado rápido e com certificado. Disponibilidade do vídeo da chegada e fotos grátis pelo Ativo Foto Clube.


Percurso Circuito Banco do Brasil de Corrida - Etapa Florianópolis (10,02 km)
 Kit do Circuito Banco do Brasil de Corrida - Etapa Florianópolis
Amamos correr. Será ?
Painel para fotos - Dia dos Pais
No pelotão Quênia, com a Adriane, a Virna e o Gustavo do vôlei
 Acelerando, com a Ponte Hercílio Luz ao fundo
(Foto: Foco Radical)
Aninha acelerando na reta final
(Foto: Ativo Foto Clube)
 A cara feia era do Sprint final na chegada
(Foto: Ativo Foto Clube)
 Sessão de fotos com os jogadores de vôlei, Virna e Gustavo

Galerinha contente no final da prova. Ganhamos até balão de gás Hélio.
Eu e a Aninha com a atleta Aline Trancoso de Curitiba.
Do Instagram para a vida real. Super simpática.
Certificado
Medalha da prova, camiseta autografada e balões de gás Hélio

Local: Praça Sesquicentenário - FLN/SC
Data: 12/08/2018
Horário: 07:00 hs
Distância: 10km (10,02 km)

Inscrição: R$ 40,00 para correntista OuroCard (presente)
Kit: Sacola térmica, camiseta, chip descartável e número de peito.

Tempo: 46min09s
Pace: 4:37 min/km
Tênis: Asics Hyper Speed 6

Colocação: 10 de 019 (categoria 45-49 anos - aproximado)
Colocação: 48 de 199 (masculino - aproximado)
Colocação: 49 de 285 (geral - aproximado)

Concluintes 05K aproximado: 420 atletas
Concluintes 10K aproximado: 285 atletas

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

29/07/2018 - Meia Maratona de Brusque 2018

Foto: Foco Radical
Meia Maratona de Brusque 2018


Nesse final de semana voltei a correr na cidade de Brusque. Raramente tenho sorte, mas dessa vez ganhei a inscrição em um sorteio promovido pelo amigo Renato e a Confraria das Corridas do amigo Fausto Egídio, em prol da ajuda no custeio do tratamento da nossa querida atleta, D. Eni, que segue se recuperando bem, e já até voltou a participar das corridas.

Estou com os treinos comprometidos por causa da uma dorzinha na lateral direita do quadril que me apareceu há duas semanas, na Corrida Track & Field do Continente Shopping em um prova de 5 km. Contava com essa meia pra ser parte do treino para a Maratona de Floripa no final do mês de agosto próximo.

A minha parceira de sempre, a Aninha, também se inscreveu para encarar os 21 km. Conheço um pouco do percurso da Meia de Brusque, uma das minhas primeiras meias maratonas. Com o passar dos anos o percurso vem se alterando e nessa edição achei o mais interessante, pois não se repetia em voltas. Apesar de algumas subidas no início, é uma prova rápida, pois conta com muitas retas mais planas pela beira rio.

Um atrativo da cidade de Brusque são as lojas de confecções dos grandes centros comerciais como a FIP, Stop Shop, e a enorme loja da Havan, que oferecem roupas a preços mais em conta. Fomos na véspera para aproveitarmos um pouco e para retirar o kit completo também. A opção de retirada do kit no dia só dava direito à chip e número de peito. Nas outras vezes sempre ia durante a madrugada para participar, e ficava bem puxado acordar tão cedo e encarar a estrada.

Lembrei que tinha um hotel bem pertinho do local da largada e resolvemos nos hospedar por lá para experimentar. O Brusque Palace Hotel superou as minhas expectativas quanto localização, limpeza, café da manhã, estacionamento, check-out late e instalações. Uma excelente opção com preço razoável (R$ 198 a diária). Dava até pra ter terminado a prova e voltado para tomar um bom café da manhã.

A entrega do kit e toda a estrutura da largada estava pronta na loja Havan de Brusque, aliás um verdadeiro Shopping, inclusive com praça de alimentação. Eu, a Ana, a Ju e o Jabson retiramos na tarde de sábado e estava bem tranquilo. Sempre lembrando de levar o kg de alimento, conforme regulamento. Achei bem bonita a camiseta de manga comprida. Porém, no momento que estávamos por lá, estavam comunicando a alteração do local da largada para a arena multiuso de Brusque, por motivos operacionais (cerca de 700 metros do local inicial). Toda a estrutura foi desmontada do estacionamento da Havan e foi montada no novo local durante o final da tarde e à noite.

A organização da prova foi da já experiente Corre Brasil. Estavam fazendo inscrições na retirada do kit, e as distâncias disponíveis eram de 5 km, 10 km e meia maratona. Essas inscrições eram sem kit,  somente número de peito, chip e toda a estrutura oferecida. Conforme divulgação foram mais de 1.200 inscritos, distribuídos pelas 3 distâncias.

Durante a madrugada caiu uma forte chuva me deixando bem preocupado, mas depois das 6 horas o tempo começou a limpar e a chuva passou para o nosso alívio. O café, servido às 6:30, ficou meio em cima da hora com a largada prevista para às 7:30, por isso não deu pra comer muito. Bom é que estávamos a uns 300 metros da largada.

Chegando na arena multiuso já estava tudo pronto e as estruturas todas montadas. Encontrei vários amigos aqui da grande Florianópolis, alguns de outras regiões como o Gilmar, o Rui, Ojânio, Paraíba, a Andréa (@mulheresquecorremoficial), e as atletas que conhecia somente das redes sociais: Janice (@janice.run) e a Karina (@kakace85). Isso é muito legal quando corremos fora.

Fiz um breve aquecimento para verificar como estava a minha dorzinha. Continuava leve, mas estava ali ainda. Dessa vez não quis tomar remédio e fui para a largada me posicionando mais atrás. Não tentaria nenhum RP ou um sub 1h40. Me contentaria em conseguir concluir a prova abaixo de 1h45min.

As largadas foram diferenciadas, saindo primeiro os atletas dos 21 km às 7:30, e 15 minutos após os atletas dos 5 e 10 km. A minha ideia era rodar a meia maratona com pace abaixo de 5:00 min/km e não me parecia ser muito difícil. Correndo sem forçar muito estava girando no início com pace entre 4:40 e 4:50 min/km. Isso consegui manter até o 5º km.

No 6º km, no centro de Brusque, pegamos a maior subida do percurso e pra complicar com ruas de paralelepípedos. Esse foi o motivo do pace ter subido pra 5:22 min/km, mas esse foi o trecho mais complicado. Depois veio a descida e deu pra compensar um pouco no quilômetro seguinte.

A partir do 8º km até o 12º km, onde acessaríamos definitivamente a Av. Beira Rio, meu pace já tinha subido um pouco e estava por volta dos 5:00 min/km. Ainda razoável para o meu objetivo. A hidratação estava bem distribuída e como não estava muito quente, fui intercalando um copo de água, posto sim, posto não. Também me servi do isotônico, oferecido pouco depois da metade da prova. Não tomei nenhum gel de carboidrato.


Depois de entrarmos na Av. Beira Rio, ao final do 12º km, foi uma reta só de ida e volta, margeando o Rio Itajaí-Mirim. Essa parte da prova foi razoavelmente bem plana. Primeiro fomos no sentido contrário ao local da chegada, até atingirmos o 15º km, onde foi feito o retorno. A essa altura meu pace já estava beirando os 5:10 min/km, e ficava difícil cumprir o objetivo. Também não quis forçar demais.

No trecho de volta, com longos 6 km, começaram as fisgadas nas coxas. Eu estranhei um pouco, pois pra mim isso não acontece nas meias maratonas, e sim nos quilômetros finais da maratona. Com isso tive que ir regulando as passadas para não ter aquela travada de vez.

Consegui correr até o início do 19º km, quando pra evitar uma cãibra das fortes tive que começar a intercalar umas caminhadas. Duro é estar tão perto da chegada e as pernas já não responderem direito. Só observei os amigos me passando, e eu sem condições de acompanhá-los. Fui do jeito que deu.

Cheguei mancando e trotando com todo o cuidado do mundo. Terminei a prova com o tempo líquido de 1h45min56s. Um pouco acima do que eu havia me proposto, mas isso se tivesse os 21,097 km. Na maioria dos GPS dos amigos a distância registrava algo próximo de 20,6 km, ou seja, ficou faltando pelo menos uns 500 metros. Eu imagino que isso possa ter ocorrido por conta da mudança do local da largada em cima da hora.

Dei uma boa descansada, me alonguei, me hidratei bastante, retirei a medalha, e peguei o kit de frutas. Me chamou a atenção o cuidado da maçã ser embalada uma a uma. Primeira vez que vi isso. Conversei um pouco com os amigos que também já estavam por lá e fui buscar a Aninha. O duro é que as minhas pernas estavam tão travadas que quando a avistei, mal consegui acompanhá-la. Ela também sofreu bastante na prova, mas também concluiu com sucesso.

Aguardamos para assistir a premiação, e o amigo Jabson, conquistou a 3ª colocação na disputada categoria 45-49 anos, a mesma da minha. Eu fiquei em 15º. Muita gente aguardou até o fim por causa dos sorteios com prêmios muito bons: mochilas, óculos e relógio da Mormaii, e até uma cafeteira Três Corações. Pena que não ganhamos nada.

Depois fomos para aquele merecido almoço no Restaurante Freedom em frente à Havan. Buffet livre muito bom (R$ 19,90). E em seguida aproveitamos para visitar o Santuário da Madre Paulina em Nova Trento, que ficava no caminho da volta. Foi um dia e um passeio bem agradável.

Percurso: Meia maratona de Brusque 2018

Percurso: Meia maratona de Brusque 2016 - em 2 voltas.

Kit da Meia Maratona de Floripa
 Retirada dos kits: Jocélia, Ju, Aninha e Jabson
 Eu e a Aninha chegando para a prova.
Amigos de fora que encontramos
Amigos da grande Florianópolis
(Foto: Confraria das Corridas)
Pela Av. Beira Rio
(Foto: Foco Radical)
Chegada: Tempo líquido: 1h45min56s
(Foto: Confraria das Corridas)
O alívio da chegada
(Foto: Foco Radical)
Fausto (Confraria das Corridas), eu, Aninha, Juciana e Jabson 
(Foto: Fausto Egídio)
 Medalha da Meia Maratona de Brusque
 Visitando o Santuário da Madre Paulina
Certificado da Meia Maratona de Brusque

Local: Em frente a arena multiuso de Brusque/SC - (Alterado do estacionamento da Havan)
Data: 29/07/2018 
Horário: 07h30min (7h34min) 
Distância: 21,097 Km (20,61 Km) 

Inscrição: R$ 45,00 (1º lote com kit) - cortesia no sorteio
Kit: Sacola, camiseta manga longa, 2 pares de meias Havan, barra de chocolate Supino, sachê de capuccinno, chip descartável e número de peito. 

Tempo: 1h45min56s
Pace: 5:08 min/Km
Tênis: ASICS Noosa FF

Colocação: 015 de 022 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 097 de 169 (masculino)
Colocação: 115 de 230 (geral)