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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

26/08/2018 - Maratona Internacional de Floripa / SC

Foto: Foco Radical

Maratona Internacional de Floripa 2018

Planejei a Maratona Internacional de Floripa para ser um dos marcos importantes na "Minha vida de corredor". Primeiro para comemorar a minha 15ª maratona (42 km) individual e segundo pra comemorar a minha 350ª corrida. Não poderia deixar passar esses números em branco e tinha que ser em uma grande prova.

Com a inscrição já confirmada desde o início do ano essa era a minha maior aposta para entrar novamente no ranking da Revista Contra-Relógio, cujo meu tempo da minha faixa etária deveria ficar abaixo de 3h55min. Quando nos programamos para uma maratona parece que falta uma eternidade e vamos deixando os treinos longos para mais perto e quando nos damos conta já estamos em cima da hora.

Minha preparação não foi das melhores. Depois da Maratona de Porto Alegre me sentia meio desanimado e fraco, não tendo disposição para treinos mais longos. Também estava tentando fazer uma alimentação mais "low carb". Além disso, faltando pouco mais de um mês para a maratona comecei a sentir uma dorzinha chata na lateral da cintura, após uma corrida forte de 5 km. Pensei  em trocar a distância para os 21k, mas decidi arriscar ainda nos 42k.

Em resumo, consegui treinar as distâncias mais longas (25k, 30k e 32k) faltando apenas 3 semanas para a maratona e com intervalos curtos. Basicamente só na rodagem mais leve, ainda por conta da dorzinha que não me deixou durante todo esse tempo. Voltei a comer arroz, feijão, pão, massa e senti uma disposição maior para realizar esses treinos.

A organizadora da prova foi novamente a AT Sports, que não mediu esforço para colocar na rua o maior evento de corridas de rua de Santa Catarina, alcançando a marca de 8 mil atletas inscritos, conforme divulgado. Só na distância de 42k foram cerca de 2.000 inscritos. Muito legal ver toda essa movimentação aqui em Florianópolis, pois isso promove o turismo e a economia na região.

A entrega dos kits foi realizada na Loja Decathlon da SC-401. Foi realizada durante a quinta, sexta e sábado, no horário de funcionamento da loja. Fui retirar o meu e o kit da Aninha, que estava inscrita na prova de 5km, ainda no primeiro dia. Estava tudo bem tranquilo e não peguei fila alguma. Mas eu sabia que no sábado, último dia, seria bem mais complicado por causa da chegada de grande parte dos atletas vindos de fora. Quando eu vou correr fora em grandes provas tenho esse inconveniente. Menos mal que dessa vez era em casa e pude ir antes.

A camiseta do kit e a medalha lá expostas foram motivo de admiração entre os atletas e foram muito elogiadas. No kit ainda continha uma revista com todas as informações sobre a prova, muito útil. Também foi possível fazer a personalização da camiseta pelo valor de R$ 20 a linha. Como estava bem tranquilo fiz a personalização da minha e depois fui fazer umas comprinhas pela loja.


Esse ano, além da maratona, tinha as distâncias de 21 km (meia maratona) solo, 10 km e 5 km. O percurso da maratona foi o único que passou por cima das duas pontes, indo até o final da beira mar do estreito, quase na altura da Marinha. As outras distâncias tiveram seu percurso limitado ao lado da ilha.

Uma novidade anunciada para esse ano foi a disponibilização de um aplicativo para poder acompanhar o desempenho de cada atleta em tempo real, durante a prova. Muito bom pra quem não pôde ir pessoalmente ou quis acompanhar os amigos ou parentes do conforto de casa. A organização também promoveu no sábado, véspera da prova, um jantar de massas para os atletas. O preço por pessoa foi de R$ 35.

Para não complicar muito o trânsito no dia os horários da largada foram bem cedo, com maratona saindo às 6h10min, a meia maratona às 6h30min, e os 5km e 10km às 6h50min. No domingo, fomos para a prova ainda de madrugada, às 4h45min, sob uma linda lua cheia. Conseguimos estacionar bem em frente a arena do evento. Importante isso, principalmente ao fim de uma maratona.

Uma grande estrutura estava montada no bolsão do Trapiche, com ampla área de massagem, banheiros químicos, tendas de serviços, tendas de assessorias esportivas, palco de premiação, guarda volume, cafezinho Três Corações e muitos painéis para tirar foto.

Logo foram chegando os maratonistas, que largariam primeiro, e rapidamente uma multidão já tomava conta da arena. Não teve largada em ondas, por isso me posicionei mais a frente juntamente com os amigos da maratona. Ainda estava escuro e tempo friozinho com cerca de 11ºC. Optei por largar somente com camiseta de manga longa, sem corta-vento, embora estivesse gelado.

Pontualmente às 6h10min foi dada a largada para os cerca de 2.000 prováveis maratonistas. Seguimos no sentido da Ponte Colombo Salles onde iniciamos a sua travessia a partir do 3º km. Meu primeiro pace saiu meio alto, tentando me estabilizar dentro do ritmo alvo de 5:30 min/km. Nesse início correr nesse ritmo parecia bem fácil.

A travessia pela ponte é em subida predominantemente por quase 1 km. Só depois é que ela desce permitindo dar uma recuperada no ritmo. No 5º km acessamos a avenida beira mar do estreito e corremos por uma longa reta até praticamente o final do balneário do estreito. Eu fui bem tranquilo durante toda essa parte, conseguindo manter um ritmo abaixo do esperado e sem fazer grandes esforços. Só uma coisa me incomodava, a bexiga estava cheia de novo. Tinha ido pouco antes da largada, mas com o dia frio, a vontade voltou..

Procurei um banheiro químico pelo caminho, mas quando chegava perto, parece que todos tinham a mesma ideia e acabei desistindo pra não ficar lá esperando. Com 8,4 km percorridos, fizemos o retorno e voltamos. Outra chance de tentar o banheiro na volta, mas também não deu e continuei. Quase no final da beira mar do estreito achei um terreno com mato meio escondido. Foi lá mesmo. Valeu a pena e me aliviou bastante. Sabia que mais cedo ou mais tarde eu teria que fazer esse pit stop. Nesse km o meu pace subiu para 5:53 min/km.

Quase chegando no 12º km pegamos um pequeno trecho/atalho (em subida) para entrar na outra ponte, a Pedro Ivo Campos, por onde corri pela primeira vez na pista mais à esquerda. Nunca tinha feito isso antes. Acabamos o trecho da ponte com cerca de 13 km percorridos. Até esse momento estava tudo indo bem e ritmo encaixado.


De volta à ilha, acessamos a Rod. Gov. Gustavo Richard, no sentido da via expressa sul. Tomei o meu primeiro gel de carboidrato e mais a frente a minha primeira cápsula de sal. Passamos então pelo túnel Antonieta de Barros para chegarmos a Rod. Aderbal Ramos da Silva (via Expressa Sul). Fora do túnel estava friozinho, mas dentro deu uma esquentadinha. Os atletas de elite nesse ponto já vinham voltando. Segui reto até 19,6 km, onde foi o retorno.

Na volta, próximo da Costeira do Pirajubaé, fiquei de olho no tempo da minha meia maratona (21 km) e passei com pouco mais de 1h53min. Fiz aquela conta rápida multiplicando o tempo da meia por 2 e se repetisse o desempenho nessa 2ª parte poderia completar a maratona em 3h47min. Ainda tinha uma certa folga para o meu objetivo principal que era de fazer um sub 3h55min para poder entrar no ranking de maratonistas.

Foto: Foco Radical

O problema é que a partir daí, o corpo já não respondia como antes e os paces começaram a girar em torno de 5:30 min/km, que era a ideia inicial de se fazer. Com 24 km percorridos estávamos novamente passando pelo túnel, só que dessa vez indo no sentido da UFSC. Estava fazendo a minha hidratação bebendo água posto sim, posto não. Isotônico, eu tomei só quando deu vontade e estavam sendo distribuído em copinhos em um dose boa. Também peguei gel no primeiro ponto de distribuição, mas no segundo dispensei.

Já no viaduto Rita Maria para acesso à beira mar norte um outro atleta passou por mim comentando: "Agora é a hora de arrumarmos a postura e o look". Estávamos chegando no 28º km, ponto de onde partimos e onde estava concentrada toda a estrutura do evento. Um grande público ao redor formando longos corredores apoiavam os corredores que por lá passavam. Boa parte dos atletas das outras distâncias já tinham chegado, inclusive a Aninha e a Adriane, que correram os 5 km. Foi muito bom e energizante ouvir aqueles gritos de incentivo na minha passagem. A gente até tenta arrumar a postura e acelera um pouquinho mais.

Havia comentado com a Aninha que dentro da normalidade deveria estar passando naquele ponto com cerca de 2h30min, e passei bem próximo disso, com um pace médio de 5:27 min/km até então. A partir dali faltariam somente 14 km feitos em ida e volta até a UFSC para completar os 42 km.

Nesse trecho de ida pela beira mar norte aos poucos as pernas começaram a pesar e o ritmo foi caindo gradativamente, mesmo com a sensação de esforço parecer ser a mesma. Tomei o meu outro gel de carboidrato, e a cápsula de sal deixei cair todas no chão e fiquei sem. O retorno final parecia não chegar nunca e as minhas pernas já estavam pesadas demais.

Fiquei com aquela vontade de caminhar, mas mentalizei aguentar pelo menos até o retorno, que seria na altura do 35º km. Fiz força pra não caminhar antes, mas após o retorno não teve jeito. Não estava mais aguentando. Eu queria manter pelo menos o pace de 6 min/km, mas nem isso foi possível. Até nas costas e abdômen começaram a dar cãibras ao fazer qualquer movimento mais brusco. Nas pernas eu ainda conseguia administrar.

Nesses 7 km finais eu estava intercalando entre caminhadas e trotes. Já sabia que o índice para o ranking que queria e o sub-4h não iam sair. Cada km foi ficando mais demorado e mais longo. Se de um lado assistimos vários atletas passando e dando aquela força pra continuarmos, por outro, assistimos o quão grande é o esforço de alguns outros guerreiros e guerreiras que se arrastavam com o único objetivo de completar a maratona. Talvez seja isso que encante tanto uma maratona, a força da superação.

Faltando cerca de 3 km os amigos Zé Aguiar e a Aline apareceram e me acompanharam no percurso durante alguns minutos dando uma força pra eu não parar. Queria seguir com eles, mas as dores e a iminência das cãibras não deixaram. Continuei, mas seguindo do jeito que dava.

Já estava avistando ao longe o portal de chegada e ainda naquela alternância entre caminhada e trote fui me aproximando. É indescritível a sensação de quando estamos chegando e passamos por um longo corredor formado pelo público presente. É o momento mais gratificante que nos dá até arrepio de tanta energia recebida. Eu já estava totalmente sem forças e com dores quase insuportáveis, mas com aqueles gritos de apoio de amigos e até de pessoas desconhecidas esquecemos de tudo por alguns momentos e fazemos questão de chegar correndo para cruzar a linha de chegada.

(Foto: Foco Radical)

Mal eu sabia que logo após cruzar o portal, ao desacelerar, aquela cãibra que ensaiou vir o trecho final inteiro, chegou e chegou com força. Literalmente congelei após um metro depois da chegada com fortíssimas dores. Sorte que o amigo Anderson estava por lá para ajudar no alongamento. A equipe médica também foi me socorrer, mas foi só cãibra mesmo.


Foto: Ana Paula Marcon

Após alguns minutos sendo atendido e imóvel, pude fazer a minha hidratação e fui agraciado com uma coca-cola bem gelada, que a Aninha gentilmente havia comprado para esse momento e me foi entregue pelo Gabriel (filho do amigo Fausto Egidio). Naquela hora era tudo o que eu precisava. Caminhei lentamente para receber a tão suada medalha dos 42 km. Muito linda mesmo e com figuras alusivas a Florianópolis.

Pensei ainda em fazer uma boa massagem, que estava sendo realizada na tenda da Elementos Assessoria das amigas Fran e Rose, mas fiquei enjoado e a fila estava bem concorrida. Eu precisava sentar e descansar urgente.

Como eu sempre digo, cada maratona é uma história e uma batalha a ser vencida. Gostei muito dessa nova edição como um todo. Percurso diferente e atrativo com a passagem pelas duas pontes e a inclusão do trecho da beira mar do estreito, sem voltas. Hidratação com bastante água, isotônico em copo e reposição com gel de carboidrato GU, bem distribuídos pelo percurso. Placas de quilometragem bem posicionadas e aferição perfeita, uma boa estrutura na arena do evento, linda camiseta e medalha muito bonita. Eu até cogitava a ideia de parar de fazer maratonas, mas acho que volto pra edição do ano que vem !!!

Posteriormente ouvi vários relatos de problemas quanto a falha de sinalização e orientações de retorno para alguns atletas nas provas de 5 km e 21 km. A organização assumiu a falha e ainda no final do dia se pronunciou a respeito do ocorrido. Ainda ofereceu inscrição gratuita aos participantes da prova de 5 km e alguns dos 21 km que foram prejudicados. Achei uma postura muito justa da organização e já mostra o compromisso para fazer um evento ainda melhor em 2019. Particularmente, na maratona, achei a prova perfeita.

Percurso 2018 (42,22 km)
Kit da Maratona Internacional de Floripa
Galera chegando, ainda escuro e frio
(Foto: Ana Kátia)
Maratonistas aguardando a largada
Parte tranquila. Suave na nave.
(Foto: Foco Radical)
Saindo do túnel Antonieta de Barros
(Foto: Foco Radical)
Na beira mar norte com o amigo Naito
(Foto: Foco Radical)
Finalmente, a chegada. Tempo líquido: 4h06min16s
Medalha simplesmente linda
Eu e a Aninha com as medalhas de 42km e 5km

Certificado de Maratona Internacional de Floripa

Local da largada: Trapiche da Beira-mar norte - FLN/SC
Data: 26/08/2017
Horário: 6:10 hs
Distância: 42,195 Km (42,220 km)

Inscrição: R$ 80,00 primeiro lote (em Out/2017) - Cortesia
Kit: Sacola biodegradável, 1 amostra atrito zero, camiseta, barrinha de salada de frutas Banana Brasil, 1 sachê de cappuccino, 1 saquinho de suco em pó, número de peito com o chip descartável.

Tempo: 4h06min16s
Pace: 5:51 min/Km
Tênis: Puma Speed 600 Ignite (verde)

Colocação: 0118 de 0186 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 0778 de 1212 (masculino)
Colocação: 0912 de 1635 (geral)

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

01/10/2017 - Corrida de Revezamento 15K São José / SC

Foto: Christian Mendes - Foco Radical
15K São José 2017
No mês de março desse ano eu a Aninha participamos da 1ª edição dos 15K Florianópolis. Essa prova tem a distância total de 15 Km e pode ser feita individualmente, ou revezando em dupla ou trio. Como havíamos gostado da brincadeira, resolvemos correr em dupla de novo, só invertendo a sequência no revezamento.

Ajudou o fato do bom desconto disponibilizado aos participantes da edição de Florianópolis no 1º lote de inscrições. Para quem tem como se programar antes as finanças agradecem. Por isso é sempre bom ficar atento para aproveitar as oportunidades. Uma boa política adotada pela organizadora do evento AT Sports.

Nesse mesmo final de semana aconteceu também a Amazing Runs Garopaba. Eu participei ano passado e fui convidado para participar esse ano novamente, mas como houve a alteração da data inicial acabou encavalando com os 15K São José, na qual já estávamos inscritos. Uma pena, pois a Amazing Run Garopaba é uma linda prova no município de Garopaba e que vale muito a pena.


Como essa corrida era em São José, a entrega dos kits foi na Loja Paquetá do Continente Shopping, durante o sábado. Eu fui perto da hora do almoço e levei alguns tênis que não usava mais para doação. Estava bem tranquilo e deu até pra bater um papinho com os amigos Danilo, Jorge, Newton e a Zê, que estavam por lá também. Depois acabei aproveitando pra esticar um cineminha com o meu filho na véspera do seu aniversário. Chorado mesmo foi pagar R$ 18 de estacionamento no final.

Na véspera da prova, o tempo estava bem nublado e com muito vento e chuva. Naquelas condições seria bem complicado correr, mas felizmente no dia da corrida amanheceu bem diferente, com o céu limpo e em condições excelentes para um bom evento ao ar livre.

Eu moro bem pertinho da beira mar de São José, local da largada, e isso minimizou a necessidade de acordar tão cedo, umas vez que as largadas estavam previstas para às 7 horas. Chegamos por lá próximo das 6 horas e já estava tudo preparado: várias tendas de assessorias esportivas, banheiros químicos, tenda massagens da Elementos Assessoria, portal, palco e toda a estrutura de pós-prova.

Como dessa vez eu faria a segunda parte do revezamento estava bem despreocupado quanto a aquecimento e preparativos iniciais. Isso ficou por conta da Aninha, que abriria o revezamento da nossa dupla mista, ou como ela diz dupla mestiça. Aproveitei o tempo de espera para fazer alguns registros iniciais, das largadas, de trechos da prova e até de algumas trocas do revezamento (vide o vídeo acima).

O nosso objetivo era melhorar o tempo em relação aos 15K Florianópolis, e tentar fazer um sub 1h15min, se possível, mesmo sabendo que o percurso seria mais difícil por conta de algumas subidas. Eu tinha certeza que a Aninha melhoraria o seu tempo, mas para mim seria mais complicado. Tentaríamos !!!

As largadas atrasaram um pouco e foi dividida em duas. Inicialmente saíram os atletas dos 15 Km solo. Cerca de 3 minutos depois largaram os primeiros atletas dos revezamentos. Até aí eu só estava de expectador e torcedor. E lá foi a Aninha, que optou por sair no pelotão mais ao fundo. Como sabia que ainda teria pelo menos 35 min até a sua chegada, fui lá acompanhar um pouco a passagem dos atletas pela Av. Presidente Kennedy. A vantagem de correr em casa. Nessa ponto os atletas estavam com cerca de 3 Km percorridos.

Esperei a passagem da Aninha e em seguida fui terminar o meu aquecimento e me posicionar para a troca do revezamento. O percurso para as modalidades solo e dupla era o mesmo, sendo que no individual seriam feitas duas voltas para completar os 15 Km. No caso dos trios, o circuito era menor com 5 Km, realizado em 3 voltas, uma para cada membro do trio. 
Ficar esperando no revezamento é uma ansiedade só, e acho que é um dos momentos mais legais da prova. Todos os atletas ficam na maior expectativa aguardando os seus companheiros, e depois saem queimando o chão. Comigo não foi diferente. Com pouco mais de 40 min a Aninha chegou e me passou a pulseira de identificação dos atletas do revezamento. Saí pensando em não iniciar tão forte, mas...

Por cerca de 1 Km corri pela pista da Av. beira mar de São José no sentido Florianópolis. Foi o meu melhor quilômetro, com pace de 4:14 min/Km, e ficou por aí mesmo. Em seguida fizemos o retorno pela Av. Presidente Kennedy e seguimos até a altura do Bistek Supermercados. Nesse trecho, que deu aproximadamente 3 Km em linha reta, alguma coisa não rendeu tão bem. Me esforçava para segurar um pace na casa dos 4:40 min/Km. Acho que tinha abusado um pouquinho na empolgação inicial e também o calor começou a aumentar. Mais ou menos no meio da avenida teve um posto de hidratação e peguei um copo de água pra dar uma refrescada.

Entramos novamente para a Av. beira mar. Nesse ponto, os atletas dos trios viraram à esquerda e retornaram para o ponto de largada/revezamento. Os atletas das duplas e solo viravam à direita e continuavam pela beira mar no sentido do Centro Histórico de São José. Até o 5º Km era razoavelmente plano, mas faltando alguns metros para o retorno, com cerca de 5,2 Km e quase chegando na praça, uma subidinha conhecida deu mais uma quebrada no ritmo. Foi o meu pior pace com 4:55 min/Km. 

Nos últimos 2 Km, em que voltamos pela Av. beira mar corri meio sozinho em relação as outras duplas. Nenhuma ameaça atrás e ninguém à vista na frente. A briga ficou sendo somente contra o meu relógio, mas estava muito difícil melhorar esse tempo. 

Avistei o portal de chegada ao longe, mas estava sem gás para um sprint. Fui correndo do jeito que deu. Na reta final a minha dupla, Aninha, me aguardava para cruzarmos a linha de chegada juntos. Ela vinha fazendo um transmissão pelo Facebook "ao vivo" da nossa chegada. Eu só fiquei sabendo depois. Se soubesse antes tinha me ajeitado melhor...rs. Respirei um pouco e minutos depois fui conferir o meu tempo líquido que foi de 35min15s, cerca de 45 seg acima da edição de Florianópolis. Eu não consegui melhorar, mas a Aninha conseguiu reduzir um pouco o seu tempo.

Aproveitei para matar a sede com vários copos de água, acho que foram uns quatro em seguida. Comi também uma banana pra forrar o estômago. Retirei a medalha e fiquei por ali conversando com os amigos sobre a prova.

A premiação não demorou muito, pois para os 15K solo tiveram troféus somente para os 5 primeiros colocados gerais. Não teve premiação por categoria de faixa etária. Nas duplas e trios a premiação também foi até a 5ª colocação nas modalidades masculinas, feministas e mistas. Em algumas delas tiveram que revisar o resultado e demorou um pouquinho mais.

A nossa dupla mista ficou na 10ª colocação das 26 participantes, e mesmo com o tempo total um pouco maior melhoramos uma posição em relação a etapa de Florianópolis. Fizemos o que foi possível e foi bem divertido.

O bom das provas com largadas cedo é que prejudica pouco o trânsito local e antes das 10 horas já estamos todos livres e com as missões cumpridas. Como estávamos todos com fome, aproveitamos para tomar um bom café da manhã com os amigos na padaria Big Pan. Como eu sempre digo, a melhor parte.  
  
Percurso solo e das duplas (2 voltas)
Retirada do kit na Loja Paquetá Esportes com o Gabi, Danilo e Jorge
Kit da dupla

Largada dos 15K solo

Aninha passando pela Av. Presidente Kennedy no Km 3
 Abrindo a minha volta
(Foto: Christian Mendes - Foco Radical)
Na reta final pela Av. Beira mar de São José
(Foto: Foco Radical)
Nem combinamos a camiseta
 Missão cumprida !!! Tempo total: 1h16min12s
Medalha

Local: Beira mar de São José / SC
Data: 01/10/2017
Horário: 07:05 Hs (7:13 Hs)
Distância: 15 Km (7,54 Km + 7,53 Km = 15,07 Km)

Inscrição: R$ 108,00 a dupla no 1º lote com desconto (cortesia)
Kit: Sacola plástica, camiseta, um sachê de gel de carboidrato, pulseira para revezamento, número de peito e chip descartável.

Tempo: 1h16min12s
Pace médio: 5:03 min/Km
Tênis Edu: Asics Gel Hyper Speed 6
Tênis Ana: Newton Distance IV

Colocação: 010 de 026 (dupla mista)
Colocação: 020 de 064 (geral duplas)

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

27/08/2017 - Maratona Internacional de Floripa - FLN/SC

Foto: Alexandre Carvalho - Foco Radical
Maratona Internacional de Floripa 2017

"Essa vai ser a minha última maratona". Esse foi o meu pensamento após passar pelo 33º Km na beira-mar norte, já minado pelo frio, pelas ações do vento no trecho de volta da via expressa sul, e pelas incontáveis passadas até então. Mas já passou !!! Quando é a próxima mesmo ?

Com menos de um mês depois de ter feito a São Paulo City Marathon e sofrido com as fortes cãibras, a Maratona Internacional de Floripa era a minha grande esperança esse ano de conseguir melhorar o meu tempo nos 42 Km (3h45min20s na Maratona de Porto Alegre de 2014). Fiz a inscrição ainda no final do ano passado pra garantir um bom valor da inscrição e já deixar programado.

A preparação não foi lá grande coisa, fazendo somente um treino longo de 30 Km e 21 Km nos últimos 15 dias. Mesmo assim estava bem animado, pois essa seria a maior maratona do estado de Santa Catarina, com a participação de quase 6 mil atletas, distribuídos nas distâncias de 5 Km, 10 Km e 42 Km individual ou em dupla, cuja a organização ficou por conta da AT Sports. Com toda essa quantidade de atletas, com certeza não seria aquela maratona solitária igual aos anos anteriores, principalmente no trecho da via expressa sul.

A entrega dos kits realizada na Loja Centauro do Beiramar Shopping, nos 3 dias que antecederam a prova. Garanti o meu e da Aninha logo no primeiro dia, pois a previsão era da chegada de muitos atletas de fora no último dia. No Brasil, só Tocantins não teve representante. O bom é que o horário foi bem extenso (horário da loja) o que facilitou bastante, principalmente para aqueles que foram retirar mais à noite. Quando eu fui, no período da tarde, estava bem tranquilo.

No dia da prova, como sabíamos que o movimento seria bastante intenso, saímos às 5 horas da manhã para conseguirmos um local próximo do Trapiche da beira-mar para estacionar. Chegamos tão cedo que ainda estavam montando parte das estruturas da arena. Mas foi melhor. O tempo passou rapidinho.

A largada da maratona estava prevista para às 6:45, e a da Aninha, que faria os 10 Km, para às 8 horas, junto com o pessoal dos 5 Km. Muitos desses atletas, prevendo a dificuldade para estacionar os veículos, chegaram cedo para acompanhar também a largada da maratona. Quem deixou pra chegar mais em cima teve dificuldades para encontrar um lugar e tiveram que deixar o carro longe.

Lembro que acordei até com calor e a ideia inicial de correr com camiseta de manga longa eu abortei e fui de manga curta mesmo. Depois até me arrependi por causa do frio que senti durante a prova.

A concentração dos atletas foi aumentando a medida que o horário da primeira largada avançava. As estruturas da arena, como banheiros químicos, área de massagens, área de dispersão, guarda-volumes, me pareceram um pouco limitados pela quantidade de atletas envolvidos no evento como um todo. Particularmente eu não tive nenhum problema.

Às 6:50, com um pequeno atraso, foi dada a largada da maratona, partindo do Trapiche e seguindo no sentido da UFSC. Trecho esse com cerca de 7 Km de extensão. Como era ida e volta passaríamos novamente pelo local da largada com 14 Km, para depois seguir para a via expressa sul. A temperatura estava em cerca de 19ºC e o tempo estava fechado. Perfeito para correr.

Nesse primeiro terço da maratona corri bem consciente e no ritmo programado. Estava até um pouco mais lento em relação a SP Marathon City (vide comparativo na tabela), pois temia pelas cãibras novamente. E já dava pra perceber que o vento não iria facilitar muito a nossa vida.

Pelo percurso fui encontrando muitos amigos participando da maratona individualmente ou em dupla. Corrida em casa fica bem familiar. Passou por mim o Dyckson, que fazia a sua maratona solo, comentando que seguia o meu blog Minha Vida de Corredor. Acho legal e gosto de conhecer os amigos que nos acompanham. Nessas provas longas frequentemente encontramos algum seguidor que nos dá um olá no meio da prova.

Os postos de hidratação estavam bem distribuídos e acredito que peguei água e isotônico em quase todos eles. Só me lembro de ter passado em branco em um ponto. Pelo porte da prova achei que cada posto de hidratação deveria ter mais mesas e staffs. Em algumas passagens ficou complicado o acesso pela quantidade de atletas. A disponibilização dos isotônicos em copos plásticos mole e abastecidos pelos staffs às vezes também era vencida. O melhor seria já estar disponível em saquinhos, onde já pegaríamos e continuaríamos correndo.

Pelos meus cálculos tinha imaginado passar pelo Trapiche novamente antes da largada dos 5 Km e 10 Km, às 8 horas. E deu certinho. Passei bem no horário exato da largada, podendo ver toda festa do lado contrário. A diferença é que eles seguiram no sentido oposto ao nosso. Fiquei feliz em ver a Aninha, Nilton, Juciana e o Enio, que saíram lá atrás só para dar tempo de ver a minha passagem. Muito show e mais uma injeção de ânimo. A Aninha iria fazer 10 Km e tentar bater o RP dela na distância.

Com 15 Km de prova, passamos ao lado da Ponte Hercílio Luz. Tomei a minha primeira cápsula de sal. Em seguida peguei a primeira subidinha do viaduto, tomei o meu primeiro e único gel de carboidrato, e fomos no sentido dos túneis. Dessa vez corremos pelo túnel da esquerda. A essa altura estávamos com 18 Km percorridos.

Até então, eu me sentia bem e correndo dentro do planejado, já fazendo os cálculos para a passagem dos 21 Km. Consegui fazer essa primeira metade da maratona com o tempo de 1h52min. Nesse ponto haveria a troca das duplas do revezamento com uma estrutura montada para os atletas que aguardavam os seu parceiros chegarem. Foi legal que a organização disponibilizou o transporte do local da largada até esse ponto de troca. Recebi mais palavras de incentivo nessa passagem. Muito legal.


Dois quilômetros à frente, na altura do 23º Km eu estava no Trevo da Seta e fiz o retorno observando o devido controle de chip. Era o ponto mais extremo da prova. A partir daí a parte fácil tinha terminado. E nessa volta, foram 4 Km pela via expressa sul, com vento contra e frio. Sim, senti muito frio. O esforço aumentou e o pace também. Não conseguia mais mantê-lo na casa dos 5:20 min/Km. Aproveitei pra tomar um Advil pra evitar as dores que estavam começando a incomodar.

Engraçado que notava a passagem de atletas voando e disparando na minha frente. Pensei comigo, como é que tem esse gás todo a essa altura da prova. Depois lembrei que tinham acabado de fazer a troca do revezamento e estavam iniciando os seus 21 Km.

Chegamos perto do túnel com uma leve subidinha, mas contínua. Não via a hora de correr dentro do túnel pra ver se o vento e o frio davam uma aliviada. Os registros no Garmin nesses pontos ficaram prejudicados, pois o GPS acaba perdendo o sinal.

No 29º Km passei em frente ao Centro Sul, já acessando mais uma vez a subidinha do viaduto para entrar na Av. Beira-mar Norte. Os paces já estavam começando a subir e já eram mais sensíveis às subidas. Tomei mais uma cápsula de sal. O estômago me deu um certo desconforto e ficou complicado para correr, com começo de enjoo. Fui me contendo.

Logo estava passando pelo local da largada novamente, completando os 32 Km. Fiz até um esforço extra na passagem que já estava bem movimentada com a chegada dos atletas dos 5Km e 10 Km e a presença do público. Que vontade de ficar por ali mesmo. Por outro lado só restavam eternos 10 Km para completar mais essa maratona, e fazer isso em menos de 1 hora não parecia tão difícil. Não parecia !!!

Aos poucos aquela sensação ruim de enjôo foi passando, com um ritmo mais lento. Essa é a hora que acredito começar realmente a maratona. Na minha cabeça pairava a dúvida, se brigava por um tempo melhor ou me controlava para não dar cãibra. Até onde minhas pernas iriam aguentar ?! Optei por não arriscar e correr sem dar passadas mais bruscas. Com isso o ritmo caiu mais ainda. Os paces estavam acima dos 6 min/Km, mesmo tendo a sensação de estar em um esforço limite. Esse foi o exato momento que pensei em nunca mais fazer uma maratona. A mente e o corpo entram em uma batalha tremenda.

O último retorno, que nessa 2ª volta, foi em frente ao TITRI da Trindade, parecia não chegar nunca. Foi o trecho mais complicado pra mim, onde tive que alternar breves caminhadas, principalmente nos postos de hidratação para beber muito líquido, entre água e isotônico. O vai e vêm nesse trecho ficou meio confuso, pois as pistas para correr se estreitaram e os atletas que iam muitas vezes dividiam espaço com os que voltavam.

Ainda tinha em mente o tempo que precisava para poder entrar no ranking de Maratonistas da Revista Contra-Relógio, que na minha faixa etária teria que ser abaixo de 3h55min. Faltando 5 Km era necessário repetir os paces do início da prova, mas de onde tirar forças ?!!!

A preocupação começou a ser outra. No estado em que estava, será que conseguiria terminar ? Na verdade, eu nem conseguia mais pensar direito. Fui indo do jeito que deu, parecendo um zumbi e não vendo a hora de avistar o portal de chegada. Os cálculos tiveram que ser realinhados para um sub-4hs, e para isso eu não poderia deixar escapar nenhum pace acima de 6:30 min/Km. E foi assim que fui me arrastando. 

Faltando menos de 300 metros, com a vista do portal de chegada, dei uma conferida no Garmin, que registrava 3h58min. Pensei: vai ser com emoção !!! Entrando pelo funil, formado pelo público presente recebemos aquela boa vibração e incentivo final para podermos concluir a prova. Acelerei um pouco mais pra não deixar escapar o sub-4h. São aqueles 195 metros no coração !!! Esse é o momento mágico que esquecemos de todas as dificuldades anteriores. Chegada de maratona é sempre muito emocionante. São muitas as histórias e sonhos individuais cruzando a linha de chegada.

Consegui concluir a minha 13ª maratona e a 4ª em Florianópolis. Meu tempo líquido ficou em 3h59min20s, sub-4h. Foi extremamente exaustivo e por pouco não apaguei na chegada, mal me aguentando em pé. Fiquei feliz em avistar a Aninha, que estava me esperando e conseguiu fazer um belo registro no exato momento que passei pelo portal. 

Minutos depois peguei a linda medalha, que estampava o tamanho do desafio de cada distância (5 Km, 10 Km, 42 Km, 42 Km dupla). Excelente a organização diferenciar cada uma delas, inclusive para as duplas. Na retirada do kit de hidratação a história do copinho com isotônico se repetiu. Um copinho plástico pra quem chega de uma maratona não dá nem pra molhar a boca. Uma garrafinha pelo menos acho que merecemos.

Depois fui encontrar a Aninha que estava contente com o seu novo RP nos 10 Km, abaixando seu tempo em mais de 2 minutos, com a estreia do seu tênis novo, Newton. Excelente. Parabéns, linda !!! Aos poucos fomos encontrando os amigos e amigas maratonistas. Apesar de cansados todos muito felizes por vencerem esse grande desafio. Muitos novos maratonistas !!!

Infelizmente não consegui o índice para entrar no ranking de maratonistas. E agora, tento em Curitiba? A mais difícil de todas !!!

Percurso 2017 (42,48 Km)

 Kit da Maratona de Floripa
Eu e a Aninha chegamos cedo. Ainda tranquilo deu até pra tirar foto.
Passando pelo Km 15, junto a Ponte Hercílio Luz
(Foto: Emanuel Galafassi - Foco Radical)
Subidinha do viaduto
(Foto: Foco Radical)
Rumo a via expressa sul
(Foto: Mark - Focoradical)
Sprint Final com o apoio do público
(Foto: @madabernal)

É assim que a gente chega de uma maratona
(Foto: Christian Mendes - Foco Radical)
Momento mágico da chegada
(Foto: Ana Paula Marcon)
Eu e a Aninha no painel com todos os estados presentes
Maratonistas

(Foto: Confraria das Corridas)
Medalha bonita com destaque para a distância

Local da largada: Trapiche da Beira-mar norte - FLN/SC

Data: 27/08/2017
Horário: 6:45 Hs (6:50 Hs)
Distância: 42,195 Km (42,480 Km)

Inscrição: R$ 79,50 primeiro lote (em Dez/2016)
Kit: Sacola ecológica, camiseta, squeeze, gel de carboidrato, barrinha de Supino, 2 sachês de capuccino, 4 saquinhos de suco em pó, 10 sachês de vinagre, número de peito e chip descartável.

Tempo: 3h59min20s
Pace: 5:38 min/Km
Tênis: Puma Speed 600 Ignite (azul)

Colocação: 0068 de 0144 (categoria 40-49 anos)
Colocação: 0522 de 1214 (masculino)
Colocação: 0590 de 1539 (geral)