Foto: ADP - Foco Radical
Encerramos o ano de 2024 novamente correndo a tradicional Corrida Internacional de São Silvestre. Essa edição precede a 100ª edição, que deverá acontecer no final deste ano de 2025. Tivemos algumas novidades. Depois de anos, a organização da prova teve alterações e foi conduzida pela primeira vez pela Vegas Sports, em parceria com a Fundação Cásper Líbero. Por anos, a Yescom foi a organizadora.
Com a nova organização, tivemos várias mudanças como um todo. Uma delas foi logo no modo de se fazer a inscrição, que dessa vez foi realizada em lotes, e ficou meio complicado logo no início. O lote inicial teve um preço um pouco menor e foi bem limitado. Encerrou em questão de minutos. Eu e a Aninha não conseguimos nesse primeiro lote. No 2º lote conseguimos fazer a inscrição por R$ 280,70 (com taxas), com valor maior, e com muita instabilidade no sistema, devido a quantidade de acessos. Depois ainda teve um 3º lote, que ficou até o término das inscrições, com um valor maior ainda. Quero só ver como vai ser na 100ª edição.
Este ano, eu e a Aninha mudamos a logística. Saímos juntos de Florianópolis para São Paulo e compramos a passagem de ida para Guarulhos por R$ 251,82 cada um. A volta no dia 1º tivemos que vir pelo aeroporto de Congonhas, e saiu 13.600 milhas cada um. Raros foram os voos pelo aeroporto de Guarulhos para esta data e estavam bem mais caros.
Sempre gostamos de ficar próximo da largada, na Av. Paulista. Reservamos novamente a hospedagem no Studio Ape Paulista Bela Cintra. o mesmo que havíamos ficado em 2022, por R$ 183,30, sem café da manhã. Os preços dos hotéis que costumávamos ficar estavam com valores bem superiores, passando dos R$ 500. Além do preço baixo, a vantagem desse studio é que fica próximo da largada.
Saímos de Florianópolis no dia 29/12/2024. Nossa intenção era retirar os kits no último dia, 30/12. A entrega foi realizada na Bienal do Ibirapuera, outra mudança com a nova organização. O local é bem amplo e, pelo menos no dia que fomos, estava bem tranquilo para retirar os kits e andar pela Expo. Nos outros anos sempre pegávamos uma fila maior. Dessa vez fomos no período da tarde.
Para retirar o kit, foram separadas filas por cores do pelotão, que foram baseados nas faixas de paces informados no momento de inscrição. Eu e a Ana ficamos no pelotão verde, que era o penúltimo. Neste ano o kit também veio mais simples, com um sacolinha e a camiseta. Sem brindes dos patrocinadores. Demos uma volta pela Expo, mas acabamos não comprando nada. Só compramos uma camiseta regata da São Silvestre na entrada, por R$ 40.
Do Ibirapuera fomos direto para o Studio, cujo check-in seria a partir das 15 horas. Descansamos um pouco, saímos pra comprar água e alguma coisa para o café da manhã, pois a estadia não incluía. A noite fomos dar uma volta na Av. Paulista, que já estava se preparando para a Corrida de São Silvestre e o Show da Virada. Aproveitamos e fomo jantar no Shopping.
O horário da largada para o pelotão geral estava programado a partir das 8h05. Nos programamos para sair do hotel às 6h30 para dar tempo de chegar no acesso do nosso pelotão (verde), e para poder curtir um pouco do pré-prova. O tempo estava bom e foi tranquilo. Fomos pela rua paralela à Av. Paulista, que já estava totalmente interditada.
Eu e a Aninha nos posicionamos perto da uma das câmeras que ficam fazendo aquelas tomadas aéreas do pessoal. Por lá o agito é maior e o tempo parece passar mais rapidinho. Muitos atletas fantasiados e com placas das cidades que representam.
As largadas foram feitas em ondas, divididas pelas cores azul, verde e vermelho, baseado nos seguintes paces informados no momento da inscrição:
- Pelotão Azul: Pace abaixo de 5 min/km.
- Pelotão Verde: Pace entre 5 min/km e 6 min/km.
- Pelotão Vermelho:
- Vermelho A: Pace entre 6 min/km e 7 min/km.
- Vermelho B: Pace acima de 7 min/km.
A ideia era ter um intervalo de uns 5 minutos para cada onda e evitar maiores aglomerações, com os atletas correndo com os outros de paces semelhantes:
A primeira onda (Pelotão Azul) começou às 8h05. A segunda onda (Pelotão Verde) foi liberada às 8h10. A terceira onda (Pelotão Vermelho A) saiu às 8h15.
Não sei se essa estratégia funcionou muito, pois percebi uma demora maior depois da primeira largada, tanto que só cruzamos efetivamente o portal da largada às 8h21, e estávamos na onda verde. Provavelmente o pelotão vermelho atrasou bem mais.
Eu tinha a intenção de melhorar o meu tempo do ano anterior, que tinha sido de 1h32min46. Por isso, ao passar pela largada, me despedi da Aninha, que faria uma prova mais tranquila. Triste ilusão. Logo no primeiro 1º km, ainda no final da Av. Paulista e chegamos até a ficar parados de tanta gente. Foi um dos meus piores quilômetros iniciais na São Silvestre, com o pace de 8:07 min/km. Este é o trecho que passamos no túnel que dá acesso à Av. Dr. Arnaldo.
O 2º km já começa na descida da Av. Maj. Natanael, ao lado do Estádio do Pacaembu, e apesar de ser meio perigosa por ser bem acentuada, ajuda a melhorar o rimo e compensar o início. Corri pela calçada para evitar o congestionamento maior e o pace foi para 5:36 min/km. Para baixo todo Santo ajuda.
Quando chegamos na Av. Pacaembu é possível correr mais solto, pois as pistas dos dois lados estão fechadas e são largas. É uma parte plana e consegui manter um ritmo bom, 5:24 min/km no 3º km e no 4º km. A essa altura o sol estava mais forte os atletas buscavam as sombras das árvores. Pena que isso só dura 1,5 km aproximadamente.
Cuidei bem da hidratação, pegando um copo de água em cada um dos postos de hidratação. Não chegava a beber todo o copo, e dava uma refrescada na cabeça também. O 5º km voltei a pegar um certo congestionamento. O ritmo caiu para 5:42 min/km. Com isso terminava o trecho inicial com predomínio das descidas. Dali pra frente, só teríamos subidas.
Os meus paces no 6º km e 7º km já beiravam os 6 min/km, e estava me controlando para não me cansar muito cedo, ao mesmo tempo que queria recuperar o tempo perdido. Difícil conseguir administrar essa situação. Estava passando pela Av. Rio Branco.
No 8º km entramos pela parte central da cidade, passando pela Av. Ipiranga, Av. São João, Av. Duque de Caxias, Largo do Arouche e Praça da República, o pace melhorou um pouco e corri na média de 5:45 min/km até o 11º km. Como tem um portal, no 10º km fui conferir o tempo de prova e tinha dado 59min38, um pouco melhor que no ano anterior. Me animei para a parte final. Porém, sabia que o pior ainda estava por vir.
No quilômetro 12 comecei a sentir as subidas e acabei deixando cair o ritmo. Passamos pela Av. São João novamente, contornamos o Largo do Paissandu, a Praça Ramos de Azevedo, seguimos pela Rua Cel Xavier de Toledo até passarmos pelo Viaduto Nove de Julho, Viaduto Jacareí e sairmos na Rua Maria Paula. Na sequência, quando eu já estava com a cabeça da subida da Av. Brigadeiro, senti uma fisgada forte na parte posterior da coxa direita. Era tudo que eu não precisava. Sofro muito com essas cãibras nos finais de provas. Nessa hora desisti de fazer força, eu tive que seguir caminhando. A cãibra era iminente. Isso aconteceu a poucos metros da Av. Brigadeiro.
Segui caminhando do jeito que foi possível. Arriscava trotar de vez em quando, mas desistia assim que a fisgada voltava. Comecei a subida da Av. Brigadeiro andando e com a sensação de que todo mundo me passava. Porém, neste trecho final, o público ao redor incentiva todos os atletas, aplaudindo e dando aquele apoio moral. Aos poucos, consegui voltar a trotar com passos bem curtinhos, e com todo cuidado do mundo.
A parte mais difícil da Av Brigadeiro é quase chegando no seu final, mas também tem uma hidratação especial já tradicional, o chopp gelado. Peguei um copo pra dar uma refrescada e segui no meu passinho curto, até o final na Av. Paulista. A poucos metros da chegada, os atletas sem o número de peito e chip foram convidados a se retirar sem passar pelo portal, e não eram poucos. Como eu estava indo com todo o cuidado e sem forçar nada consegui até pegar o celular e terminar registrando a minha chegada.
O meu tempo líquido foi de 1h37min59. Aumentou em mais de 5 minutos o tempo que fiz no ano anterior. Tenho certeza que o início de prova mais travado e a parte final a partir da fisgada comprometeu o meu planejamento. Aliás, as minhas pernas e meu fôlego sempre sentem bastante na subida da Av. Brigadeiro, força muito a perna.
Cruzei a linha de chegada feliz por ter completado mais uma São Silvestre, a minha 14ª participação. Busquei os tanques de hidratação imediatamente, pois como estava quente, estava com muita sede. Depois fiquei esperando a chegada da Aninha. Ela não tinha se preparado tanto para a São Silvestre, mas completou bem, com o tempo líquido de 2h12min50.
Fomos retirar as medalhas bem mais a frente, na área de dispersão. Pegamos o kit lanche pós prova, com isotônico, barra de cereal e torrone. Nesse momento acabei deixando cair o meu óculos escuro, que acabei perdendo. Pena, me acompanhava a anos. Depois aproveitamos para tirar mais algumas fotos e seguimos para o Studio tomar um bom banho, e descansar até a saída, ao meio-dia. Fomos então para a casa do meu irmão Ricardo para aquele merecido almoço de padaria, com direito a filé a grega e tubaína. Muito bom.
Percurso e condições climáticas da São Silvestre 2024
No meio do percurso, ainda na descida.
(Foto: MDP - Focoradical)
Eu e a Aninha com a medalha na mão.
Com a medalha, após a chegada.
Data: 31/12/2024
Horário: 8h05 (8h21)
Distância: 15 km (15,32 km)
Inscrição: R$ 280,70 (2º lote, com taxa)
Kit: Sacola, camiseta, um sachê de óleo de côco COPRA (15ml), número do peito e chip descartável.
Tempo: 1h37min59
Pace: 6:23 min/km
Tênis: Fila Carbon Tri
2024
Colocação: 713 de 2.317 (50-54 anos)
Colocação: 6.473 de 21.690 (masculino)
Colocação: 7.623 de 35.222 (geral)
2023
Colocação: 634 de 2.216 (50-54 anos)
Colocação: 5.703 de 20.309 (masculino)
Colocação: 6.561 de 32.442 (geral)
2022
Colocação: 554 de "2.189" (50-54 anos)
Colocação: 5.136 de "19.173" (masculino)
Colocação: 5.866 de "29.863" (geral)
2021
Colocação: 947 de "1.270" (50-54 anos)
Colocação: 8.020 de "11.011" (masculino)
Colocação: 10.360 de "15.603" (geral)
2019
Colocação: 769 de "2.700" (45-49 anos)
Colocação: 5.350 de "19.969" (masculino)
Colocação: "6.002" de "30.086" (geral)
2018
Colocação: 340 de "2.332" (45-49 anos)
Colocação: 2.378 de "17.629" (masculino)
Colocação: "2.548" de "26.155" (geral)
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