quinta-feira, 26 de novembro de 2015

21/11/2015 - 2ª Corrida Vamos Vencer o Câncer - São José / SC

2ª Corrida Vamos Vencer o Câncer - Beira mar São José / SC


Depois da Maratona de Curitiba eu não tinha mais nada programado, exceto as corridas de Angelina e de São Silvestre. Como a 2ª Corrida Vamos Vencer o Câncer foi promovida por um conhecido que batalha bastante por essa causa decidi participar, além é claro de ser pertinho de casa. Essa prova também foi válida pela última etapa do ranking da ACORSJ (Associação dos Corredores de Rua de São José).

A corrida foi realizada sábado à tarde. A retirada do kit foi na arena do evento no mesmo dia algumas horas antes. Tudo tranquilo O dia estava abafado e com um pouquinho de vento. Objetivo na prova não tinha, pois além de ser disputadíssima o tempo não favorecia para tentar bater alguma marca. E vindo de uma maratona, um sub-45 nessas condições já estaria de muito bom tamanho.

O evento teve uma boa estrutura com tendas de café, frutas e hidratação. O bom de correr novamente pertinho é que podemos reencontrar os amigos e amigas. Fazia um tempinho que não via vários deles.

Como opções de distâncias tinha os 5 Km de participação (uma volta) e de 10 Km (duas voltas). Inicialmente teve a corrida infantil um pouco antes da principal. 

A largada foi próxima das 17 horas. Como não tinha meta em vista larguei sem grandes preocupações pra me posicionar na saída. Já tinha programado não me matar muito no início, pois o forte calor iria elevar muito rápido o meu batimento cardíaco, e quando isso acontece o restante da prova fica muito comprometido. E assim fiz no meu início.

Largamos pela pista dos veículos com uma faixa fechada para os atletas e seguimos no sentido do Centro Histórico de São José. Nessa primeira parte eu fui administrando pra não me desgastar muito e sofrer no final, pois sei bem como o calor me prejudica. Complicado mesmo foi ver todo mundo disparando na frente, mas me contive.

Fizemos o retorno no final da beira mar com quase 2 Km. A volta foi pela ciclovia e pegamos um ventinho contra, mas refrescante. É o trecho onde costumo treinar normalmente. Nessa parte comecei a recuperar um pouco das minhas posições. Tinha ficado um pouco pra trás e estava conseguindo manter um ritmo constante, enquanto alguns já sofriam com o calor.

Seguimos até a altura do Posto da Polícia Federal, perto da divisa com Florianópolis, onde fizemos o 2º retorno para entrarmos novamente pela pista de carros e passar pelo ponto de largada/chegada. Isso fechou a 1ª volta. Para os atletas dos 5 Km a prova terminava por ali com aproximadamente 4,9 Km. Nessa parte o meu rendimento começou a cair um pouco mais, mas nada fora do normal.


Passei para abrir a 2ª volta, aproveitando para pegar um pouco de água para hidratar. Legal que consegui ainda manter um ritmo razoável e aos poucos fui me aproximando do pessoal que normalmente corre à minha frente. Alguns deles sentindo também o calor, até mais que eu.

A parte final foi bem interessante. Consegui me aproximar do amigo Paulo Henrique e do Fernando Ortis que estavam logo a minha frente. Foi bom, pois eles acabaram me puxando nessa reta final. E sem combinar fizemos uma chegada juntos.

Fechei a prova com o tempo líquido de 44min28s. Como já previsto pela minha passagem na 1ª volta não deram os 10 Km. Pelo meu garmin ficou registrado 9,82 Km. Esse resultado não renderia pra mim nem um bom sub-45, mas fiquei feliz pelo resultado dentro da prova, pelas condições climáticas. Nem vou reclamar que vinha de uma maratona porque não senti influência disso.

Na minha categoria com faixa etária de 45-49 anos fiquei em 5º lugar, mas a premiação era só até o 3º lugar. Porém, para a minha felicidade ainda teve a premiação do ranking da ACORSJ de 2015. Não tinha botado muita fé antes, mas devido ao meu posicionamento dentro dessa última corrida consegui sair da 7ª posição e passar para a 4ª posição. Fiquei muito feliz com um troféu inesperado e do ranking de 2015 ainda. Valeu a pena esse esforço nessa etapa.

Percurso - 5 Km 1 volta e 10 Km 2 voltas

 Com Nilton Generini (CorridasSC) e Enio Augusto (Por falar em Corrida)
Foto do Enio pra ver se estava tudo combinando
 Galera top animada: Ronaldo Urbano, Paulo Henrique e seu Ademir
 Completando a 1ª volta pela beira mar de São José



 
Chegada muito legal. Juntos, eu, o Paulo Henrique e Fernando Ortis
 Premiação do Ranking ACORSJ 2015 - 4º Lugar
Troféus da prova e do Ranking

Local: Beira mar de São José / SC
Data: 21/11/2015 
Horário: 17:00 Hs
Distância: 10 Km (9,82 Km) 

Inscrição: R$ 44,00
Kit: Camiseta de algodão, número de peito e chip descartável.

Tempo: 44min28s
Pace: 4:32 min/Km

Colocação: 005 de 012 (45-49 anos)
Colocação: 032 de 092 (masculino)
Colocação: 032 de 103 (geral)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

15/11/2015 - Maratona Caixa de Curitiba - PR


Maratona Caixa de Curitiba 2015 - PR

Fotos da maratona FB
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - A)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - D) 
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - K)
Fotos da maratona FB (by Minoru Mise - U) 


Esse ano, para completar a minha 10ª maratona quis voltar a fazer a maratona de Curitiba e tentar melhorar um pouco o meu tempo. Mesmo sabendo que é uma prova mais complicada de altimetria com os seus vários morros pelo percurso. Esse ano só tinha feito a Maratona de Santa Catarina onde tive que ser bem conservador, pois estava me recuperando de uma forte queda de imunidade.

A preparação não foi das mais adequadas. Encaixei várias provas, inclusive meias maratonas, durante o período de treinamento. Talvez não seja o mais certo a fazer nas semanas anteriores, mas são provas que eu queria muito fazer, como a Meia maratona de Pomerode e a Golden Four Asics Brasília. Não me arrependo, pois curti muito todas elas.

Para Curitiba saí na véspera de carro. Novamente fiquei no Hotel Bristol Centro Cívico que me parece mesmo ser a melhor opção para quem vai participar da maratona, pois fica a poucos metros da largada e da chegada da prova. No final da maratona qualquer economia de metros a percorrer faz uma baita diferença. Além disso também permitem um check out até às 14 horas.

A retirada do kit foi na Loja Pro Correr, no centro de Curitiba. Um lugar meio complicado de acessar em horário comercial por ser difícil estacionar e o local ter um tamanho físico limitado. É lógico que isso também provoca uma boa fila pro lado de fora da loja. Uma prova tradicional como essa já merecia uma Expo à altura. Tirando os produtos pra venda da loja não tem outros atrativo. O chip ainda é o retornável e tem o inconveniente de precisar ir mais cedo pra a sua retirada no dia da prova, e de conseguir retirá-lo depois de percorrer os mais de 42 Km.

No dia da prova, como a largada do pelotão geral estava prevista para às 7:15 e o hotel estava lotado praticamente pelos atletas, foi adiantado o café da manhã para às 5:30, o que ajudou muito para podermos fazer uma boa alimentação pré-prova.

Na noite anterior temi pela temperatura e pelo sol. Na véspera, chegou a bater 33 ºC, bem abafado. Nada bom para se fazer uma maratona. Mas para a nossa felicidade o dia amanheceu fresquinho e o sol não abriu.

Eu estava um pouco ansioso, pois esta seria a minha 10ª maratona, e queria terminá-la bem. Mas quem estava ansiosa mesmo era a Lu, fazendo a sua estreia na maratona. Por lá ainda encontrei alguns outros amigos de Santa Catarina que embarcavam também nesse desafio: Klauber, Neemias, Caio, Raulino, Jonas, Vilmar e o Bruno que acompanhou de bike.

Na largada acabei ficando mais ao meio, pois para uma maratona não fazia muita diferença e até seria bom para segurar um pouco o ritmo inicial. A ideia era tentar levar a prova em um pace médio entre 5:20 e 5:25.

Como nos anos anteriores havia uma presença grande de assessorias esportivas. E muita gente nas ruas e arquibancada para assistir. As opções de distâncias de 5 Km e 10 Km também contribuem bastante para movimentar o evento como um todo e tenho certeza que fazem nascer futuros maratonistas.

A largada geral da maratona foi às 7:15. A das distâncias alternativas de 5 Km e 10 Km ocorreu cerca de 30 minutos depois. Não me aqueci porque pretendia fazer isso naturalmente durante o início. Todos naturalmente largando ainda muito animados e com o apoio da plateia que acordou cedo para assistir.

Comecei bem tranquilo. Sabia que não iria tão devagar quanto deveria e nem tão rápido como poderia. Me concentrei em ficar com pace próximo de 5:20. O complicado é que esse início são vários trechos com pequenas subidas e descidas e manter uma certa regularidade fica difícil. Pior que um pouco depois da largada começou a dar vontade de ir ao banheiro. Nem tinha se passado 2 Km, mas ficou martelando no meu psicológico. 

Mais cedo ou mais tarde teria que parar. Foi quando quase completando o 5º Km passei por um banheiro químico e um senhor estava saindo. Não pensei duas vezes. Garanti a oportunidade. Pit stop super rápido. Devo ter perdido uns 20 segundos o que me deu ainda um pace de 5:37 no quilômetro.

Nesse início encontrei o Raulino, aqui de Floripa e o meu primo Ossamu de São Paulo, com os quais corri junto por alguns poucos quilômetros. Depois cada um seguiu no seu ritmo. O Klauber também me alcançou e seguimos por uma boa parte do percurso. Ele também não queria forçar muito e encaixamos um ritmo semelhante.

O dia não estava muito quente, algo em torno de 23ºC, mas em todos os postos de hidratação eu pegava pelo menos um copo de água para dar um molhada na boca e na cabeça, sem exageros pra não ficar super hidratado. De vez em quando também bebia um pouco de isotônico.

Logo depois da passagem pelo 10º Km tomei o meu primeiro gel de carboidrato e a primeira cápsula de sal. Do 10º Km ao 20º Km é o trecho que eu acho mais fácil correr em uma maratona. Já estamos bem aquecidos e ainda não muito cansados. É onde consigo manter um ritmo melhor. As subidas e descidas não paravam. Nesse meio tempo o Bruno que estava de bike e que deu suporte ao Klauber se aproximou e foi conosco fazendo uma boa cobertura fotográfica e de filmagem. Muito legal os registros. Quase fechando a meia maratona o Klauber teve que fazer um pit stop e depois não o vi mais durante a prova.


Passei pelo 21º Km com pouco mais de 1h51min. Tempo bem razoável para as minhas pretensões. Nesse ponto também, muitos atletas paravam e outros começavam para fazer um treino de luxo de meia maratona. Por isso fica um certo agito no local. Também tem um banheiro químico nesse ponto, mas dessa vez não precisei usar.

Para me distrair um pouco e o tempo passar um pouco mais rápido comecei a contar quantos atletas eu passava e quantos passavam por mim a partir dessa metade Pelo menos me animava um pouco.

Tomei então o meu segundo gel de carboidrato próximo do Km 23 e foi o último. Depois não consegui mais. Estava difícil engolir qualquer coisa. A cápsula de sal tomei próximo do Km 28 e também deu. Acabei não seguindo muito o planejamento. Não sei o quanto isso afetou, mas estava difícil.

Nesse trecho entre o 20º Km e o 30º Km também consegui manter bem o ritmo pretendido. A essa altura estava correndo sozinho e continuando a contagem. Diria que foi tão bom quanto o trecho anterior. Isso tinha me deixado mais animado.

Pouco depois do Km 30 entramos pela extensa Av. Marechal Floriano Peixoto que se iniciou com uma boa subidinha. Foi aí que senti a minha primeira fisgada na perna. Ainda fraca, mas que já começava a me dar um pouco de preocupação. Também sentia um dedinho do pé se machucando com o atrito do tênis. Até fui alternando um pouco o modo das passadas. Do outro lado, já voltando, fiquei contente de ver a Lu, que estava com uma parcial de tempo muito boa. Ela estava pelo menos uns 2 Km à minha frente.

Sentia que a maratona estava começando. Passei por uma assessoria esportiva que estava distribuindo doces. Peguei uma paçoca, mas nem consegui comer direito. Impossível correr e comer paçoca ao mesmo tempo. Lembrei que ano passado tinha começado a sentir fortes dores no joelho no Km 34 e esse ano tomei um Advil antes que isso acontecesse. E funcionou.

Ainda estava conseguindo manter um bom ritmo, próximo de 5:20 min/Km até o 35º Km, mas as fisgadas começaram a ficar mais frequentes. O movimento das pernas já não estava tão limpo. Começava a ter que mudar um pouco mais as passadas, pois uma cãibra forte a essa altura poderia acabar com a minha maratona. Reduzi o ritmo.

Os últimos 7 Km posso dizer que foram de muito esforço e receio. Sentia que poderia ir um pouco mais forte, mas quando esticava a perna as fisgadas me lembravam que elas estavam por lá. Foi por aí que desisti de brigar pelo meu recorde pessoal da maratona que é de 3h45min20s na maratona de Porto Alegre no ano passado. Preferi não correr o risco e tentar pelo menos melhorar o tempo dessa maratona.

A sensação que eu tinha era de que estava correndo em câmera lenta essa parte final, principalmente após o 38º Km. Cada vez mais limitado. Mas é a partir daí que o incentivo vindo do público nas ruas começa a te empurrar. Vários pontos com distribuição de coca-cola e doces, não da organização, mas de voluntários e de assessorias esportivas. Muito legal essa receptividade do público. Mesmo assim, eu não podia forçar mais nada. Tinha que levar a passos curtos.

Faltando menos de 3 Km eu já não conseguia mais pensar em nada. Nem olhava mais o ritmo no garmin e nem conseguia mais fazer a minha contagem. Deve ter ficado em torno de 220 atletas que passei e uns 35 que me passaram. Começava a ficar mais frequente também os atletas caminhando, correndo tortos e se alongando pelo percurso. Eu seguia tentando concluir sem caminhar, mas a passos de tartaruga.

Só pensava em vencer os últimos morros e entrar pela avenida principal que levava ao portal de chegada. Quando você chega nessa parte a energia se renova um pouco e até daria pra dar uma forçada no ritmo se as minhas pernas não estivessem em estado tão crítico. O apoio do público nessa reta final é incrível e empurra qualquer um. Só quem vivencia essa experiência pode sentir como é uma chegada de maratona em Curitiba. Simplesmente demais.

Eu ainda tive uma última fisgada a poucos metros da chegada e por conta da empolgação, mas aí eu chegaria nem que fosse rolando ou engatinhando. Morrer na praia não iria. Cruzei o portal de chegada com o tempo líquido de 3h50min59s. Consegui melhorar o meu tempo da Maratona de Curitiba de 2014, que era de 3h52min17s, e a marca do ano para o ranking brasileiro de maratonistas.

Cheguei muito exausto como sempre e demorei uns 15 minutos até conseguir me recuperar. É nessa hora que eu digo como é complicado tirar o chip do pé para poder receber a medalha. Aliás, dessa vez a medalha finalmente veio com o diferencial no verso constando a distância da maratona, 42 Km, e me parece que um pouco maior que o das provas alternativas de 5 Km e 10 Km.

A minha grande amiga, Luísa, fez uma prova brilhante na sua estreia e fechou a maratona com um tempo de 3h36min, conquistando a 2ª colocação na categoria. Correu muito e mereceu essa conquista por todo o seu esforço e dedicação. Super parabéns, Lu !!!

Essa maratona já faz parte do meu calendário e tenho certeza que ainda posso melhorar muito. 

Alguns pontos que geraram muitas reclamações e valem a pena ser registrados:
1) A presença muito grande de ciclistas acompanhando a prova e dando apoio aos atletas. Alguns disputando espaço em alta velocidade e manobras perigosas.
2) Reclamações da fila enorme na retirada do chip no dia da prova, fazendo com que alguns atletas perdessem a largada.
3) Demora na divulgação da premiação.

Percurso 2015 (42,780 Km)
Meu primo Ossamu de São Paulo
Eu e a Lu na tensão pré-largada de maratona
 Saidinha pro lado para tirar a foto
 Em frente ao museu Oscar Niemeyer
Eu e o Klauber corremos juntos por uns 15 Km
 Nem lembro que passei por aqui.

Metros finais
Só comemorar
Medalha desse ano com a indicação dos 42 Km

Local: Praça do Centro Cívico - Curitiba/PR
Data: 15/11/2015 
Horário: 7:15 Hs 
Distância: 42,195 Km (42,780 Km) 

Inscrição: R$ 91,69 
Kit: Número do peito, camiseta, viseira, meia, toalha,2 paçoquinhas e sacolinha.  

Tempo: 3h50min59s
Pace: 5:23 min/Km

Colocação: 060 de 213 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 433 de 1503 (masculino)
Colocação: 453 de 1799 (geral)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

08/11/2015 - Golden Four Asics - Etapa Brasília


Golden Four ASICS - Etapa Brasília

Fotos da Corrida FB (Sabine Weiler)


Após quase ficar de fora com o término antecipado de quase 3 meses das inscrições pude comprovar pessoalmente porque esse circuito de meia maratonas é tão procurado pelos amantes do esporte. Não sei se lamento por não ter uma etapa em Florianópolis ou se agradeço pela oportunidade de poder viajar e correr em outros lugares.

Fiz minha estreia na Etapa de São Paulo em Agosto. Prova essa que foi um desastre pra mim. Quebrei feio logo após a metade do percurso. Confesso que tinha ficado um pouco desanimado na época. Mas logo na semana seguinte com a pilha da amiga Sabine e do Enio lá estava eu tentando fazer a inscrição para essa minha 2ª etapa (Brasília). Quase fiquei de fora. Só consegui fazer na repescagem.

Daqui de Santa Catarina, pelo que sei, fomos eu, o Enio, a Sabine o Alexandre e a Gislaine. Eu e a Sabine chegamos no sábado e logo encontramos o Enio no local da retirada do kit, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). 

Vale a pena deixar registrado que para o translado do aeroporto para o setor hoteleiro sul e norte tem um ônibus executivo, inclusive com ar condicionado e um bom atendimento, por R$ 10. O ônibus parte de 30 em 30 minutos e recomendo. O ponto fica na parte debaixo no final do lado direito.

A qualidade do evento já começou pela Expo Golden. Além da entrega do kit, foram oferecidos vários outros serviços: personalização gratuita da camiseta, massagem, teste de velocidade, teste da pisada, lanches, palestras, impressão de fotos com hashtag #goldenfourasics, além de venda de produtos ASICS, cosméticos, suplementos e assinaturas de revistas especializadas. Nem preciso dizer que passamos um bom tempo por lá curtindo também.

Com a grande companhia da tia do Enio, D. Julse, que com toda a disposição do mundo nos ciceroneou durante todo o fim de semana, aproveitamos o sábado para visitar o Pontão Lago Sul localizado à beira do Lago Paranoá com vistas e restaurantes incríveis, e a Ponte JK. Depois, como não podia deixar de ser, fomos cuidar da alimentação com um belo buffet de massas e caldos o Bar do Juca. Muito bom e bem em conta.

Na véspera dormi um pouco tarde e acabei acordando bastante sonolento ainda. O Hotel Bonaparte que ficamos, além do excelente atendimento, inclusive com maçã verde, água saborizada na recepção e café da manhã antecipado para os atletas, teve até um senhor muito gentil que nos guiou por um trecho dando as orientações para chegarmos ao local da largada, distante uns 2,5 Km do hotel. Como conhecemos um pessoal de São Paulo e Belo Horizonte fomos conversando e o tempo passou rapidinho, além de chegarmos já aquecidos.

Chegamos no local da largada, na Praça do Buriti perto das 6:10, e o dia já estava clareando. Fizemos as tradicionais fotos pré-prova e nos preparamos para a largada. Devia ter perto de 4 mil atletas participando nessa prova que é meia maratona pura, sem distâncias alternativas.

Com um controle melhor, a largada foi feita em ondas, onde a cor do número de peito identificava o ritmo de cada um e o local de onde deveria se posicionar para largar. Bom também foi que o chip descartável ficava no número de peito, evitando assim que precisássemos abaixar para colocá-lo e tirá-lo do tênis. Só quem corre sabe como esse simples ato fica complicado no final.

Meu objetivo maior era tentar bater o meu recorde pessoal da meia maratona do ano passado de 1h38min29s. Diziam que essa era uma excelente prova para fazer tempo, mas tinha um porém que só descobri realmente durante a prova.

O tempo e a umidade eram as minhas principais preocupações. Lembro que quando largamos a temperatura indicada em um medidor na rua apontava 23 ºC. Prometia, pois isso era ainda perto das 7 horas.

Na largada saí no pelotão da faixa de 1h40min (tempo estimado da meia maratona) por isso não tive muito problema com a dispersão inicial, e também as ruas largas favoreciam. Como sabia que pela frente pegaríamos uma subidinha tentei manter um ritmo razoavelmente confortável, mas ganhando alguns segundos para poder compensar depois, sem exagerar.

Do 1º ao 3º Km fui bem tranquilo, pois só descia, e estava conseguindo ir no meu ritmo bom para o objetivo. Lembro que no primeiro posto de hidratação já peguei um isotônico. Estava com a boca seca. Aliás a hidratação nessa prova é excelente com postos de 3 em 3 Km com isotônico em saquinho e copos de água.



A partir do 3º Km acessamos o Eixão Sul e ainda me sentia confortável. Mas uma coisa me chamou a atenção quando avistei os atletas da elite já voltando do outro lado, incluindo o Solonei e um queniano. Todos fazendo uma certa força. Pois é, eu estava descendo e eles subindo. Na volta eu teria que fazer força também, e como.

Fizemos o retorno do Eixão próximo do 9º Km. Era o fim do trecho fácil. Era hora de encarar a subida, leve, porém extensa, já anunciada anteriormente, inclusive na Expo Golden.

Garmin - Golden Four Asics - Etapa Brasília

Até o 9º Km estava tudo muito bom e se mantivesse o ritmo com certeza seria meu recorde pessoal. Mas as subidas, por mínimas que sejam, acabam roubando preciosos segundos do nosso tempo. Após uma sequência de 4 paces acima de 4:50 min/Km do 10º Km ao 13º Km eu estava prestes a desistir (quebrar). Já sabia que não seria possível recorde pessoal e dificilmente um sub 1h40 sairia. A parte mais complicada do psicológico.

A subida duraria só mais até o fim do 14º Km e fui levando do jeito que suportava, pois sabia que depois disso o percurso seria bem mais favorável no Eixo Monumental, onde passamos pelos Ministérios, Catedral, Museu, Palácios, Congresso, Senado. Mas aí cadê o gás e a a disposição ? 

No 15º Km estavam entregando gel de carboidrato. Eu tinha tomado o meu no 11º Km e foi só, pois estava ficando até enjoado de tanto esforço. Não conseguia colocar nada na boca. Até água estava difícil.

Foi então que no Km 16, já naquele pensamento de simplesmente terminar a prova, passou por mim um pelotão de atletas pra me desanimar de vez. Mas foi exatamente o contrário, e aí começou a mudança. Entre o pelotão estavam os marcadores de ritmo de 1h39min, que eu inicialmente imaginava seguir. Como assim ? Eu ainda estava dentro desse tempo ? Foi a injeção de ânimo que me faltava. Durante um tempo sofri para tentar acompanhá-los, mas aos poucos parece que fui me recuperando daquele esforço da subida e consegui me manter a frente deles.


Não digo que foi fácil esse final, mas a medida que vencia os quilômetros e via a possibilidade de ainda fazer um sub 1h40min, ia me dando força psicológica porque a física já estava totalmente destruída. Não olhava mais nada em volta e seguia só eu comigo mesmo concentrado. No finalzinho avistei então uma placa enorme de 500 m para a chegada: os 500 m mais longos da minha vida.

Totalmente exausto e sem pernas entrei pela reta final que levava ao portal. Minha maior alegria quando avisto de longe o relógio ainda indicando 1h39min baixo. Era tempo suficiente para eu chegar dentro do sub 1h40min, mesmo porque ainda tinha a correção do tempo líquido. Aquela sensação de ter vencido uma batalha perdida foi indescritível. Não era recorde pessoal, mas com certeza foi a maior das minhas superações dentro de uma prova.

Cruzei a linha de chegada na Concha Acústica com o tempo líquido de 1h39min10s. Deu gosto de receber o lindo medalhão da prova. Golden Four ASICS e Brasília agora também são sub 1h40min !!! Logo em seguida chega o Enio também fazendo um excelente tempo. E um pouco depois a Sabine se superando com o seu melhor ritmo em meias maratonas. Todos muito felizes. Foi só comemoração e lógico, muitos registros. Simplesmente demais !!!

Ganhamos uma toalhinha da Asics e depois ficamos curtindo o pós-prova que tinha vários atrativos como massagem, banho de gelo, lanches, muitas pontos para fotos, inclusive um painel com o nome de todos os inscritos. Pude ainda encontrar com alguns amigos locais como o Danilo Confessor, e a Mara Okiyama, que completou os seus primeiros 21 Km e está de parabéns !!!

Liberados e de missão cumprida fomos almoçar na Galeteria Alpinus pra repor as energias e depois turistar um pouco mais pela feirinha, Torre das Antenas e a Catedral. O dia que parecia comprido ficou curto. Não deu pra ver tudo, mas esse é um bom pretexto para voltarmos ano que vem !!!

Percurso 2015 (21,24 Km)

 Retirada do Kit na Golden Expo - Em busca de uma tomada pra carregar o celular 

 No Pontão Lago Sul, com o Enio, a Sabine e a tia do Enio.
 Cenário do local da largada com a Sabine instante antes da largada 

 Debaixo do viaduto fazendo força
Uma das minhas chegadas mais emocionante
 Missão cumprida com Enio Augusto (Por falar em Corrida)
 Missão cumprida com a Sabine Weiler
 Missão cumprida com a Mara Okiyama de Brasília
 Todos de parabéns !!!
Essa não podia faltar
 
Medalha frente e verso
Certificado

Local da largada: Praça do Buriti - Brasília - DF
Loca da chegada: Concha Acústica - Brasília - DF
Data: 08/11/2015 
Horário: 7:00 Hs 
Distância: 21,097 Km (21,24 Km) 

Inscrição: R$ 108,00 (desconto 10% - assinatura Revista Contra-Relógio)
Kit: Número do peito com chip descartável, camiseta personalizada, viseira, sacola e lanche.  

Tempo: 1h39min10s
Pace: 4:40 min/Km

Colocação: 138 de 803 (categoria 40-49 anos)
Colocação: 476 de 2.513 (masculino)
Colocação: 507 de 3.783 (geral)

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

01/11/2015 - 8ª Meia maratona de Pomerode / SC

8ª Meia maratona de Pomerode / SC


Depois de 3 anos tive a oportunidade de participar novamente da Meia maratona de Pomerode. Não caiu na melhor das épocas, pois nas semanas seguintes terei pela frente a Golden Four Asics Brasília (meia maratona) e a Maratona de Curitiba. Tudo bem, só cuidando para não lesionar.

Quando participei pela primeira vez dessa prova em 2012 não tive boas recordações. Não pelo evento em si, mas pelo meu desempenho desastroso. Cometi alguns erros naquela época que esse ano não se repetiram. Então decidi voltar para tentar melhorar a minha participação, o que não seria muito difícil.

Fiquei em dúvida se iria no dia da prova, saindo de madrugada, ou iria um dia antes e dormiria na região. Acabei indo na véspera e fiquei hospedado na cidade de Blumenau (Pomerode nessa época está com os hotéis e pousadas todos lotados). Blumenau fica a pouco mais de 30 Km (45 min) de Pomerode. Foi bom, pois deu pra descansar melhor. Achei legal também do Hotel Ibis que eles tem um café da manhã mais simples (R$ 8,50) chamado madrugador que inicia às 4:30 e é mais do que suficiente para quem vai correr em seguida.

Cheguei em Pomerode no local da largada cedinho, um pouco antes das 6 horas, já com aquela chuva fininha que não deu trégua durante quase todo o evento. Deixei o carro na largada, mas a maioria do pessoal já deixou no local da chegada, onde ficava toda a arena pós-prova. Ficava a menos de 1 Km.

O kit foi retirado por um amigo do Fausto e só conseguimos pegar faltando pouco mais de 10 minutos para a largada. O aquecimento foi aquele meia boca mesmo de uns 5 minutinhos. Além dos 21,097 Km da meia maratona, teve também a distância alternativa de 6 Km para os iniciantes e amantes de distâncias mais curtas. A maratoninha infantil que estava programada foi adiada por causa da chuva.

A minha expectativa não era tão grande para essa meia maratona. Normalmente o clima é abafado e quente, e eu não me dou muito bem nessas situações. Mas para a minha felicidade, apesar da chuvinha, esse dia estava bem fresquinho. Ideal para correr.

Como fiquei aquecendo um pouquinho cheguei em cima da hora para me alinhar para a largada. Tive que sair mais atrás demorando quase um minuto até passar pelo portal e começar efetivamente.

O percurso era praticamente uma grande reta com alguns pontos de subidas e descidas, e como era ida e volta tudo se compensava. Mas as elevações não eram muito pesadas. Se facilitou na ida complicou na volta, e vice-versa.

Meus primeiros 5 Km foram para sentir as condições do dia. Fiquei contente ao perceber que estava conseguindo rodar com pace abaixo de 4:40 min/ Km e estar me sentindo bem. Isso até me animou um pouco. Se bem que era muito cedo para isso. De qualquer forma fui tentando me controlar abaixo desse pace.

Até o 10º Km foi indo tudo bem. Nas passagem nos postos de hidratação sempre dava uma bicada na água e molhava um pouco mais a cabeça. O pace aumentou pouca coisa, mas ainda dentro do objetivo. Como sabia que ia ter o retorno na metade, optei por tomar o meu gel de carboidrato logo depois de virar (na metade da prova).

Um pouco antes de chegar no retorno, para dar aquela distraída e o tempo passar mais rápido comecei a contar quantos atletas estavam a minha frente. Foram mais ou menos 207, se não perdi alguém pelo caminho. Queria saber depois como iria me sair na segunda parte. Pra não perder o gancho, minha posição geral foi 191 dos 800 concluintes.


Nos próximos quilômetros ainda estava me sentindo bem e comecei a acreditar que poderia fazer uma boa prova, abaixo de 1h40min, tempo que nem sonhava em Pomerode. Só no 15º Km que deu uma quebradinha maior no ritmo por conta de uma subidinha, pace de 4:51. O meu maior da prova.

Começava então a parte mais crítica para mim, os últimos 6 Km. Difícil conseguir sustentar o mesmo ritmo a essa altura. É a hora que o cansaço começa a bater e as pernas começam a não responder direito. Lembro de ter pego um isotônico um pouco antes e ter corrido um bom trecho ao lado do amigo Sandro. Depois fechei a cara concentrado e segui com o pace um pouco acima de 4:40. Alguns atletas que corriam ao lado me motivavam para não deixar cair o ritmo, alternando as posições.

No Km 19 me disseram que havia uma bandinha e distribuição de chopps. Eu só lembro de ter visto a bandinha recolhida debaixo de um ponto de ônibus se abrigando da chuva. O chopp novamente não vi. Estava concentrado nos meus últimos quilômetros.

No 20º Km já fazia as minhas contas de chegada rapidamente. Olhei o cronômetro que marcava 1h33min aproximadamente. Quase 7 minutos para fechar o último quilômetro e mais alguns metros. Só um problema muita grave tiraria o sub 1h40min. Ainda bem que não teve. No finalzinho só pra complicar um pouco acessamos uma subida com rua de paralelepípedo que estava bem escorregadio por causa da chuva. Judiou um pouco pelo estado em que chegávamos, mas deu pra superar.

Acelerei um pouco na chegada pelo portal e cruzei a linha de chegada com tempo líquido exato de 1h38min59s. Foi melhor do que eu esperava para essa prova. Se soubesse poderia até ter brigado pelo recorde pessoal, mas isso vou deixar para a Golden Four Brasília (08/11).

Na chegada, uma excelente estrutura esperando, água, isotônico, água de côco, chopps e frutas. Dessa vez eu aproveitei tudo que tinha direito. Cheguei muito cansado e com muita sede. Lógico que não deu pra resistir ao chopps super gelado no final. Depois foi só confraternização com os amigos.

No galpão de chegada várias atrações para os participantes, como a serra de dois para cortar o tronco, bandinha, vários tendas de artigos esportivos e do evento, além do palco da premiação com os devidos bancos para a plateia. A chuva colaborou para que ficasse cheio, todos se abrigando.

Depois de assistir a premiação, dessa vez voltei para o hotel em Blumenau para tomar um bom banho e descansar um pouco. Vale a pena, pois sair de madrugada e voltar depois de uma meia maratona é muito cansativo.

No geral a prova foi muito bem organizada, sendo uma das que mais atraiu atletas em Santa Catarina em 2015. Esse ano superou até o número de concluintes da Meia maratona de Florianópolis. Muitos participantes de fora do estado. Pena que o dia estava bem chuvoso, mas isso fez parte da festa.

Percurso 2015 (21,2 Km)


Portal de entrada de Pomerode
Todos com o kit em mão faltando pouco mais de 10 minutos para a largada

 Concentração pré-largada
 Será que dá ?
 Voltando
 Quase chegando
 Chegada. Tempo líquido:1h38min59s
 Agora é só festa !!!
Medalha da prova

Local: Portal turístico de Pomerode e Centro de Eventos - Pomerode/SC
Data: 01/11/2015 
Horário: 7:00 Hs 
Distância: 21,097 Km (21,20 Km) 

Inscrição: R$ 75,00 último lote (cortesia) 
Kit: Sacolinha, camiseta, garrafinha água de côco, doce de banana, pote de atum, revista Corre Brasil, chip descartável e número de peito.   

Tempo: 1h38min59s
Pace: 4:40 min/Km

Colocação: 020 de 076 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 183 de 606 (masculino)
Colocação: 191 de 800 (geral)