quinta-feira, 7 de junho de 2018

03/06/2018 - Meia Maratona de Floripa - 42k de Floripa

Foto: Foco Radical

8ª Meia Maratona de Floripa / 42k de Floripa


A tradicional Meia maratona de Floripa agora virou 42K de Floripa, com a inclusão da maratona e da distância de 7 km (Joy), para os iniciantes e amantes das provas curtas e rápidas, mas que também queriam correr por cima das pontes. Eu tenho feito essa prova por 7 anos seguidos na distância de 21 km, e não tive dúvidas na minha escolha. Ainda mais que, como não houve choque de datas com a Maratona de Porto Alegre, pude me inscrever para as duas.

Para aqueles que se programaram ainda no ano passado a inscrição saiu bem em conta. Com a assinatura da Revista O2 paguei R$ 76,00 no kit básico da meia maratona. Assinantes ainda tem umas regalias como personalização da camiseta e área VIP. Às vésperas da prova (último lote) essa mesma inscrição já estava em R$ 150,00 + taxa. Por isso, para quem pode, vale a pena se programar bem antes.

Conforme divulgado na mídia foram cerca de 12 mil atletas inscritos nas três distâncias, sendo um recorde no número de participantes em corridas de rua do Estado de Santa Catarina, sendo que a grande maioria dos corredores da meia e da maratona eram de outros estados e até de outros países, como a delegação da Argentina que encontrei momentos antes da largada.

Esse ano o local de retirada do kit mudou para o Centro de Eventos de Florianópolis  - Centrosul. A entrega foi feita na sexta-feira e no sábado que antecederam o evento. A novidade foi que, além dos produtos da O2, a Expo contou com outros stands de produtos e artigos esportivos, além de vários painéis para fotos, para registrar mensagens, e um enorme listando os nomes dos futuros maratonistas e meio maratonistas.


Retirei o meu kit (meia maratona) e da Aninha (Joy 7 km) logo pela sexta-feira de manhã. Para quem foi de carro tinha um estacionamento pelo valor de R$ 5,00. Diferente de uma Expo de São Paulo cujo ano passado cobrava R$ 48,00. Me assustei com o tamanho da fila para a retirada dos kits, que foi dividida em dois passos: um para o check-in (retirada do número de peito e chip), e outro para a retirada dos produtos. A novidade ficou por conta da camiseta que nessa edição foi de manga curta com cores diferenciadas para cada distância, e o manguito para os participantes dos 21 km e 42 km. Apesar de compridas, as filas fluíram rápido e nos outros horários parece que foram bem mais tranquilas. Aproveitei ainda para personalizar a camiseta e não resisti a tentação de comprar as jaquetas da prova, que por sinal estavam muito bonitas. Um pouco de como foi a Expo ao vivo.

Apesar de na véspera estar com muito vento e chuva, o clima no dia da prova ficou excelente, seco.e bem fresquinho. Para não ter dificuldades com o estacionamento, chegamos no local da prova muito cedo, às 4h45min. Às 5 horas as vagas mais próximas já foram ficando mais escassas, sendo que as largadas estavam programadas da seguinte forma: às 6h30min a maratona, às 6h45min a meia maratona e às 7h00 a Joy (7km).

Para essa edição, tive a impressão de que a estrutura na arena da prova foi menor em relação ao ano passado, mas me parece que atendeu bem a maioria dos atletas. Muitos banheiros químicos, muitos painéis para fotos, guarda-volumes, espaço para massagem (meio limitado para a quantidade de atletas esperados), espaço para crioterapia, palco de premiação e a área VIP, que esse ano ficou no térreo e mais afastada, longe da largada.

Para essa edição não tive uma boa preparação. Vim de umas fraquezas dos efeitos colaterais da vacina contra a febre amarela e umas dores na lateral da coxa esquerda nos últimos meses, os quais me impossibilitaram treinar mais firme e consistente. Já esperava fazer uma prova mais conservadora, tentando pelo menos um sub-1h45min. Meu recorde pessoal nessa prova de 1h38min22s conquistado em 2016 seria impossível.O bom é que durante o aquecimento não senti dores alguma.

Às 6h30min acompanhamos a largada da maratona, que teve um número expressivo de atletas nessa primeira edição, com percurso inovador passando também pelas Pontes Pedro Ivo e Colombo Sales. Tornou-se mais uma boa opção de maratona para o Brasil.

Logo em seguida fui me alinhar para a largada da meia maratona que aconteceu às 6h45min. Como tive o privilégio de largar no pelotão Quênia o acesso mais a frente foi tranquilo com um grupo limitado de atletas. Os pelotões foram divididos em Quênia, azul, verde e branco, baseado no pace de cada um. Em provas com grande quantidade de atletas isso ajuda bastante.para ter um largada mais limpa nos primeiros quilômetros, principalmente para quem busca tempos.

Consegui largar bem conservador em relação as minhas meias maratonas. Mesmo querendo fazer o meu melhor eu tinha consciência de não estar 100% ainda e a preocupação de não me lesionar, tendo em vista a Maratona de Porto Alegre no próximo final de semana.

O percurso inicial não foi alterado. Corremos pela beira mar continental e, não altura do IFSC, acessamos a subida da Ponte Pedro Ivo Campos. Dessa vez, os participantes da distância menor (Joy - 7km) também puderam correr por cima dela durante um trecho e retornaram. Deve ser esse o motivo de terem feito essa distância.

Vencida a 1ª subida, que no início é bem tranquila, vem a descida da ponte e dá pra recuperar um pouquinho. Não demora muito e após o 4º km aparece a subidinha do viaduto Rita Maria. É bem mais curta, e não chega a quebrar tanto o ritmo. No 5º km estávamos passando por baixo da Ponte Hercílio Luz, agora do lado da ilha. Nesse trecho registrei o meu melhor pace da prova (4:34 min/km).

Na ida pela beira mar norte tínhamos o sol pela frente e em alguns momentos a intensidade era tão forte que incomodava. Tinha optado por correr sem óculos. Durante esse trecho, próximo do km 7, passou por mim o Ronaldo da Costa (recordista mundial na Maratona de Berlin em 1998, com o tempo de 2h06min05s). Ele estava participando da meia maratona e passou incentivando os atletas pelo percurso. Tive que sacar o celular e dar um sprint pra registrar esse momento com ele. Bem simpático.

O Ronaldo sumiu à minha frente sem grande esforço e eu continuei no meu ritmo que já estava caindo, pace próximo de 4:50 min/km. Ainda podia pensar em um sub 1h45min. A hidratação estava perfeita com postos de água a cada 2,5km/3km, e mesmo estando friozinho sempre pegava um copo de água pra dar uma molhada na boca e refrescar um pouco a cabeça.

Nesse ano, o retorno da meia maratona ocorreu antes do viaduto de acesso à SC-401, que leva ao norte da ilha. Cerca de 400 metros antes. Conferi o meu Garmin e estava marcando uns 10 km. Nesse ponto peguei um copo de isotônico e tomei correndo do jeito que deu. Voltei encucado e pensando como seria feito esse 1 km de diferença que faltaria.

Pra ajudar, ao invés do sol na cara, a volta teve um pouco de vento contra e isso já fez meu pace subir para próximo de 5 min/km. Eu até pensei em fazer mais força e tentar manter o ritmo de antes, mas me contive pra evitar algum problema. Comecei a administrar. Já na altura do km 13 teve distribuição de gel de carboidrato. A amiga Zenilda Lescano me entregou o gel e em seguida o Marcelo o copo de água. Muito legal ter o apoio dos amigos. Acabei não usando o gel. Não ia conseguir engolir. Logo em seguida houve a divisão dos maratonistas que seguiram reto no sentido da beira mar sul e os meio maratonistas que viraram no sentido do viaduto.


No 16º km, um pouco antes de acessar o viaduto que daria acesso a Ponte Colombo Sales nos deixando no lado continental, teve outro posto de isotônico, mas dessa vez eu passei. Não ia descer mais nada pelo boca. Nessas subidas do viaduto e da ponte acabei perdendo alguns segundos preciosos e que fariam falta depois.

Ao descer a ponte, logo após o 18º km entendi como seria feito o quilômetro que faltava. Ao invés de virarmos à esquerda como era nos anos anteriores e seguirmos direto pela beira mar continental rumo a chegada, viramos à direita no sentido do IFSC e só lá retornamos para beira mar continental. Tentei dar uma recuperada nesses 2,5 km finais, mas com o batimento cardíaco alto (vide tabela) corri dentro do aceitável, mas sempre de olho no tempo.

Ao longe avistei o portal já quase virando para 1h45min de prova. Até dei uma acelerada para não deixar virar antes da minha passagem, mas não deu. Sob a narração do Otton locutor extrapolei por alguns segundos o meu sub 1h45min alvo. O tempo líquido final registrado pelo chip foi de 1h45min13s. Não é dos piores, mas fica aquele gostinho de "faltou pouco". Podia ter me empenhado mais. Tudo bem. O importante é que cheguei bem, sem dores e com saúde para encarar a batalha da maratona na semana seguinte.

Fiquei alguns minutos me recuperando e me hidratando na chegada. Retirei a medalha que veio embalada para evitar possíveis riscos e contato com o suor, além de serem diferenciadas para as 3 distâncias: 7km, 21km e 42km. Ponto muito positivo. Entregaram um isotônico, que consumi em poucos goles, e frutas aos atletas. Depois fui ao encontro da Aninha e dos amigos Ju e Jabson, que não participaram, mas estavam lá pra prestigiar. A Aninha tinha completado a prova de 7 km e já tinha chegado fazia um tempinho.

Devidamente recuperado ficamos assistindo a chegada dos maratonistas. Como é emocionante observar a expressão de cada um deles vencendo seus desafios. Alguns chegam aos prantos, outros gritando, alguns gravando vídeo, outros olhando o cronômetro, alguns acompanhados de seus filhos parceiros ou parceiras, outros com pedido de casamento, alguns vibrando e sorrindo, outros com expressão de dor do esforço. Mas uma coisa é certa, todos venceram os 42k e devem estar orgulhosos de serem Maratonistas !!!

O evento como um todo foi excelente com uma boa estrutura desde o local da entrega dos kits, passando pelas largadas diferenciadas, divisão por pelotões, percurso, aferição da meia maratona e maratona, distribuição da hidratação com água, isotônicos e géis, medalhas diferenciadas por distância, e até a estrutura do pós-prova. Conforme o resultado divulgado foram cerca de 1.400 concluintes na maratona, 2.750 na meia maratona e 1.300 na Joy (7 km), o que totalizou quase 5.500 concluintes em todas as distâncias. Ficou um pouco longe dos 12 mil inscritos anunciados. De qualquer forma foi um dos maiores públicos nesse tipo de evento, se não o maior. E tudo isso vindo de uma recente paralisação nacional por conta da greve dos caminhoneiros.

Como já é praxe, depois de uma prova exaustiva como essa a fome aperta e o destino geralmente é um bom almoço na Churrascaria Riosulense, que fica lá do lado, pertinho da largada mesmo. Sempre a parte boa da corrida.

Percurso 2018 (21,37 Km)

Percurso 2017 (21,33 Km)

Kit básico com personalização da camiseta para sócios do clube O2
Eu e a Aninha chegando cedo e ainda escuro
Reta pela beira mar norte
(Foto: Alexandre Santiago - Foco Radical)
Tentando dar um salto no meio da prova
(Foto: Foco Radical)
Aninha na Joy (7 km)
(Foto: Foco Radical)
Tentando voar na Ponte Colombo Sales
(Foto: Foco Radical)
Chegada. Tempo líquido: 1h45min13s
Passou um pouquinho do sub-1h45
(Foto: Juciana Fernandes)
Aninha com a medalha do Joy (7 km) e eu com a da Meia maratona (21 km)
Difícil reunir essa galera em uma foto só !!!
Certificado da Meia de Floripa


Local: Beira mar Continental - FLN/SC
Data: 03/06/2018
Horário: 06:45 Hs (6h47min)
Distância: 21,097 Km (21,37 Km)

Inscrição: R$ 76,00 (lote promocional com desconto clube O2)
Kit: Número do peito, sacola térmica, camiseta manga curta, par de manguito e chip descartável.

Tempo: 1h45min13s
Pace: 4:56 min/Km
Tênis: Asics Noosa FF

2018
Colocação: 043 de 0181 (categoria 45-49 anos aproximado)
Colocação: 325 de 1560 (masculino - aproximado)
Colocação: 368 de 2723 (geral - aproximado)

2017
Colocação: 030 de 0211 (categoria 45-49 anos aproximado)
Colocação: 251 de 1680 (masculino - aproximado)
Colocação: 272 de 2643 (geral - aproximado)

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