A 95ª edição da Corrida Internacional de São Silvestre foi muito especial para mim. Completei 10 participações nessa que é a mais tradicional prova de corrida de rua do Brasil, realizada sempre no último dia do ano (31/12). A não ser que você largue junto com a elite na frente, essa definitivamente não é uma prova pra se buscar melhorar tempo, e sim para curtir a vibração. É uma espécie de confraternização de final do ano dos corredores.
Comecei a procurar as passagens de Florianópolis para São Paulo já no 2º semestre, e bobeei feio. Por puro esquecimento acabei comprando duas passagens de ida e como não houve alteração por parte das companhias aéreas acabei perdendo uma delas. Não tinha reembolso (utilizei pontos de milhagem e Dotz), somente da taxa de embarque.
Como tenho feito nos últimos anos e para facilitar no dia da prova, reservamos o hotel com bastante antecedência, o Transamérica Executive Paulista, localizado próximo a Av. Brigadeiro e à Av. Paulista. Muito boa a localização, as acomodações e o preço (R$ 273,11) com direito a um bom café da manhã e um chorinho no check-out late (até às 13 horas). Muitos amigos atletas de Santa Catarina também se hospedaram nesse hotel.
Fui para São Paulo no domingo, dia 29/12, aproveitando antes para visitar os meus pais. No dia 30, último dia da entrega dos kits, com a chegada da Aninha, retiramos os kits no Palácio de Convenções do Anhembi. Esse local facilitou bastante, pois as instalações são cobertas e melhores que no antigo Centro Esportivo do Ibirapuera. Para quem vai de carro, estacionar nas redondezas é mais difícil, mas tem estacionamento ao lado (R$ 20 a diária). Para quem descia no aeroporto de Congonhas o valor do UBER ficava em torno de R$ 30.
Fui para São Paulo no domingo, dia 29/12, aproveitando antes para visitar os meus pais. No dia 30, último dia da entrega dos kits, com a chegada da Aninha, retiramos os kits no Palácio de Convenções do Anhembi. Esse local facilitou bastante, pois as instalações são cobertas e melhores que no antigo Centro Esportivo do Ibirapuera. Para quem vai de carro, estacionar nas redondezas é mais difícil, mas tem estacionamento ao lado (R$ 20 a diária). Para quem descia no aeroporto de Congonhas o valor do UBER ficava em torno de R$ 30.
Na entrega dos kits houve separação por setores (em cores) para distribuir o acesso. No final da manhã pegamos uma pequena fila de uns 20 minutos, mas nada muito crítico. O kit estava bem recheado de produtos e a camiseta na cor branca tinha um bonito design. Em seguida tivemos acesso a EXPO com vários stands de produtos para corrida e serviços, como personalização das camisetas. Esse ano não me animei a fazer.
Kits retirados e seguimos para o hotel deixar as malas e ir comer um bom Virado à Paulista (era segunda-feira). Isso tudo na região da Av. Brigadeiro. Depois de um pequeno descanso fomos dar uma olhada à noite nos preparativos na Av. Paulista. Já estava fechada para veículos e liberada para o público transitar.
Na terça-feira, dia da prova, o café da manhã foi servido às 6 horas. Ficou lotado com os atletas que iriam participar da São Silvestre. Esse ano o horário da largada foi adiantado para às 8 horas com o final do horário de verão. Mesmo assim o dia já amanheceu quente e prometia piorar com o sol.
Às 7 horas fomos para a largada pela Rua São Carlos do Pinhal, paralela à Av. Paulista. Havia divisões de setores por cores e os staffs estavam rigorosos na liberação do acesso, deixando passar somente os atletas com as respectivas cores (branca, rosa, marron, azul, verde). Acho que essa distribuição das cores se baseou no tempo de prova informado no ato da inscrição. Eu fiquei na cor verde e tive que andar um bom pedaço até chegar ao acesso correto, um pouco mais pra frente do MASP.
Às 7 horas fomos para a largada pela Rua São Carlos do Pinhal, paralela à Av. Paulista. Havia divisões de setores por cores e os staffs estavam rigorosos na liberação do acesso, deixando passar somente os atletas com as respectivas cores (branca, rosa, marron, azul, verde). Acho que essa distribuição das cores se baseou no tempo de prova informado no ato da inscrição. Eu fiquei na cor verde e tive que andar um bom pedaço até chegar ao acesso correto, um pouco mais pra frente do MASP.
Sem grandes preparações e vindo de recuperação de uma forte gripe, que derrubou a minha imunidade, não tinha grandes pretensões para essa edição. Treinei muito pouco e terminar com o tempo próximo ao do ano passado (1h21min02s) já estaria de bom tamanho. A Aninha não correu e ficou na subida da Av. Brigadeiro com a minha mãe torcendo, assistindo e curtindo a chegada dos atletas.
No setor verde não consegui avançar muito à frente. Faltando cerca de 40 minutos para a largada a grande concentração de atletas já estava impenetrável. Animação não faltava e muito expectativa de todos para o início. Para minha surpresa, no meio daquela multidão acabei encontrando a Sabine e a Juliana. A largada atrasou um pouquinho e passei pelo portal somente às 8h09min, pouco mais de 4 minutos após a largada oficial. Incrível foi ver o amigo Jabson nos alcançar e nos encontrar, sendo que ele tinha entrado uns 2 setores atrás. E lá fomos nós !!!
A saída pela Av Paulista foi bem congestionada e chegamos a parar quando afunilou no acesso ao viaduto da Dr. Arnaldo. Muitos atletas com celulares, filmando e tirando fotos, inclusive eu. Não deu pra correr nesse início e meu pace ficou em 7:11 min/km. Nunca iniciei tão devagar assim. No ano passado também tive esse problema, mas não demorou tanto.
Segui o meu caminho, sabendo que a primeira parte da prova é mais em descida. Dessa vez não forcei no início porque sabia que com a falta de treinos sentiria na parte final. No trecho que leva ao Pacaembú todo o cuidado é pouco, pois a descida é muito forte e a concentração de atletas é grande. Não são raros os que literalmente param pra tirar selfies e os que deixam cair suas chaves, documentos, celulares.
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Com cerca de 2 km percorridos entramos pela Av Pacaembú. A partir desse ponto é possível correr mais livre, uma vez que são utilizadas as duas pistas pelos atletas. Em condições normais eu deveria estar rodando com pace abaixo de 5 min/km nesses quilômetros iniciais, mas por conta do calor e da falta de preparo não abusei. O pace ficou um pouco acima disso.
Os postos de hidratação estavam dispostos de 3 km em 3 km como de costume, mas com o calor que faz nessa época do ano não seria nada mal ter mais alguns pontos extras. Particularmente peguei copos de água em todos os postos, ou para beber ou para me refrescar. Não teve isotônico.
Até o 7º km o percurso é praticamente em descida. Porém, com a grande quantidade de atletas fica difícil ganhar um tempinho nesse trecho, fica tudo travado para quem não larga na ponta. Mais a frente passamos pelo portal de 10 km no Largo do Arouche. Já estava com o tempo bem alto, por volta de 56min21s. E o trecho pior ainda estava por ir.
Até o 7º km o percurso é praticamente em descida. Porém, com a grande quantidade de atletas fica difícil ganhar um tempinho nesse trecho, fica tudo travado para quem não larga na ponta. Mais a frente passamos pelo portal de 10 km no Largo do Arouche. Já estava com o tempo bem alto, por volta de 56min21s. E o trecho pior ainda estava por ir.
Garmin - 95ª Corrida Internacional de São Silvestre - 2019
A partir do meio da prova o público nas ruas aumenta, principalmente na região central de São Paulo, como na Av. Ipiranga, Av. São João e Av. Rio Branco. Bem legal e motivador percorrer esses trechos, com a animação e apoio do pessoal gritando, com cartazes e bandeiras, e estendendo a mão para receber um tapinha, principalmente as crianças. Muitos atletas também correm fantasiados e fazem a alegria do público. Falando nisso também encontrei amiga Mari mulher maravilha no percurso.
Como já estava longe do meu tempo alvo nem forcei na segunda metade da prova. Seguia numa boa quando ouvi uma voz amiga. Era a Sabine que vinha logo atrás. Incrível como a gente sempre se acha no meio da São Silvestre. Seguimos correndo lado a lado, um puxando o outro.
No 13º km chegamos na temida Av. Brigadeiro. Minha intenção era subir sem caminhar, por isso não cheguei tão exausto como normalmente. No início a subida não é tão puxada, mas vai se acentuando. Sem treinos em morros as pernas começaram a reclamar rapidamente. Um ponto bastante esperado é o km 14 onde uma turma animada oferece copos de cerveja para os atletas. Como eu estava com bastante sede tomei logo dois copos.
Faltando poucos metros para chegar à Av. Paulista já fiquei atento procurando a Aninha e a minha mãe, que me aguardavam em frente ao Supermercado Extra. Mesmo assim quase passei batido. Ainda bem que a Aninha gritou com uma latinha de Coca-Cola na mão. Ela sabe que eu adoro uma Coca-Cola bem gelada no final de uma corrida. Era o combustível que faltava pra terminar a prova.
Finalmente estava saindo da Av. Brigadeiro e dobrando à direita para a Av. Paulista. A Sabine continuava ao lado e na mesma tocada. De repente, na hora que estava virando, ao reduzir a velocidade, senti um fisgada na coxa posterior direta. E veio seguida de uma forte cãibra. Tentei continuar, mas a dor foi imensa e travou tudo. Só tive tempo de encostar na grade e tentar alongar para amenizar. O pensamento que veio na minha mente era de que a prova tinha acabado pra mim, e a poucos metros da linha de chegada.
Enquanto me alongava, só assistia os atletas comemorando e chegando felizes nessa reta final. Passou-se 5 minutos e tentei caminhar até o portal. Queria a minha 10ª medalha. Como estava lento peguei o celular para registrar no stories a minha chegada. Eram pouco mais de 300 metros. Tentei trotar, mas não deu muito certo e cheguei caminhando mesmo. Uma mistura de frustração com a alegria de conseguir ter terminado. O tempo oficial ficou em 1h34min45s, o mais alto de todas as minhas participações. Até esqueci de desligar o Garmin, por isso o registro ficou mais longo.
Após cruzar o portal caminhamos bem mais à frente pra não congestionar com a chegada dos outros atletas. Me hidratei bastante e logo fui retirar a medalha (mediante a entrega do ticket que vem junto ao número do peito). Também recebemos um kit pós-prova: uma saquinho com barra de cereal, torrone, biscoito integral e um bolinho.
Fui ao encontro da Aninha e da minha mãe que estavam na subida da Av. Brigadeiro. Legal que ainda dá pra assistir a chegada de muitos guerreiros naquele esforço final, inclusive da amiga Juciana, que também terminava a sua prova. Depois fomos para o hotel para dar tempo de fazer o check-out com calma. No nosso caso autorizaram ficar até às 13:30.
Na saída, como o dia estava ensolarado e muito quente, optamos por almoçar no próprio hotel, que por sinal tinha um excelente buffet livre (R$ 48,00) ou por peso (R$ 65 o kg). Não é dos mais baratos, mas a qualidade vale a pena e recomendo. O estacionamento para hóspedes é R$ 25 a diária e são rigorosos no horário.
Minha 10ª participação na Corrida Internacional de São Silvestre estava devidamente cumprida. Não foi das mais fáceis, mas as dificuldades existem para ser superadas. O número de atletas aumentou chegando a cerca de 35 mil inscritos, mesmo com o valor das inscrições beirando os R$ 200. Adiantaram o horário da largada para às 8 horas, mas ainda acho que podia ser um pouco mais cedo. Estamos chegando à 100ª edição e até lá pretendo não perder nenhuma. No final do ano estaremos lá de novo !!!
Local: Av. Paulista - São Paulo/SPComo já estava longe do meu tempo alvo nem forcei na segunda metade da prova. Seguia numa boa quando ouvi uma voz amiga. Era a Sabine que vinha logo atrás. Incrível como a gente sempre se acha no meio da São Silvestre. Seguimos correndo lado a lado, um puxando o outro.
No 13º km chegamos na temida Av. Brigadeiro. Minha intenção era subir sem caminhar, por isso não cheguei tão exausto como normalmente. No início a subida não é tão puxada, mas vai se acentuando. Sem treinos em morros as pernas começaram a reclamar rapidamente. Um ponto bastante esperado é o km 14 onde uma turma animada oferece copos de cerveja para os atletas. Como eu estava com bastante sede tomei logo dois copos.
Faltando poucos metros para chegar à Av. Paulista já fiquei atento procurando a Aninha e a minha mãe, que me aguardavam em frente ao Supermercado Extra. Mesmo assim quase passei batido. Ainda bem que a Aninha gritou com uma latinha de Coca-Cola na mão. Ela sabe que eu adoro uma Coca-Cola bem gelada no final de uma corrida. Era o combustível que faltava pra terminar a prova.
Finalmente estava saindo da Av. Brigadeiro e dobrando à direita para a Av. Paulista. A Sabine continuava ao lado e na mesma tocada. De repente, na hora que estava virando, ao reduzir a velocidade, senti um fisgada na coxa posterior direta. E veio seguida de uma forte cãibra. Tentei continuar, mas a dor foi imensa e travou tudo. Só tive tempo de encostar na grade e tentar alongar para amenizar. O pensamento que veio na minha mente era de que a prova tinha acabado pra mim, e a poucos metros da linha de chegada.
Enquanto me alongava, só assistia os atletas comemorando e chegando felizes nessa reta final. Passou-se 5 minutos e tentei caminhar até o portal. Queria a minha 10ª medalha. Como estava lento peguei o celular para registrar no stories a minha chegada. Eram pouco mais de 300 metros. Tentei trotar, mas não deu muito certo e cheguei caminhando mesmo. Uma mistura de frustração com a alegria de conseguir ter terminado. O tempo oficial ficou em 1h34min45s, o mais alto de todas as minhas participações. Até esqueci de desligar o Garmin, por isso o registro ficou mais longo.
Após cruzar o portal caminhamos bem mais à frente pra não congestionar com a chegada dos outros atletas. Me hidratei bastante e logo fui retirar a medalha (mediante a entrega do ticket que vem junto ao número do peito). Também recebemos um kit pós-prova: uma saquinho com barra de cereal, torrone, biscoito integral e um bolinho.
Fui ao encontro da Aninha e da minha mãe que estavam na subida da Av. Brigadeiro. Legal que ainda dá pra assistir a chegada de muitos guerreiros naquele esforço final, inclusive da amiga Juciana, que também terminava a sua prova. Depois fomos para o hotel para dar tempo de fazer o check-out com calma. No nosso caso autorizaram ficar até às 13:30.
Na saída, como o dia estava ensolarado e muito quente, optamos por almoçar no próprio hotel, que por sinal tinha um excelente buffet livre (R$ 48,00) ou por peso (R$ 65 o kg). Não é dos mais baratos, mas a qualidade vale a pena e recomendo. O estacionamento para hóspedes é R$ 25 a diária e são rigorosos no horário.
Minha 10ª participação na Corrida Internacional de São Silvestre estava devidamente cumprida. Não foi das mais fáceis, mas as dificuldades existem para ser superadas. O número de atletas aumentou chegando a cerca de 35 mil inscritos, mesmo com o valor das inscrições beirando os R$ 200. Adiantaram o horário da largada para às 8 horas, mas ainda acho que podia ser um pouco mais cedo. Estamos chegando à 100ª edição e até lá pretendo não perder nenhuma. No final do ano estaremos lá de novo !!!
Percurso e condições climáticas da São Silvestre 2019
Kit da 95ª Corrida Internacional de São Silvestre
Aproveitando pra visitar os meus pais que sempre me apoiam na São Silvestre
Retirando o kit com a Aninha no Palácio de Convenções do Anhembi
Alguns amigos na retirada do kit da São Silvestre 2019
À noite (véspera da prova) na Av. Paulista. Olhando os preparativos.
Subindo a Av. Brigadeiro
(Foto: - Foco Radical)
Na parceria da amiga Sabine. Subindo...
(Foto: - Foco Radical)
(Foto: - Foco Radical)
Na parceria da amiga Sabine. Subindo...
(Foto: - Foco Radical)
Minha mãe e a Aninha, que ficaram me esperando na Av. Brigadeiro
Mais alguns amigos presentes na 95ª Corrida Internacional de São Silvestre
Mais alguns amigos presentes na 95ª Corrida Internacional de São Silvestre
Comemorando mais uma bela medalha da São Silvestre
Data: 31/12/2019
Horário: 08:00 hs (8:09 hs)
Distância: 15 km (15,6 km)
Inscrição: R$ 197,50
Kit: Sacola, camiseta, 1 pacote de massa 500g, 1 protetor solar 110 ml, 1 sachê de carb up 30g, 1 pacote de granola 80g, 1 pacote de biscoito integra 26,9g, 1 saché de café 50g, 2 pacotes de gel bendita cânfora e número do peito com chip descartável.
Tempo: 1h34min45s
Pace: 6:04 min/km
Tênis: Saucony Kinvara 9
2019
Colocação: 769 de "2.700" (45-49 anos)
Colocação: 5.350 de "19.969" (masculino)
Colocação: "6.002" de "30.086" (geral)
2018
Colocação: 340 de "2.332" (45-49 anos)
Colocação: 2.378 de "17.629" (masculino)
Colocação: "2.548" de "26.155" (geral)
Parabéns pela organização! Se for correr neste ano, boa prova, também estarei lá!
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