sexta-feira, 30 de novembro de 2018

25/11/2018 - 14ª Meia Maratona Internacional de Florianópolis / SC

Foto: Foco Radical
14ª Meia Maratona Internacional de Florianópolis / SC


Depois de completar a dura Maratona de Curitiba no último domingo o meu desafio passou a ser a Meia Maratona Internacional de Florianópolis. Engana-se quem acha que por ser metade da distância (21 km) é muito mais fácil. Na meia maratona o ritmo é bem mais intenso e difícil pra recuperar qualquer tempo perdido.

Essa é uma das minhas meias maratonas favoritas por proporcionar as melhores condições para se buscar um RP (Recorde Pessoal), com um percurso bem plano. Foi a minha 1ª primeira meia maratona e obtive o meu melhor tempo na distância de 21 km (1h37min44s), na edição de 2016, Naquela época eu estava bem mais treinado e em forma. Agora chegar perto disso está difícil.

Como opções de distâncias a prova tinha 5 km, 10 km e a meia maratona (21 km). Eu fiz a inscrição bem antes, com valor promocional de R$ 54,00 para os 21 km. A Aninha fez para os 10 km. Vale muito a pena se antecipar para conseguir boas condições de preço. Ainda mais quando já conhecemos a empresa organizadora, que novamente ficou por conta da Corre Brasil, já tradicional nas corridas de rua de Santa Catarina. 

Segundo a organização, foram cerca de 6 mil atletas inscritos para o evento. A cada ano essa prova cresce em número de participantes e concluintes. Essa movimentação é muito boa para a economia da grande Florianópolis. Grande parte dos atletas vem de outros estados e até de outros países, e além de correrem aproveitam para fazer turismo na região.

O local para a retirada dos kits foi no subsolo do estacionamento do Angeloni Supermercados Beira-mar, um dos patrocinadores da prova. A entrega aconteceu na sexta-feira à tarde e no sábado. Só consegui ir no sábado perto da hora do almoço e enfrentei uma fila bem grande, com a chegada de muitos atletas vindo de fora.

Por lá encontramos a Andressa e o Enio do Podcast Por Falar em Corrida. Foram cerca de 45 minutos só na fila. Pra quem foi de carro e não comprou nada no supermercado teve que desembolsar R$ 10, pois erai impossível retirar o kit no prazo de tolerância. Fiz um lanche por lá e consegui isenção do valor do estacionamento. Supermercados de sábado já são bem movimentados e com retirada de kit para uma prova desse porte ficou complicado. Teve também stands com vários produtos esportivos, mas com o stress da fila nem deu tempo de ver direito.

No domingo, a largada da meia maratona estava prevista para às 7:00, no Trapiche da beira mar norte. Para conseguir um bom lugar para estacionar chegamos por volta das 5:40. Nessas horas tem vantagem os atletas de fora que estão hospedados nos hotéis pela região. Quanto mais gente participando, mais cedo tem que chegar !!!

As minhas expectativas, apesar de ter feito a maratona no final da semana anterior, era de conseguir fazer pelo menos um sub-1h45min. Me parecia razoável, mesmo não tendo treinado para esse ritmo ultimamente. Mas tinha decidido não forçar muito, principalmente as pernas.

Após encontrar e bater um papinho com vários amigos e amigas corredores fui fazer um breve aquecimento. O tempo passou muito rápido e logo tive que me alinhar para a largada. Havia bandeirolas indicando o pace, mas não teve controle de acesso. Às 7:05 foi dada a largada somente para o pessoal dos 21 km. A Aninha e a Juciana iriam fazer os 10 km e enquanto largávamos faziam alguns registros. A largada dos 5 km e 10 km aconteceu uns 15 minutos depois, às 7:20.

Com a grande quantidade de atletas fiz uma largada meio encaixotado no 1º km, mesmo a avenida beira mar sendo larga e estando totalmente fechada para nós nesse trecho inicial. A minha ideia era correr com pace abaixo de 5 min/km durante toda a prova. E esse início estava razoavelmente tranquilo. Comecei a sentir um pouco o abafamento desde o início.

Inicialmente fomos no sentido do túnel Antonieta de Barros até completarmos 3,5 km. Nesse ponto foi feito o 1º retorno, antes de chegar ao túnel. Próximo havia um ponto de leitura do chip. Esse era um dos extremos da prova. Meu ritmo estava dentro do esperado e corria bem, mesmo sentindo um vento contra nesse trecho.

Voltamos no sentido do ponto de partida, e encaramos os dois viadutos que tem uma elevação um pouco maior, mas são bem curtas. O ritmo nesses viadutos quebra um pouquinho, mas nada significativo. Legal mesmo é a vista que temos quando estamos por cima, assistindo a passagem dos atletas dos 10 km, que largaram cerca de 20 minutos depois. Um verdadeiro mar de atletas. Deu até pra dar um olá para o pessoal.

Sem sol, mas com a sensação de estar bem abafado e suando muito, peguei copos de água em cada posto de hidratação. Metade pra beber e a outra metade pra dar uma refrescada na cabeça. Lembro que no 1º posto de hidratação não consegui pegar devido ao congestionamento e segui em frente. Mas em seguida um amigo que vinha logo atrás me alcançou e me deu o copo dele. Que legal. Estava com a boca seca e me ajudou bastante. Fico muito grato e contente com esses gestos. Só não estou  recordando o nome dele. Identificado: Lucas Farias. Valeu, amigo !!!


Ganhamos as ruas da beira mar norte novamente e seguimos reto no sentido da UFSC. Seriam 8 km em frente até o próximo retorno, nas imediações da Universidade. Ainda me sentia bem e dentro do programado. Passei em frente ao Trapiche (local da largada), completando 7 km percorridos. Essa passagem é muito revitalizante, pois por lá fica a concentração do público, que dá aquele incentivo na passagem de cada atleta. Enquanto passava ouvi locutor anunciando a chegada da vencedora dos 5 km, a amiga Jocélia Melek. Grande atleta e de uma simplicidade única.

Normalmente depois dos 7 km me sinto mais leve e mais confortável para correr. Acho que o corpo está mais aquecido. Completei o 10º km com 48min22s, ainda dentro do esperado. Porém, logo em seguida as pernas começaram a pesar e o meu rendimento começou a cair. Não estava conseguindo manter o pace abaixo dos 5 min/km, mesmo me esforçando.

Próximo do 12º km tomei um copo de isotônico pra ver se dava uma revigorada. Mas já estava rodando próximo de 5:10 min/km. Fui nesse ritmo até o retorno, onde logo em seguida teve o segundo ponto de leitura de chip. Era o outro extremo da meia maratona. Importante isso, para evitar que os atletas não cortem caminho simplesmente atravessando a pista antes de chegar ao retorno.

A minha passagem pelo 15º km foi com 1h13min55s. Apesar de apertado estava no ritmo médio pretendido. Porém, quando estava quase cedendo para uma caminhada, encontrei o amigo Jabson próximo do km 16. Ele tinha dado uma aliviada nessa segunda parte da meia para se poupar da maratona da semana passada. Acabei não caminhando, mas diminuí um pouco mais o ritmo, já com o pace próximo de 5:20 min/km.

Seguimos juntos até o final, eu sofrendo e o Jabson correndo tranquilo, carregando a bandeira em homenagem ao seu estado de origem, Piauí. Nesse finalzinho já havia bastante gente nas ruas. Apesar do calor ainda bem que o sol não saiu. Na passagem pelo km 18 eu estava dando adeus ao sub 1h45min. Não tinha mais forças pra recuperar o ritmo e segui somente para completar.

A chegada foi bem diferente. O público formando aquele corredor nos últimos metros e dando aquele empurrãozinho final. Até melhorei a postura e o pace nessa hora. Eu e Jabson cruzamos juntos a linha de chegada, devidamente registrado pela Aninha, que tinha concluído bem a sua prova de 10 km, e aguardava a nossa chegada.

O meu tempo líquido foi 1h46min23s, um dos mais altos das minhas participações nessa meia maratona. Por um lado um pouco frustrado, mas por outro contente por ter chegado sem dores ou cãibra. Não sei se a maratona anterior e a falta de treinos de tiros pesou, mas depois da metade da prova senti maior dificuldade. Rapidamente fui me hidratar e tomar uma garrafa de isotônico bem gelado. Tinha suado bastante.

Fui então me juntar aos amigos, trocar de roupa, tomar um café e assistir a cerimônia de premiação. Muitos amigos ganharam troféus, que foram entregues até a 3ª colocação de cada categoria por faixa etária, somente nos 21 km. Também teve vários sorteios, como óculos e relógios da Mormaii e até uma cafeteira expressa para os presentes durante a premiação. Eu como sempre, não ganhei nada.

A distância da meia maratona estava bem aferida como de costume, mas segundo alguns registros de atletas que correram os 5 km e 10 km, as distâncias estavam a menor, prejudicando quem buscava melhorar tempo em uma prova aferida. Ano passado também ocorreu isso.

Tivemos mais um grande evento e um novo recorde de inscritos nessa prova que vem crescendo a cada ano com a organização da Corre Brasil. Destaque para a grande presença de atletas de fora de Santa Catarina e que movimentam o turismo nessa data.

Percurso 2018 (21,17 km)
Kit da Meia Maratona Internacional de Florianópolis
 Retirada do kit no Angeloni Beira Mar, com Ana, Gabi, Andressa e o Enio 
Com os amigos. Os Avaianos em festa !!!
Foto com a Ponte Hercílio Luz não pode faltar.
(Foto: Foco Radical)
Ufa... quase chegando !!!
(Foto: Foco Radical)
Com o amigo Jabson que me acompanhou nos últimos 5 km.
(Foto: Foco Radical)
Chegada !!!
Eu e a Aninha com as medalhas diferenciadas
Nós corremos na Ilha da Magia
Número de peito e medalha 
Certificado da Meia Maratona Internacional de Florianópolis

Local: Trapiche - Beira mar norte - FLN/SC
Data: 25/11/2018
Horário: 7:00 Hs (7:06 hs)
Distância: 21,097 km (21,17 km)

Inscrição: R$ 54,00 (1º lote)
Kit: Sacolinha, camiseta, pacote de snacks de granola, uma barrinha de supino, Revista Corre Brasil, número de peito e chip descartável.

Tempo: 1h46min23s
Pace: 5:02 min/Km
Tênis: Asics Gel Noosa FF

Colocação: 039 de 0125 (categoria 45-49 anos)
Colocação: 448 de 1281 (masculino)
Colocação: 512 de 2084 (geral)

Um comentário:

  1. Olá Edu!
    O cara que te deu o copo d'água no inicio foi eu. �� Lucas Farias.
    Parabéns pela prova.

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