Costa Esmeralda Trails - Etapa Porto Belo - Trilha da Costeira
Nunca fui muito adepto das provas de aventuras, mas dessa vez a convite da organização e do amigo Renato Ventura decidi viver essa experiência. O desafio foi a Costa Esmeralda Trails. Um evento dividido em 3 etapas: uma no sábado pela manhã (22/11) em Itapema, outra no sábado a noite (22/11) em Bombinhas, e a última no domingo pela manhã (23/11) na Trilha da Costeira, em Porto Belo.
A cada etapa os atletas concluintes recebiam uma medalha com determinado símbolo e que juntas formariam uma mandala. Bem interessante. Ainda não tenho nenhuma dessa.
É logico que logo imaginei fazer as 3 etapas, mas pensando melhor resolvi participar somente da etapa de Porto Belo, justamente a mais longa e mais difícil, pois estava vindo de uma maratona no último final de semana.
O dia da prova começou meio atrapalhado. Mesmo saindo cedo de casa para Porto Belo me perdi um pouco e cheguei em cima da hora. Retirei o kit rapidamente, encontrei os amigos, que logo me apontaram o percurso da prova. Olhei pra cima e não acreditei. Era aquela montanha da foto que subiríamos e desceríamos até chegar do outro lado na praia, e voltar. Onde eu fui me meter !!!
Como iria na boa somente para curtir, acabei levando a máquina fotográfica para fazer alguns registros durante o percurso. Isso se conseguisse e não tivesse que usar muito as mãos.
Largamos próximo das 8 horas, com um tempo e temperatura agradáveis, nada muito quente. O amigo Paulo Machado, que já havia feito as 2 etapas anteriores, me acompanhou nessa empreitada nos quilômetros iniciais. Foi me dando umas orientações, principalmente nos morros.
Com a máquina em mãos fui tentando fazer alguns registros. Confesso que é bem mais difícil nesse tipo de terreno, pois a atenção precisa ser total por onde pisamos. No início enquanto estamos com gás até não parece ser tão difícil com as subidas não tão acentuadas ainda.
Porém, logo depois do 1º Km começo a sentir o tamanho da encrenca. Muito esforço e pouco avanço. Até tinha pensado em não caminhar na prova, mas logo abandonei a ideia. Não tinha como. As trilhas eram bem estreitas e cheio de irregularidades.
A partir do meio da subida do morro eu já estava mais caminhando que correndo. E olha que mesmo caminhando estava difícil de avançar Aproveitei para guardar a câmera fotográfica no bolso, pois o visual só era mato e trilha mesmo. Ia deixar para usá-la quando chegasse no alto e avistasse as praias.
Em uma certa altura passamos por uma moça que estava sentada tentando se recuperar de uma possível torção. O Paulo ficou para ajudá-la e acompanhá-la, e me liberou para seguir em frente. Boa troca...rs.
A partir daí segui em uma corrida mais solitária e com mata mais fechada. De vez em quando algum atleta passava por mim voando. Eu já não estava com confiança alguma para dar passadas mais fortes por causa dos terrenos muito irregulares.
Cheguei então na parte mais alta do percurso e comecei a avistar um pouco das praias. Legal, vou tirar umas fotos agora. E quem disse que achei a máquina. Ela tinha ficado em algum lugar no caminho. Provavelmente por causa de algum dos solavancos durante a subida. Por um segundo pensei em voltar e procurá-la, mas desisti logo em seguida. Queria mais era sair de lá.
Chegou a hora da primeira descida. Imaginei que seria bem mais fácil e poderia recuperar um pouco o tempo que passei caminhando. Totalmente enganado. Desci com o freio puxado e a perna segurando tudo. Não tinha onde pisar direito e se deixasse rolar ia acabar em algum buraco ou levando um baita tombo. Aliás, quase tombos foram dezenas. Resolvi então descer bem devagar e quase caminhando. Alguns atletas passavam por mim fácil nesse momento, mas não quis mais me arriscar a lesionar.
Cheguei enfim a praia do outro lado da montanha. Até fiquei contente de correr na areia, mas foram somente alguns metros. No início da trilha de volta estava o posto de hidratação. Nunca foi tão bem-vinda. Parei, fiquei tomando isotônico, água e me recuperando um pouco. Nesse momento uma mulher passou por mim e foi a única pessoa que vi até o final da prova então.
Se na ida já não estava fácil, a volta foi pior ainda. Foram mais de 25 minutos praticamente só na caminhada morro acima. Panturrilha toda travada e os terrenos e buracos mais irregulares ainda. Finalmente chegou a descida e me senti um pouco mais aliviado. Mesmo assim foram poucos trechos onde conseguia dar um trote. Não tinha coragem de me arriscar.
Pra complicar um pouco mais a distância de 9,2 Km anunciada foi, na verdade, 10,09 Km pelo meu garmin.Parecia que não terminava nunca. Pelo menos no finalzinho era uma parte plana e aberta. Sair da mata já foi um grande alívio.
Cheguei a uma conclusão. Não fui feito para essas provas de aventuras, pelo menos em percursos desse tipo. Acho que sou mais do asfalto mesmo. Fico imaginando se tivesse feito as 3 etapas.
Valeu a tentativa. Bom para rever os amigos na prova e ter a satisfação de concluir mais uma prova, agora devidamente batizado nas trilhas, e com vários arranhões nos braços e nas pernas.
Recebi a medalha, me hidratei muito, descansei, assisti a premiação, que no caso foi somente para os 5 primeiros gerais masculino e feminino. Parabéns a parceira Kelly (2ª colocada geral) e a Marlene (4ª colocada geral). Essas meninas voaram nas trilhas.
Para a minha felicidade, quando estava indo embora, o pessoal do staff, que voltavam dos seus postos, chegaram com a minha câmera fotográfica que havia ficado em algum lugar lá por cima. Salvou o dia e adiou a minha compra forçada de uma Go Pro Hero.
Vamos lá. Ver o que me espera !!!
Boa parte da prova era assim, tanto para subir como para descer
Enfim cheguei. Tempo líquido: 1h38min27s para 10,09 Km
Festa quando encontraram a minha máquina fotográfica
Mandala completa pra quem concluiu as 3 etapas. A minha foi só a da âncora.
A cada etapa os atletas concluintes recebiam uma medalha com determinado símbolo e que juntas formariam uma mandala. Bem interessante. Ainda não tenho nenhuma dessa.
É logico que logo imaginei fazer as 3 etapas, mas pensando melhor resolvi participar somente da etapa de Porto Belo, justamente a mais longa e mais difícil, pois estava vindo de uma maratona no último final de semana.
O dia da prova começou meio atrapalhado. Mesmo saindo cedo de casa para Porto Belo me perdi um pouco e cheguei em cima da hora. Retirei o kit rapidamente, encontrei os amigos, que logo me apontaram o percurso da prova. Olhei pra cima e não acreditei. Era aquela montanha da foto que subiríamos e desceríamos até chegar do outro lado na praia, e voltar. Onde eu fui me meter !!!
Como iria na boa somente para curtir, acabei levando a máquina fotográfica para fazer alguns registros durante o percurso. Isso se conseguisse e não tivesse que usar muito as mãos.
Largamos próximo das 8 horas, com um tempo e temperatura agradáveis, nada muito quente. O amigo Paulo Machado, que já havia feito as 2 etapas anteriores, me acompanhou nessa empreitada nos quilômetros iniciais. Foi me dando umas orientações, principalmente nos morros.
Com a máquina em mãos fui tentando fazer alguns registros. Confesso que é bem mais difícil nesse tipo de terreno, pois a atenção precisa ser total por onde pisamos. No início enquanto estamos com gás até não parece ser tão difícil com as subidas não tão acentuadas ainda.
Porém, logo depois do 1º Km começo a sentir o tamanho da encrenca. Muito esforço e pouco avanço. Até tinha pensado em não caminhar na prova, mas logo abandonei a ideia. Não tinha como. As trilhas eram bem estreitas e cheio de irregularidades.
A partir do meio da subida do morro eu já estava mais caminhando que correndo. E olha que mesmo caminhando estava difícil de avançar Aproveitei para guardar a câmera fotográfica no bolso, pois o visual só era mato e trilha mesmo. Ia deixar para usá-la quando chegasse no alto e avistasse as praias.
Em uma certa altura passamos por uma moça que estava sentada tentando se recuperar de uma possível torção. O Paulo ficou para ajudá-la e acompanhá-la, e me liberou para seguir em frente. Boa troca...rs.
A partir daí segui em uma corrida mais solitária e com mata mais fechada. De vez em quando algum atleta passava por mim voando. Eu já não estava com confiança alguma para dar passadas mais fortes por causa dos terrenos muito irregulares.
Cheguei então na parte mais alta do percurso e comecei a avistar um pouco das praias. Legal, vou tirar umas fotos agora. E quem disse que achei a máquina. Ela tinha ficado em algum lugar no caminho. Provavelmente por causa de algum dos solavancos durante a subida. Por um segundo pensei em voltar e procurá-la, mas desisti logo em seguida. Queria mais era sair de lá.
Chegou a hora da primeira descida. Imaginei que seria bem mais fácil e poderia recuperar um pouco o tempo que passei caminhando. Totalmente enganado. Desci com o freio puxado e a perna segurando tudo. Não tinha onde pisar direito e se deixasse rolar ia acabar em algum buraco ou levando um baita tombo. Aliás, quase tombos foram dezenas. Resolvi então descer bem devagar e quase caminhando. Alguns atletas passavam por mim fácil nesse momento, mas não quis mais me arriscar a lesionar.
Cheguei enfim a praia do outro lado da montanha. Até fiquei contente de correr na areia, mas foram somente alguns metros. No início da trilha de volta estava o posto de hidratação. Nunca foi tão bem-vinda. Parei, fiquei tomando isotônico, água e me recuperando um pouco. Nesse momento uma mulher passou por mim e foi a única pessoa que vi até o final da prova então.
Se na ida já não estava fácil, a volta foi pior ainda. Foram mais de 25 minutos praticamente só na caminhada morro acima. Panturrilha toda travada e os terrenos e buracos mais irregulares ainda. Finalmente chegou a descida e me senti um pouco mais aliviado. Mesmo assim foram poucos trechos onde conseguia dar um trote. Não tinha coragem de me arriscar.
Pra complicar um pouco mais a distância de 9,2 Km anunciada foi, na verdade, 10,09 Km pelo meu garmin.Parecia que não terminava nunca. Pelo menos no finalzinho era uma parte plana e aberta. Sair da mata já foi um grande alívio.
Cheguei a uma conclusão. Não fui feito para essas provas de aventuras, pelo menos em percursos desse tipo. Acho que sou mais do asfalto mesmo. Fico imaginando se tivesse feito as 3 etapas.
Valeu a tentativa. Bom para rever os amigos na prova e ter a satisfação de concluir mais uma prova, agora devidamente batizado nas trilhas, e com vários arranhões nos braços e nas pernas.
Recebi a medalha, me hidratei muito, descansei, assisti a premiação, que no caso foi somente para os 5 primeiros gerais masculino e feminino. Parabéns a parceira Kelly (2ª colocada geral) e a Marlene (4ª colocada geral). Essas meninas voaram nas trilhas.
Para a minha felicidade, quando estava indo embora, o pessoal do staff, que voltavam dos seus postos, chegaram com a minha câmera fotográfica que havia ficado em algum lugar lá por cima. Salvou o dia e adiou a minha compra forçada de uma Go Pro Hero.
Vista de frente do percurso
Antes da largada ainda é só alegria
Boa parte da prova era assim, tanto para subir como para descer
Enfim cheguei. Tempo líquido: 1h38min27s para 10,09 Km
Festa quando encontraram a minha máquina fotográfica
Mandala completa pra quem concluiu as 3 etapas. A minha foi só a da âncora.
Local: Trilha da Costeira - Porto Belo / SC
Data: 23/11/2014
Horário: 8:00 Hs
Distância: 10Km (10,09Km)
Inscrição: Cortesia (Preço de cada etapa R$ 45,00)
Kit: Sacola, camiseta, boné, barra de cereal, número do peito e chip descartável.
Kit: Sacola, camiseta, boné, barra de cereal, número do peito e chip descartável.
Tempo: 1h38min27s
Pace: 9:48 min/Km
Pace: 9:48 min/Km
Colocação: não teve
Colocação: 45 de 56 (masculino)
Colocação: 50 de 89 (geral)
Colocação: 45 de 56 (masculino)
Colocação: 50 de 89 (geral)
Nenhum comentário:
Postar um comentário